RESUMEN
In some contemporary psychoanalytic theories, a thesis has emerged according to which gender transition can constitute a sinthome. But gender remains a much-discussed notion in Lacanian psychoanalysis, especially in France. This article contributes to the debate by questioning the notion of femininity since it seems to be an essential point in how gender studies and Lacanian sexuation theory diverge. First, we clarify the Lacanian notion of femininity and its conceptual link to the notion of sinthome. Then, we discuss the clinical case of a transgender woman for whom the question of femininity was central during her transition. Finally, we argue how gender transition might function as a sinthome and the limits to such an understanding.
Em algumas teorias psicanalíticas contemporâneas, surgiu a tese de que a transição de gênero pode constituir um sinthoma. Mas gênero continua sendo uma noção muito discutida na psicanálise lacaniana, especialmente na França. Este artigo contribui para o debate ao questionar a noção de feminilidade, pois parece ser um ponto essencial na divergência entre os estudos de gênero e a teoria lacaniana da sexuação. Primeiramente, esclarecemos a noção lacaniana de feminilidade e seu vínculo conceitual com a noção de sinthoma. Em seguida, discutimos o caso clínico de uma mulher transgênero para quem a questão da feminilidade foi central durante sua transição. Por fim, discutimos como a transição de gênero pode funcionar como um sinthoma e os limites para tal compreensão.
Dans certaines théories psychanalytiques contemporaines, une thèse a émergé selon laquelle la transition de genre peut constituer un sinthome. Mais le genre reste une notion très discutée dans la psychanalyse lacanienne, notamment en France. Cet article contribue au débat en interrogeant la notion de féminité puisqu'elle semble être un point sur lequel divergent les études de genre et la théorie lacanienne de la sexuation. Pour ce faire, nous clarifions la notion lacanienne de féminité et son lien conceptuel avec la notion de sinthome. Ensuite, nous étudions le cas clinique d'une femme transgenre pour qui la question de la féminité a été centrale lors de sa transition. Enfin, nous discutons de la manière dont la transition de genre peut fonctionner comme un sinthome et des limites de cette thèse.
En algunas teorías psicoanalíticas contemporáneas ha surgido la tesis de que la transición de género puede constituir un sinthome. Pero el género sigue siendo una noción muy discutida en el psicoanálisis lacaniano, especialmente en Francia. Este artículo contribuye al debate cuestionando la noción de feminidad ya que parece ser un punto esencial en la divergencia entre los estudios de género y la teoría lacaniana de la sexuación. Primero, aclaramos la noción lacaniana de feminidad y su vínculo conceptual con la noción de sinthome. Luego, discutimos el caso clínico de una mujer transgénero para quien la cuestión de la feminidad fue central durante su transición. Finalmente, argumentamos cómo la transición de género podría funcionar como un sinthome y los límites de tal comprensión.
RESUMEN
Parti très jeune de son Irlande natale pour ne pas y revenir, Joyce a mené une vie d'errance. Il se définit lui-même comme un exilé et il a souhaité le rester sa vie durant. Il avait un amour des langues, un immense désir de connaissance à leur sujet. Richard Ellmann son biographe taxe ce long exil de « volontaire ¼. Joyce ne souhaitait pas que les choses changent. Il confie dans une lettre à son frère Stanislaus qu'il interprétait sa propre situation comme celle d'un exilé « J'en suis venu à accepter ma situation présente comme un exil volontaire - n'est-ce pas la vérité ? [...] ¼. Dès le "Portrait de l'artiste en jeune homme ¼ le signifiant « exil ¼ est sous-entendu. R. Ellman affirme qu'« Il avait besoin de l'exil comme un reproche adressé aux autres et d'une justification de lui-même. [...] On ne le renvoyait pas et il ne lui était pas défendu de revenir ; [...].
