RESUMEN
Este trabalho objetiva caracterizar a assistência ofertada às crianças com alergia ao leite em programas públicos, e os desafios enfrentados na sua implantação, no contexto da pré-incorporação no Sistema Único de Saúde, de três fórmulas infantis para alergia ao leite. Estudo exploratório, transversal e abordagem quantitativa. Foram avaliados 21 programas/serviços de todas as regiões brasileiras. O principal indutor da criação destes programas foi a judicialização (80,9%), e o fornecimento destas fórmulas especiais foi realizado para crianças com até 2 anos de idade. Os principais desafios para a criação e execução destes programas foram a falta de recursos humanos e financeiros, a falta da contrapartida da União, protocolo unificado para o diagnóstico (Teste de Provocação Oral), e a escolha dos tipos das fórmulas. A estratégia mais adotada para redução dos custos foi a adequação das normas e protocolos (61,9%). Não houve diferença significativa entre os programas estaduais e municipais. Este estudo apresenta uma avaliação inédita e detalhada sobre os programas, trazendo discussões que corroboram a tomada de decisões, o uso racional de recursos públicos, a melhor assistência às crianças e o fortalecimento do sistema de saúde nacional.
This paper aims to characterize the assistance offered to children with cow's milk allergy in public programs and challenges to their implementation, specifically assessing the pre-incorporation phase in the Brazilian Unified Health System of 3 formulas for infants with milk allergy. This exploratory, cross-sectional study with a quantitative approach assessed 21 programs/services from all regions of the country. The main motivation for the creation of these programs was judicialization (80.9%), and these special formulas were provided for children up to 2 years of age. The main challenges to creating and implementing these programs were a lack of human and financial resources, no counterpart federal program, no unified protocol for diagnosis (oral provocation test), and the selection of formula types. The most common strategy for reducing costs was updating norms and protocols (61.9%), which did not differ significantly between state and municipal programs. This study presents an unprecedented and detailed evaluation of the programs, raising discussion about decision-making, the rational use of public resources, better care for children, and means of strengthening of the national health system.
Asunto(s)
Humanos , Recién Nacido , Lactante , Preescolar , BrasilRESUMEN
Abstract Objectives To review the evidence pertaining to the association between cow's milk protein allergy and recurrent acute otitis media and otitis media with effusion. Methods The CENTRAL, Web of Science, EMBASE, MEDLINE, LILACS databases, and gray literature were searched. Results Four studies were included, identifying the prevalence rates: 0.2% of delayed speech due to chronic otitis media with effusion in 382 children with cow's milk protein allergy, 10.7% of cow's milk protein allergy in 242 children who underwent ENT procedures, 40% of cow's milk protein allergy in 25 children with recurrent otitis media with effusion and higher tendency to otitis media in children with cow's milk protein allergy of 186 children (1.5 + 0.6 vs. 0.4 + 0.1; p< 0.1). Conclusion Considering the characteristics and methodological variations of the identified studies, it is not possible to state that there is reliable evidence of an association between cow's milk protein allergy and otitis media.
Resumo Objetivo Revisar as evidências sobre a correlação entre alergia à proteína do leite de vaca e otite média aguda recorrente e otite média com efusão. Métodos As buscas foram feitas nas bases de dados Central, Web of Science, Embase, Medline, Lilacs e na literatura cinzenta. Resultados Quatro estudos foram incluídos, identificaram‐se as prevalências: 0,2% de fala atrasada devido a otite média com efusão crônica entre 382 crianças com alergia à proteína do leite de vaca, 10,7% de alergia à proteína do leite de vaca entre 242 crianças submetidas a procedimentos otorrinolaringológicos, 40% de alergia à proteína do leite de vaca entre 25 crianças com otite média com efusão recorrente e maior tendência à otite média em alérgicos à proteína do leite de vaca entre 186 crianças (1,5 + 0,6vs.0,4 + 0,1; p < 0,1). Conclusão Se considerarmos as características e variações metodológicas dos estudos identificados, não é possível afirmar a existência de evidência confiável sobre a correlação entre alergia à proteína do leite de vaca e otite média.
RESUMEN
Objetivo: Descrever as manifestações de anafilaxia precoce em lactentes com alergia à proteína do leite de vaca (APLV) e descrever as condutas terapêuticas utilizadas. Método: Estudo observacional transversal retrospectivo que analisou pacientes com APLV atendidos no Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da FMUSP, entre 1990-2015, que apresentaram sintomas de alergia no primeiro ano de vida, com diagnóstico de anafilaxia, comparados a pacientes alérgicos sem anafilaxia desencadeada por ingestão de leite de vaca. Os pacientes foram caracterizados de maneira epidemiológica, tipo de sintoma apresentado e tratamento realizado. Os dados foram analisados no programa estatístico GraphPad Software Inc. Para avaliar a associação entre categorias, foi utilizado o Teste Exato de Fisher, e para comparações entre grupos, o Teste de Mann Whitney. Os resultados de p < 0,05 foram considerados significativos. Resultados: De um total de 120 crianças avaliadas (68 M:52 F), 85 (70,83%) lactentes preencheram os critérios da World Allergy Organization (WAO) para anafilaxia. As manifestações de alergia IgE mediada foram prioritariamente cutâneas [102 (85%)]. Nos pacientes com diagnóstico de anafilaxia, as principais manifestações foram urticária [39 (45,8%)], vômito [36 (42,3%)] e dispneia [19 (22,3%)]. A recorrência do episódio de anafilaxia ocorreu em 41 (34,16%) pacientes. A adrenalina (45%) e o anti-histamínico (63,3%) foram os medicamentos mais utilizados. Observa-se também que 6 (7%) pacientes com diagnóstico de anafilaxia não receberam nenhum tratamento. Conclusão: Anafilaxia no primeiro ano de idade apresenta quadro clínico semelhante aos pacientes mais velhos, mas ainda há elevada taxa de recorrência de episódios e subtratamento. Mais estratégias de educação precisam ser desenvolvidas.
Objective: To describe the early manifestations of anaphylaxis in infants with cow's milk protein allergy (CMPA) and the therapeutic approach. Method: In this cross-sectional observational study, we retrospectively reviewed the medical records of patients with CMPA treated at the Institute for Children and Adolescents of Hospital das Clínicas, University of São Paulo Medical School, from 1990 to 2015. Patients who developed allergic symptoms during the first year of life and had a diagnosis of anaphylaxis were compared with allergic patients without anaphylaxis triggered by cow's milk. Patients were characterized according to epidemiological features, type of symptoms, and treatment received. Data were analyzed using GraphPad software. Associations between categories were assessed by Fisher's exact test, and groups were compared by the Mann-Whitney test. Results with p<0.05 were considered statistically significant. Results: Of 120 infants evaluated (68 male: 52 female), 85 (70.83%) met the World Allergy Organization criteria for anaphylaxis. Most infants had cutaneous manifestations of immunoglobulin E (IgE)-mediated allergy (n=102, 85%). In those with a diagnosis of anaphylaxis, the main manifestations were urticaria (n=39, 45.8%), vomiting (n=36, 42.3%), and dyspnea (n=19, 22.3%). Anaphylaxis recurred in 41 patients (34.16%). Epinephrine (45%) and antihistamines (63.3%) were the most used drugs. Six patients (7%) with a diagnosis of anaphylaxis received no treatment. Conclusion: Anaphylaxis during the first year of life showed clinical features similar to those of older pediatric patients, but the rates of episode recurrence and undertreatment are still high. More education strategies need to be developed.
