RESUMEN
Objetivo: analisar a utilização de materiais aloplásticos reabsorvíveis e não reabsorvíveis na reconstrução óssea orbital. Métodos: realizado uma revisão de literatura integrativa de natureza exploratória. Resultados: O diagnóstico e o tratamento de lesões traumáticas faciais obtiveram grande progresso nas últimas décadas, tratando-se de um trauma de abrangência multidisciplinar, que envolve especialidades odontológicas e médicas. Sequelas do inadequado tratamento das fraturas orbitárias, como exoftalmia, restrição da mobilidade ocular e distopia ocular ou orbital, representam problemas estéticos e funcionais muito difíceis, senão impossíveis de serem corrigidos. Verificou-se que em fraturas do tipo blow-out, o titânio é um material favorável a osseointegração, já em regiões estéticas a hidroxiapatita e cimentos de fosfato de cálcio são materiais que conseguem devolver uma anatomia adequada. Tratando-se de materiais reabsorvíveis, que são de fácil manipulação, deve-se tomar cuidado as possíveis reações teciduais, porém não existe um critério de escolha ideal, mas sim, a análise de suas vantagens e desvantagens em cada caso. Conclusão: ainda não existe consenso sobre o melhor material para fraturas de órbitas, por isso, deve-se sempre analisar suas vantagens e desvantagens de acordo com o grau da fratura do paciente, sendo uma decisão do cirurgião responsável.
RESUMEN
Introdução: a região orbitária é bastante suscetível a fraturas, devido a sua posição exposta e a ossos frágeis. As fraturas do tipo blow-out caracterizam-se pela fratura do assoalho orbitário com ou sem herniação de conteúdo para o seio maxilar, gerando consequências funcionais e estéticas. Relato do caso: paciente do sexo feminino, 48 anos de idade, vítima de queda da própria altura, compareceu ao Hospital Geral do Estado da Bahia com queixa de diplopia, apresentando fratura de assoalho de órbita direita. Foi programada uma abordagem transconjuntival e instalação de tela de titânio para reconstrução. Na alta hospitalar, a paciente negou diplopia, não apresentando prejuízos funcionais ou estéticos. Conclusão: o acesso transconjuntival possibilita uma adequada exposição do assoalho de órbita, para colocação de telas, deixando uma cicatriz imperceptível na conjuntiva. Apesar das vantagens, este acesso cirúrgico apresenta maior complexidade técnica, sendo pouco realizado pelos cirurgiões
Introduction: the orbital region is very susceptible to fractures due to its exposed position and fragile bones. Blow-out fractures are characterized by fractures of the orbital floor with or without herniation of contents to the maxillary sinus, generating functional and aesthetic consequences. Case report: a 48-year-old female patient, victim of a fall from her height, presented to the General Hospital of the State of Bahia complaining of diplopia, presenting with a fracture of the floor of the right orbit. A transconjunctival approach and installation of titanium mesh for reconstruction were scheduled. At hospital discharge, the patient denied diplopia, with no functional or aesthetic impairments. Conclusion: the transconjunctival approach allows adequate exposure of the orbital floor for mesh placement, leaving an imperceptible scar on the conjunctiva. Despite the advantages, this surgical approach presents greater technical complexity and is rarely performed by surgeons.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Persona de Mediana Edad , Fracturas Orbitales , ÓrbitaRESUMEN
ABSTRACT Purpose: This study aimed to evaluate the mechanisms of injury and types of orbital fractures and their relation to concurrent commotio retinae. Methods: This retrospective study evaluated the records of patients with orbital fractures whose diagnoses had been confirmed by computer tomography between July 2017 and September 2019. Patient demographics, the circumstances of injury, ophthalmic examination results, and radiological findings were tabulated. Statistical analysis of the data used two-tailed student's t-tests, chi-squared tests, and odds ratio calculations. Statistical significance was set at p<0.05. Results: Of the 204 patients with orbital fractures included in this study, 154 (75.5%) were male. The mean age was 42.1 years. Orbital fractures involving one orbital wall (58.8%) were more common than those affecting multiple walls (41.2%). The majority of fractures affected the inferior wall (60.3%), with the medial walls being the next most frequently affected (19.6%). The most common cause of injury was assault (59.3%), and the second most common was falls (24%). Commotio retinae was observed in 20.1% of orbital fracture cases and was most associated with injuries caused by assault (OR=5.22, p<0.001) and least associated with those caused by falls (OR=0.06, p<0.001). Eye movement restrictions were more common in central than peripheral commotio (OR=3.79, p=0.015) and with medial wall fractures than fractures to other orbital walls (OR=7.16, p<0.001). The odds of commotio were not found to be higher in patients with multi-walled orbital fractures than in those with single-walled fractures (p=0.967). Conclusions: In the study population, assault was the most common cause of orbital fractures and resulted in commotio retinae than other causes. Ophthalmologists should be aware of the likelihood of commotio retinae in patients with orbital fractures resulting from assault, regardless of the extent of the patient's injuries.
