Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 900
Filtrar
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(2): e00107823, 2024. tab, graf
Artículo en Portugués | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534126

RESUMEN

Distorção da imagem corporal é uma alteração da percepção do corpo que pode repercutir na saúde. Este estudo visa estimar, entre mulheres participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) residentes na Bahia, Brasil, a prevalência de acurácia e distorção da imagem corporal e investigar associações com características socioeconômicas, estilo de vida e procura de cuidados ginecológicos. Participaram 609 mulheres de 50-69 anos de idade que responderam, entre 2012-2014, questionários aplicados face a face. Foi utilizada a escala de silhuetas de Stunkard para investigar a percepção acurada ou distorcida para mais ou menos peso. A razão de risco relativo (RR) foi calculada por meio de regressão logística multinomial por meio do Stata 13. A maioria das participantes tem perspectiva acurada do próprio corpo (53,7%). Entre aquelas com percepção distorcida, há uma tendência à distorção para menos peso (38,1%). Na análise de regressão multinomial, permaneceram associadas à distorção para menos peso as variáveis raça/cor e escolaridade, sendo que a primeira foi positivamente associada à distorção para menos peso entre as pardas (RR = 1,89; IC95%: 1,13-3,16) e pretas (RR = 2,10; IC95%: 1,25-3,55), enquanto a segunda entre aquelas com escolaridade até o Ensino Médio (RR = 1,65; IC95%: 1,18-2,33). Não houve associações quanto às demais variáveis, nem com distorção para mais peso. Os resultados contribuem para a explicação das relações entre percepção da imagem corporal e fatores socioeconômicos, revelando que mulheres de raça/cor diferentes e variados níveis de escolaridade são influenciadas de formas distintas pelos discursos sociais, o que impacta a percepção da sua imagem corporal.


Body image distortion is an alteration in the perception of the body that can have repercussions on health. This study aims to estimate the prevalence of body image accuracy and distortion among women participating in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) living in Bahia State, Brazil, and to investigate associations with socioeconomic characteristics, lifestyle, and gynecological care seeking. A total of 609 women aged 50 to 69 years participated in the study, who answered face-to-face questionnaires from 2012 to 2014. The Stunkard silhouette scale was used to investigate accurate or distorted perception for more or less weight. The relative risk ratio (RR) was calculated by multinomial logistic regression using Stata 13. Most participants have an accurate perception of their own bodies (53.7%). Among those with distorted perception, there is a tendency to distort towards less weight (38.1%). In the multinomial regression analysis, the variables race/skin color and education remained associated with the distortion towards underweight. The race/skin color variable was positively associated with the distortion towards underweight among Mixed-race women (RR = 1.89; 95%CI: 1.13-3.16) and black (RR = 2.10; 95%CI: 1.25-3.55), while the education variable among those with up to high school education (RR = 1.65; 95%CI: 1.18-2.33). There were no associations with the other variables or with distortion for more weight. The results contribute to explaining the relationships between body image perception and socioeconomic factors, revealing that women of different races/skin colors and varying educational levels are influenced in different ways by social discourses, impacting the perception of their body image.


La distorsión de la imagen corporal es una alteración en la percepción del cuerpo que puede repercutir en la salud. Este estudio busca estimar, entre las mujeres participantes del Estudio Longitudinal de Salud del Adulto (ELSA-Brasil) que viven en Bahía, Brasil, la prevalencia de precisión y distorsión de la imagen corporal e investigar asociaciones con las características socioeconómicas, el estilo de vida y la busca de atención ginecológica. Participaron 609 mujeres que tenían entre 50 y 69 años que contestaron los cuestionarios aplicados cara a cara entre 2012 y 2014. Se utilizó la escala de siluetas de Stunkard para investigar la percepción precisa o distorsionada para más o menos peso. El cociente de riesgo relativo (RR) se calculó a través de regresión logística multinomial utilizando el Stata 13. La mayoría de los participantes tiene una perspectiva precisa del propio cuerpo (53,7%). Entre las personas con percepción distorsionada hay una tendencia a la distorsión para menos peso (38,1%). En el análisis de regresión multinomial, las variables raza/color y escolaridad permanecieron asociadas con la distorsión para menos peso, siendo la primera positivamente asociada con la distorsión para menos peso entre las mujeres pardas (RR = 1,89; IC95%: 1,13-3,16) y negras (RR = 2,10; IC95%: 1,25-3,55), mientras la segunda entre las mujeres que estudiaron hasta la enseñanza secundaria (RR = 1,65; IC95%: 1,18-2,33). No hubo asociaciones con las otras variables ni con la distorsión para más peso. Los resultados contribuyen para explicar las relaciones entre la percepción de la imagen corporal y los factores socioeconómicos, demostrando que mujeres de diferentes razas/colores y diferentes niveles de educación se influyen de distintas formas a través de discursos sociales, lo que impacta en la percepción de su imagen corporal.

2.
Arq. neuropsiquiatr ; 82(2): s00441779608, 2024. tab, graf
Artículo en Inglés | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1550041

RESUMEN

Abstract Background Therapeutic adherence is a decisive issue on chronic disease management in patients requiring long-term pharmacotherapy, such as Parkinson's disease (PD). Although it is well known that socioeconomic factor is a barrier to medication adherence in many chronic diseases, its impacts on PD still need to be investigated. Objective Explore what and how socioeconomic factors impact medication adherence in people with PD. Methods We carried out a scoping review across three databases to identify studies exploring what and how socioeconomic factors impact medication adherence in people with PD considering eight attributes: 1. educational level, 2. disease-related knowledge, 3. income, 4. cost of medication, 5. drug subsidy (meaning presence of subsidies in the cost of medication), 6. employability, and 7. ethnicity (black, indigenous, immigrants). Results Of the 399 identified studies (Embase = 294, Medline = 88, LILACS = 17), eight met inclusion criteria. We identified factors covering the eight attributes of socioeconomic impact, and all of them negatively impacted the medication adherence of people with PD. The most prevalent factor in the studies was low patient educational level (four studies), followed by costs of medications (three studies), income (three studies), and disease-related knowledge (three studies). Distinctly from most of the studies selected, one of them evidenced suboptimal adherence in individuals receiving the medication free of charge, and another one could not find correlation between suboptimal adherence and educational level. Conclusion Socioeconomic factors negatively impact medication adherence in PD patients. This review provides basis for developing patient and population-based interventions to improve adherence to treatment in PD.


Resumo Antecedentes A adesão à medicação é um componente crucial no manejo correto da doença de Parkinson (DP) e, embora esteja bem estabelecido que o fator socioeconômico é uma barreira à adesão medicamentosa em muitas doenças crônicas, seus impactos na DP ainda precisam ser investigados. Objetivo Explorar quais são e como os fatores socioeconômicos afetam a adesão à medicação em pessoas com DP. Métodos Realizamos uma revisão de escopo em três bases de dados para identificar estudos que explorassem quais e como os fatores socioeconômicos impactam na adesão à medicação em pessoas com DP, considerando oito atributos: 1. nível educacional, 2. conhecimento relacionado à doença, 3. renda, 4. custo de medicamentos, 5. subsídio de medicamentos (ou seja, presença de subsídios no custo dos medicamentos), 6. empregabilidade e 7. etnia (negra, indígena, imigrantes). Resultados Dos 399 estudos identificados (Embase = 294, Medline = 88, LILACS = 17), oito preencheram os critérios de inclusão. Identificamos fatores que abrangem os oito atributos de impacto socioeconômico e todos impactaram negativamente na adesão medicamentosa de pessoas com DP. Foram mais prevalentes o baixo nível educacional do paciente (quatro estudos), custos dos medicamentos, nível de renda e conhecimento relacionado à doença (três estudos cada). Diferentemente da maioria dos estudos selecionados, um deles evidenciou adesão subótima em indivíduos que receberam a medicação gratuitamente, e outro não encontrou correlação entre adesão subótima e nível educacional. Conclusão Fatores socioeconômicos impactam negativamente a adesão ao tratamento medicamentoso em pessoas com DP. Esta revisão fornece base para o desenvolvimento de intervenções baseadas em pacientes e populações no intuito de melhorar a adesão ao tratamento farmacológico de pessoas com DP.

