RESUMEN
ABSTRACT OBJECTIVE Analyze the trend of infant mortality in Rio Branco, state of Acre, from 1999 to 2015. METHODS An ecological observational study of a time series, in which data from deaths from the Information System on Mortality and Births of the Information System on Live Births were used. The annual percentage change was estimated using the Joinpoint software. RESULTS The infant mortality rate decreased from 26.99 in 1999 to 14.50 in 2015 per 1,000 live births, with an annual percentage change of -4.37 (95%CI -5.4- -3.4). When stratified by age components, the neonatal period presented an annual percentage change of -4.73 (95%CI -5.7- -3.7), and the post-neonatal period was -3.7 (95%CI -5.4- -2.0). Avoidability, avoidable causes and poorly defined causes showed a downward trend throughout the period and causes not clearly preventable showed an upward trend until 2008. The group of causes that contributed most to the infant deaths during the period studied was perinatal diseases, followed by malformations, infectious and parasitic diseases, and respiratory diseases. CONCLUSIONS Despite the decreasing trend in infant mortality rates in the capital compared to developed countries, it is relatively high.
RESUMO OBJETIVO Analisar a tendência da mortalidade infantil em Rio Branco, AC, de 1999 a 2015. MÉTODOS Estudo observacional ecológico de série temporal, em que foram utilizados dados de óbitos do Sistema de Informações sobre Mortalidade e Nascimentos do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Estimou-se a variação percentual anual por meio do software Joinpoint. RESULTADOS A taxa de mortalidade infantil reduziu de 26,99, em 1999, para 14,50, em 2015, por 1.000 nascidos vivos, com variação percentual anual de -4,37 (IC95% -5,4- -3,4). Quando estratificada por componentes etários, o neonatal apresentou variação percentual anual de -4,73 (IC95% -5,7- -3,7), e o pós-neonatal de -3,7 (IC95% -5,4- -2,0). A evitabilidade, as causas evitáveis e as causas mal definidas apresentaram tendência descendente em todo o período e as causas não claramente evitáveis apresentaram tendência ascendente até 2008. O grupo de causas que mais contribuiu para os óbitos infantis no período estudado foi o das afecções perinatais, seguido pelo das malformações, das doenças infecciosas e parasitárias, e do grupo das doenças respiratórias. CONCLUSÕES Apesar da tendência decrescente da taxa de mortalidade infantil na capital, quando comparada à de países desenvolvidos, mostra-se relativamente elevada.
Asunto(s)
Humanos , Recién Nacido , Lactante , Mortalidad Infantil/tendencias , Brasil/epidemiología , Recien Nacido Prematuro , Causas de Muerte , Ciudades/epidemiologíaRESUMEN
ABSTRACT OBJECTIVE Evaluate the interaction between maternal age and education level in neonatal mortality, as well as investigate the temporal evolution of neonatal mortality in each stratum formed by the combination of these two risk factors. METHODS A nonconcurrent cohort study, resulting from a probabilistic relationship between the Mortality Information System and the Live Birth Information System. To investigate the risk of neonatal death we performed a logistic regression, with an odds ratio estimate for the combined variable of maternal education and age, as well as the evaluation of additive and multiplicative interaction. The neonatal mortality rate time series, according to maternal education and age, was estimated by the Joinpoint Regression program. RESULTS The neonatal mortality rate in the period was 8.09‰ and it was higher in newborns of mothers with low education levels: 12.7‰ (adolescent mothers) and 12.4‰ (mother 35 years old or older). Low level of education, without the age effect, increased the chance of neonatal death by 25% (OR = 1.25, 95%CI 1.14-1.36). The isolated effect of age on neonatal death was higher for adolescent mothers (OR = 1.39, 95%CI 1.33-1.46) than for mothers aged ≥ 35 years (OR = 1.16, 95%CI 1.09-1.23). In the time-trend analysis, no age group of women with low education levels presented a reduction in the neonatal mortality rate for the period, as opposed to women with intermediate or high levels of education, where the reduction was significant, around 4% annually. CONCLUSIONS Two more vulnerable groups - adolescents with low levels of education and older women with low levels of education - were identified in relation to the risk of neonatal death and inequality in reducing the mortality rate.