Asunto(s)
Humanos , LactanteRESUMEN
Nas últimas décadas observa-se aumento na prevalência mundial de alergia alimentar, que já acomete aproximadamente 6% das crianças, atribuído à interação entre fatores genéticos, ambientais e alterações na resposta imunológica e pode envolver reações mediadas por IgE, não mediadas e mistas. As formas não IgE mediadas decorrem de reação de hipersensibilidade tardia, mediada por linfócitos T e afetam prioritariamente o trato gastrointestinal, como a Síndrome da enterocolite induzida por proteína alimentar (FPIES), Síndrome da proctocolite alérgica induzida por proteína alimentar (FPIAP), Síndrome da enteropatia induzida por proteína alimentar (FPE) e doença celíaca. As características destas reações podem ser diferenciadas por sua apresentação clínica, gravidade, idade de início e história natural. Entre as reações alérgicas aos alimentos não IgE mediadas, a proctocolite alérgica é a mais frequente. Geralmente ocorre no primeiro ano de vida e apresenta excelente prognóstico. Embora costume ter um curso benigno, traz grande preocupação aos cuidadores por frequentemente cursar com quadro de hematoquezia exigindo diagnóstico diferencial adequado. O conhecimento e manejo da proctocolite alérgica é de suma importância para a prática médica em Alergia e Imunologia. Seu diagnóstico é baseado na história clínica seguindo-se dieta de exclusão, especialmente do leite de vaca, com subsequente provocação oral, que geralmente pode ser realizada no domicílio. O diagnóstico preciso é importante, para se evitar dietas de exclusão desnecessárias. Nesta revisão foram utilizados artigos publicados nos últimos anos, com busca realizada através da base PubMed envolvendo revisões, diagnóstico e tratamento de alergias não IgE mediadas, com foco em proctocolite alérgica.
An increase in the worldwide prevalence of food allergies has been observed in the past decades, currently affecting 6% of children. This increase has been associated with the interaction between genetic, environmental, and immune response factors and can be observed in IgE, non-IgE, and mixed mediated reactions. Non-IgE mediated food allergies result from delayed-type hypersensitivity and mostly affect the gastrointestinal tract, such as food protein-induced enterocolitis syndrome (FPIES), food protein-induced allergic proctocolitis (FPIAP), food protein-induced enteropathy (FPE), and celiac disease. These reactions can be differentiated by their clinical presentation, severity, age at onset, and natural history. Among non-IgE-mediated allergic reactions to food, allergic proctocolitis is the most frequent. It usually develops in the first year of life and has excellent prognosis. Although it has a benign course, allergic proctocolitis is challenging for health care professionals because it often presents with hematochezia, requiring an accurate differential diagnosis. Knowledge and management of allergic proctocolitis is of paramount importance for medical practice in allergy and immunology. Its diagnosis is based on clinical history followed by elimination diet, especially cow's milk, with subsequent oral food challenge, which may usually be performed at home. Accurate diagnosis is important to avoid unnecessary elimination diets. For this review, PubMed database was searched for recently published literature reviews and studies on the diagnosis and treatment of non- IgE mediated allergies, with a focus on allergic proctocolitis.
Asunto(s)
Humanos , Recién Nacido , Lactante , Preescolar , Niño , Proctocolitis , Hipersensibilidad a los Alimentos , Terapéutica , Inmunoglobulina E , Linfocitos T , Enfermedad Celíaca , Prevalencia , Hipersensibilidad a la Leche , PubMed , Tracto Gastrointestinal , Diagnóstico Diferencial , Alergia e Inmunología , Hemorragia GastrointestinalRESUMEN
Abstract Objective: To evaluate the complementary feeding practices, food intake, and nutritional status of infants on a cow's milk protein elimination diet. Methods: A cross-sectional and observational study was conducted to compare infants aged 4-18 months who were on a cow's milk protein elimination diet with a control group of healthy infants without any dietary restrictions. General information on the child's health, demographic data, and food consumption were collected. Results: The study included 96 infants in the elimination diet group and 99 in the control group. In the elimination diet group, the median age (in months) of introduction of solid foods (5.0 × 4.0; p < 0.001) and water (5.5 × 4.0; p < 0.05) was later, consumption of soft drinks and industrialized cookies was less frequent (p < 0.05), and a lower index of complementary feeding inadequacies (2.75 × 3.50; p < 0.001) was observed. The elimination diet group presented lower individual values of Z scores for weight/age, weight/height, and body mass index/age, although they were fed with higher amounts of energy (117.4 × 81.3 kcal/kg of weight; p < 0.001) and macro-and micronutrients, except for vitamin A. In the elimination diet group, breast milk and its substitutes contributed to more than 67% of energy intake. Although calcium consumption was a deficit in 31.5% of the infants, none received supplementation. Conclusion: Infants on an elimination diet presented more adequate complementary feeding practices and higher nutritional intake, despite lower body weight values.