RESUMO Objetivo: Este estudo visou avaliar os mecanismos da lesão e os tipos de fraturas orbitárias e sua relação com commotio retinae simultânea. Métodos: Este estudo retrospectivo avaliou registros de pacientes com fraturas orbitárias cujos diagnósticos foram confirmados por tomografia computadorizada entre julho de 2017 e setembro de 2019. Foram registrados os dados demográficos, circunstâncias da lesão, os resultados do exame oftalmológico e achados radiológicos. A análise estatística dos dados usou os testes de t-Student bicaudal, qui-quadrado e cálculos de odds ratio. O significado estatístico foi fixada em p<0,05. Resultados: Dos 204 pacientes com fraturas orbitárias incluídos neste estudo, 154 (75,5%) eram sexo masculino (75,5%). A média de idade foi de 42,1 anos. As fraturas orbitárias envolvendo uma parede orbital (58,8%) foram mais comuns do que as que acometeram várias paredes (41,2%). A maioria das fraturas acometeu a parede inferior (60,3%), sendo as paredes mediais as próximas mais frequentemente afetadas (19,6%). A causda mais comum de lesão foi agressão (59,3%), e a segunda mais comum foi queda (24%). A commotio retinae foi observada em 20,1% dos casos de fratura orbital e foi mais associada a lesões causadas por agressão (OR=5,22, p<0,001) e menos associada com aquelas causadas por quedas (OR=0,06, p<0,001). As restrições de movimentos oculares eram mais comuns na comoção central do que na periférica (OR=3,79, p=0,015) e com fraturas da parede medial do que com fraturas de outras paredes orbitais (OR=7,16, p<0,001). As chances de comoção não foram maiores em pacientes com fraturas orbitais de paredes múltiplas do que naqueles com fraturas de parede simples (p=0,967). Conclusões: Na população do estudo, a agressão foi a causa mais comum de fraturas orbitais e resultou em commotio retinae mais grave do que qualquer outra causa. Os oftalmologistas devem estar cientes da probabilidade de commotio retinae em pacientes com fraturas orbitais resultantes de agressão, independentemente da extensão das lesões do paciente.
RESUMEN
Objetivo: Relatar um caso clínico de um paciente com fratura zigomático orbitária vítima de tiro de bala de borracha e mostrar a importância de um planejamento adequado. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 19 anos de idade, deu entrada no Hospital de Urgências de Teresina, relatando ter sofrido uma agressão por bala de borracha durante uma manifestação. Foi observado no exame clínico: aumento de volume, equimose palpebral superior e dificuldade de abertura bucal. Na imagem foi observado, projétil de borracha na região zigomática esquerda, fraturas de zigoma com comunicação na região de pilar zigomático, fratura com deslocamento na região de margem Infraorbital e fratura na sutura fronto-zigomática. Foi proposto para o caso clínico, cirurgia sob anestesia geral com acesso intrabucal para fixação do pilar zigomático com placa do sistema 2.0mm, acesso superciliar para fixação da sutura fronto-zigomática com placa 1.5mm, e reconstrução do assoalho orbitário com malha de titânio. Conclusão: No pós-operatório o paciente não apresenta relato de enoftalmia, distopia ou diplopia, ausência de dor e déficits visuais.
Objective: To report a clinical case of a patient with zygomatic-orbital fracture, victim of rubber bullet shooting and show the importance of an adequate planning. Case Report: A 19-year-old male patient was admitted to the Teresina Emergency Hospital, reporting having suffered an aggression by rubber bullet during a demonstration. On clinical examination was observed: increased volume, upper eyelid ecchymosis and difficulty opening the mouth. In the image it was observed, rubber bullet in the left zygomatic region, zygoma fractures with communicationin the region of the zygomatic pillar, fracture with displacement in the region of infraorbital margin and fracture in the fronto-zygomatic suture. It was proposed for the clinical case, surgery under general anesthesia with intraoral access for fixation of the zygomatic pillar with a 2.0 mm plate, superciliary access for fixation of the fronto-zygomatic suture with a 1.5 mm plate, and reconstruction of the orbital floor with titanium mesh. Conclusion: Postoperatively, the patient did not report enophthalmia, dystopia or diplopia, absence of pain and visual deficits.
Objetivo: Informar de un caso clínico de un paciente confractura zigomática-orbital víctima de un disparo de bala de goma y mostrar la importancia de una planificación adecuada. Reporte de caso: Paciente masculino, de 19 años, fue admitido enel Hospital de Urgencias de Teresina, informando haber sufrido una agresión por bala de goma durante una manifestación. Se observó en elexamen clínico: aumento de volumen, equimosis del párpado superior y dificultad para abrir la boca. En la imagen se observó, bala de goma en la región cigomática izquierda, fractura del cigoma con comunicación en la región del pilar cigomático, fractura con desplazamiento en la región del margen infraorbitario y fractura en la sutura fronto-cigomática. Se propuso para el caso clínico, cirugía bajo anestesia general conacceso intraoral para fijacióndel pilar cigomáticocon sistema de placas de 2,0 mm, acceso superciliar para fijación de la sutura fronto-cigomática de placas de 1,5 mm, y reconstrucción del suelo orbitario con malla de titanio. Conclusión: En el post operatorio, la paciente no presentó informes de enoftalmia, distopía o diplopía, ausencia de dolor y déficit visual.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Adulto , Adulto Joven , Heridas por Arma de Fuego , Traumatismos Faciales , Violencia con ArmasRESUMEN
Objetivo: Discutir o tratamento cirúrgico secundário de uma fratura de órbita tipo Blow-Out, explorando os desafios e limitações relacionados a este padrão de fratura. Relato de Caso: Paciente sexo masculino, 50 anos, ASA I relatando histórico de agressão física e quatro cirurgias prévias em região orbitária direita. Clinicamente foram observados sinais como enoftalmo, hipoftalmo, encurtamento da pálpebra inferior, dificuldade de oclusão palpebral, entrópio, hiperemia em conjuntiva, além de presença de secreção purulenta, todos em região orbitária à direita. Diante do exposto, uma nova intervenção cirúrgica foi proposta pela Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, na tentativa corrigir alguns problemas listados, além de encaminhamento a outras especialidades. Encontra-se em acompanhamento de um ano, com boa evolução. Conclusão: O tratamento de fraturas orbitárias é um dos mais desafiadores, especialmente quando se trata sequelas. A definição pelo melhor momento para realização destes procedimentos não é um consenso, sendo necessário uma avaliação clínica criteriosa. Apesar da utilização dos enxertos autógenos ser amplamente recomendada, os materiais aloplásticos vem se tornando a primeira escolha para tratamento das correções secundárias pelas diversas vantagens oferecidas.
