RESUMEN
ABSTRACT OBJECTIVE To analyze factors associated with outpatient follow-up of children with congenital syphilis. METHODS A non-concurrent cohort study performed in primary care units and three reference maternity hospitals in Fortaleza (Ceará State). Data were collected from September 2013 to September 2016 in the notification forms and in the medical records of hospitalization and outpatient follow-up, and they were presented considering an adequate and inadequate follow-up. Children who attended the primary care unit or referral outpatient clinic during the period recommended by the Ministry of Health were considered adequately followed up and performed the recommended examinations. Pearson's chi-square and Fisher's exact tests were used in the comparative analysis. The estimated risk of adequate non-follow-up was verified by simple and multiple logistic regression. RESULTS The total of 460 children with congenital syphilis were notified, of which 332 (72.2%) returned for at least one appointment and were part of the study. Exactly 287 (86.4%) children attended the primary health unit; however, there was no reference to congenital syphilis in 236 (71.1%) medical records and no information on the venereal disease research laboratory (VDRL) test was found in 264 (79.5%) children. There was nonadherence to subsequent appointments by 272 (81.9%) individuals. The following variables had a statistically significant association with the non-adequate follow-up of the children: marital status of the mothers, number of prenatal appointments, number of pregnancies, blood count, and radiography of long bones. CONCLUSIONS Most children with congenital syphilis attended primary care for follow-up, but the services do not meet the recommendations of the Brazilian Ministry of Health for adequate follow-up.
RESUMO OBJETIVO Analisar fatores associados ao seguimento ambulatorial não adequado de crianças notificadas com sífilis congênita. MÉTODOS Estudo de coorte não concorrente, realizado em unidades de atenção primária e três maternidades de referência de Fortaleza (Ceará). Os dados foram coletados de setembro de 2013 a setembro de 2016 nas fichas de notificação e nos prontuários médicos de internamento e de seguimento ambulatorial, e apresentados considerando o seguimento adequado e não adequado. Foram consideradas adequadamente seguidas as crianças que compareceram à unidade de atenção primária ou ao ambulatório de referência no período recomendado pelo Ministério da Saúde e realizaram os exames preconizados. Utilizou-se os testes qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher na análise comparativa. O risco estimado de não seguimento adequado foi verificado por regressão logística simples e múltipla. RESULTADOS Foram notificadas 460 crianças com sífilis congênita, das quais 332 (72,2%) retornaram para pelo menos uma consulta e fizeram parte do estudo. Compareceram à unidade primária de saúde 287 (86,4%) crianças; entretanto, não havia referência à sífilis congênita em 236 (71,1%) prontuários e não foram encontradas informações acerca da solicitação do exame venereal disease research laboratory (VDRL) em 264 (79,5%). Houve não adesão às consultas subsequentes por parte de 272 (81,9%) indivíduos. As seguintes variáveis apresentaram associação estatisticamente significativa com o seguimento não adequado das crianças: estado civil das genitoras, número de consultas no pré-natal, número de gestações, hemograma e radiografia de ossos longos. CONCLUSÕES A maioria das crianças notificadas com sífilis congênita comparecem à atenção primária para seguimento, porém os serviços não atendem às recomendações do Ministério da Saúde para o seguimento adequado.