RESUMEN
Objetivos: Descrever uma população de crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV) IgE mediada, submetidas ao teste de provocação oral (TPO) com alimentos processados vs. in natura, e comparar características clínico-epidemiológicas e laboratoriais, avaliando preditores de desfecho ao uso dessas diferentes apresentações de proteína. Métodos: Estudo transversal realizado em ambulatório de alergia de um hospital terciário em Fortaleza, Ceará. A coleta dos dados foi realizada entre outubro de 2018 a setembro de 2019. O questionário foi preenchido com os dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais encontrados no prontuário; amostra total de 49 crianças, com APLV IgE mediada tolerantes ao TPO com alimentos processados ou in natura. Resultados: Na comparação das características clinico-epidemiológicas das populações tolerantes a alimentos in natura vs. processados (respectivamente), a maioria apresentou dados semelhantes, como sexo masculino (60% vs. 57,9%), etnia parda (73,3% vs. 68,4%), idade gestacional a termo (80% vs. 77,8%), sem intercorrências durante a gestação (58,3% vs. 80,0%) ou parto (70% vs. 78,9), média de idade materna (32 anos vs. 35 anos), escolaridade materna (ensino médio completo - 43,3% vs. 47,4%), idade de início dos sintomas de APLV entre 1 e 6 meses (76,7% vs. 68,4%), aleitamento materno exclusivo entre 4 e 6 meses (60% vs. 68,45%), histórico de alergia familiar alimentar (73% vs. 68,4%), sendo as principais comorbidades alérgicas as respiratórias (38,9% vs. 35,7%) e alimentares (38,9% vs. 35,7%). Em relação aos dados laboratoriais, a maioria das frações de proteína no grupo tolerante a alimentos in natura e a alimentos processados apresentou valores ≤ 10 kU/L. Foi constatado que a idade materna (p = 0,006) e a idade de introdução de fórmula complementar (p = 0.020) se correlacionam de forma estatisticamente significante no grupo de pacientes tolerantes a alimentos processados. Conclusões: Foi observado que a idade materna (p = 0,006) e a idade de introdução de fórmula complementar (p=0.020) se correlacionam de forma estatisticamente significante no grupo de pacientes tolerantes alimentos processados. Os dados laboratoriais seguiram distribuição proporcionais entre os dois grupos, com maior frequência de valores ≤ 10 kU/L para todas as frações de proteína do leite de vaca, sem significância estatística. Estudos populacionais semelhantes em populações APLV IgE mediada são importantes para caracterizar melhor esse fenótipo e otimizar ferramentas diagnósticas e protocolos de tratamento. Destaca-se também o papel da terapia baked, que auxilia na aquisição de tolerância a diferentes apresentações da PLV de forma mais breve, melhorando, portanto, a qualidade de vida desses pacientes (AU)
Objectives: To describe the population of children with IgE-mediated CMPA tolerant to processed or raw CMP in the OFC, comparing their clinical, epidemiological and laboratory characteristics and evaluating the possible predictors of outcomes associated with these different presentations of CMP. Methods: Cross-sectional study carried out in an allergy clinic of a tertiary hospital in Fortaleza, Ceará. Data collection was carried out between October 2018 and September 2019. The questionnaire was filled out with epidemiological, clinical and laboratory data found in the medical records. The total sample was composed of 49 children with IgE-mediated CMPA tolerant to processed or raw foods in the OFC. Results: The comparison of the clinical and epidemiological characteristics of populations tolerant to raw foods vs. processed (respectively) showed similarities, such as the predominance of the male gender (60% vs. 57.9%); mixed ethnicity (73.3% vs. 68.4%); delivery at term (80% vs. 77 .8%); no complications during pregnancy (58.3% vs. 80.0%) or childbirth (70% vs. 78.9); mean maternal age (32 years vs. 35 years); level of education of the mothers (complete high school - 43.3% vs. 47.4%); age of onset of CMPA symptoms between 1 and 6 months (76.7% vs. 68.4%); exclusive breastfeeding for 4 to 6 months (60% vs. 68.45%); family history of food allergy (73% vs. 68.4%); and respiratory (38.9% vs. 35.7%) and food allergies (38.9% vs. 35.7%) as the main allergic comorbidities. Regarding laboratory data, most protein fractions had values ≤ 10 kU/L in both groups. It was found that maternal age (p = 0.006) and age of introduction of formula (p = 0.020) were statistically significant in the group of patients tolerant to processed foods. Conclusions: It was observed that maternal age (p = 0.006) and age of introduction of formula (p = 0.020) were statistically significant in the group of patients tolerant to processed foods. Laboratory data were proportionally distributed across the two groups, with a higher frequency of values lower than or equal to 10 kU/L for all CMP fractions, with no statistical significance between the groups. Similar population studies in IgE-mediated CMPA populations are important to better characterize this phenotype and optimize diagnostic tools and treatment protocols. The role of baked therapy is also noteworthy, as it helps patients to develop tolerance to different presentations of CMP more quickly, improving their quality of life (AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Preescolar , Niño , Estudios Transversales , Encuestas y Cuestionarios , Hipersensibilidad a la Leche/epidemiología , Leche/efectos adversos , Alimentos in naturaRESUMEN
Introducción. La alergia a las proteínas de la leche de vaca es la alergia alimentaria más frecuente en los niños y para su diagnóstico se emplean historia clínica dirigida y prueba de provocación oral (PPO), el dosaje sérico de inmunoglobulina E específica (sIgE) y pruebas cutáneas de puntura (SPT, por su sigla en inglés). Sin embargo, su utilidad diagnóstica es difícil de establecer en la población local. El objetivo fue evaluar la utilidad de las pruebas para el diagnóstico de alergia a las proteínas de la leche de vaca (PLV) en la población estudiada. Población y métodos. Análisis retrospectivo de datos de pacientes atendidos en la Unidad de Alergia del Hospital Elizalde entre 2015 y 2018. Se evaluaron SPT y sIgE para leche, alfa-lactoalbúmina, beta-lactoglobulina y caseína, seguidos de PPO y se determinó la utilidad diagnóstica para cada prueba, y sus combinaciones. Resultados. Se evaluaron las pruebas de 239 pacientes. La PPO fue hospitalaria en el 54,8 % de los casos, por reexposición domiciliara en el 35,5 % y en el 9,6 % por incorporación de PLV a la madre. La mayor especificidad fue la de SPT con caseína (96,7 %; intervalo de confianza [IC95%]: 90,8-99,3) y la mayor sensibilidad, la de la combinación de SPT y sIgE con los 4 alérgenos (55,3 %; IC95%: 45,7-64,6). Conclusiones. El trabajo estableció la utilidad diagnóstica de las SPT y el sIgE en la población estudiada.
Introduction. Cow's milk protein allergy is the most common food allergy among children. It can be diagnosed based on a guided history taking and using an oral food challenge (OFC), serum specific immunoglobulin E levels (sIgE), and skin prick tests (SPT). However, it is difficult to establish their diagnostic performance in the local population. Our objective was to assess the usefulness of tests used to diagnose cow's milk protein (CMP) allergy in the studied population. Population and methods. Retrospective analysis of data from patients seen at the Unit of Allergy of a tertiary care pediatric hospital between 2015 and 2018. SPT and sIgE tests were done for milk, alpha-lactalbumin, beta-lactoglobulin, and casein, followed by an OFC, and the diagnostic usefulness of each test, as well as their combination, was established. Results. The tests of 239 patients were assessed. OFC was performed at the hospital in 54.8 % of cases, via a rechallenge test at home in 35.5 %, and through CMP intake by the mother in 9.6 %. The highest specificity was observed with the casein SPT (96.7 %; 95 % confidence interval [CI]: 90.8-99.3) and the highest sensitivity, with the 4-allergen SPT and sIgE combination (55.3 %; 95 % CI: 45.7-64.6). Conclusions. The study established the diagnostic usefulness of SPT and sIgE in the studied population.