Aim: To discuss the secondary surgical treatment of a Blow-Out orbit fracture, exploring the challenges and limitations related to this fracture pattern. Case report: Male patient, 50 years old, ASA I reporting a history of physical aggression and four previous surgeries in the right orbital region. Clinically, enophthalmos, hypophthalmos, shortening of the lower eyelid, difficulty in eyelid occlusion, entropion, hyperemia in the conjunctiva were observed, in addition to the presence of purulent secretion, all in the right orbit. In view of the above, a new surgical intervention was proposed by Buccomaxillofacial Surgery and Traumatology, in an attempt to correct some listed problems, in addition to referral to other specialties. He is being followed up for one year, with good progress. Conclusion: The treatment of orbital fractures is one of the most challenging, especially when dealing with sequelae. The definition of the best time to perform these procedures is not a consensus, requiring a careful clinical evaluation. Although the use of autogenous grafts is widely recommended, alloplastic materials are becoming the first choice for treating secondary corrections due to the several advantages offered.
Objetivo: Discutir el tratamiento quirúrgico secundario de una fractura orbitaria Blow-Out, explorando los desafíos y las limitaciones relacionadas con este patrón de fractura. Caso Clínico: Paciente masculino, 50 años, ASA I, que refi ere antecedentes de agresión física y cuatro cirugías previas en región orbitaria derecha. Clínicamente se observaron signos como enoftalmos, hipoftalmos, acortamiento del párpado inferior, difi cultad en la oclusión palpebral, entropión, hiperemia en la conjuntiva, además de la presencia de secreción purulenta, todos en la región orbitaria derecha. Ante lo anterior, se propuso una nueva intervención quirúrgica desde Cirugía Oral y Maxilofacial y Traumatología, en un intento de corregir algunos de los problemas enumerados, además de la derivación a otras especialidades. Está en seguimiento desde hace un año, con buena evolución. Conclusión: El tratamiento de las fracturas de órbita es uno de los más desafi antes, especialmente cuando se trata de secuelas. La defi nición del mejor momento para realizar estos procedimientos no es un consenso, lo que requiere una evaluación clínica cuidadosa. A pesar de que se recomienda ampliamente el uso de injertos autógenos, los materiales aloplásticos se han convertido en la primera opción para el tratamiento de correcciones secundarias debido a las múltiples ventajas que ofrecen.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Órbita , Materiales Biocompatibles , ViolenciaRESUMEN
Objetivo: relatar um caso clínico, embasando os aspectos relativos à técnica cirúrgica transconjutival com cantotomia lateral como tratamento para fratura de COZM. Relato de caso: Paciente, gênero masculino, compareceu ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Geral do Estado (HGE), vítima de acidente motociclístico, apresentando distopia ocular, degrau ósseo em rebordo infraorbitário direito, perda de projeção malar direita, abertura bucal limitada com desvio ipsilateral e distopia oclusal com sinais sugestivos de fratura do complexo-orbito-zigomático-maxilar direito, juntamente com fratura complexa da mandíbula. A abordagem cirúrgica para acessar o COZM contou com a técnica de incisão transconjuntival com cantotomia lateral para uma melhor visualização dos cotos ósseos fraturados. Considerações finais: a escolha por esse tipo de acesso resultou em uma abordagem cirúrgica bem-sucedida, proporcionando segurança na visualização do campo cirúrgico para posterior reabilitação do paciente, estabelecendo uma devolutiva estética e funcional, cicatriz imperceptível e consequentemente um melhor prognóstico para o paciente.(AU)
Objective: to report a clinical case, basing the aspects related to the transconjunctival surgical technique with lateral canthotomy as a treatment for COZM fracture. Case report: Patient, male gender, attended the Oral and Maxillofacial Surgery and Traumatology Service of the General Hospital of the State (HGE), victim of a motorcycle accident, presenting ocular dystopia, bone step in the right infraorbital ridge, loss of right malar projection, mouth opening limited with ipsilateral deviation and occlusal dystopia with signs suggestive of a fracture of the right orbito-zygomatico-maxillary complex along with a complex fracture of the mandible. The surgical approach to access the contoured COZM with the transconjunctival incision technique with lateral canthotomy for better visualization of the fractured bone stumps. Final considerations: the choice for this type of access resulted in a successful behavioral approach, providing security in the experience of the respiratory field for subsequent rehabilitation of the patient, establishing a devolutionary and functional aesthetics, imperceptible healing and, consequently, a better prognosis for the patient.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Adulto , Cigoma/lesiones , Fracturas Cigomáticas/cirugía , Conjuntiva/cirugía , Aparato Lagrimal/cirugía , Cigoma/diagnóstico por imagen , Fracturas Cigomáticas/diagnóstico por imagen , Tomografía Computarizada por Rayos X , Resultado del TratamientoRESUMEN
