RESUMEN
Purpose: To evaluate the impact of strabismus on quality of life. Methods: This cross-sectional study included 101 individuals aged 7-67 years with strabismus. They were interviewed and made to answer a questionnaire with 20 questions intended to assess the individual's interaction with their social and working environment, sensory perception, and limitations in their daily lives. There were five types of possible responses for each question: never, rarely or very few times, sometimes, frequently, and always. The questionnaire was based on the AS-20 and contained 11 questions assessing psychosocial aspects and 9 questions assessing functional aspects. Among those who were interviewed, 24.8% had undergone surgical correction of strabismus. Results: We observed a significant impact of strabismus on the quality of life of the interviewed individuals. Feelings of sadness and inferiority because of strabismus were reported by 74.2% and 58.4% respondents, respectively. In terms of functionality, 12.1% reported difficulty in reading, 14% said they had difficulty in depth perception (stereopsis), and 17.8% frequently or always associated pain or burning sensation in the eyes to strabismus. A significant difference was detected in the quality of life scores for the psychosocial aspect among patients who had and had not undergone surgery (Wilcoxon test, 158; p<0.001). Individuals who had undergone surgery had a better quality of life from the psychosocial perspective. Conclusions: In this evaluation, we found a significant negative interference of strabismus on quality of life from both the functional and psychosocial perspectives. This demonstrated the importance of treatment for strabismus, regardless of age, because it can interfere with the functional well-being of the individual. .
Objetivo: Avaliar a interferência do estrabismo na qualidade de vida em indivíduos estrábicos. Métodos: Estudo transversal envolvendo 101 indivíduos estrábicos entre 7 e 67 anos. Eles foram entrevistados e responderam um questionário com 20 perguntas aplicadas pelos pesquisadores. As perguntas tinham como objetivo avaliar a interação do indivíduo com o seu meio social, de trabalho, percepção sensorial e limitações na sua vida diária, com cinco tipos de respostas para cada pergunta: nunca, raramente ou muito pouco, algumas vezes, frequentemente e sempre. O questionário foi baseado no AS-20 e contendo 11 questões avaliando aspectos psicossociais e 9 questões avaliando aspectos funcionais. Entre os indivíduos entrevistados, 24,8% haviam sido submetidos a correção cirúrgica do estrabismo. Resultados: Observou-se impacto significativo do estrabismo sobre a qualidade de vida dos indivíduos avaliados. Sentir-se incomodado ou inferiorizado em decorrência do estrabismo foram relatados por 74,2% e 58,4% dos entrevistados respectivamente. No quesito de funcionalidade, 12,1% relataram dificuldade para ler, 14% disseram ter dificuldade na percepção de profundidade (estereopsia) e 17,8% associaram dor ou ardor nos olhos ao estrabismo frequentemente ou sempre. Diferença significativa foi detectada com respeito ao escore de qualidade de vida no aspecto psicossocial entre indivíduos que realizaram e não realizaram cirurgia (teste de Wilcoxon = 158, p-valor <0,001). Indivíduos que realizaram cirurgia possuíam melhor qualidade de vida no aspecto psicossocial. Conclusões: Nessa avaliação, percebe-se uma interferência negativa muito significativa do estrabismo na qualidade de vida, tanto funcional como psicossocial nos indivíduos pesquisados. Isso demonstra a importância ...