3.
Saúde Soc ; 33(1): e220248pt, 2024. tab, graf
Artículo en Portugués | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1551060

RESUMEN

Resumo Este artigo objetivou verificar a relação entre os fatores socioeconômicos e a pandemia da covid-19 nos municípios de médio porte mineiros. O procedimento de análise de dados foi a modelagem de equações estruturais de mínimos quadrados parciais. As variáveis utilizadas foram vulnerabilidade, saneamento, renda, agravantes, vacinação, casos de covid-19, mortalidade por covid-19, hospitalização e doenças crônicas não transmissíveis. Os dados foram coletados no Índice Mineiro de Responsabilidade Social, no painel de monitoramento dos casos de covid-19 e no painel de monitoramento de vacinação contra covid-19. O recorte temporal foi determinado pelo início da pandemia e a disponibilidade de dados (março de 2020 a setembro de 2021). Os resultados evidenciaram que melhores condições de saneamento estão negativamente relacionadas aos casos de covid-19, a renda está positivamente relacionada com os casos de covid-19 e a taxa de mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis está relacionada de forma positiva com a mortalidade por covid-19. Os casos de covid-19 têm impacto negativo na hospitalização e a hospitalização tem impacto positivo na mortalidade. Os casos moderados pela vacinação estão negativamente relacionados à mortalidade por covid-19. Os resultados confirmam que condições socioeconômicas menos favoráveis tornam a sociedade mais vulnerável a covid-19.


Abstract This study investigated the correlation between socioeconomic factors and the COVID-19 pandemic in medium-sized Minas Gerais municipalities. Data were analyzed by partial least squares structural equation modeling, using the following variables: vulnerability, sanitation, income, aggravating factors, vaccination, COVID-19 cases, COVID-19 mortality, hospitalization and non-communicable chronic diseases. Data were obtained from the Minas Gerais Social Responsibility Index, the COVID-19 cases monitoring panel and the COVID-19 vaccination monitoring panel. Data collection time frame was determined by the onset of the pandemic and data availability (March 2020 to September 2021). Results showed that better sanitation conditions are negatively related to COVID-19 cases, income is positively related to COVID-19 cases, and higher mortality from chronic noncommunicable diseases are positively related to COVID-19 mortality. COVID-19 cases have a negative impact on hospitalization and hospitalization has a positive impact on mortality. Cases, moderated by vaccination, are negatively related to COVID-19 mortality. These findings confirm that less favorable socioeconomic conditions make society more vulnerable to COVID-19.

4.
Rev. latinoam. enferm. (Online) ; 31: e3878, ene.-dic. 2023. tab, graf
Artículo en Español | LILACS, BDENF | ID: biblio-1431833

RESUMEN

Objetivo: investigar los factores que influyen en la alfabetización en salud de los pacientes con enfermedad arterial coronaria. Método: estudio transversal, que incluyó 122 pacientes con enfermedades coronarias (60,7% del sexo masculino; 62,07±8,8 años); se evaluó la alfabetización en salud y el conocimiento específico sobre la enfermedad mediante entrevistas con los participantes, utilizando el Short Test of Functional Health Literacy in Adults e Short version of the coronary artery disease education questionnaire. Los datos fueron descritos por medidas de tendencia central y frecuencias. Los factores que influyen en la alfabetización en salud se determinaron mediante un modelo de regresión lineal. El nivel de significación adoptado fue del 5%. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética e Investigación. Resultados: la edad y la hipertensión mostraron una relación inversa y significativa con la alfabetización en salud. Por otro lado, un mayor nivel educativo y tener empleo se asociaron con puntajes más altos en el instrumento de alfabetización en salud. El conocimiento específico sobre la enfermedad no influyó en la alfabetización en salud. Las variables del modelo de regresión explicaron el 55,3% de alfabetización inadecuada. Conclusión: en el presente estudio, se concluyó que el conocimiento sobre la enfermedad no influye en la alfabetización en salud, pero los profesionales deben considerar los factores sociodemográficos y clínicos para planificar las intervenciones.


Objective: to investigate the factors that exert an influence on health literacy in patients with coronary artery disease. Methods: a crosssectional study, including 122 patients with coronary diseases (60.7% male; 62.07 ± 8.8 years old). Health literacy and specific knowledge about the disease were evaluated through interviews with the participants by means of the Short Test of Functional Health Literacy in Adults and the Short version of the coronary artery disease education questionnaire. The data were described by means of central tendency measures and frequencies. The factors that exert an influence on health literacy were determined by means of a linear regression model. The significance level adopted was 5%. The study was approved by the Research Ethics Committee. Results: age and arterial hypertension presented an inverse and significant relationship with health literacy. On the other hand, higher schooling levels and having a job were associated with better scores in the health literacy instrument. Specific knowledge about the disease did not exert any influence on health literacy. The variables included in the regression model explained 55.3% of inadequate literacy. Conclusion: this study, knowledge about the disease exerts no influence on health literacy: however, the professionals should consider the sociodemographic and clinical factors to plan the interventions.


Objetivo: investigar os fatores que influenciam o letramento em saúde em pacientes com doença arterial coronariana. Método: estudo transversal, incluindo 122 pacientes com coronariopatias (60,7% do sexo masculino; 62,07±8,8 anos); letramento em saúde e conhecimento específico da doença foram avaliados por meio de entrevista com os participantes, pelo Short Test of Functional Health Literacy in Adults e Short version of the coronary artery disease education questionnaire. Os dados foram descritos por medidas de tendência central e frequências. Fatores que influenciam o letramento em saúde foram determinados por modelo de regressão linear. O nível de significância adotado foi de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa. Resultados: idade e hipertensão apresentaram uma relação inversa e significativa com letramento em saúde. Por outro lado, maior escolaridade e estar empregado associaram-se com maiores pontuações no instrumento de letramento em saúde. O conhecimento específico da doença não influenciou o letramento em saúde. As variáveis do modelo de regressão explicaram 55,3% do letramento inadequado. Conclusão: no presente estudo o conhecimento sobre a doença não influência o letramento em saúde, mas os profissionais devem considerar os fatores sociodemográficos e clínicos para planejar as intervenções.


Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Persona de Mediana Edad , Anciano , Autocuidado , Enfermedad de la Arteria Coronaria/terapia , Conocimientos, Actitudes y Práctica en Salud , Encuestas y Cuestionarios , Alfabetización en Salud , Factores Sociodemográficos
5.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(9): 2625-2636, Sept. 2023. tab, graf
Artículo en Portugués | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1505965

RESUMEN

Resumo O objetivo do estudo foi estimar a prevalência do uso de vitaminas e/ou minerais na população brasileira urbana com idade maior ou igual a 20 anos e identificar os fatores associados ao uso. Foram analisados os dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil (PNAUM), estudo transversal de base populacional, com amostra probabilística, realizada nas áreas urbanas das cinco regiões geográficas do país entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014. A prevalência do uso estimada foi de 4,8% (IC95% 4,3-5,3), maior no sexo feminino, 6,4% (IC95% 5,7-7,1), e na população idosa, 11,6% (IC95% 10,5-12,8). O uso de vitaminas e/ou minerais mostrou-se associado aos fatores: sexo feminino, 60 anos ou mais, classe econômica A/B, apresentar doença(s) crônica(s) e autopercepção de saúde regular e muito ruim/ruim. Os multivitamínicos e multiminerais obtiveram maior frequência de uso, 24,5% (IC95% 20,1-29,4), seguido de cálcio e vitamina D, 23,4% (IC95% 19,7-27,5). Os dados sugerem que mulheres idosas devam ser o público referencial para ações de promoção do uso racional. Recomenda-se que os inquéritos epidemiológicos de abrangência nacional possam ampliar a observação desses produtos para possibilitar a análise de tendências.


Abstract The purpose of the present study was to estimate the prevalence of vitamin and/or mineral use among urban Brazilian populations aged 20 years and over and to identify associated factors. Data from the National Survey on Access, Use and Promotion of the Rational Use of Medicines in Brazil (PNAUM) were analyzed and a population-based cross-sectional study with probability sampling was performed in urban areas of Brazil's five geographic regions from September 2013 to February 2014. The estimated prevalence of vitamin and/or mineral use was 4.8% (95%CI: 4.3-5.3), higher in women 6.4% (95%CI: 5.7-7.1) and in the elderly population 11.6% (95%CI: 10.5-12.8). Vitamin and/or mineral use was associated with the following factors: women, 60 years of age or older, economic class A/B, chronic disease(s) and self-perceived health held as average and very poor/poor. Multivitamins and multiminerals were the most used ones with 24.5% (95%CI 20.1-29.4), followed by calcium and vitamin D with 23.4% (95%CI 19.7-27.5). Data suggest that elderly women should be the reference public for actions aimed at promoting rational use. Nationwide epidemiological surveys should increase monitoring of these products to support the analysis of trends.