RESUMO Um em cada quatro pacientes acometidos por trauma maxilofacial terão concomitantemente fraturas da órbita e lesão ocular. Por isso, uma avaliação oftalmológica minuciosa é recomendada para todos os pacientes que sofrem um trauma de face. Alguns exames oftalmológicos logo após o trauma podem ser decisivos para a preservação da acuidade visual. Sujeitos com achados de exame físico de acuidade visual deficitárias, defeito pupilar aferente e imagens radiográficas com alta profundidade da fratura da órbita estão em maior risco de perda de visão e justificam preocupação específica para avaliação de lesão ocular. O objetivo deste estudo foi reunir as manifestações clínicas oftalmológicas prevalentes em pacientes acometidos por fraturas orbitárias, com o intuito de adquirir melhor perspectiva e entendimento acerca das consequências que a patologia traz ao indivíduo, no que tange à oftalmologia e aos tratamentos mais adequados. Trata-se de estudo de revisão integrativa, utilizando as bases de dados Pubmed®/Medline®, SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde e Lilacs, com um vocabulário controlado segundo a estratégia de busca em cada uma das bases de dados bibliográficas, por meio dos termos "ophthalmologic complications", "prevalence", "orbital fracture", em estudos publicados de 2013 a 2023. A qualidade dos artigos foi avaliada usando o Study Quality Assessment Tool from the Department of Health and Human Services. Foram encontradas 46 referências, sendo 20 no Pubmed®/Medline®, 17 na SciELO, 9 na Biblioteca Virtual em Saúde e nenhuma na Lilacs. Após excluir referências duplicadas, foram selecionadas 44 referências para avaliação de elegibilidade. Após leitura dos títulos e resumos (n=44), 36 estudos foram excluídos pelas seguintes razões: artigos que não respondiam a nossa pergunta científica (n=11) e publicação superior a 10 anos (n=25). Identificaram-se, nos oito artigos selecionados, o objetivo do estudo, a população estudada o nível de evidência. Os oito estudos tiveram como objetivo analisar traumas orbitais com alterações funcionais significativas oculares e visuais pelo prejuízo ao tecido ósseo, nervoso, vascular e até parenquimatoso cerebral na região do assoalho e paredes de cavidades orbital. Dentre as manifestações clínicas oftalmológicas mais importantes, listam-se manifestação de enoftalmia, diplopia, hifema traumático, hemorragia retiniana, amaurose, quemose, neuropatia óptica traumática e hematoma retrobulbar. Considerando os oito estudos analisados, verificou-se a presença unânime de manifestações clínicas oftalmológicas na totalidade dos pacientes acometidos, sendo predominantes a baixa acuidade visual e o hifema. No que tange aos achados de menor prevalência, ao equipará-los às manifestações clínicas oftalmológicas mais encontradas, verifica-se que possuem como fator principal o estado transitório, concluindo-se que, mesmo com toda a gravidade do quadro de fratura orbitária, sua tendência é não deixar sequelas permanentes em grande partes dos casos, ainda que não seja nítida a relação estabelecida pela ausência de sequelas permanentes, especulando-se que essa ausência se deve à identificação do quadro e à intervenção adequada em tempo hábil.
ABSTRACT One in four patients affected by maxillofacial trauma will have concomitant orbital fractures and ocular injuries; therefore, an ophthalmological evaluation is recommended for all patients who have been affected by facial trauma. Some ophthalmological exams soon after the trauma can be decisive for the preservation of visual acuity. Patients with physical examination findings of poor visual acuity, afferent pupillary defect, radiographic images with high depth of orbital fracture, are at greater risk of vision loss and specific concern for evaluation of ocular injury. The objective of this study was to gather the prevalent ophthalmologic clinical manifestations in patients affected by orbital fractures, to achieve a better perspective and understanding about the consequences that the pathology brings to the individual regarding ophthalmology and the most appropriate treatments. This is an integrative review study, using the Pubmed®/Medline®, SciELO, Virtual Health Library and Lilacs databases, with a controlled vocabulary according to the search strategy in each of the bibliographic databases, using the terms "ophthalmologic complications", "prevalence", "orbital fracture", in studies published from 2013 to 2023. The quality of the articles was assessed using the Study Quality Assessment Tool from the Department of Health and Human Services. A total of 46 references were found, 20 in Pubmed®/Medline®, 17 in SciELO, 9 in the Virtual Health Library and none in Lilacs. After excluding duplicate references, 44 references were selected for eligibility assessment. After reading the titles and abstracts (n=44), 36 studies were excluded for the following reasons: articles that did not answer our scientific question (n=11) and publication over 10 years (n=25). In the eight selected articles, the objective of the study, the population studied, and the level of evidence were identified. The eight studies aimed to analyze orbital trauma with significant ocular and visual functional changes due to damage to bone, nerve, vascular, and even brain parenchymal tissue in the region of the floor and walls of orbital cavities. Among the most important ophthalmologic clinical manifestations, there are enophthalmos, diplopia, traumatic hyphema, retinal hemorrhage, amaurosis, chemosis, traumatic optic neuropathy and retrobulbar hematoma. Considering the eight studies analyzed, there was a unanimous presence of ophthalmological clinical manifestations in all affected patients, with low visual acuity and hyphema being predominant. Regarding the findings of lower prevalence, when equating them to the most common ophthalmologic clinical manifestations, they have as main factor the transient state, which can be concluded that, even with all the severity of the orbital fracture, its tendency is not to leave permanent sequelae in most cases, although the relationship established by the absence of permanent sequelae is not clear, speculating that this absence is due to the identification of the condition and the appropriate intervention in a timely manner.