Asunto(s)
Humanos , Animales , Lactante , Hipersensibilidad a la Leche/diagnóstico , Inmunoglobulina E , Bovinos , Pruebas Cutáneas , Alérgenos , Estudios Transversales , Estudios RetrospectivosRESUMEN
RESUMO: Objetivos: Descrever uma população de crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV) IgE mediada, submetidas ao teste de provocação oral (TPO) com alimentos processados vs. in natura, e comparar características clínico-epidemiológicas e laboratoriais, avaliando preditores de desfecho ao uso dessas diferentes apresentações de proteína. Métodos: Estudo transversal realizado em ambulatório de alergia de um hospital terciário em Fortaleza, Ceará. A coleta dos dados foi realizada entre outubro de 2018 a setembro de 2019. O questionário foi preenchido com os dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais encontrados no prontuário; amostra total de 49 crianças, com APLV IgE mediada tolerantes ao TPO com alimentos processados ou in natura. Resultados: Na comparação das características clinico-epidemiológicas das populações tolerantes a alimentos in natura vs. processados (respectivamente), a maioria apresentou dados semelhantes, como sexo masculino (60% vs. 57,9%), etnia parda (73,3% vs. 68,4%), idade gestacional a termo (80% vs. 77,8%), sem intercorrências durante a gestação (58,3% vs. 80,0%) ou parto (70% vs. 78,9), média de idade materna (32 anos vs. 35 anos), escolaridade materna (ensino médio completo - 43,3% vs. 47,4%), idade de início dos sintomas de APLV entre 1 e 6 meses (76,7% vs. 68,4%), aleitamento materno exclusivo entre 4 e 6 meses (60% vs. 68,45%), histórico de alergia familiar alimentar (73% vs. 68,4%), sendo as principais comorbidades alérgicas as respiratórias (38,9% vs. 35,7%) e alimentares (38,9% vs. 35,7%). Em relação aos dados laboratoriais, a maioria das frações de proteína no grupo tolerante a alimentos in natura e a alimentos processados apresentou valores ≤ 10 kU/L. Foi constatado que a idade materna (p = 0,006) e a idade de introdução de fórmula complementar (p = 0.020) se correlacionam de forma estatisticamente significante no grupo de pacientes tolerantes a alimentos processados. Conclusões: Foi observado que a idade materna (p = 0,006) e a idade de introdução de fórmula complementar (p=0.020) se correlacionam de forma estatisticamente significante no grupo de pacientes tolerantes alimentos processados. Os dados laboratoriais seguiram distribuição proporcionais entre os dois grupos, com maior frequência de valores ≤ 10 kU/L para todas as frações de proteína do leite de vaca, sem significância estatística. Estudos populacionais semelhantes em populações APLV IgE mediada são importantes para caracterizar melhor esse fenótipo e otimizar ferramentas diagnósticas e protocolos de tratamento. Destaca-se também o papel da terapia baked, que auxilia na aquisição de tolerância a diferentes apresentações da PLV de forma mais breve, melhorando, portanto, a qualidade de vida desses pacientes. (AU)
ABSTRACS: Objectives: To describe the population of children with IgE-mediated CMPA tolerant to processed or raw CMP in the OFC, comparing their clinical, epidemiological and laboratory characteristics and evaluating the possible predictors of outcomes associated with these different presentations of CMP. Methods: Cross-sectional study carried out in an allergy clinic of a tertiary hospital in Fortaleza, Ceará. Data collection was carried out between October 2018 and September 2019. The questionnaire was filled out with epidemiological, clinical and laboratory data found in the medical records. The total sample was composed of 49 children with IgE-mediated CMPA tolerant to processed or raw foods in the OFC. Results: The comparison of the clinical and epidemiological characteristics of populations tolerant to raw foods vs. processed (respectively) showed similarities, such as the predominance of the male gender (60% vs. 57.9%); mixed ethnicity (73.3% vs. 68.4%); delivery at term (80% vs. 77 .8%); no complications during pregnancy (58.3% vs. 80.0%) or childbirth (70% vs. 78.9); mean maternal age (32 years vs. 35 years); level of education of the mothers (complete high school - 43.3% vs. 47.4%); age of onset of CMPA symptoms between 1 and 6 months (76.7% vs. 68.4%); exclusive breastfeeding for 4 to 6 months (60% vs. 68.45%); family history of food allergy (73% vs. 68.4%); and respiratory (38.9% vs. 35.7%) and food allergies (38.9% vs. 35.7%) as the main allergic comorbidities. Regarding laboratory data, most protein fractions had values ≤ 10 kU/L in both groups. It was found that maternal age (p = 0.006) and age of introduction of formula (p = 0.020) were statistically significant in the group of patients tolerant to processed foods. Conclusions: It was observed that maternal age (p = 0.006) and age of introduction of formula (p = 0.020) were statistically significant in the group of patients tolerant to processed foods. Laboratory data were proportionally distributed across the two groups, with a higher frequency of values lower than or equal to 10 kU/L for all CMP fractions, with no statistical significance between the groups. Similar population studies in IgE-mediated CMPA populations are important to better characterize this phenotype and optimize diagnostic tools and treatment protocols. The role of baked therapy is also noteworthy, as it helps patients to develop tolerance to different presentations of CMP more quickly, improving their quality of life. (AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Niño , Encuestas y Cuestionarios , Hipersensibilidad a la Leche , Leche/efectos adversos , Proteínas de la LecheRESUMEN
Objective:To investigate the efficacy of Yupingfeng powder combined with extensively hydrolyzed milk formulas in the treatment of milk protein allergy in infants and its effects on immune function, interleukin-10 (IL-10) and IL-22 levels. Methods:Eighty infants with milk protein allergy who received treatment in Hangzhou Children's Hospital from January 2020 to January 2021 were included in this study. They were randomly assigned to Yupingfeng powder and conventional treatment groups, with 40 infants per group. An additional 80 infants who concurrently received health examination in the same hospital were included in the control group. The conventional group was treated with extensively hydrolyzed milk formulas. The Yupingfeng powder group was treated with Yupingfeng powder combined with extensively hydrolyzed milk formulas. All infants were treated for 30 successive days. Clinical efficacy, serum total immunoglobulin (IgE), milk specific IgE (sIgE), peripheral blood CD 4+CD 25+ Treg, IL-10 and IL-22 levels were compared between groups. Results:Total response rate in the Yupingfeng powder group was significantly higher than that in the conventional treatment group [92.50% (37/40) vs. 72.50% (29/40), χ2 = 5.54, P < 0.05]. Serum total IgE and milk sIgE levels in the Yupingfeng powder group were (132.93 ± 14.61) IU/L and (0.62 ± 0.14) IU/L, respectively, which were significantly lower than (150.27 ± 16.22) IU/L and (0.85 ± 0.17) IU/L in the conventional treatment group ( t = 5.02, 6.61, both P < 0.05). The expression of CD 4+CD 25+ Treg in the Yupingfeng powder group was significantly higher than that in the conventional treatment group [(13.29 ± 1.40)% vs. (11.84 ± 1.27)%, t = 4.85, P < 0.05). CD 4+CD 25+ Treg expression in the Yupingfeng powder group was not significantly different from that in the control group [(13.40 ± 2.03)%, t = 0.31, P = 0.759]. IL-10 in the Yupingfeng powder group was significantly higher than that in the conventional treatment group [(34.57 ± 4.07) μg/L vs. (22.19 ± 2.15) μg/L, t = 17.01, P < 0.05]. IL-22 level in the Yupingfeng powder group was significantly lower than that in the conventional treatment group [(2.20 ± 0.42) ng/L vs. (5.28 ± 0.79) ng/L, t = 21.77, P < 0.05]. IL-10 and IL-22 levels in the Yupingfeng powder group were not different from those in the control group [(35.53 ± 3.85) μg/L, (2.13 ± 0.53) ng/L, t = 1.26, P = 0.209; t = 0.73, P = 0.468]. Conclusion:Yupingfeng powder combined with extensively hydrolyzed milk formulas is highly effective on milk protein allergy. The combined therapy can improve the immune function of infants, enhance IL-10 level, and decrease IL-22 level.
