RESUMEN
Objetivo - Estudar a funçäo ventricular esquerda pela ecocardiografia modo M de pacientes sintomáticos com prolapso da válvula mitral (PVM) primário, sem insuficiência mitral significante, durante a prova da fenilefrina, antes e após a digitalizaçäo. Métodos - Foram estudados 31 pacientes com PVM e 10 indivíduos normais como grupo de controle. Pela ecocardiografia modo M foram medidos: percentagem do encurtamento sistólico (DD), fraçäo de ejeçäo (FE) e velocidade média de encurtamento circunferencial e velocidade média de encurtamento circunferencial das fibras (Vcf). Os traçados ecocardiográficos foram realizados em repouso e durante a infusäo lenta de fenilefrina (40-60 ug/min) a fim de permitir aumentos da pressäo arterial sistólica de 20 a 30 mmHg. Resultados - Em repouso, o tamanho e a funçäo cardíaca foram normais em ambos os grupos, porém durante a infusäo de fenilefrina, 27 pacientes apresentaram diminuiçöes na DD (de 37.7 ñ 4,6 para 31, 0 ñ 4,0, p < 0,001, na FE (de 0,76 ñ 0,05 para 0,66 ñ 0,6, p 0,001 e no Vef (de 1,05 ñ 0,77 para 0,76 ñ 0,13 cir/s, p < 0,001). Desse grupo, 20 pacientes após a digitalizaçäo, durante o teste de fenilefrina, näo apresentaram alteraçöes na DD (de 38,3 ñ 5,0 para 39,2 ñ 3,8 NS); FE (de 0,77 ñ 0,06 para 0,77 ñ 0,004, NS) e no Vef (de 1,05 ñ 0,19 para 0,94 ñ 0,13, cir/s, NS). Esses pacientes, digitalizados, durante o teste ergométrico submáximo apresentaram aumentos significantes do trabalho total (de 617 ñ 248 para 982 ñ 244 watts, p < 0,001) e da eficiência cardíaca (de 25,0 ñ 11,5 para 37,2 ñ 10,4, p 0,001). Por outro lado, a infusäo de fenilefrina no grupo controle, näo provocou alteraçöes na DD, FE e VcF. Conclusäo - Pacientes sintomáticos com PVM primário, sem insuficiência mitral significativa, apresentam durante a prova de fenilefrina uma total recuperaçäo da disfunçäo ventricular esquerda, quando digitados, com melhora significativa do trabalho total e da eficiência cardíaca no teste de esforço
Purpose - To study the left ventricular function by M-mode echocardiography in symptomatic patients with primary mitral valve prolapse (MVP), without significant mitral regurgitation, during the phenylephrine test, before and after digitalization. Methods - Thirty one patients with MVP and 10 normal subjects as a control group were studied by M mode echocardiography: Percentage of systolic shortening ( DD), ejection fraction (EF) and mean velocity of circunferential fibers shortening (Vcf) were measured. The echocardiographic recordings were obtained at rest and during the continuous infusion of phenylephrine (40-60 ug/min) in order to allow an increase of 20-30 mmHg in systalic pressure. Results - At rest, cardiac size and function were normal in both groups. During phenylephrine infusion in 27 patients a decrease in DD (from 37.7 ±4.6 to 31.0 ± 4.0, p<0.001); in EF (from 0.76 ± 0.05 to 0.66 ± 0.6, p<0.001); in Vcf (from 1.05 ± 0.77 to 0.76 ± 0.13, p<0.001) were observed. From this group 20 patients received digoxin. After the digitalization the phenylephrine test did not cause changes in DD (from 38.3 ± 5.0 to 39.2 ± 3.8, NS); in EF (from 0.77 ± 0.06 to 0.77 ± 0.04, NS); in Vcf (from 1.05 ± 0.19 to 0.94 ± 0.13,NS). These patients during the submaximal exercise test, showed significant increases at the total work load (from 617 ± 248 to 982 ± 244 watts, p<0.001) and cardic efficiency (from 25.0 ± 11.5 to 37.2 ± 10.4, p<0.001). On the other hand the phenylephrine infusion in the control group did not result in changes in DD, EF and Vcf. Conclusion - Symptomatic patients with primary MVP showed total recovering of left ventricular dysfunction with digitalization during the phenylephrine test, with improvement of cardiac efficiency