RESUMEN
O objetivo deste estudo foi avaliar, por meio de tomografias computadorizadas, as alterações volumétricas pós-traumáticas, dos tecidos orbitários, no período préoperatório, pós-operatório imediato e após os primeiros 3 meses da cicatrização, correlacionando-as com a manutenção das complicações pós-traumáticas. Vinte e três pacientes com indicação cirúrgica para fraturas unilaterais de órbita foram avaliados clinicamente e por meio de tomografia computadorizada. A órbita oposta, não fraturada foi utilizada como controle. As complicações mais frequentes foram enoftalmo, diplopia e distopia. A alteração volumétrica tecidual nas órbitas fraturadas apresentou-se constante e com diferença estatística significante, com p< 0,0001. Não houve correlação estatística entre a diferença volumétrica do conteúdo orbitário nos 3 períodos e a manutenção das complicações pós-traumáticas, apresentando p= 0,1617. Semelhantemente, não houve correlação entre a área fraturada e a permanência das complicações. Conclui-se que o volume do conteúdo da cavidade orbitária não poderá ser utilizado como fator determinante para a permanência da complicação pós-traumática(AU)
The aim of this study was to evaluate through computed tomography, the posttraumatic volumetric alterations of the orbital tissues, in the preoperative period, immediate postoperative period, and after the first 3 months of healing, correlating them with the maintenance of the post-traumatic complications. Twenty-three patients with surgical indication for unilateral orbital fractures were evaluated clinically and by means of computed tomography. The opposite, unfractured orbit was used as a control. The most frequent complications were enophthalmos, diplopia and dystopia. The tissue volume change in the fractured orbits was constant and present statistically significant difference, with p< 0.0001. There was no statistical correlation between the volumetric difference of orbital content in the 3 periods and the maintenance of post-traumatic complications, with p= 0.1617. Similarly, there was no correlation between the fractured area and the permanence of complications. It is concluded that the volume of the orbital cavity content cannot be used as a determining factor for the permanence of the post-traumatic complication(AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Órbita/cirugía , Fracturas Orbitales/complicaciones , Órbita/anatomía & histología , Tomografía Computarizada por Rayos XRESUMEN
ABSTRACT Posterior fractures of the orbital floor are challenging, since an incomplete visualization of the defect through conventional surgical accesses may compromise the surgical outcome. The use of the endoscope as an auxiliary method during orbital reconstructions may be considered as a tool of considerable importance, mainly due to the visualization of the whole extension of fracture and adaptation of meshes or bone grafts. This study aims to report a clinical case of a patient diagnosed with extensive blowout fracture showing diplopy, enophthalmos, and ophthalmoplegia in supraversion, who underwent a subciliary approach combined with transantral video assisted surgery. There were no intercurrences on the procedure. Currently, patient has 1 year of follow up, with reestablished orbital function and architecture.