RESUMEN
Abstract Objective: To evaluate the diet and nutritional status of infants on an elimination diet of cow's milk proteins. Methods: Observational and cross-sectional study that compared: Infants on a cow's milk protein elimination diet (n=60) assisted at a hypoallergenic formula distribution unit and a control group of same age and gender without dietary restrictions (n=60). Age ranged from 6 to 24 months. The diet was evaluated using the 24-hour food survey and weight and height were measured. Results: The macronutrient intake of both groups reached nutritional recommendations. The proportions of infants in the group of elimination of cow's milk proteins with insufficient intake were lower, compared to controls, for iron (13.3 and 31.7%; p=0.029), zinc (5.0 and 18.3%; p=0.047), and vitamin D (25.0 and 71.7%; p<0.001). The hypoallergenic formula contributed to a greater supply of nutrients than dairy foods for the control group. Between 12 and 24 months, the number of infants on a restriction diet who never consumed meat, fish, cereals, and eggs was higher than in the control group (p<0.05). The length-age Z scores in infants on a cow's milk protein elimination diet (-0.4±1.6) were lower (p=0.039) than in the control group (+0.2±1.3). Conclusions: The diet of infants with exclusion of cow's milk protein was adequate despite the delay in the introduction of some complementary foods. Infants on an elimination cow's milk protein diet showed lower linear growth without weight deficit.
Resumo Objetivo: Avaliar a dieta e o estado nutricional de lactentes em dieta de exclusão das proteínas do leite de vaca. Métodos: Estudo observacional, transversal, que comparou: lactentes em dieta de exclusão das proteínas do leite de vaca (n=60) atendidos em unidade de dispensação de fórmulas hipoalergênicas e lactentes sem restrições alimentares (n=60), de mesma idade e sexo (grupo controle). A idade variou de seis a 24 meses. A dieta foi avaliada com o emprego do inquérito alimentar e foram mensurados o peso e a estatura. Resultados: A ingestão de macronutrientes foi adequada em ambos os grupos. No grupo em dieta de exclusão das proteínas do leite de vaca, as proporções de lactentes com ingestão insuficiente foram menores em relação aos controles, para ferro (13,3 e 31,7%; p=0,029), zinco (5,0 e 18,3%; p=0,047) e vitamina D (25,0 e 71,7%; p<0,001). A fórmula hipoalergênica contribuiu com maior oferta de nutrientes do que os alimentos lácteos para o grupo controle. Entre 12 e 24 meses, o número de lactentes em dieta de exclusão que nunca consumiram carne bovina, peixe, cereais e ovo foi maior do que no grupo controle (p<0,05). Os escores Z de comprimento-idade nos lactentes em dieta de exclusão das proteínas do leite de vaca (-0,4±1,6) foram menores (p=0,039) do que no grupo controle (+0,2±1,3). Conclusões: A dieta de lactentes em exclusão do leite de vaca foi adequada apesar do atraso na introdução de alguns alimentos. Lactentes em dieta de exclusão apresentaram menor crescimento linear não acompanhado de déficit ponderal.
RESUMEN
ABSTRACT Objective: To verify the attitudes and practices of dietary management for cow's milk allergy by caregivers according to the stages of behavior change. Methods: Observational, cross-sectional study involving 30 caregivers of children with cow's milk allergy who were followed up in a specialized outpatient clinic, from July 2018 to May 2019. Data collection included a structured questionnaire about sociodemographic aspects, social classification and an adapted algorithm to classify the stages of behavior change based on a trans-theoretical model. Results: Most caregivers (26/30) were females aged 20 to 48 years and belonging to social classes C, D and E. Regarding the stages of behavior change for the dietary management of cow's milk allergy according to the model, 80% of the participants (24/30) were in the action stage, while 20% (6/30) were in the maintenance stage. Conclusions: The attitudes and practices of caregivers for the dietary management of cow's milk allergy are influenced by feelings and emotions that can interfere with communication and the understanding of dietary guidelines; however, these caregivers are in different stages of action and maintenance to change behavior that correspond to their attitudes and practices.
RESUMO Objetivo: Verificar as atitudes e práticas do manejo dietético da alergia ao leite de vaca por cuidadores segundo os estágios de mudança do comportamento. Métodos: Trata-se de estudo observacional e transversal que contou com 30 cuidadores de crianças com alergia ao leite de vaca, atendidas em ambulatório especializado, no período de julho de 2018 a maio de 2019. A coleta de dados contou com formulário estruturado que incluiu aspectos sociodemográficos, classificação social e algoritmo adaptado para classificar os estágios de mudança do comportamento de acordo com o modelo transteórico. Resultados: A maioria dos cuidadores (26/30) é do sexo feminino, com idade entre 20 e 48 anos e pertence às classes sociais C, D e E. Quanto aos estágios de mudança do comportamento em relação ao manejo dietético da alergia ao leite de vaca, segundo o modelo transteórico, é possível observar que 80% dos participantes (24/30) se encontram no estágio de ação, enquanto 20% (6/30) no estágio de manutenção. Conclusões: As atitudes e práticas de cuidadores de crianças sobre o manejo dietético na alergia ao leite de vaca são influenciadas por sentimentos e emoções que podem interferir na comunicação e no entendimento das orientações dietéticas. Esses cuidadores se encontram em estágios de ação e manutenção em relação à mudança de comportamento correspondentes às suas atitudes e práticas.