RESUMO OBJETIVO Avaliar a interação entre idade e escolaridade materna na mortalidade neonatal, assim como investigar a evolução temporal da mortalidade neonatal em cada estrato formado pela combinação desses dois fatores de risco. MÉTODOS Estudo de coorte não concorrente, resultante de relacionamento probabilístico entre o Sistema de Informações sobre Mortalidade e o Sistema de Informações sobre Nascidos vivos. Para investigar o risco de óbito neonatal, foi realizada regressão logística, com estimativa de odds ratio para variável combinada escolaridade e idade materna, além da avaliação de interação aditiva e multiplicativa. A série temporal da taxa de mortalidade neonatal, de acordo com escolaridade e idade maternas, foi estimada pelo programa Joinpoint regression. RESULTADOS A taxa de mortalidade neonatal no período foi de 8,09‰, sendo mais elevada em recém-nascidos de mães com baixa escolaridade: 12,7‰ (mães adolescentes) e 12,4‰ (mães com 35 anos e mais). A baixa escolaridade, sem efeito da idade, aumentou a chance de óbito neonatal em 25% (OR = 1,25; IC95% 1,14-1,36). Já o efeito isolado da idade no óbito neonatal foi maior para mães adolescentes (OR = 1,39; IC95% 1,33-1,46) do que para mães com idade ≥ 35 anos (OR = 1,16; IC95%1,09-1,23). Na análise temporal, nenhuma faixa etária de mulheres com baixa escolaridade apresentou redução da taxa de mortalidade neonatal no período, em contraponto às mulheres com escolaridade intermediária ou elevada, onde a redução foi significante, em torno de 4% anualmente. CONCLUSÕES Detectaram-se dois grupos mais vulneráveis - adolescentes de baixa escolaridade e mulheres mais velhas de baixa escolaridade - em relação ao risco de óbito neonatal e à desigualdade na redução da taxa de mortalidade.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Recién Nacido , Lactante , Niño , Adolescente , Adulto , Adulto Joven , Mortalidad Infantil/tendencias , Edad Materna , Escolaridad , Brasil/epidemiología , Modelos Logísticos , Oportunidad Relativa , Factores de Riesgo , Estudios de Cohortes , Mortalidad , Factores de EdadRESUMEN
OBJECTIVE To analyze the variation of infant mortality as per condition of life in the urban setting. METHODS Ecological study performed with data regarding registered deaths of children under the age of one who resided in Aracaju, SE, Northeastern Brazil, from 2001 to 2010. Infant mortality inequalities were assessed based on the spatial distribution of the Living Conditions Index for each neighborhood, classified into four strata. The average mortality rates of 2001-2005 and 2006-2010 were compared using the Student’s t-test. RESULTS Average infant mortality rates decreased from 25.3 during 2001-2005 to 17.7 deaths per 1,000 live births in 2006-2010. Despite the decrease in the rates in all the strata during that decade, inequality of infant mortality risks increased in neighborhoods with worse living conditions compared with that in areas with better living conditions. CONCLUSIONS Infant mortality rates in Aracaju showed a decline, but with important differences among neighborhoods. The assessment based on a living condition perspective can explain the differences in the risks of infant mortality rates in urban areas, highlighting health inequalities in infant mortality as a multidimensional issue. .
OBJETIVO Analisar a variação da mortalidade infantil por condição de vida no meio urbano. MÉTODOS Estudo ecológico realizado com dados de óbitos registrados de menores de um ano, residentes em Aracaju, SE, Nordeste do Brasil, de 2001 a 2010. As desigualdades na mortalidade infantil foram avaliadas pela distribuição espacial do Índice de Condições de Vida estabelecido para os bairros, classificados em quatro estratos. Foram comparadas as taxas de mortalidade infantil médias de 2001 a 2005 e 2006 a 2010 pelo teste t Student. RESULTADOS A taxa de mortalidade infantil média declinou de 25,3 de 2001 a 2005 para 17,7 óbitos/1.000 nascidos vivos, de 2006 a 2010. Apesar da queda nas taxas em todos os estratos na década, a desigualdade no risco de morte infantil aumentou nos bairros com piores condições de vida em relação àqueles de melhores condições. CONCLUSÕES A mortalidade infantil em Aracaju apresentou declínio, mas com importante assimetria entre os bairros. A averiguação sob a ótica das condições de vida pode justificar as diferenças no risco de óbito infantil no espaço urbano, destacando as desigualdades em saúde na mortalidade infantil como fenômeno multidimensional. .
Asunto(s)
Adolescente , Adulto , Femenino , Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Accidentes de Tránsito/estadística & datos numéricos , Conducta del Adolescente/psicología , Conducción de Automóvil/estadística & datos numéricos , Asunción de Riesgos , Percepción Social , Accidentes de Tránsito/psicología , Grupo Paritario , Medición de Riesgo , Conducta Social , Estados Unidos/epidemiologíaRESUMEN
A taxa de mortalidade infantil é utilizada como indicador da qualidade de vida das nações, da organização dos serviços de saúde e da assistência e, no Brasil, é observada uma tendência à queda deste indicador. Objetivo do presente estudo foi identificar as tendências da mortalidade infantil da série histórica dos coeficientes de mortalidade infantil e de seus componentes no Estado do Espírito Santo no período de 1979 a 2004. Trata-se de um estudo de série histórica cuja fonte de dados é composta pelos bancos de dados do SIM, IBGE e SINASC. As análises das tendências constituem-se de cálculos das retas de regressão linear para o coeficiente de mortalidade infantil e de seus componentes pelo programa SPSS, versão 12.0 e o programa MicrosoftOffice Excel, versão 2003. As tendências do coeficiente de mortalidade infantil e seus componentes no Estado do Espírito Santo são decrescentes e estatisticamente significantes(p<0,0001). O componente pós-neonatal apresenta-se como maior índice de queda e o neonatal como o que mais contribui para a mortalidade infantil, devido ao elevado número de mortes neonatais precoces. De todos os componentes da mortalidade infantil, o que apresenta menor redução é o neonatal tardio. É necessária a intensificação de esforços na tentativa de ampliar o acesso à assistência materno-infantil com qualidade a fim de reduzir as altas taxas de mortalidade neonatal, especialmente a neonatal precoce.
Childhood mortality rate, used as an indicator of the qualityof life of nations and of the organization of health careservices, has been falling in Brazil. This study attempted toidentify childhood mortality trends through the historicalseries of the state of Espírito Santo, Brazil, during the period1979-2004. The data were obtained from the BrazilianMortality Information System (SIM), Geography and StatisticsInstitute (IBGE) and Live Birth Information System(SINASC) databanks. Trend analyses were made throughlinear regression calculations for the childhood mortalityrate and its components, with the SPSS version 12.0 andMicrosoft Office Excel, version 2003 programs. Therewas a statistically significant (p<0.0001) decreasing trendfor the childhood mortality rate and its components in thestate of Espírito Santo. While the post-neonatal componentexperienced the largest decrease, the neonatal componentwas the greatest contributor to childhood mortality, dueto the large number of early neonatal deaths. Of all thecomponents of childhood death, the smallest reduction wasseen in the late neonatal period. Improved access to qualitymother-child care is necessary to reduce the high neonatalmortality rates, especially early neonatal ones.