RESUMO As fraturas posteriores do assoalho orbital são desafiadoras, visto que a incompleta visualização do defeito por meio dos acessos cirúrgicos convencionais poderá comprometer o resultado cirúrgico. O uso do endoscópio como método auxiliar durante as reconstruções orbitais pode ser considerado uma ferramenta de grande importância principalmente para visualização de toda a extensão da fratura e adaptação das malhas ou enxertos ósseos. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de um paciente diagnosticado com uma extensa fratura blowout apresentando clinicamente diplopia, enoftalmo e oftalmoplegia em supraversão, o qual foi submetido a tratamento através da abordagem subciliar combinada com a cirurgia vídeo-assistida transantral. O procedimento foi realizado sem intercorrências, estando o paciente com 1 ano de acompanhamento, com função e arquitetura orbital restabelecidos.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Adulto , Fracturas Orbitales/cirugía , Procedimientos de Cirugía Plástica/métodos , Cirugía Asistida por Video/métodos , Endoscopía/métodos , Fracturas Orbitales/diagnóstico por imagen , Prótesis e Implantes , Mallas Quirúrgicas , Titanio , Tomografía Computarizada por Rayos X , Diplopía , Seno Maxilar/cirugía , Seno Maxilar/diagnóstico por imagenRESUMEN
A região orbitária é bastante suscetível a traumas, visto que apresenta uma posição exposta, além de ser composta por ossos frágeis. Quando indicada, é preciso intervenção cirúrgica para preservar a função visual e harmonia facial do paciente. Os acessos transconjuntival e transcaruncular são descritos na literatura como formas seguras, rápidas, funcionais e esteticamente benéficas para a abordagem ao assoalho orbitário e lâmina papirácea. Sobre os materiais biocompatíveis utilizados, a placa de titânio é inabsorvível e permite fixação interna rígida, moldada às curvaturas naturais dos ossos, com baixo risco de infecção. As folhas de polietileno poroso são polímeros inertes e não absorvíveis que facilitam o crescimento de tecido e reduzem as chances de rejeição. Nesse relato de caso, evidencia-se paciente masculino, 28 anos, vítima de traumatismo facial após prática esportiva que apresentou fratura de assoalho e parede medial orbitária direita, com indicação de reconstrução orbitária com acessos transconjuntival e transcaruncular para fixação de placa de titânio em assoalho da órbita direita e de folhas de polietileno poroso em lâmina papirácea à direita, respectivamente (AU)
The orbital region is quite susceptible to trauma, since it has an exposed position, besides being com-posed of fragile bones. When indicated, surgical intervention is required to preserve the patient's visual function and facial harmony. Transconjunctival and transcaruncular accesses are described in the literatu-re as safe, fast, functional and with esthetic benefits for the approach to the orbital floor and papyraceous lamina. Among the biocompatible materials used, the titanium plate does not undergo resorption and allows rigid internal fixation, being shaped to the natural curvatures of the bones, with low risk of infec-tion. Porous polyethylene sheets are inert and nonabsorbable polymers that facilitate tissue growth an reduce the chances of rejection. In this case report, a 28-year-old male patient, a victim of facial trauma after sports practice presented a fracture of the floor and the right orbital medial wall, and orbital recons-truction was indicated with transconjunctival and transcaruncular accesses for fixation of titanium plate in the floor of the right orbit and porous polyethylene sheets in papyracea leaf on the right, respectively (AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Adulto , Fracturas Orbitales , Procedimientos Quirúrgicos OftalmológicosRESUMEN
Introdução: A reconstrução dos defeitos no assoalho orbital após fraturas constitui um desafio ao cirurgião plástico, pois além da expectativa estética e reconstrutora do paciente, cabe o tratamento de possíveis complicações funcionais, como diplopia e parestesias faciais. O objetivo é demonstrar uma série de casos utilizando cartilagem auricular conchal para reposição volumétrica orbital e estrutural do assoalho. Métodos: Foram avaliados 24 pacientes, operados pelo autor deste trabalho no período de 2013 a 2016, por motivo de fraturas de assoalho orbital pura (blow-out) ou impura (conjugadas a lesões de margem orbital, como zigoma e maxila). A técnica de estruturação do assoalho utilizou enxerto cartilaginoso autólogo conchal em todos os casos. Os pacientes foram catalogados quanto à presença de queixas pré-operatórias, como parestesia e diplopia, e sintomas, como enoftalmia, assim como resultados pós-operatórios. Resultados: A presença de lesões concomitantes como fratura de complexo zigomático e fratura maxilar pode influenciar no sucesso da reconstrução, assim como as fraturas com maior área de descontinuidade no assoalho orbital. Poucos pacientes apresentaram queixas pós-operatórias e somente dois casos (9,2%) necessitaram de nova abordagem cirúrgica. Conclusão: A cartilagem conchal auricular autóloga é um material adequado à reconstrução de defeitos no assoalho orbital pós-fratura, apresentando como vantagens a fácil obtenção, baixa morbidade, cicatriz inconspícua, excelente adaptação ao formato do assoalho da órbita e consequente reposição volumétrica.
Introduction: The reconstruction of defects in the orbital floor after fractures poses a challenge to the plastic surgeon because besides the patient's aesthetic and reconstructive expectations, possible functional complications such as diplopia and facial paresthesia must be treated. This study aimed at reporting a series of cases in which conchal auricular cartilage was used for volumetric orbital and structural replacement of the floor. Methods: Twenty-four patients, with surgery performed by the author, between 2013 and 2016, for pure (blow-out) or impure (conjugated to orbital margin injuries, such as zygoma and maxilla) orbital floor fractures, were evaluated. The repair technique involved autologous conchal cartilage graft in all cases. Patients were classified for the presence of preoperative complaints, including paresthesia and diplopia, and symptoms such as enophthalmia, as well as postoperative outcomes. Results: The existence of concomitant lesions, such as zygomatic complex and maxillary fracture, as well as fractures with greater discontinuity in the orbital floor, may influence the success of reconstruction. Few patients exhibited postoperative complaints and only two (9.2%) required a new surgical approach. Conclusion: Autologous conchal auricular cartilage is a suitable material for reconstruction of defects in the post-fracture orbital floor, possessing various advantages, including ease of attainment, low morbidity, inconspicuous scar, and excellent adaptation to the shape of the orbital floor and consequent volumetric replacement.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Anciano , Anciano de 80 o más Años , Historia del Siglo XXI , Órbita , Fracturas Orbitales , Parestesia , Procedimientos de Cirugía Plástica , Implantes Orbitales , Cartílago Auricular , Órbita/cirugía , Órbita/lesiones , Fracturas Orbitales/cirugía , Fracturas Orbitales/terapia , Parestesia/cirugía , Parestesia/complicaciones , Parestesia/rehabilitación , Registros Médicos , Registros Médicos/normas , Procedimientos de Cirugía Plástica/métodos , Cartílago Auricular/cirugía , Cartílago Auricular/trasplanteRESUMEN
