RESUMEN
Resumen: Son múltiples las formas de interpretar una gasometría, aunque ninguna mejor que la otra. Una correcta interpretación de la gasometría es una habilidad que todo médico debe dominar. Intentar interpretar «todo a la vez¼ y de forma poco organizada es el error más común. Entonces el secreto para desarrollar dicha habilidad radica en el «orden¼, por lo que te sugerimos utilizar sólo 3 pasos, sólo 3 fórmulas. El abordaje diagnóstico de los trastornos ácido-base con el método tradicional de Henderson-Hasselbalch no permite explicar todos los trastornos, pero en combinación con el exceso de base descrito por Siggaard-Andersen, facilita el diagnóstico, además que esta combinación es sencilla, rigurosa y práctica.
Abstract: There are multiple ways of interpreting gasometry, although no better than the other. A correct interpretation of gasometry is a skill that every doctor must dominate. Try to interpret «all at once¼ and little organized is the most common error. Then the secret to developing that skill lies in the «order¼, so we suggest you use only 3 steps, just 3 formulas. The diagnostic approach of acid-base disorders with the method. Traditional of Henderson-Hasselbalch does not allow to explain all disorders, but in combination with the excess of base described by Siggaard-Andersen, facilitates the diagnosis, besides that this combination is simple, rigorous and practical.
Resumo: Há muitas maneiras de interpretar uma gasometria, embora nenhuma melhor que a outra. Uma interpretação correta da gasometria é uma habilidade que todo médico deve dominar. Tentar interpretar «tudo de uma vez¼ e de maneira mal organizada é o erro mais comum. Então o segredo para desenvolver essa habilidade está na «ordem¼, por isso sugerimos que você use apenas 3 passos, somente 3 fórmulas. A abordagem diagnóstica de distúrbios ácido-base com o método tradicional de Henderson-Hasselbalch não explica todas as desordens, mas em combinação com o excesso de base descrito por Siggaard-Andersen, facilita o diagnóstico, além de que esta combinação é simples, rigorosa e prática.
RESUMEN
Durante los últimos 100 años se han realizado diferentes investigaciones en busca de dilucidar los mecanismos del equilibrio ácido base en humanos y animales. A partir de estas investigaciones se han desarrollado diferentes abordajes, de los cuales el modelo propuesto por Henderson-Hasselbalch (H-H) es el más difundido en la comunidad médica y médico-veterinaria. En los últimos años ha cobrado gran importancia otro método propuesto por Stewart y es el correspondiente a la diferencia de iones fuertes, el cual pretende dar una mirada más amplia para entender los diferentes procesos que intervienen en dicho equilibrio. Tanto en medicina humana como en medicina veterinaria en las unidades de cuidados intensivos uno de los disturbios ácido base más común es la alcalosis metabólica hipoclorémica que en humanos resulta principalmente del vómito y en animales rumiantes de disturbios abomasales. Este estado puede llegar a permanecer por periodos largos, en los cuales se desarrolla el fenómeno de una orina ácida conocida como aciduria paradójica. El presente artículo pretende revisar los diferentes mecanismos fisiopatológicos que ocurren durante este trastorno ácido base y los diferentes abordajes para explicar su ocurrencia.
Over the past 100 years numerous studies sought to elucidate the mechanisms of acid-base balance in humans and animals. Based on these investigations, different approaches have been developed; among them, the model proposed by Henderson-Hasselbalch (H-H) is the most widespread in the medical and medical-veterinary community. In recent years, another method proposed by Stewart has gained importance, and it corresponds to the strong ion difference, which aims to take a broader look in order to understand the different processes involved in acid-base balance. Both in human and veterinary medicine, one of the most common acid-base disorder in ICUs is hypochloremic metabolic alkalosis, which results from vomiting in humans and from abomasal disorders in ruminants. This disorder can remain for long periods during which acidic urine occurs and it is known as paradoxical aciduria develops. This article reviews the different pathophysiological mechanisms occurring during this acid-base disorder and the different approaches to explain its occurrence.