6.
RFO UPF ; 27(1): 58-72, 08 ago. 2023. tab
Artículo en Inglés | LILACS, BBO | ID: biblio-1509384

RESUMEN

Objective: This cross-sectional study aimed to describe the prevalence of apical periodontitis (AP) in people living with HIV (PLHIV) over 50 years old and explore its association with sociodemographic, medical, and oral characteristics. Methods: Data from 59 PLHIV were collected, and the periapical area of 1018 teeth was evaluated through periapical radiographs (Rx) using the periapical index (PAI). The presence and quality of root fillings and restorations (coronal fillings and crowns) were assessed with Rx, and caries presence was based on Rx and clinical data. Viral load (VL) and T CD4 counts were also analyzed. Results: AP prevailed in 71% of individuals and 8% of teeth. Family income of >5 Brazilian minimum wages (OR=0.06, 95% CI=0.005-0.62) and having at least one root-filled tooth (OR=14.55, 95% CI=1.45-145.72) were associated with AP prevalence, whereas VL and T CD4 were not. Caries, root filling, and restorations were associated with AP occurrence. Conclusion: PLHIV presented a high AP prevalence, but intrinsic factors related to HIV infection were not associated with AP in the studied subjects. PLHIV would benefit from oral health policies to prevent AP, as the results indicate that the endodontic disease in the present sub-population might be related to social problems.(AU)


Objetivo: este estudo transversal teve como objetivo descrever a prevalência de periodontite apical (PA) em pessoas vivendo com HIV (PVHIV) acima de 50 anos de idade, e explorar sua associação com características sociodemográficas, médicas e bucais. Métodos: os dados de 59 PVHIV foram coletados e a região periapical de 1018 dentes foi avaliada através de radiografias periapicais (Rx) usando o Índice Periapical (PAI). A presença e qualidade das obturações radiculares e restaurações (restaurações diretas e coroas) também foram avaliadas no Rx; a presença de cárie foi baseada em dados clínicos e radiográficos. Carga Viral (CV) e contagem de linfócitos T CD4 também foram avaliados. Resultados: a prevalência de PA nos indivíduos foi de 71%, e 8% dos dentes apresentaram PA. Renda familiar >5 salários mínimos (OR=0.06, 95% CI=0.005-0.62) e ter pelo menos um dente com obturação endodôntica (OR=14.55, 95% CI=1.45-145.72) foram associados com a prevalência de PA, enquanto que CV e T-CD4 não foram. A presença de cárie, obturação endodôntica e restaurações foram associadas com a presença de PA no dente. Conclusão: PVHIV apresentaram uma alta prevalência de PA, mas fatores intrínsecos relacionados à infecção pelo HIV não foram associados com PA nos sujeitos avaliados. PVHIV se beneficiariam de políticas públicas de saúde para prevenir a PA, uma vez que os resultados indicam que a doença endodôntica na presente subpopulação pode ser relacionada a problemas sociais.(AU)


Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Persona de Mediana Edad , Periodontitis Periapical/epidemiología , Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida/epidemiología , Periodontitis Periapical/etiología , Factores Socioeconómicos , Brasil/epidemiología , Modelos Logísticos , Prevalencia , Estudios Transversales , Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida/complicaciones , Distribución por Sexo
7.
Artículo en Español | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1535267

RESUMEN

Objetivo: Se propuso aplicar modelos basados en técnicas de aprendizaje automático como apoyo para el diagnóstico temprano de la diabetes mellitus, utilizando variables de datos ambientales, sociales, económicos y sanitarios, sin la dependencia de la toma de muestras clínicas. Metodología: Se utilizaron datos de 10 889 usuarios afiliados al régimen subsidiado de salud de la zona suroccidental en Colombia, diagnosticados con hipertensión y agrupados en usuarios sin (74,3 %) y con (25,7 %) diabetes mellitus. Se entrenaron modelos supervisados utilizando k vecinos más cercanos, árboles de decisión y bosques aleatorios, así como modelos basados en ensambles, aplicados a la base de datos antes y después de balancear el número de casos en cada grupo de diagnóstico. Se evalúo el rendimiento de los algoritmos mediante la división de la base de datos en datos de entreno y de prueba (70/30, respectivamente), y se utilizaron métricas de exactitud, sensibilidad, especificidad y área bajo la curva. Resultados: Los valores de sensibilidad aumentaron considerablemente al utilizar datos balanceados, pasando de valores máximos del 17,1 % (datos sin balancear) a valores de hasta 57,4 % (datos balanceados). El valor más alto de área bajo la curva (0,61) fue obtenido con los modelos de ensambles, al aplicar un balance en el número de datos por cada grupo y al codificar las variables categóricas. Las variables de mayor peso estuvieron asociadas con aspectos hereditarios (24,65 %) y con el grupo étnico (5.59 %), además de la dificultad visual, el bajo consumo de agua, una dieta baja en frutas y verduras, y el consumo de sal y azúcar. Conclusiones: Aunque los modelos predictivos, utilizando información socioeconómica y ambiental de las personas, surgen como una herramienta para el diagnóstico temprano de la diabetes mellitus, estos aún deben ser mejorados en su capacidad predictiva.


Objective: The objective was to apply models based on machine learning techniques to support the early diagnosis of diabetes mellitus, using environmental, social, economic and health data variables, without dependence on clinical sample collection. Methodology: Data from 10,889 users affiliated with the subsidized health system in the southwestern area of Colombia, diagnosed with hypertension and grouped into users without (74.3%) and with (25.7%) diabetes mellitus, were used. Supervised models were trained using k-nearest neighbors, decision trees, and random forests, as well as ensemble-based models, applied to the database before and after balancing the number of cases in each diagnostic group. The performance of the algorithms was evaluated by dividing the database into training and test data (70/30, respectively), and metrics of accuracy, sensitivity, specificity, and area under the curve were used. Results: Sensitivity values increased significantly when using balanced data, going from maximum values of 17.1% (unbalanced data) to values as high as 57.4% (balanced data). The highest value of area under the curve (0.61) was obtained with the ensemble models, by applying a balance in the amount of data for each group and by coding the categorical variables. The variables with the greatest weight were associated with hereditary aspects (24.65%) and with the ethnic group (5.59%), in addition to visual difficulty, low water consumption, a diet low in fruits and vegetables, and the consumption of salt and sugar. Conclusions: Although predictive models, using people's socioeconomic and environmental information, emerge as a tool for the early diagnosis of diabetes mellitus, their predictive capacity still needs to be improved.


Objetivo: Propôs-se aplicar modelos baseados em técnicas de aprendizagem automática como apoio para o diagnóstico precoce da diabetes mellitus, utilizando variáveis de dados ambientais, sociais, econômicos e sanitários, sem a dependência da coleta de amostras clínicas. Metodologia: Usaram-se dados de 10.889 usuários filiados ao regime subsidiado de saúde da zona sudoeste da Colômbia, diagnosticados com hipertensão e agrupados em usuários sem (74,3%) e com (25,7%) diabetes mellitus. Foram treinados modelos supervisionados utilizando k vizinhos mais próximos, árvores de decisão e florestas aleatórias, assim como modelos baseados em montagens, aplicados à base de dados antes de depois de equilibrar o número de casos em cada grupo de diagnóstico. Avaliou-se o desempenho dos algoritmos por meio da divisão da base de dados de treino e teste (70/30, respectivamente), e utilizaram-se métricas de exatidão, sensibilidade, especificidade e área sob a curva. Resultados: Os valores de sensibilidade aumentaram de maneira significativa ao utilizar dados equilibrados, passando de valores máximos de 17,1% (dados sem equilibrar) a valores de até 57,4% (dados equilibrados). O valor mais elevado de área sob a curva (0,61) foi obtido com os modelos de montagens, ao aplicar um balanço no número de dados por cada grupo e codificar as variáveis categóricas. As variáveis de maior peso estiveram associadas com fatores hereditários (24,65%) e com o grupo étnico (5,59%), além da dificuldade visual, o baixo consumo de água, um regime baixo em frutas e vegetais e o consumo de sal e açúcar. Conclusões: Embora os modelos preditivos, utilizando informação socioeconômica e ambiental das pessoas, surgem como uma ferramenta para o diagnóstico precoce da diabetes mellitus, ainda devem ser melhorados em sua capacidade preditiva.