O acesso transconjuntival com cantotomia lateral possibilita ao cirurgião adequada exposição do rebordo infraorbitário, margem lateral da órbita e assoalho orbitário, com baixo índice de complicações e excelentes resultados estéticos. Essa abordagem elimina a necessidade de incisões cutâneas na pálpebra inferior assim como suas complicações. Este trabalho tem por objetivo apresentar um caso clínico e discutir detalhes da técnica bem como suas indicações e possíveis complicações... (AU)
Transconjunctival approach with lateral canthotomy enables the surgeon adequate exposure of the infraorbital rim, the lateral margin of the orbit and orbital floor, with a low complication rate and excellent cosmetic results. This approach eliminates the need for skin incisions in the lower eyelid, as well as its complications. This work aims to present a case and discuss the technical details, as well as its indications and possible complications... (AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Adulto , Órbita , Fracturas Orbitales , Párpados , Fijación Interna de Fracturas , Accidentes de Tránsito , Enoftalmia , ConjuntivaRESUMEN
As fraturas orbitárias do tipo blow-out são classificadas em dois tipos: pura e impura. O seu diagnóstico é realizado através do exame clínico auxiliado por exames de imagens. Dentre todas as imagens, a mais indicada é a tomografia computadorizada que oferece uma melhor visualização e avaliação do traço de fratura e possibilita um melhor planejamento cirúrgico.O tipo do tratamento, cirúrgico ou não-cirúrgico, assim como o momento mais oportuno para esse tratamento das fraturas orbitárias blow-out, imediato ou tardio, é controverso na literatura. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico de fratura orbitária blow-out pura, tratado cirurgicamente e de forma imediata com sucesso clínico.
Fractures orbital blow-out are ranked in two types: pure and impure. Diagnosis is made through clinical examination aided by images. Among these images, the most recommended is CT, which provides better visualization and evaluation of the fracture and also allows better surgical planning. The treatment type, surgical or not, as well as timing, immediate or late on, of treatment for orbital blow-out fractures is controversial in the literature. The objective of this paper is to present a pure blow out fracture case surgically treated and immediately after.
RESUMEN
Fractures of the naso-orbitoethmoid complex (NOE) remain one of the most challenging tasks in facial reconstruction and account for 2.1% of facial trauma cases. Clinical analyses of NOE fractures showed that they usually affect the telecanthus and cause deformities that would then require retropositioning of the nasal pyramid. Therefore, computed tomographyis an essential technique for further assessment and to identify bone dislocations and fistulas. Treatment involves reconstruction of the intercanthal distance, nasal projection, and internal orbital structures.
A fratura do complexo nasoetmoideorbital (NEO) permanece como uma das tarefas mais desafiadoras no trauma facial. Corresponde a 2,1% dos casos de trauma de face. Achados clínicos clássicos das fraturas NEOs são telecanto e deformidade com retroposicionamento da pirâmide nasal. O estudo com tomografia computadorizada é imprescindível para determinar detalhes e procurar localizar deslocamentos ósseos e fístulas. O tratamento é direcionado à reconstrução da relação intercantal, da projeção nasal e das estruturas internas da órbita.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adolescente , Adulto Joven , Persona de Mediana Edad , Deformidades Adquiridas Nasales/cirugía , Fracturas Orbitales/cirugía , Hueso Etmoides/cirugía , Hueso Etmoides/lesiones , Hueso Nasal/cirugía , Hueso Nasal/lesiones , Procedimientos de Cirugía Plástica/métodos , Tomografía Computarizada por Rayos X , Métodos , Pacientes , Terapéutica , Heridas y LesionesRESUMEN
Diversos acessos cirúrgicos podem ser utilizados no tratamentode fraturas do complexo zigomático-orbitário. A incisão subciliarpromove uma excelente exposição do rebordo infraorbitário,assoalho e parede lateral de órbita com localização que a tornaimperceptível após a reparação tecidual. Contudo, o aumentoda exposição da esclera e o ectrópio são possíveis sequelasassociadas a este tipo de acesso. Este trabalho tem por objetivoapresentar caso clínico de fratura de complexo zigomáticoorbitárioe discutir aspectos relativos a variações da técnicacirúrgica que elucidam a evolução da mesma, minimizandopossíveis sequelas pós-operatórias.
RESUMEN
Objetivo: Definir um protocolo de tratamento em fraturas orbitárias, comparando-o com as diversas formas de tratamento existentes na literatura atual. Metodologia: O protocolo proposto foi elaborado com base na experiência clínica adquirida por um cirurgião bucomaxilofacial junto a três hospitais em Porto Alegre - RS. Foram selecionados artigos de maior relevância sobre o assunto, discutindo diferentes formas de tratamento das fraturas orbitárias. Resultados: Após avaliação clínica e radiográfica, quando constatados lesões oculares ou neurológicas, os pacientes devem ser encaminhados ao oftalmologista e neurologista, respectivamente. Após o diagnóstico do cirurgião bucomaxilofacial, o tratamento deve ser realizado de acordo com a região anatômica orbitária envolvida. Conclusão: O estabelecimento de um protocolo num serviço de trauma de qualidade é de fundamental importância, visto que as fraturas orbitárias devem ser diagnosticadas com precisão e rapidez, visando a um tratamento adequado que minimize suas sequelas.