RESUMEN
Introdução:As alergias alimentares são definidas como uma reação imunológica adversa que se repete mediante a exposição a determinado alimento. Essas reações variam da anafilaxia (mais grave) à manifestações gastrointestinais.Objetivo:avaliar a eficácia da suplementação com probióticos no tratamento de alergias alimentares em crianças, na redução dos sintomas e/ou na aquisição de tolerância, identificando cepa mais eficaz, relação dose-resposta e efeitos adversos de seu uso. Metodologia:Esta é uma revisão integrativa de literatura. Para busca de ensaios clínicos e outras revisões, utilizamos as bases científicas ScienceDirect, SciELO, BVS, LILACS, PubMed e MEDLINE, com as palavras-chave "probiotics", "treatment", "food allergy", "children", e "infant". Após a aplicação dos critérios de exclusão, foram selecionados quatro ensaios clínicos randomizados, cinco revisões e uma metanálise; a amostra de todos os estudos foi de lactentes com alergia à proteína do leite de vaca. Resultados:Os estudos apontaram que o uso de fórmula infantil extensamente hidrolisada com Lactobacillus rhamnosus, em doses de 1x106 a 5x108 cfu/g, é eficaz tanto em acelerar a melhora do eczema atópico, como em induzir tolerância em crianças na faixa de idade de 1 mês a 3 anos que não tenham reações anafiláticas ao leite de vaca. Conclusões:Há evidências escassas de que o uso de fórmula infantil extensamente hidrolisada com Lactobacillus rhamnosus, em doses de 1x10
Introduction:Food allergies are defined as an adverse immunological reaction that is repeated through exposure to a particular food. These reactions range from anaphylaxis (more severe) to gastrointestinal manifestations.Objective:To evaluate the effectiveness of probiotics in the treatment of food allergies in children, relieving symptoms or inducing tolerance, identifying the most effective strain, dosage and adverse effects. Methodology:This is an integrative literature review. We performed a systematic search using the keywords "probiotics", "treatment", "food allergy", "children", and "infant" in the following scientific databases: ScienceDirect, SciELO, BVS, LILACS, PubMed, and MEDLINE. After applying the exclusion criteria, we selected four randomized clinical trials, five reviews and one meta-analysis. In all of them, the children were diagnosed with cow's milk allergy. Results:The studies have indicated that the use of extensively hydrolysed milk formula with the addition of Lactobacillus rhamnosus with dosage ranging from 1x106 to 5x108 cfu/g is effective in inducing tolerance and reducing severity of eczema in infants with no history of anaphylactic symptoms. Conclusions:There is limited evidence that the use of extensively hydrolysed milk formula with the addition of Lactobacillus rhamnosus, at doses of 1x10
Introducción: las alergias alimentarias se definen como una reacción inmunológica adversa que se repite tras la exposición a un alimento concreto. Estas reacciones van desde la anafilaxia (la más grave) hasta las manifestaciones gastrointestinales.Objetivo:Evaluar la eficacia del suplemento con probióticos en el tratamiento de las alergias alimentarias en niños, en la reducción de los síntomas y/o en la adquisición de tolerancia, identificando la cepa más eficaz, la relación dosis-respuesta y los efectos adversos de su uso.Metodología: Se trata de una revisión bibliográfica integradora. Para la búsqueda de ensayos clínicos y otras revisiones se utilizaron las bases de datos científicas ScienceDirect, SciELO, BVS, LILACS, PubMed y MEDLINE, con las palabras clave "probiotics", "treatment", "food allergy", "children" y "infant". Después de aplicar los criterios de exclusión, se seleccionaron cuatro ensayos clínicos aleatorios, cinco revisiones y un metanálisis; la muestra de todos los estudios fue de lactantes con alergia a las proteínas de la leche de vaca. Resultados: Los estudios señalaron que el uso de fórmulas infantiles extensamente hidrolizadas con Lactobacillus rhamnosus, en dosis de 1x106 a 5x108 ufc/g, es eficaz tanto para acelerar la mejora del eczema atópico como para inducir la tolerancia en niños de entre 1 mes y 3 años de edad que no presentan reacciones anafilácticas a la leche de vaca.Conclusiones: existen pruebas limitadas de que el uso de fórmulas infantiles extensamente hidrolizadas con Lactobacillus rhamnosus, en dosis de 1x10
Asunto(s)
Hipersensibilidad a la Leche , Probióticos , Hipersensibilidad a los Alimentos , Brasil , EficaciaRESUMEN
INTRODUCTION: Cow's milk protein allergy requires changes in family habits to maintain children's health. OBJECTIVE: This study evaluated the effects of cow's milk protein allergy on the health of children, the quality of life of parents and children, and the adopted parental styles. METHODS: Control case study. The case group consisted of children with cow's milk protein allergy, from eight months to five years old, and those guardians, and the Control Group, for healthy children of the same age group, and their parents. The quality of life of the child (TNO-AZL Preschool Children Quality of Life) and the caregiver (SF-36) were evaluated; parental style (Parental Beliefs and Care Practices Scale); and socioeconomic and health data of the child. The Mann-Whitney test was used to compare the groups (p <0.05). RESULTS: 76 dyads from the case group and 44 from the control group participated. Children with cow's milk protein allergy had a lower quality of life in the health dimension, worse nutritional status, followed up with a larger number of health professionals. Those in charge of the case group offered less body stimulation to the children. Those in the control group had a lower quality of emotional life CONCLUSIONS: Cow's milk protein allergy had an impact on the health and nutritional status of children, on the corporal stimulation received by the children, and on the quality of emotional life of those guardians.
INTRODUÇÃO: A alergia à proteína do leite de vaca requer alterações dos hábitos familiares para manutenção das condições de saúde das crianças. OBJETIVO: Este estudo analisou os efeitos da alergia à proteína do leite de vaca sobre a saúde de crianças, qualidade de vida de responsáveis e crianças e sobre os estilos parentais adotados. MÉTODO: Estudo caso controle. O grupo caso foi constituído por crianças com alergia à proteína do leite de vaca, de oito meses a cinco anos de idade, e seus responsáveis, e o Grupo Controle, por crianças saudáveis, de mesma faixa etária, e seus responsáveis. Foram avaliadas a qualidade de vida da criança (TNO-AZL Preschool Children Quality of Life) e do responsável (SF-36); estilo parental (Escala de Crenças Parentais e Práticas de Cuidado); e dados socioeconômicos e de saúde da criança. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparar os grupos (p <0,05). RESULTADOS: Participaram 26 díades do grupo caso e 44 do grupo controle. Crianças com alergia proteína do leite de vaca apresentaram menor qualidade de vida na dimensão saúde, pior estado nutricional, realizaram acompanhamento com maior número de profissionais da saúde. Os responsáveis do grupo caso ofereceram menor estimulação corporal às crianças. Responsáveis do grupo controle apresentaram menor qualidade de vida emocional. CONCLUSÃO: A alergia à proteína do leite de vaca impactou na saúde e no estado nutricional das crianças, na estimulação corporal recebida pelas crianças, e na qualidade de vida emocional dos responsáveis.