Tendo partido muito jovem de sua Irlanda natal para não mais voltar, Joyce levou uma vida de errância. Ele se autodefinia como um exilado e desejou permanecer assim durante toda a sua vida. Ele tinha um amor pelas línguas, um desejo imenso de conhecê-las. Richard Ellmann seu biógrafo taxa esse longo exílio de "voluntário". Joyce não queria que as coisas mudassem. Ele confessa ao seu irmão Stanislaus numa longa carta que ele interpretava sua própria situação como a de um exilado "eu cheguei a aceitar minha situação atual como um exílio voluntário não é a verdade¿ [...]" Desde o "Retrato do artista quando jovem", o significante « exílio ¼ está subentendido. R. Ellman afirma que « ele tinha necessidade do exílio como uma reprovação endereçada aos outros e de uma justificativa de si mesmo[...] Não o expulsavam e ele não estava impedido de voltar; [...].
Having left his native Ireland at a very young age never to return, Joyce led a life of wandering. He defined himself as an exile and wished to remain so all his life. He had a love of languages, an immense desire to know them. Richard Ellmann his biographer rates this long exile as "voluntary." Joyce did not want things to change. He confesses to his brother Stanislaus in a long letter that he interpreted his own situation as that of an exile "I have come to accept my present situation as a voluntary exile - isn't that the truth¿ [...]" From the "Portrait of the artist as a young man" the signifier " exile " is implied. R. Ellman states that " he had need of exile as a reproach addressed to others and a vindication of himself[...] They did not expel him and he was not prevented from returning; [...].
Asunto(s)
Psicoanálisis , Euforia , PlacerRESUMEN
Tendo partido muito jovem de sua Irlanda natal para não mais voltar, Joyce levou uma vida de errância. Ele se autodefinia como um exilado e desejou permanecer assim durante toda a sua vida. Ele tinha um amor pelas línguas, um desejo imenso de conhecê-las. Richard Ellmann seu biógrafo taxa esse longo exílio de "voluntário". Joyce não queria que as coisas mudassem. Ele confessa ao seu irmão Stanislaus numa longa carta que ele interpretava sua própria situação como a de um exilado "eu cheguei a aceitar minha situação atual como um exílio voluntário não é a verdade¿ [...]" Desde o "Retrato do artista quando jovem", o significante « exílio ¼ está subentendido. R. Ellman afirma que « ele tinha necessidade do exílio como uma reprovação endereçada aos outros e de uma justificativa de si mesmo[...] Não o expulsavam e ele não estava impedido de voltar; [...].
Parti très jeune de son Irlande natale pour ne pas y revenir, Joyce a mené une vie d'errance. Il se définit lui-même comme un exilé et il a souhaité le rester sa vie durant. Il avait un amour des langues, un immense désir de connaissance à leur sujet. Richard Ellmann son biographe taxe ce long exil de « volontaire ¼. Joyce ne souhaitait pas que les choses changent. Il confie dans une lettre à son frère Stanislaus qu'il interprétait sa propre situation comme celle d'un exilé « J'en suis venu à accepter ma situation présente comme un exil volontaire - n'est-ce pas la vérité ? [...] ¼. Dès le "Portrait de l'artiste en jeune homme ¼ le signifiant « exil ¼ est sous-entendu. R. Ellman affirme qu'« Il avait besoin de l'exil comme un reproche adressé aux autres et d'une justification de lui-même. [...] On ne le renvoyait pas et il ne lui était pas défendu de revenir ; [...].
Having left his native Ireland at a very young age never to return, Joyce led a life of wandering. He defined himself as an exile and wished to remain so all his life. He had a love of languages, an immense desire to know them. Richard Ellmann his biographer rates this long exile as "voluntary." Joyce did not want things to change. He confesses to his brother Stanislaus in a long letter that he interpreted his own situation as that of an exile "I have come to accept my present situation as a voluntary exile - isn't that the truth¿ [...]" From the "Portrait of the artist as a young man" the signifier " exile " is implied. R. Ellman states that " he had need of exile as a reproach addressed to others and a vindication of himself[...] They did not expel him and he was not prevented from returning; [...].
