RESUMEN
A não irrupção do dente canino permanente maxilar é um sério problema que ocorre com certa freqüência, o que justifica o diagnóstico e a intervenção assim que possível, e pode ser diagnosticada por meio do exame de palpação para sentir-se a saliência do canino em desenvolvimento e por exames radiográficos pelos quais verifica-se o posicionamento do dente. Quando não houve erupção espontânea, deverão ser usados métodos ativos, como cirurgia acompanhada de tração com dispositivos ortodônticos. Freqüentemente o canino não irrompe porque nem sempre encontra um corredor de erupção adequado para alinhar-se ao lateral e primeiro pré-molar; este podendo irromper parcialmente ou ficar mal posicionado - localizando-se ectopicamente na face vestibular ou no palato - ou não irromper e ficar intra-ósseo em posições variadas. Se houver um corredor de erupção adequado, o canino pode irromper naturalmente e, se isso não ocorrer, a exposição cirúrgica e o tracionamento devem ser utilizados para orientar sua direção de erupção. Uma visão tridimensional auxilia no diagnóstico das causas que retardam ou impedem sua erupção. Quando o espaço para o canino no arco é suficiente - e mesmo sendo tracionado ele não erupciona - pode-se estar diante de uma anquilose alveolo-dentária. Nesse último caso uma manobra para trazer o dente à sua posição seria o transplante autógeno ou reimplante antes da exodontia definitiva. O controle pós-operatório e a colaboração do paciente são importantes para o sucesso do tratamento. O paciente e seus pais devem estar cientes do prognóstico do tratamento e dos fatores de risco e conseqüências de um canino não-irrompido