8.
Semina cienc. biol. saude ; 44(1): 97-110, jul./dez. 2023. Ilus
Artículo en Portugués | LILACS | ID: biblio-1511709

RESUMEN

Introdução: doença provocada por infecção de origem bacteriana, a leptospirose é um dos agravos mais negligenciados no Brasil, estando associada a características socioeconômicas. Objetivo: analisar possíveis associações entre taxas de incidência da doença e fatores socioeconômicos no estado do Acre, a partir de análises espaciais. Material e Método: estudo ecológico com uso de dados secundários, sendo feita análise de autocorrelação espacial pelo Índice de Moran Local Bivariado, entre variáveis socioeconômicas e taxa média de incidência de leptospirose de todo o período de estudo. Adicionalmente, a análise espaçotemporal foi desenvolvida por meio de varredura cilíndrica estatística de Kulldorff, com raio de 70 quilômetros e distribuição de probabilidade de Poisson. Resultados: a maior quantidade de casos foi observada em homens, pardos e na faixa etária de 20 a 39 anos, em ambiente domiciliar e em pessoas com ensino fundamental 1 e 2 incompletos. Conclusão: a partir das análises estatísticas espaciais, destacaram-se municípios das partes norte e sul do estado. Ressalta-se que há possibilidade de subnotificação de casos, o que poderia ser analisado a partir de estudos que coletem dados primários.


Introduction: disease caused by infection of bacterial origin, leptospirosis is one of the most neglected diseases in Brazil, being associated with socioeconomic characteristics. Objective: to analyze possible associations between disease rates and socioeconomic factors in the state of Acre, based on spatial analysis. Material and Method: ecological study using secondary data, with analysis of spatial autocorrelation by the Moran Local Bivariate Index, between socioeconomic variables and mean rate of leptospirosis throughout the study period. Additionally, the space-time analysis was performed using Kulldorff statistical cylindrical sweep, with a radius of 70 kilometers and Poisson probability distribution. Results: the highest number of cases was observed in men, brown and in the age group of 20 to 39 years old, in the home environment and in people with incomplete elementary school 1 and 2. Conclusion: from the spatial statistical analyses, municipalities in the northern and southern parts of the state stood out. It should be noted that there is a possibility of underreporting of cases, which could be analyzed based on studies that collect primary data.


Asunto(s)
Humanos , Adulto
9.
Invest. educ. enferm ; 41(2): 57-73, junio 15 2023. tab, ilus
Artículo en Inglés | LILACS, BDENF, COLNAL | ID: biblio-1438426

RESUMEN

Objective. To identify socio-academic and family functionality factors ­ communication, cohesion, and flexibility ­ as predictive stimuli of adaptive coping of nursing university students in the post-COVID-19 pandemic. Methods. A cross-sectional descriptive study with stratified random sampling, with participation by 416 Nursing students from a private university in Pereira (Colombia), who answered a self-completed sociodemographic characterization survey, the Olson et al., communication scale, FACES III scale to assess family cohesion and flexibility, and the Calixta Roy CAPS scale to assess coping and adaptation capacity. Binary logistic regression and Hosmer-Lemeshow goodness-of-fit were performed to determine predictors of success, using SPSS v.26. Results. The profiles of the participants showed a higher proportion of women (78.4%), ages between 21 and 30 years (57.5%), young people who study and work (60.1%), and those who have an academic session on Friday and Saturday (67.5%). Nursing students perceive that their families communicate efficiently and satisfactorily (85.8%), have strong cohesion with a tendency towards attachment (73.6%) and flexibility, show a tendency towards chaos (70.7%) and have adaptive coping (48.5%). The success predictors for adaptive coping were female sex (p=0.007), academic session Friday and Saturday (p=0.042), occupation, study, and work (p=0.026), socioeconomic strata 4.5 and 6 (p=0.041), good or very good communication (p=0.001), balanced family cohesion (p = 0.048), and balanced family flexibility (p=0.039). Conclusion. This study found that good family functionality and having adequate socioeconomic conditions were predictors of higher coping and adaptation capacity during the COVID-19 pandemic in the nursing students who participated in the study


Objetivo. Identificar factores socio-académicos y de funcionalidad familiar -comunicación, cohesión y flexibilidad-, como estímulos predictores de afrontamiento adaptativo de estudiantes de Enfermería en postpandemia COVID-19. Métodos. Estudio descriptivo transversal con muestreo aleatorio estratificado. Participaron 416 estudiantes de Enfermería de una universidad privada de Pereira (Colombia) que respondieron una encuesta auto diligenciada de caracterización sociodemográfica y tres escalas validadas: de Comunicación de Olson et al., FACES III para valorar cohesión y flexibilidad familiar y escala CAPS de Calixta Roy para evaluar capacidad de afrontamiento y adaptación. Los factores predictores de éxito se analizaron con regresión logística binaria y bondad de ajuste de Hosmer-Lemeshow, utilizando SPSS v.26. Resultados. El perfil de los participantes mostró mayor proporción de mujeres(78.4%), edades entre 21 y 30 años (57.5%), jóvenes que estudian y trabajan (60.1%), y quienes cumplen jornada académica viernes y sábado (67.5%). Los estudiantes de enfermería perciben que sus familias se comunican en forma eficiente y satisfactoria (85.8%), tienen una fuerte cohesión con tendencia al apego (73.6%) y a la flexibilidad, muestran tendencia al caos (70.7%) y tienen afrontamiento adaptativo (48.5%). Los predictores de éxito para afrontamiento adaptativo fueron: sexo femenino (p=0.007), jornada académica viernes y sábado (p=0.042), ocupación estudia y trabajo (p=0.026), estratos socioeconómicos 4,5 y 6 (p=0.041), buena o muy buena comunicación (p=0.001), cohesión familiar equilibrada (p=0.048) y flexibilidad familiar equilibrada (p=0.039).Conclusión.En este estudio se encontró que la buena funcionalidad familiar y tener adecuadas condiciones socioeconómicas fueron predictores de mayor capacidad de afrontamiento y adaptación durante la pandemia COVID-19 en los estudiantes de enfermería que participaron en el estudio.


Objetivo. Identifico os fatores socioacadêmicos e a funcionalidade familiar -comunicação, coesão e flexibilidade-, como estímulos preditivos do enfrentamento adaptativo de estudantes de Enfermagem no pós-pandemia de COVID-19. Métodos. Estudo descritivo transversal com amostragem aleatória estratificada. Participaram 416 estudantes de enfermagem de uma universidade privada da cidade de Pereira (Colômbia), respondendo a uma pesquisa autopreenchida de caracterização sociodemográfica e três escalas validadas: Comunicação de Olson et al., FACES III para avaliar a coesão e flexibilidade familiar e a escala CAPS de Calixta Roy, para avaliar a capacidade de enfrentamento e adaptação. Os preditores de sucesso foram analisados com regressão logística binária e Hosmer-Lemeshow, usando SPSS v.26. Resultados. Os perfis dos participantes mostraram maior proporção de mulheres(78.4%), com idades compreendidas entre os 21 e os 30 anos (57.5%), jovens que estudam e trabalham (60.1%) e que cumprem o horário letivo de sexta-feira a sábado (67.5%). Os estudantes de enfermagem percebem que suas famílias se comunicam de forma eficiente e satisfatória (85.8%), têm forte coesão com tendência ao apego (73.6%) e flexibilidade, apresentam tendência ao caos (70.7%) e têm enfrentamento adaptativo (48.5%). Os preditores de sucesso para enfrentamento adaptativo foram: sexo feminino (p=0.007), jornada acadêmica sexta e sábado (p=0.042), ocupação, estudo e trabalho (p=0.026), estrato socioeconômico 4.5 e 6 (p=0.041), boa ou comunicação muito boa (p=0.001), coesão familiar equilibrada (p=0.048) e flexibilidade familiar equilibrada (p=0.039). Conclusão. Neste estudo, verificou-se que a boa funcionalidade familiar e ter condições socioeconômicas adequadas foram preditores de maior capacidade de enfrentamento e adaptação durante a pandemia de COVID-19 nos estudantes de enfermagem que participaram do estudo.


Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Factores Socioeconómicos , Estudiantes de Enfermería , Relaciones Familiares , COVID-19
10.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 45(3): 134-141, Mar. 2023. tab, graf
Artículo en Inglés | LILACS | ID: biblio-1449715

RESUMEN

Abstract Objective: This study assessed maternal mortality (MM) and related factors in a large-sized municipality in the Southeastern region of Brazil (Campinas, São Paulo) during the period 2000-2015. Methods: This study consisted of two phases: 1. An analytical nested case-control phase that assessed the impact of individual and contextual variables on MM; and 2. an ecological phase designed to contextualize maternal deaths by means of spatial analysis. The case group consisted of all maternal deaths (n = 87) and the control group consisted of 348 women who gave birth during the same period. Data analysis included descriptive statistics, association, and multiple logistic regression (MLR) tests at p < 0.05 as well as spatial analysis. Results: Maternal Mortality Ratio was 37 deaths per 100.000 live births. Deaths were dispersed throughout the urban territory and no formation of cluster was observed. MLR showed that pregnant women aged > 35 years old (OR = 2.63) or those with cesarean delivery (OR = 2.51) were more prone to maternal death. Conclusion: Maternal deaths were distributed dispersedly among the different socioeconomic levels and more prone to occur among older women or those undergoing cesarean deliveries.


Resumo Objetivo: Esse estudo avaliou a mortalidade materna (MM) e fatores relacionados em um município de grande porte da região sudeste do Brasil (Campinas, São Paulo) no período de 2000-2015. Métodos: Esse estudo consistiu de duas fases: 1. Uma fase analítica de caso-controle que avaliou o impacto de variáveis individuais e contextuais na MM; 2. Uma fase ecológica delineada para contextualizar as mortes maternas por meio de análise espacial. O grupo caso consistiu de 87 mortes maternas e o grupo controle de 348 mulheres que tiveram bebês durante o mesmo período. Os dados foram analisados por estatística descritiva, testes de associação e regressão logística múltipla (RLM) (p < 0,05) assim como análise espacial. Resultados: A taxa de mortalidade materna foi de 37 mortes para cada 100.000 nascidos vivos. As mortes foram dispersas por todo o território urbano e não se observou formação de clusters. Na RLM observou-se que mulheres grávidas com idade > 35 anos (OR = 2,63) ou aquelas que passaram por cesárea (OR = 2,51) foram mais propensas à morte materna. Conclusão: As mortes maternas foram distribuídas dispersamente entre os diferentes níveis socioeconômicos e mais propensas a ocorrer entre mulheres > 35 anos de idade ou que passaram por cesárea.


Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Factores Socioeconómicos , Mortalidad Materna , Factores de Riesgo , Estudio Observacional
11.
Saúde Redes ; 9(1): 20, mar. 2023.
Artículo en Portugués | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1438304

RESUMEN

A disseminação da COVID-19 no Brasil se estabeleceu em um cenário político de importantes retrocessos democráticos e de desmonte da seguridade social. A fim de investigar mais profundamente esse contexto, o campo da saúde possui, historicamente, formulações de modelos teóricos que buscam as compreensões de saúde e doença. Ademais, para explicar as condições de saúde da população através de uma noção mais completa, torna-se fundamental debater sobre o processo de saúde doença e sua determinação social em uma episteme de gênero-raça-classe-sexualidade, visto que a saúde entendida como amplo desenvolvimento das potencialidades humanas em certo momento histórico, choca-se com as limitações estabelecidas pela estrutura para o alcance dessas capacidades através das desigualdades que marcam a realidade nacional. Os desdobramentos cotidianos e os impactos diretos na vida da população negra, nas mulheres, na população LGBTQIA+ e, de forma geral, na classe trabalhadora na pandemia, com maior número de mortes, afetando em maior grau a saúde mental, as relações de trabalho e familiares, validam de forma concreta a determinação social do processo de saúde-doença. Portanto, o projeto e concepção de saúde precisa se posicionar na disputa de percepção crítica da realidade, e de ação para construir uma sociedade emancipada.

12.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(3): 761-770, Mar. 2023.
Artículo en Portugués | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1421210

RESUMEN

Resumo Os impactos da pandemia do novo coronavírus na sociedade brasileira revelaram um cenário que extrapola uma crise sanitária. Este artigo tem por objetivo apresentar as causas e consequências de uma crise sistêmica sob a ordem econômica neoliberal lastreada na proeminência dos mercados e da exclusão social, enquanto o papel do Estado como garantidor de direitos sociais é negligenciado. A metodologia adotada segue uma perspectiva interdisciplinar crítica dos campos da economia política e das ciências sociais presente em relatórios socioeconômicos referidos nesta análise. Argumenta-se que a racionalidade neoliberal, orientando as políticas governamentais e presente no ambiente social, contribuiu para um aprofundamento das desigualdades estruturais no Brasil, gerando condições propícias para o agravamento dos impactos causados pela pandemia na sociedade, em particular nos segmentos sociais mais vulneráveis.


Abstract The impacts of the recent coronavirus pandemic on Brazilian society revealed a scenario that goes beyond a health crisis. This article sets out to present the causes and consequences of a systemic crisis in the neoliberal economic order based on the prominence of markets and social exclusion, while the role of the State - as the guardian of social rights - is neglected. The methodology adopted follows a critical interdisciplinary perspective from the fields of political economy and social sciences, located in socioeconomic reports referred to in this analysis. It is argued that the neoliberal rationale guiding government policies, which is deep rooted in the social environment, has contributed to the increase in structural inequalities in Brazil, thus creating favorable conditions for exacerbating the impacts caused by the pandemic in society, particularly among the most vulnerable social groups.

13.
Arq. gastroenterol ; 60(1): 30-38, Jan.-Mar. 2023. tab, graf
Artículo en Inglés | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1439387

RESUMEN

ABSTRACT Background Pancreatic cancer mortality is greater in countries with a high Human Development Index (HDI). This study analyzed pancreatic cancer mortality rates trends, and their correlation with HDI in Brazil over 40 years. Methods: Data on pancreatic cancer mortality in Brazil between 1979 and 2019 were obtained from the Mortality Information System (SIM). Age-standardized mortality rates (ASMR) and Annual Average Percent Change (AAPC) were calculated. Pearson's correlation test was applied to compare mortality rates and HDI for three periods: 1986-1995 was correlated with HDI of 1991, 1996-2005 with HDI of 2000, and 2006-2015 with HDI of 2010; and to the correlation of AAPC versus the percentage change in HDI from 1991 to 2010. Results: A total of 209,425 deaths from pancreatic cancer were reported in Brazil, with an annual increase of 1.5% in men and 1.9% in women. There was an upward trend for mortality in most Brazilian states, with the highest trends observed in the North and Northeast states. A positive correlation between pancreatic mortality and HDI was observed over the three decades (r>0.80, P<0.05) and also between AAPC and HDI improvement by sex (r=0.75 for men and r=0.78 for women, P<0.05). Conclusion There was an upward trend in pancreatic cancer mortality in Brazil for both sexes, but rates among women were higher. Mortality trends were higher in states with a higher percentage improvement in HDI, such as the North and Northeast states.


RESUMO Contexto A mortalidade por câncer de pâncreas é maior em países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Este estudo analisou as taxas e tendências de mortalidade por câncer de pâncreas e correlacionou-as com o IDH no Brasil no período de 40 anos. Métodos: Os dados sobre mortalidade por câncer de pâncreas no Brasil, entre 1979 e 2019, foram extraídos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). As taxas de mortalidade padronizadas por idade e variação percentual média anual (AAPC) foram calculadas. O teste de correlação de Pearson foi aplicado para comparar as taxas de mortalidade e IDH em três períodos: 1986-1995 foi correlacionado com o IDH de 1991, 1996-2005 com IDH 2000 e 2006-2015 com IDH 2010; e a correlação da AAPC versus o percentual de variação do IDH de 1991 a 2010. Resultados: Foram notificados 209.425 óbitos por câncer de pâncreas no Brasil no período de 1979 a 2019, com aumento de 1,5% ao ano em homens e de 1,9% em mulheres. Houve tendência de aumento da mortalidade na maioria dos estados brasileiros, com maiores tendências nos estados das regiões Norte e Nordeste. Foi observada uma correlação positiva na mortalidade por câncer de pâncreas e o IDH ao longo de três décadas (r>0,80, P<0,05); também, entre o AAPC e o incremento do IHD entre 1991 e 2010 (r=0,75 para homens e r=0,78 para mulheres, P<0,05). Conclusão: Houve tendência crescente da mortalidade por câncer de pâncreas no Brasil, em ambos os sexos, porém maior entre as mulheres. As tendências de mortalidade foram maiores nos estados com maior percentual de incremento do IDH, como estados das regiões Norte e Nordeste.

