RESUMEN
A forma poética freudiana e as performatizações da histeria Estudos sobre a histeria inauguram, mais do que uma compreensão teórica sobre a histeria, uma forma poética capaz de referênciastransbordar o texto e realizar-se em múltiplas performatizações na contemporaneidade, a ponto de transformar a histeria, como reconhecem Breton e Aragon, na maior invenção poética do século XIX. O texto acompanha as manifestações destas performatizações na dança de Loie Fuller, numa canção de Mercedes Sosa, nas pinturas de Paula Rego e na clínica psicanalítica.
Studies on hysteria introduces, rather than a theoretical understanding on hysteria, a poetic form that has been capable to go beyond the text to take place in multiple performances in our times, to the point of transforming hysteria, as Breton and Aragon recognize, into the most important poetic invention of the 19th Century. The paper accompanies the manifestations of these performances in Loie Fuller´s dance, in a Mercedes Sosa´s song, in Paula Rego´s paintings and in the psychoanalytical clinic.
Asunto(s)
Histeria , Poesía como Asunto , PsicoanálisisRESUMEN
Esta reflexão parte do trabalho prático com a leitura literária, da palavra portadora de narrativas, de poéticas transmitidas através da literatura e da leitura. A literatura nos constitui, é criação nossa - humana e universal. Transformamos em linguagem a experiência para registrar, narrar, transmitir… As leituras compartilhadas entre gerações e grupos, a possibilidade de conhecer belos livros, músicas e narrativas faz falar, faz pensar, organiza o pensamento e a capacidade de expressar e traz a vontade de conhecer mais. Precisamos de poéticas, de histórias. É certo que esse tempo de sonho é fundamental para nossa saúde psíquica. Precisamos de articulação com as culturas; precisamos da construção de um mundo mental e isso nos permitirá humanizar-nos, nos relacionar, aprender, ler, aproveitar as leituras, trabalhar, criar. Enfim, é isso o que permite nossa sobrevivência.
This reflection comes from the practical work with literary reading, the word bearing narratives, the poetics transmitted through literature and reading. The literature constitutes ourselves, it is our creation - human and universal. We turn experience into language in order to record, tell, convey… The readings shared between generations and groups, the possibility of knowing wonderful books, songs, and narratives makes us speak and think, organizes thought and the ability of expressing, and awakes the will to know more. We are in need of poetics, stories. It is certain that this time of dreams is crucial to our psychic health. We need to articulate with other cultures; we need the construction of a mental world and this will allow us to humanize ourselves, to relate to each other, to learn, read, enjoy our readings, work, create. Ultimately, this is what grants our survival.