Asunto(s)
Relaciones Padres-Hijo , Calidad de Vida , Proteínas , Cuidado del Niño , Salud Infantil , Estado Nutricional , Hipersensibilidad a la Leche , EmpatíaRESUMEN
El raquitismo afecta la diferenciación y mineralización del cartílago de crecimiento como consecuencia, en última instancia, de una alteración en los niveles de fósforo y/o calcio. El secundario a la deficiencia de vitamina D es la forma más frecuente (raquitismo carencial). Las manifestaciones clínicas durante los primeros años de vida suelen comprometer en forma más marcada las epífisis de los huesos.Se describe el caso de un lactante de 8 meses con diagnóstico de alergia a la proteína de la leche de vaca que presentó múltiples fracturas patológicas mientras se encontraba bajo tratamiento con fórmulas lácteas a base de aminoácidos. Se efectuó el diagnóstico de raquitismo hipofosfatémico por deficiencia de fósforo y, tras 3 meses de tratamiento con sales de fosfato, calcio, calcitriol, el abandono paulatino de la leche elemental y el descenso gradual de la medicación antiácida, el paciente evolucionó con curación clínico-radiológica del cuadro
The rickets is a disease that affects the differentiation and mineralization of the growth cartilage, as an ultimate consequence of a balance loss in calcium and phosphate levels. Vitamin D deficiency is the most common cause of the rickets (nutritional rickets). Its clinical manifestation during the first years of life involves long bones epiphysis in a more severe way.We report an 8-month-old infant who was diagnosed with cow Ìs milk protein allergy and suffered from multiple fractures while receiving elemental formula as part of his treatment. The final etiology was hypophosphatemic rickets secondary to phosphate deficiency, and after 3 months of phosphate, calcium and calcitriol supplementation, in addition to the gradually reduction of the proportion of elemental formula intake and the decline of the antacid doses, clinical and radiological heal was achieved.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Lactante , Raquitismo Hipofosfatémico/diagnóstico por imagen , Deficiencia de Vitamina D , Hipersensibilidad a la Leche , Fórmulas Infantiles , Raquitismo Hipofosfatémico/terapia , AminoácidosRESUMEN
La alergia alimentaria se define como una reacción adversa que resulta de una respuesta inmunológica específica y reproducible desencadenada por la exposición al alimento. La respuesta inmune puede ser mediada por inmunoglobulina E, no mediada por inmunoglobulina E o mixta. Durante el primer año de vida, la proteína de la leche de vaca es la primera proteína a la cual se enfrentan los niños alimentados mediante lactancia materna o artificial, motivo por el cual constituye la forma de alergia alimentaria más frecuente en los primeros meses de la vida. El objetivo de este trabajo es presentar un caso clínico grave y poco frecuente de alergia a la proteína de la leche de vaca en el período neonatal.
Food allergy is defined as a reproducible adverse reaction that results from a specific and reproducible immune response triggered by exposure to food. The immune response can be mediated by immunoglobulin E, not mediated by immunoglobulin E or both. During the first year, cow´s milk protein is the first protein faced by children fed with breast milk or artificial milk. For that reason, it constitutes the form of food allergy most frequent in the first months of life. The objective of this paper is to describe a serious and rare clinical case of milk hypersensitivity in the neonatal period.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Recién Nacido , Hipersensibilidad a la Leche , Lactancia Materna , Proteínas de la LecheRESUMEN
Objetivo: Cerca de 50% dos indivíduos com alergia ao leite de vaca e ao ovo podem tolerar esses alimentos em sua forma termicamente tratada. O consumo desses alimentos, mesmo que termicamente tratados, pode ampliar a variedade da dieta de crianças com alergia alimentar. O presente artigo tem como objetivo propor receitas culinárias com leite de vaca e ovo tratados termicamente para serem usadas em teste de provocação oral. Métodos: Alguns critérios foram adotados para elaboração das receitas: quantidade de proteína alergênica testada por porção (leite de vaca - 1,3 g; ovo - 2,0 g), tempo (30 minutos), temperatura de cocção (180 °C), os ingredientes que devem compor a receita (farinha de trigo como principal ingrediente), volume final da porção a ser oferecida, além de questões de ordem prática relacionadas ao preparo e oferta das preparações. Resultados: No total foram desenvolvidas dez receitas termicamente tratadas, sendo cinco com leite de vaca (três receitas de bolinho básica, sem açúcar e sem ovo de galinha; duas receitas de tortinha salgada básica e sem ovo de galinha) e cinco com ovo de galinha (três receitas de bolinho básica, sem açúcar, e sem leite de vaca; duas receitas de tortinha salgada básica e sem leite de vaca). Conclusão: É de extrema importância que o teste de provocação oral seja realizado de maneira rotineira e com preparações adequadas e padronizadas, e, em nosso conhecimento, esse é o primeiro estudo nacional que propõe várias receitas tratadas termicamente para auxiliar serviços especializados que atendem pacientes com alergia alimentar.
Objective: About 50% of individuals with cow's milk and egg allergies can tolerate these foods in their baked form. The consumption of these foods, even if baked, may expand the variety of the diet of children with food allergy. This article aims to propose recipes with baked milk and egg to be used in an oral food challenge. Methods: Some criteria were adopted for preparing the recipes: amount of allergenic protein tested per serving (cow's milk: 1.3 g; egg: 2.0 g), time (30 min), oven temperature (180 °C), the ingredients that should compose the recipe (wheat flour as the main ingredient), final volume of the serving to be provided, in addition to practical questions related to the preparation and provision of the recipes. Results: In total, ten baked recipes were developed, five with cow's milk (three cupcake recipes: regular, with no sugar and no egg; two savory muffin recipes: regular, with no egg) and five with egg (three cupcake recipes: regular, with no sugar and no cow's milk; two savory muffin recipes: regular, with no cow's milk). Conclusion: It is extremely important that the oral food challenge is performed routinely and with adequate and standardized recipes. To our knowledge, this is the first national study in Brazil that proposes several baked recipes to assist specialist services that treat patients with food allergy.
Asunto(s)
Humanos , Inmunoglobulina E , Hipersensibilidad a la Leche , Hipersensibilidad al Huevo , Dieta , Pacientes , Técnicas y Procedimientos Diagnósticos , Harina , Alimentos , Hipersensibilidad a los AlimentosRESUMEN
RESUMO Objetivo compreender as repercussões da alergia à proteína do leite de vaca, sob a ótica materna. Métodos estudo qualitativo, realizado com nove mães, as quais foram localizadas em grupos do Facebook. Dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e submetidos à análise de conteúdo. Resultados emergiram três categorias: Convivendo com o despreparo dos profissionais e serviços para diagnóstico e tratamento da alergia à proteína ao leite de vaca; Afastamento social: resultado do medo e da incompreensão; e A mãe no centro do cuidado. Conclusão a rigorosa restrição alimentar, decorrente da alergia à proteína do leite de vaca, repercute significativamente na vida de crianças e famílias, em especial das mães, desencadeando isolamento social da família e insegurança na utilização de serviços de saúde e educação, devido ao desconhecimento e despreparo de profissionais.