RESUMEN
Descreve-se um paciente com trauma ocular grave causada por acidente automobilístico que acarretou luxação total de bulbo ocular.
Description of a patient with grave ocular trauma caused by a traffic accident that it followed by total luxation of the eye.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Fracturas Orbitales/cirugía , Enucleación del Ojo/métodos , Accidentes de Tránsito , Lesiones Oculares/cirugía , Procedimientos de Cirugía Plástica/métodos , Polietilenos , Materiales Biocompatibles , Implantes Orbitales , Traumatismos del Nervio Óptico/cirugía , Ojo ArtificialRESUMEN
A escolha do tipo de acesso para exploração do complexo zigomático-orbitário depende da localização e tipo de fratura, da experiência do cirurgião e do sucesso dos resultados obtidos. São vários os tipos de acesso para essa região, dentre eles, podem ser citados o acesso subciliar, o subtarsal e o transconjuntival. O acesso subciliar além de promover uma excelente exposição do rebordo infra-orbitário, da parede lateral da órbita e do assoalho orbital, mostra um resultado estético aceitável com cicatriz imperceptível. No entanto, alguns problemas estão relacionados a esta abordagem como o aumento da exposição da esclera e o ectrópio. O propósito deste trabalho é apresentar um caso clínico e discutir seu protocolo de tratamento, bem como suas vantagens e desvantagens e as possíveis complicações.
The type of access for treatment of the zygomatic-orbital complex fractures depends on the fracture type and localization, the surgeon's experience and the good outcomes obtained. There are several types of approach to this place, like the subciliary, the subtarsal and transconjunctival approach. The subciliary approach in addition to promoting an excellent exposure of the infra-orbital rim, the side wall of the orbit and the orbital floor it can end with an acceptable aesthetic result and imperceptible scar. However, some problems are related to this approach as increasing the exposure of the sclera and ectropion. The purpose of this paper is to present a clinical case and discuss the protocol of treatment and their advantages and disadvantages and possible complications.
RESUMEN
As fraturas do osso zigomático são traumatismos faciais comuns e representam ou as fraturas mais comuns ou a segunda em frequência, após as fraturas nasais. A incidência, etiologia, idade e predisposição por sexo nas fraturas zigomáticas varia de acordo com o status social, econômico, político e educacional da população estudada. Devido ao fato que o contorno facial é influenciado pelas estruturas ósseas subjacentes, o zigoma representa um papel fundamental no contorno facial. A alteração da posição do zigoma também tem um grande significado funcional, pois cria alterações oculares e na função mandibular. A terapia adequada para o trauma de órbita é sempre complexa e requer que o cirurgião esteja familiarizado com a anatomia detalhada da órbita e o padrão de dano dos componentes de tecido moles e duros. Vários materiais aloplásticos são usados no reparo de fraturas da parede orbitária. Reparo da fratura orbital que usa malha de titânio proporciona reprodução estável e segura da parede de órbita, enquanto oferece resultados funcionais e cosméticos excelentes, comparáveis com outros materiais de aloplásticos. Apresentamos um caso de fratura de assoalho de órbita tratada com malha de titânio pré-fabricada. A malha de titânio é um material muito seguro para reconstrução de fraturas blow out e restauração do volume da órbita.
Zygomatic fractures are common facial injuries, representing either the most common facial fracture or the second in frequency after nasal fractures. The incidence, etiology, age, and sex predilection of zygomatic injuries vary, depending largely on the social, economic, political, and educational status of the population studied. Since the gross shape of the face is influenced largely by the underlying osseous structure, the zygoma plays an important role in facial contour. Disruption of zygomatic position also has great functional significance because it creates impairment of ocular and mandibular function. Trauma to the orbit is always complex, and adequate therapy requires that the surgeon be familiar with the detailed anatomy of the orbit and the pattern of injury of the soft and hard tissue components. Various alloplastic materials are used in orbital wall reconstruction. Orbital fracture repair using mesh titanium orbital implants provides reliable and reproducible stabilization of orbital wall defects, while offering outstanding functional and cosmetic results comparable with other alloplastic materials. We present a case report of blow out fracture treated which prefabricated titanium mesh in their repair. Mesh titanium implant is a very reliable material for reconstruction of the orbital blow-out fractures and restoration of the orbital volume.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Órbita , Fracturas Orbitales , TitanioRESUMEN
As fraturas que envolvem o assoalho da órbita, quase que invariavelmente, estão associadas a distúrbios visuaise comprometimento estético. Muitas vezes, pela fina espessura do osso nessa região, há necessidade de emprego de materiais de reconstrução. O propósito deste estudo é apresentar um caso clínico onde foi realizada areconstrução do assoalho orbital com o emprego de enxerto autógeno de crista ilíaca. Os resultados permitem concluir que o enxerto autógeno de crista ilíaca se constitui em material viável na reconstrução de fraturas do assoalho da órbita.
Fractures involving the orbital floor, almost invariably, are associated with visual and esthetic disturbances. Often, bone thin in this region needs the use of reconstruction materials. This study aims to present a clinical case of reconstruction of fractures of the orbit floor with iliac crest autografts. The results suggest that iliac crest autografts are an effective material in the reconstruction of fractures of the orbit floor.