14.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(1): 257-267, jan. 2023. tab
Artículo en Portugués | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1421147

RESUMEN

Resumo Este estudo objetivou avaliar a associação de fatores sociodemográficos e estilo de vida com consumo de alimentos in natura ou minimamente processados (INMP), ultraprocessados (AUP) e frutas e hortaliças. Trata-se de estudo transversal com 403 crianças de 4 a 7 anos de uma coorte retrospectiva. Variáveis sociodemográficas e estilo de vida foram investigadas através do questionário sociodemográfico. O consumo alimentar foi avaliado por três registros alimentares. Empregaram-se análises de regressão linear bivariadas e multivariadas para analisar as associações. Crianças com menor renda apresentaram maior consumo de alimentos INMP e menor consumo de AUP. Menor tempo de permanência na escola associou-se ao menor consumo de alimentos INMP e maior consumo de AUP. Crianças com maior tempo de tela e com pais de menor escolaridade, consumiram menos frutas e hortaliças. Fatores sociodemográficos desfavoráveis se associaram ao melhor perfil de consumo de alimentos segundo o nível de processamento, exceto para frutas e hortaliças. O maior tempo de permanência na escola e menor tempo de tela contribuíram para uma alimentação mais saudável.


Abstract The present study aimed to evaluate the association of sociodemographic factors and lifestyle with the consumption of in natura or minimally processed (INMP) foods, ultra-processed foods (UPFs), and fruits and vegetables. This was a cross-sectional study conducted with 403 children, aged 4 to 7 years, from a retrospective cohort. Sociodemographic and lifestyle variables were investigated using a sociodemographic questionnaire. Food consumption was assessed by three food records. Bivariate and multivariate linear regression analyses were used to analyze associations. Children with lower income had a higher consumption of INMP foods and a lower consumption of UPFs. A shorter time spent at school was associated with a lower consumption of INMP foods and a higher consumption of UPFs. Children with more screen time and less educated parents consumed less fruits and vegetables. Unfavorable sociodemographic factors were associated with a better profile of food consumption according to the level of processing, except for fruits and vegetables. The longer time spent at school and a shorter screen time contributed to a healthier diet.

15.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(8): e00249122, 2023. tab, graf
Artículo en Inglés | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513902

RESUMEN

The great socioeconomic inequality that prevails in Brazil and the existence of a national health system with universal coverage places the need to monitor the evolution and social inequities regarding access to these services. This study aims to analyze the changes in the prevalence of health care use and the extent of social inequality in the demand, use and, access, resolution of health problems, satisfaction, and health care use of Brazilian Unified National Health System (SUS) according to education levels in the population living in the urban area of the Municipality of São Paulo, in 2003 and 2015. We analyzed data from two population-based household health surveys (Health Survey in São Paulo City - ISA-Capital) from 2003 and 2015. Dependent variables related to health care use in the two weeks preceding the survey and due to diseases included demand, access, satisfaction, problem resolution, and the public or private nature of the service. Prevalence was estimated using level of education and prevalence ratios (PR) by the Poisson regression. In the period, the demand for health care, access, resolution, and use of public health care increased from 2003 to 2015. Inequities in public health care use changed from 2003 to 2015 according to level of education. We found no social inequities in health care use in the municipality of São Paulo regarding demand, access, satisfaction, and resolution according to levels of education. Results show progress in the use and resolution of health care services, as well as the strong concentration of the use of SUS by the population with lower education. Results indicate the progress that SUS has made, but also show persistent challenges in the use and access to services.


A grande iniquidade socioeconômica que prevalece no Brasil e a existência de um sistema nacional de saúde com cobertura universal torna necessário o acompanhamento da evolução e das iniquidades sociais no acesso aos serviços. Analisar as mudanças na prevalência do uso de serviços de saúde e o grau de iniquidade social considerando a demanda, o uso e acesso, resolução de problemas de saúde, satisfação e utilização dos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o nível de escolaridade, na população residente na zona urbana do Município de São Paulo, em 2003 e 2015. Foram analisados dados de dois inquéritos domiciliares de saúde de base populacional (Inquérito de Saúde do Município de São Paulo - ISA-Capital) de 2003 e 2015. As variáveis dependentes relacionadas à utilização de serviços de saúde nas duas semanas anteriores à pesquisa e devido à presença de alguma doença incluem: demanda, acesso, satisfação, resolução do problema e a natureza pública ou privada do serviço. A prevalência foi estimada por meio da escolaridade e das razões de prevalência (RP) por regressão de Poisson. Entre 2003 e 2015, a demanda por cuidados de saúde, acesso, resolutividade e utilização de serviços públicos de saúde aumentou. As iniquidades no uso da saúde pública mudaram de 2003 para 2015 quando se trata do nível de escolaridade. Não foram encontradas iniquidades sociais na utilização dos serviços de saúde no Município de São Paulo em termos de demanda, acesso, satisfação e resolutividade, segundo o nível de escolaridade. Os resultados mostram avanços na utilização e resolutividade dos serviços de saúde, bem como uma forte concentração do uso do SUS pela população com menor nível de escolaridade. Os resultados indicam os avanços do SUS, mas também mostram que ainda há desafios no uso e acesso aos serviços.


La gran desigualdad socioeconómica que prevalece en Brasil y la existencia de un sistema nacional de salud con cobertura universal hace necesario el seguimiento de la evolución y de las desigualdades sociales en el acceso a los servicios. Analizar los cambios en la prevalencia del uso de servicios de salud y el grado de desigualdad social considerando la demanda, el uso y acceso, resolución de problemas de salud, satisfacción y utilización de los servicios de salud del Sistema Único de Salud brasileño (SUS), según el nivel de educación, en la población residente en la zona urbana del Municipio de São Paulo, en 2003 y 2015. Se analizaron los datos de dos encuestas de salud domiciliaria de base poblacional (Encuesta de Salud en el Municipio de São Paulo - ISA-Capital) de 2003 y 2015. Las variables dependientes relacionadas con el uso de los servicios de salud en las dos semanas anteriores a la investigación y debido a la presencia de alguna enfermedad incluyen: la demanda, el acceso, la satisfacción, la resolución del problema y la naturaleza pública o privada del servicio. La prevalencia se estimó mediante la educación y las razones de prevalencia (RP) mediante regresión de Poisson. Entre 2003 y 2015, aumentó la demanda de atención médica, el acceso, la resolución y el uso de los servicios de salud pública. Las desigualdades en el uso de la salud pública cambiaron de 2003 a 2015 en lo que respecta al nivel de educación. No fueron encontradas desigualdades sociales en la utilización de los servicios de salud en el municipio de São Paulo en términos de demanda, acceso, satisfacción y resolutividad, según el nivel de educación. Los resultados muestran avances en la utilización y la resolutividad de los servicios de salud, así como una fuerte concentración del uso del SUS por parte de la población con menor nivel de educación. Los resultados indican los avances del SUS, pero también muestran que todavía hay desafíos en el uso y acceso a los servicios.

16.
Mundo saúde (Impr.) ; 47: e14972023, 2023.
Artículo en Inglés, Portugués | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1511624

RESUMEN

A epilepsia representa um problema de grande escala que afeta a esfera social dos pacientes que dela sofrem. O presente estudo tem como objetivo avaliar a qualidade de vida de pacientes pediátricos com epilepsia e identificar os fatores associados à sua menor qualidade de vida. Foi realizado um estudo transversal, descritivo e analítico em pacientes com diagnóstico clínico e eletroencefalográfico de epilepsia, atendidos no ambulatório do serviço de neuropediatria do Hospital Universitário. Foi aplicado um questionário subdividido em dados da criança, dados dos pais ou cuidador, tipo de epilepsia, tratamento e Escala de Qualidade de Vida para Crianças com Epilepsia (CAVE). As variáveis foram analisadas por meio de estatística descritiva e modelo de regressão múltipla para encontrar preditores de qualidade de vida. Dos 187 pacientes, 68 (36,4%) apresentaram boa qualidade de vida. Não foram observadas diferenças significativas por sexo em nenhum dos itens estudados, nem na pontuação geral do questionário. Ter menos necessidades básicas insatisfeitas (P=<0,0001) e não ter epilepsia refratária foram preditores de melhor qualidade de vida (P=<0,0001). A qualidade de vida relatada pelos pais foi em sua maioria boa ou razoável, ter um maior número de necessidades básicas insatisfeitas e ser classificado como tendo epilepsia de difícil manejo foram preditores de piora na qualidade de vida medida pelo questionário CAVE.


