RESUMEN
Objetivo: Relatar os resultados do tratamento cirúrgico de pacientes com o diagnóstico de mielopatia cervical espondilótica tratados por meio da descompressão anterior. Métodos: Foram, retrospectivamente, avaliados 14 pacientes (13 do sexo masculino e um do sexo feminino) com idade entre 41 e 79 anos (54,21 ± 11,45), com o diagnóstico de mielopatia cervical espondilótica submetidos ao tratamento cirúrgico por meio da descompressão anterior. A avaliação foi realizada por meio de parâmetros clínicos (os quais foram dor, parestesia dos membros superiores, fraqueza dos membros superiores, parestesia dos membros inferiores, dificuldade para a marcha, satisfação do paciente com o tratamento realizado, critérios de Odom e escore da JOA), radiológicos (medida da lordose cervical) e complicações (solturas e quebras dos implantes). Resultados: Os pacientes foram seguidos por um período que variou de 12 a 44 meses (24,28 ± 9,23). A melhora dos sintomas neurológicos foi em média 54,1% e a média de recuperação no escore de JOA foi de 56,37% ±22,46. Seis pacientes se apresentavam, respectivamente, muito satisfeitos (42,8%) e 5 pacientes satisfeitos (35,7%) e o critério de Odom se mostrou excelente em 4 pacientes (28,5%) e bom em outros 4 (28,5%). Nas radiografias em perfil da coluna vertebral cervical houve em média uma melhora de 2,7º entre as grafias pré-operatórias e do seguimento. Conclusão: O tratamento cirúrgico da mielopatia cervical espondilótica por meio de abordagem cirúrgica resultou em melhora dos sintomas na maioria dos nossos casos, apresentando-se como boa forma de tratamento.