ABSTRACT Objective understanding the repercussions of cow's milk allergy from the perspective of mothers. Methods qualitative study, carried out with nine mothers who were found in Facebook groups. Data was collected through semi-structured interviews and submitted to content analysis. Results three categories emerged: living with the unpreparedness of health services and professionals to diagnose and treat allergies to cow's milk protein; social isolation: the result of fear and misunderstanding; and the mother as the central figure of care. Conclusion the rigorous alimentary restriction that results from allergies to the protein in cow's milk significantly reverberates in the lives of children and families, especially mothers, leading to the social isolation of the family and to insecurity in the use of health and education services, due to the lack of knowledge and preparation of the professionals.
Asunto(s)
Apoyo Social , Lactancia Materna , Salud Materno-Infantil , Hipersensibilidad a la Leche , DietaRESUMEN
INTRODUCTION: Cow´s milk protein allergy (CMPA) and lactose intolerance (LI) negatively affect the quality of life of patients and their families. OBJECTIVE: To analyse the perception parents of children with CMPA or LI regarding aspects of health, emphasizing their oral health and the factors involved in the treatment of allergy/food intolerance METHODS: Qualitative research employing focus groups, with a sample of 12 parents of children with CMPA or LI (two groups), including the participation of a researcher/moderator, an observer, and six participants in each group and a plan with guiding questions. Discourses were recorded and transcribed, and textual contents were processed in software IRAMUTEQ and analysed by the descendant hierarchical classification (DHC) technique, content analysis, and word cloud. RESULTS: Six categories were derived from DHC-multivariate analysis: (1) children formula, (2) oral health, (3) nutritional aspects, (4) treatment, (5) disease´s stigma, and (6) health services. The thematic axes were derived from nutritional, assistance, and care categories. Reports of different oral diseases were given by parents regarding food allergy or intolerance in their children, such as frequent caries, teeth spots, pain, and sensitive teeth. CONCLUSION: Parents´ perception of CMPA/LI in their children is affected by nutritional factors and the stigma caused by the disease, with special reference to the importance given to children´s oral health and reports about difficulties in the access to health services with multi-professional teams.
INTRODUÇÃO: A alergia a proteína do leite de vaca (APLV) e intolerância à lactose (IL) afetam negativamente a qualidade de vida de pacientes e seus familiares. OBJETIVO: Analisar a percepção de pais de crianças com APVL ou IL, quanto aos aspectos de saúde, enfatizando sua saúde bucal, bem como, os fatores envolvidos no tratamento da alergia e intolerância alimentar. MÉTODO: Pesquisa qualitativa com emprego da técnica de grupo focal, com uma amostra de 12 pais de crianças com APLV ou IL (dois grupos), incluindo a participação de pesquisador/moderador, observador e seis participantes em cada grupo e um roteiro com questões norteadoras. Os discursos foram gravados e transcritos, os conteúdos textuais foram processados no software IRAMUTEQ e analisados pelas técnicas de Classificação Hierárquica Descendente (CHD), análise de conteúdo e nuvem de palavras. RESULTADOS: Seis clusters emergiram da análise multivariada pela CHD: (1) Fórmulas Infantis; (2) Saúde Bucal; (3) Aspectos Nutricionais; (4) Tratamento; (5) Estigma da Doença; (6) Serviços de Saúde. A partir dos clusters foram identificados três eixos temáticos: nutrição, atenção e assistência. Relatos de diferentes doenças bucais foram dados pelos pais, com relação à alergia ou intolerância alimentar em seus filhos, tais como: cárie frequente, manchas dentárias, dor e dentes sensíveis. CONCLUSÃO: A percepção dos pais de crianças com APLV/IL sofreram influência dos fatores nutricionais e do estigma que a doença apresenta, com especial importância dada para a saúde bucal de seus filhos, e relatos de dificuldades de acesso a serviços de saúde com equipes multiprofissionais.
RESUMEN
Introdução: O teste de provocação oral (TPO) é o método mais confiável para verificar a relação entre o consumo de um alimento e o desencadeamento de reações adversas. Dentre as dificuldades na realização do TPO, destaca-se o mascaramento dos alimentos em TPO duplo-cego, controlado por placebo (TPODCCP). Objetivo: O objetivo deste trabalho foi elaborar receitas para uso em TPO-DCCP com leite de vaca, soja, ovo e trigo. Métodos: A elaboração das receitas considerou a necessidade de mascaramento do alimento a ser testado, de modo que a receita real e o placebo fossem indistinguíveis. Foram considerados também a quantidade de alimento a ser testado e o volume final das preparações, bem como a hipoalergenicidade dos demais ingredientes utilizados. Resultados: Foram desenvolvidas cinco receitas para TPO-DCCP, sendo duas para testes com leite de vaca, e as outras para testes com soja, ovo e trigo. As receitas placebo e real ficaram semelhantes em relação às cores, texturas, consistências, sabores e aromas. Conclusão: As receitas aqui apresentadas são de preparo fácil e rápido e atendem à maioria dos critérios exigidos para uso em TPO com alimentos. Há, porém, a necessidade de testá-las em estudos de validação para verificarse a possibilidade de serem usadas em protocolos científicos.
Introduction: Oral food challenge (OFC) is the most reliable method to assess the relationship between food consumption and onset of adverse reactions. Among the difficulties in performing OFC there is the masking of food in double-blind, placebocontrolled OFC (DBPC-OFC). Objective: The objective of this study was to prepare recipes to be used in DBPC-OFC with cow's milk, soy, egg and wheat. Methods: Recipe preparation focused on the need of masking the food to be tested, so that actual and placebo recipes were indistinguishable. Also, the amount of food to be tested and the final volume of preparations were considered, and the hypoallergenicity of other ingredients, as well. Results: Five recipes were developed for DBPC-OFC, two for cow's milk tests and the others for soy, egg and wheat tests. Placebo and actual recipes were similar in color, texture, consistency, taste and flavor. Conclusion: The present recipes are quick and easy to prepare and meet most of the criteria required for use in OFC. However, there is the need to test them in validation studies to assess the possibility of use in scientific protocols.
Asunto(s)
Humanos , Placebos , Hipersensibilidad a la Leche , Hipersensibilidad al Huevo , Hipersensibilidad al Trigo , Gusto , Técnicas y Procedimientos Diagnósticos , Diagnóstico , Ingestión de Alimentos , Alimentos , Hipersensibilidad a los AlimentosRESUMEN
Goat's milk (GM) allergy commonly occurs together with cow's milk (CM) allergy due to cross-reactivity between highly homologous proteins. We present an unusual case of GM anaphylaxis in a CM tolerant child.