Epilepsy represents a large-scale problem that affects the social sphere of the patients who suffer from it. The following study aims to assess the quality of life of pediatric patients with epilepsy and to identify the factors associated with a lower quality of life. A cross-sectional, descriptive and analytical study was carried out in patients with clinical and electroencephalographic diagnosis of epilepsy, who attended the outpatient clinic of the neuropediatric service of the Teaching Hospital. A survey was administered, subdivided into data on the child, data on the parents or caregiver, type of epilepsy, treatment and the Quality of Life Scale for Children with Epilepsy (CAVE). The variables were analyzed using descriptive statistics and a multiple regression model to find predictors of quality of life. Of the 187 patients, 68 (36.4%) had a good quality of life. No significant gender differences were observed, nor in the overall score of the survey. Having fewer unmet basic needs (P=<0.0001) and not having refractory epilepsy were predictors of better quality of life (P=<0.0001). Parent-reported quality of life was mostly good or fair, having a higher number of unmet basic needs and being classified as having difficult-to-manage epilepsy were predictors of worsening quality of life as measured by the CAVE scale.

17.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 38, 2023. tab, graf
Artículo en Inglés, Portugués | LILACS | ID: biblio-1450403

RESUMEN

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze inequalities in incidence, mortality, and estimated survival for neoplasms in men according to social vulnerability. METHODS Analysis of cases and deaths of all neoplasms and the five most common in men aged 30 years or older in the city of Campinas (SP), between 2010 and 2014, using data from the Population-Based Cancer Registry (RCBP) and the Mortality Information System (SIM). The areas of residence were grouped into five social vulnerability strata (SVS) using São Paulo Social Vulnerability Index. For each SVS, age-standardized incidence and mortality rates were calculated. A five-year survival proxy was calculated by complementing the ratio of the mortality rate to the incidence rate. Inequalities between strata were measured by the ratios between rates, the relative inequality index (RII) and the angular inequality index (AII). RESULTS RII revealed that the incidence of all neoplasms (0.66, 95%CI 0.62-0.69) and colorectal and lung cancers were lower among the most socially vulnerable, who presented a higher incidence of stomach and oral cavity cancer. Mortality rates for stomach, oral cavity, prostate and all types of cancer were higher in the most vulnerable segments, with no differences in mortality for colorectal and lung cancer. Survival was lower in the most social vulnerable stratum for all types of cancer studied. AII showed excess cases in the least vulnerable and deaths in the most vulnerable. Social inequalities were different depending on the tumor location and the indicator analyzed. CONCLUSION There is a trend of reversal of inequalities between incidence-mortality and incidence-survival, and the most social vulnerable segment presents lower survival rates for the types of cancer, pointing to the existence of inequality in access to early diagnosis and effective and timely treatment.


RESUMO OBJETIVO Analisar as desigualdades segundo a vulnerabilidade social na incidência, mortalidade e estimativa de sobrevida de neoplasias no sexo masculino. MÉTODOS Foram analisados os casos e as mortes do total de neoplasias e das cinco mais incidentes em homens com 30 anos ou mais no município de Campinas (SP), entre 2010 e 2014, utilizando dados do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). As áreas de residência foram agrupadas em cinco estratos de vulnerabilidade social (EVS) utilizando o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social. Para cada EVS, foram calculadas as taxas de incidência e de mortalidade padronizadas por idade. Um proxy de sobrevida em cinco anos foi calculado pelo complemento da razão da taxa de mortalidade pela taxa de incidência. As desigualdades entre os estratos foram mensuradas pelas razões entre taxas, pelo índice relativo de desigualdade (IRD) e pelo índice angular de desigualdade. RESULTADOS O IRD revelou que a incidência do total de neoplasias (0,66, IC95% 0,62-0,69) e dos cânceres colorretal e de pulmão foram menores entre os socialmente mais vulneráveis, que apresentaram maior incidência dos cânceres de estômago e da cavidade oral. As taxas de mortalidade por câncer de estômago, cavidade oral, próstata e por todas as neoplasias foram superiores nos segmentos mais vulneráveis, sem diferenças na mortalidade por câncer colorretal e de pulmão. A sobrevida foi menor no estrato de maior vulnerabilidade social para todos os cânceres estudados. O índice angular de desigualdade (IAD) mostrou o excesso de casos nos menos vulneráveis e de óbitos nos mais vulneráveis. As desigualdades sociais revelaram-se distintas conforme a localização do tumor e o indicador analisado. CONCLUSÃO Constata-se uma tendência de inversão das desigualdades entre incidência e mortalidade e sobrevida, sendo esta última desfavorável ao segmento de maior vulnerabilidade social para os tipos de câncer, apontando a existência de inequidade no acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento efetivo e oportuno.


Asunto(s)
Humanos , Masculino , Factores Socioeconómicos , Sobrevida , Mortalidad , Disparidades en el Estado de Salud , Hombres , Neoplasias/epidemiología
18.
Rev. saúde pública (Online) ; 57(supl.2): 3s, 2023. tab, graf
Artículo en Inglés, Portugués | LILACS | ID: biblio-1536761

RESUMEN

ABSTRACT OBJECTIVE: To investigate birth-to-childhood tracking of linear growth and weight gain across the distribution of length/height and weight for age z-scores and according to household wealth. METHODS: Data from 614 children from the MINA-Brazil Study with repeated anthropometric measurements at birth and up to age five years were used. Z-scores were calculated for length/height (HAZ) and weight (WAZ) according to international standards. Birth-to-childhood tracking was separately estimated using quantile regression models for HAZ and WAZ, extracting coefficients and 95% confidence intervals (95%CI) at the 25th, 50th, and 75th quantiles. In a subgroup analysis, we estimated tracking between birth and age two years, and between ages two and five years. To investigate disparities in tracking, interaction terms between household wealth indexes (at birth and age five years) and newborn size z-scores were included in the models. RESULTS: Tracking coefficients were significant and had similar magnitude across the distribution of anthropometric indices at age five years (HAZ, 50th quantile: 0.23, 95%CI: 0.11 to 0.35; WAZ, 50th quantile: 0.31, 95%CI: 0.19 to 0.43). Greater tracking was observed between ages two and five years, with coefficients above 0.82. Significantly higher tracking of linear growth was observed among children from wealthier households, both at birth, at the lower bounds of HAZ distribution (25th quantile: 0.30, 95%CI: 0.13 to 0.56), and during childhood, in the entire HAZ distribution at five years. For weight gain, stronger tracking was observed at the upper bounds of WAZ distribution at age five years among children from wealthier households at birth (75th quantile: 0.59, 95%CI: 0.35 to 0.83) and during childhood (75th quantile: 0.54, 95%CI: 0.15 to 0.93). CONCLUSION: There was significant tracking of HAZ and WAZ since birth, with indication of substantial stability of nutritional status between ages two and five years. Differential tracking according to household wealth should be considered for planning early interventions for preventing malnutrition.


