RESUMEN
Context Tumors of the jugular foramen present a challenge to skull base surgeons. Their rarity, coupled with the complex anatomy of the region require exquisite knowledge and surgical technique. We present the history of the craniocervical approach to the jugular foramen, as well as surgical advice on how to manage the different extensions these tumors may present. The surgical nuances come from the experience of our skull base team managing over 150 tumors of the jugular foramen over the past 30 years. The history of the craniocervical approach was obtained by reviewing articles on surgery of the jugular foramen published on PUBMED over the past 100 years. History The first craniocervical approach may be attributed to Gardner et al. in 1891, with posterior contributions from Shapiro and Neues, Gejrot, Kempe et al, Hilding and Greenberg, and Glasscock. Nuances Cervical dissection with identification of the jugular vein, carotid bifurcation, and IX to XII cranial nerves was performed. Mastoidectomy with exposition of the fallopian canal, labyrinth, middle ear, sigmoid sinus, followed by a trans-sigmoid craniotomy with transposition of the vertebral artery gave access to the temporal and intracranial region. Conclusion Approaching the jugular foramen is the epitome of skull base surgery. Several modifications of the standard approach may be necessary depending on the extension of the tumor.
Contexto Os tumores do forame jugular apresentam um desafio para os cirurgiões da base do crânio. A sua raridade e a anatomia complexa da região requerem conhecimento específico da técnica cirúrgica. O presente manuscrito apresenta a história do acesso crâniocervical ao forame jugular, assim como dicas cirúrgicas para manejar as diferentes extensões que os tumores podem apresentar. As dicas são derivadas da experiência da nossa equipe em mais de 150 tumores do forame jugular nos últimos 30 anos. A história do acesso crâniocervical foi obtida da revisão de artigos em PUBMED dos últimos 100 anos. História A primeira abordagem craniocervical pode ser atribuída a Gardner et al. em 1891, com contribuições posteriores de Shapiro e Neues, Gejrot, Kempe et al, Hilding e Greenberg e Glasscock. Descrição A dissecção cervical necessita identificação da veia jugular, bifurcação carotídea, e dos nervos cranianos de IX a XII. A mastoidectomia com exposição do canal de falópio, labirinto, ouvido médio e seio sigmoide foi seguida por uma craniotomia transsigmoide com transposição da artéria vertebral, permitindo abordar a região temporal e intracraniana. Conclusão Acessar o forame jugular é o epítome da cirurgia da base do crânio. Múltiplas modificações do acesso tradicional podem ser necessárias dependendo da extensão do tumor.
RESUMEN
Objective To compare the right and left sides of the same skulls as far as the described landmarks are concerned, and establish the craniometric differences between them. Method We carried out measurements in 50 adult dry human skulls comparing both sides. Results The sigmoid sinus width at the sinodural angle level was larger on the right side in 78% of the cases and at the level of the digastric notch in 72%. The jugular foramen width was also larger on the right side in 84% of the cases. The sigmoid sinus distance at the level of the digastric notch was larger on the right side in 64% of the cases, and the sigmoid sinus distance at the level of the digastric notch to the jugular foramen was larger on the right side in 70% of the cases. Conclusion Significant craniometric differences were found between both sides of the same skulls. .
Objetivo Comparar os lados direito e esquerdo no mesmo crânio nos pontos referenciais descritos e definir as diferenças craniométricas entre ambos. Método Realizamos mensurações em 50 crânios secos de humanos adultos comparando os lados direito e esquerdo. Resultados Como resultado, obtivemos as medidas da largura do seio sigmóideo na altura do ângulo sinodural maiores no lado direito em 78% dos casos e na altura do ponto digástrico em 72%. A largura do forame jugular foi também maior no lado direito em 84% dos casos. A distância do seio sigmóideo na altura do ângulo sinodural até a altura do ponto digástrico foi maior do lado direito em 64% dos casos, e a distância do seio sigmóideo na altura do ponto digástrico até o forame jugular foi maior do lado direito em 70% dos casos. Conclusão Diferenças craniométricas significativas foram encontradas entre os dois lados do crânio. .
Asunto(s)
Adulto , Humanos , Puntos Anatómicos de Referencia/anatomía & histología , Cefalometría/métodos , Senos Craneales/anatomía & histología , Base del Cráneo/anatomía & histología , Cefalometría/instrumentación , Rayos Láser , Hueso Occipital/anatomía & histología , Valores de Referencia , Transiluminación/métodosRESUMEN
Introdução: As lesões do forame jugular são raras, sendo os paragangliomas os tumores mais comuns desta região seguidos pelos schwannomas. Os schwannomas são tumores benignos de crescimento lento e origem principalmente nos nervos cranianos sensitivos. Quando localizados no forame jugular, apresentam-se clinicamente com perda auditiva, ataxia e cefaleia, sendo comuns as alterações dos nervos cranianos IX, X e XI. A excisão cirúrgica é a opção terapêutica de escolha. Relato do Caso: Relatamos o caso de um paciente adulto jovem que procurou o serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário de Brasília com quadro de otalgia e otorreia piossanguinolenta no ouvido esquerdo, associada a zumbido, hipoacusia e tumor no conduto auditivo externo. Iniciada investigação diagnóstica com tomografia computadorizada e biópsia, ambas com resultados inconclusivos. Realizadas então nova biópsia e ressonância nuclear magnética, com diagnóstico definitivo de schwannoma do foram jugular. Na ocasião a lesão foi definida como tipo D pela classificação de Kaye-Pellet, por envolver o forame jugular, apresentar formato de halter e componentes intra e extracraniano. Realizada cirurgia por craniotomia com excisão parcial do tumor. Não houve sequelas do procedimento, apesar da persistência dos sintomas otológicos. Comentários Finais: O caso é um exemplo de uma doença rara, com pouco mais de duzentos casos relatados na literatura, e apresentação clínica incomum. O desafio diagnóstico e terapêutico é enfrentado pelas equipes de Otorrinolaringologia e Neurocirurgia, que programam para breve nova abordagem cirúrgica combinada para extirpação completa do tumor.
Introduction: Lesions of the jugular foramen are uncommon, and the paragangliomas are the most common tumors in this region, followed by schwannomas. Schwannomas are benign tumors, of slow growth and origin mainly in the sensitive cranial nerves. When located in the jugular foramen, the patients present with clinically auditory hearing loss, ataxia and headache, and cranial nerves IX, X and XI alterations are also common. Surgical excision is the therapeutic choice. Case Report: We reported the case of a young adult patient who sought the Otorhinolaryngology service at the School Hospital of Brasília for investigation of otalgia and chronic infection in the left ear, associated with tinnitus, hypacusis and tumor in the external ear canal. Initial diagnostic investigation by computed tomography and biopsy was inconclusive. New biopsy and magnetic resonance imaging were performed and definitive diagnosis of jugular foramen schwannoma was given. The lesion was then defined as type D by the classification of Kaye-Pellet, for it involved the jugular foramen, presented format of dumbbell and intra and extracranial components. The patient underwent a craniotomy and partial excision of the tumor. He did not have sequels of the procedure, although the otologic symptoms persisted. Final Comments: This case is an example of a rare disease. No more than two hundred cases have been reported in the literature and the clinical presentation is uncommon. The diagnostic and therapeutic challenge is faced by Otorhinolaryngology and Neurosurgery teams who are scheduling a new combined surgical procedure for a complete excision of the tumor.