Durante os últimos 100 anos têm se realizado diferentes pesquisas em busca de dilucidar os mecanismos do equilíbrio ácido base em humanos e animais. A partir destas pesquisas se desenvolveram diferentes abordagens, das quais o modelo proposto por Henderson-Hasselbalch (H-H) é o mais difundido na comunidade médica e médico-veterinária. Nos últimos anos adquiriu grande importância outro método proposto por Stewart e é o correspondente à diferença de íons fortes, o qual pretende dar uma visão mais ampla para entender os diferentes processos que intervêm neste equilíbrio. Tanto em medicina humana como em medicina veterinária nas unidades de cuidados intensivos um dos distúrbios ácido base mais comum é a alcalose metabólica hipoclorêmica que em humanos é causado principalmente do vômito e em animais ruminantes de distúrbios abomasais. Este estado pode chegar a permanecer por períodos longos, nos quais se desenvolve o fenômeno de uma urina ácida conhecida como acidúria paradoxal. O presente artigo pretende revisar os diferentes mecanismos fisiopatológicos que ocorrem durante este transtorno ácido base e as diferentes abordagens para explicar sua ocorrência.
RESUMEN
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Rever estratégias de avaliação da acidose metabólica dando ênfase ao método de Stewart-Fencl-Figge versus a abordagem tradicional de Henderson-Hasselbalch. CONTEÚDO: A acidose metabólica é um distúrbio comum em pacientes criticamente enfermos, sendo importante causa de depressão da função miocárdica e sensível indicador de má perfusão tissular. Tradicionalmente, é avaliada através do método de Henderson-Hasselbalch no qual a gasometria arterial fornece informações sobre a existência e o tipo de distúrbio ácido-básico. Porém, nem sempre, esse método é capaz de explicar os seus mecanismos causais e, por isso, muitos estudos têm sido feitos na tentativa de melhorar sua interpretação. O método de Stewart-Fencl-Figge, calculado através de fórmula matemática, em que além da gasometria arterial, são utilizados níveis séricos de vários eletrólitos, lactato e albumina, nos fornece informações mais fidedignas permitindo detectar anormalidades metabólicas mistas e estimar a magnitude de cada componente, principalmente na presença de múltiplas disfunções orgânicas. Nesses pacientes, a presença de ânions não mensurados no plasma é importante mecanismo de acidose metabólica e sua detecção precoce é fundamental para se evitar efeitos deletérios sobre o organismo. CONCLUSÕES: A abordagem tradicional de Henderson-Hasselbalch falha em analisar os mecanismos da acidose metabólica e possui muitas variáveis que interferem no seu resultado, principalmente no paciente criticamente enfermo. O método de Stewart-Fencl-Figge proporciona abordagem mais completa para avaliação da acidose metabólica, sugerindo seus mecanismos e orientando a terapêutica. Como alternativa, o anion gap corrigido pela albumina e lactato parece ser tão eficiente em identificar a presença de anions não mensurados quanto o método de Stewart.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: To review strategies of assessment of metabolic acidosis giving emphasis to the of Stewart-Fencl-Figge method versus the traditional method of Henderson-Hasselbalch. CONTENTS: Metabolic acidosis is a common issue in critically ill patients, an important cause of myocardial contractility depression and sensible marker of impaired tissue oxygenation. Traditionally, is evaluated by the Henderson-Hasselbalch approach in which an arterial blood sample provides information about the presence and type of acid base disturbance. However, this method is not always capable to explain the causes of the metabolic acidosis and, therefore, several studies have explored mechanisms to improve its interpretation. The Stewart-Fencl-Figge method calculated through a mathematical formula, where in addition to arterial blood gas levels, serum levels of electrolytes, lactate and albumin are used, supplies trustworthy information allowing detection of mixed metabolic abnormalities and quantification of the magnitude of each component, mainly in patients with multiple organic dysfunctions. In these individuals, the presence of unmeasured anions in the plasma is an important mechanism of metabolic acidosis and its early detection fundamental to avoid deleterious effect on the organism. CONCLUSIONS: The traditional Henderson-Hasselbalch approach fails in analyzing the underlying mechanisms of metabolic acidosis and possesses many variables that intervene with its result especially in the critically ill patient. The Stewart-Fencl-Figge method offers a broader analysis of metabolic acidosis, indicating its mechanisms and guiding a better therapeutically strategy. As an alternative, the albumin-corrected and lactate-corrected anion gap seems to be as useful as the Stewart approach in identifying the unmeasured anions.