RESUMO OBJETIVO: Investigar a autocorrelação do crescimento linear e ganho de peso do nascimento até a infância considerando a distribuição de escores z de comprimento/estatura e peso por idade e de acordo com a riqueza domiciliar. MÉTODOS: Foram utilizados dados de 614 crianças do Estudo MINA-Brasil com medições antropométricas realizadas do nascimento até os cinco anos de idade. Escores z foram calculados para comprimento/estatura (HAZ) e peso (WAZ) seguindo padrões internacionais. A autocorrelação ou estabilidade da adequação do estado nutricional do nascimento à infância foi estimada por meio de modelos de regressão quantílica para HAZ e WAZ, separadamente, extraindo-se coeficientes e intervalos de confiança de 95% (IC95%) nos quantis 25, 50 e 75. Em uma análise de subgrupo, estimou-se a autocorrelação entre o nascimento até os dois anos de idade, e entre dois e cinco anos de idade. Para investigar disparidades na autocorrelação, termos de interação entre índices de riqueza familiar (ao nascer e aos cinco anos de idade) e escores z de tamanho do recém-nascido foram incluídos nos modelos. RESULTADOS: Os coeficientes de autocorrelação foram significantes e tiveram magnitude semelhante ao longo da distribuição dos índices antropométricos aos cinco anos de idade (HAZ, quantil 50: 0,23, IC95%: 0,11 a 0,35; WAZ, quantil 50: 0,31, IC95%: 0,19 a 0,43). Maior estabilidade do estado nutricional foi observada entre dois e cinco anos, com coeficientes acima de 0,82. Autocorrelação significantemente maior do crescimento linear foi observada entre as crianças de domicílios mais ricos, tanto ao nascer, nos limites inferiores da distribuição HAZ (quantil 25: 0,30, IC95%: 0,13 a 0,56) e durante a infância, em toda a distribuição HAZ aos cinco anos. Para o ganho de peso, observou-se uma autocorrelação mais forte nos limites superiores da distribuição do WAZ aos cinco anos de idade entre as crianças de domicílios mais ricos ao nascer (quantil 75: 0,59, IC95%: 0,35 a 0,83) e durante a infância (quantil 75: 0,54, IC95%: 0,15 a 0,93). CONCLUSÃO: Houve autocorrelação significante de HAZ e WAZ desde o nascimento, com indicação de substancial estabilidade do estado nutricional entre os dois e cinco anos de idade. A autocorrelação diferencial de acordo com a riqueza domiciliar deve ser considerada para o planejamento de intervenções precoces para prevenir a má nutrição.


Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Recién Nacido , Lactante , Preescolar , Factores Socioeconómicos , Aumento de Peso , Niño , Estado Nutricional , Cohorte de Nacimiento , Crecimiento
19.
Artículo en Inglés, Portugués | LILACS, BDENF | ID: biblio-1413952

RESUMEN

Objetivo: identificar os fatores sociodemográficos associados à via de parto. Método: trata-se de revisão sistemática com busca nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, PubMed e Cochrane em maio de 2021. O protocolo do estudo foi registrado na PROSPERO sob o nº CRD42021257340. Os artigos selecionados foram posteriormente analisados pelos sistemas Joanna Briggs Institute e Sistema Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation. Resultados: mulheres com maior nível socioeconômico, maior nível de escolaridade, com idade acima de 35 anos e parto em instituições privadas possuem maior chance de realizar cesariana comparado ao parto vaginal. A qualidade da evidência para variável de prestador hospitalar foi baixa, para idade e escolaridade materna a qualidade é moderada e classe econômica a qualidade é alta. Conclusões: os fatores sociodemográficos contribuem para o aumento da taxa de cesárea e reforçam o cenário encontrado na literatura.


Objective: to identify the sociodemographic factors associated with the mode of delivery. Method: this is a systematic review with a search in the Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences, PubMed and Cochrane databases in May 2021. The study protocol was registered with PROSPERO under number CRD42021257340. The selected articles were analyzed by the Joanna Briggs Institute and the Grading System of Recommendations Assessment, Development and Evaluation systems. Results:women with a higher socioeconomic level, higher education, aged over 35 years and private institutions have a greater chance of having a cesarean section compared to the vaginal level. The quality of quality of quality for the service provider variable was low and the quality of maternal schooling is low and the quality of economic class is high. Conclusion: Sociodemographic conclusions in the literature.


Objetivo: identificar los factores sociodemográficos asociados a la modalidad de parto. Método: se trata de una revisión sistemática con búsqueda en las bases de datos Literatura Latinoamericana y del Caribe en Ciencias de la Salud, PubMed y Cochrane en mayo de 2021. El protocolo de estudio fue registrado en PROSPERO con el número CRD42021257340. Los artículos seleccionados fueron analizados por el Instituto Joanna Briggs y los sistemas Grading System of Recommendations Assessment, Development and Evaluation. Resultados: las mujeres con mayor nivel socioeconómico, educación superior, mayores de 35 años e instituciones privadas tienen mayor probabilidad de tener una cesárea en comparación con el nivel vaginal. La calidad de calidad de calidad para la variable proveedor de servicios fue baja y la calidad de escolaridad materna es baja y la calidad de clase económica es alta.


Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Recién Nacido , Cesárea/tendencias , Factores Sociodemográficos , Parto Normal/tendencias , Factores Socioeconómicos , Trabajo de Parto , Determinantes Sociales de la Salud/tendencias
20.
Rev. panam. salud pública ; 47: e121, 2023. tab, graf
Artículo en Español | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1515491

RESUMEN

RESUMEN Objetivo. Evaluar la asociación entre las desigualdades sociales y la mortalidad por lesiones de tránsito en Colombia durante 2019. Métodos. En este estudio ecológico se evaluó la asociación entre las desigualdades sociales y la mortalidad por lesiones de tránsito de las personas usuarias del sistema de transporte terrestre carretero en Colombia durante 2019, con base en fuentes secundarias de información, a nivel de departamento como unidad administrativa y geográfica de estudio. Se hizo un análisis estadístico descriptivo tanto del indicador de salud como de los estratificadores de equidad y se utilizaron medidas absolutas y relativas para determinar las brechas de desigualdad social. Resultados. En 2019 murieron en Colombia 6 580 personas por lesiones de tránsito, la mayoría de las cuales (82%) eran hombres. La condición de usuario más crítica fue la de motociclista. El grupo etario con más víctimas tenía aproximadamente 30 años. Los departamentos con población entre 500 000 y 2 000 000 de habitantes tuvieron la más alta participación. El estratificador de equidad con la condición más crítica de desigualdad fue el número de motocicletas registradas por cada 100 000 habitantes. Se evidenciaron brechas de desigualdad importantes entre los departamentos. Conclusiones. Se reconocieron desigualdades de la mortalidad por lesiones de tránsito en Colombia. Se deben orientar políticas y actuaciones que contribuyan a la disminución de las inequidades identificadas, lo que redunda en la calidad de vida, bienestar y salud de los ciudadanos.


ABSTRACT Objective. To evaluate the association between social inequalities and deaths from traffic injuries in Colombia in 2019. Methods. This ecological study evaluated the association between social inequalities and deaths from traffic injuries among users of the road transport system in Colombia in 2019, based on secondary information sources, using the department level as the administrative and geographic unit of study. A descriptive statistical analysis of health indicators and equity stratifiers was performed. Absolute and relative measures were used to determine social inequality gaps. Results. In 2019, 6 580 people died from road traffic injuries in Colombia. The majority of them (82%) were men. The most critical user condition was being a motorcyclist. The age group with the most victims was approximately 30 years old. Departments with populations between 500 000 and 2 000 000 were the most represented. The most critical equity stratifier was the number of registered motorcycles per 100 000 population. Significant inequality gaps between departments were observed. Conclusions. Inequalities in deaths from road traffic injuries in Colombia were observed. Policies and actions should focus on helping to reduce identified inequities, resulting in better quality of life, well-being, and health for the population.


RESUMO Objetivo. Avaliar a relação entre desigualdades sociais e mortalidade por acidentes de trânsito na Colômbia no ano de 2019. Métodos. Este estudo ecológico avaliou a relação entre desigualdades sociais e mortalidade por acidentes de trânsito entre usuários do sistema de transporte rodoviário na Colômbia em 2019, com base em fontes secundárias de informação e departamentos como unidades administrativas e geográficas do estudo. Foi feita uma análise estatística descritiva do indicador de saúde e dos estratificadores de equidade, e foram utilizadas medidas absolutas e relativas para determinar as lacunas de desigualdade social. Resultados. Em 2019, 6 580 pessoas morreram na Colômbia em decorrência de acidentes de trânsito, em sua maioria homens (82%). A categoria de usuário mais afetada foi a de motociclistas, e a faixa etária com o maior número de vítimas girava em torno dos 30 anos. Departamentos com população entre 500 mil e 2 milhões de habitantes tiveram a maior participação. O estratificador de equidade com a condição mais crítica de desigualdade foi o número de motocicletas registradas por 100 mil habitantes. Foram evidenciadas lacunas significativas de desigualdade entre os departamentos. Conclusões. Foram reconhecidas desigualdades na mortalidade por acidentes de trânsito na Colômbia. É preciso implementar políticas e ações que contribuam para a redução das desigualdades identificadas, o que resultará em qualidade de vida, bem-estar e saúde para os cidadãos.

SELECCIÓN DE REFERENCIAS
DETALLE DE LA BÚSQUEDA