Asunto(s)
Psicoanálisis , Euforia , PlacerRESUMEN
La cultura supone un tratamiento del resto por parte de los seres hablantes. Actualmente, lejos de deshacerse de desechos, ella los incorpora bajo la forma reciclada de la basura, reintroduciéndo-les en el mercado como materias primas que dan lugar a nuevos productos. ¿Cuál es el lugar del resto en psicoanálisis y qué tratamiento reserva este a aquel? La contingencia en el uso del resto y la invención tienen aquí su lugar. Con Lacan, el psicoanálisis se sirve del objeto resto de un análisis para hacer un uso de él. Los objetos (a) toman consistencia en el análisis como modalidades de la relación al Otro a partir de la confrontación del sujeto con su "fantasma fundamental", que "atravesado deviene la pulsión". El analista sabrá encarnar este objeto para los analizantes para llevarlos hasta el punto que él mismo ha alcanzado en su propio análisis. Saber hacer algo con este resto en tanto analista y proponerse como objeto (a) para otros no supone un saber hacer previo. Es una invención en el sentido que, con cada analizante, se trata de acomodarse al su objeto plus-de-gozar. Eso imponeal analista un acierta dosis de creatividad, de invención, de algo absolutamente nuevo.
A cultura supõe um tratamento do resto por parte dos seres falantes. Atualmente, longe de desfazer-se dos dejetos, ela os incorpora sob a forma reciclada do lixo, reintroduzindo-os no mercado como matérias primas que dão lugar a novos produtos. Qual é o lugar do resto na psicanálise e que tratamento ela lhe reserva? A contingência no uso do resto e a invenção têm aqui seu lugar. Com Lacan, a psicanálise se serve do objeto resto de uma análise para fazer uso dele. Os objetos (a) ganham consistência na análise como modalidades da relação com o Outro a partir da confrontação do sujeito com seu "fantasma fundamental" que "atravessado se torna pulsão". O analista saberá encarnar este objeto para os analisantes para leva-los até o ponto que ele mesmo alcançou na sua própria análise. Saber fazer algo com esse resto enquanto analista e propor-se como objeto (a) para os outros não supõe um saber fazer prévio. É uma invenção no sentido de que, com cada analisante, se trata de acomodar-se ao objeto mais-de-gozar dele. Isso impõe ao analista uma certa dose de criatividade, de invenção, de algo absolutamente novo.
La culture suppose un traitement du reste par des êtres parlants. Aujourd'hui, loin de se débarrasser des déchets, elle les incorpore sous forme de déchets recyclés, les réintroduisant sur le marché comme des matières premières donnant naissance à de nouveaux produits. Quelle est la place du reste dans la psychanalyse et quel traitement lui réserve-t-elle ? LA contingence dans l'utilisation du déchet et l'invention ont leur place ici. Avec Lacan, la psychanalyse utilise l'objet restant d'une analyse pour s'en servir. Les objets (a) prennent consistance dans l'analyse comme modalités de la relation à l'Autre à partir de la confrontation du sujet avec son " fantasme fondamental " qui " traversé devient la pulsion ". L'analyste saura incarner cet objet pour les analysants afin de les amener au point qu'il a lui-même atteint dans sa propre analyse. Savoir faire quelque chose de ce repos en tant qu'analyste et se proposer comme objet pour les autres ne présuppose pas un savoir-faire préalable. C'est une invention dans le sens où, avec chaque analysant, il s'agit de s'accommoder de son objet de plus-de-jouir. Cela impose à l'analyste une certaine dose de créativité, d'invention, de quelque chose d'absolument nouveau
The existence of culture entails an ability in talking beings to treat the rest. Nowadays, far from discarding waste, it is incorporating it under the form of recycled garbage, reintroducing it to the market as raw materials that give rise to new products. Where must we situate the rest in psychoanalysis and what treatment does it reserve for it? Contingency in the use of the leftover and invention have their place here. With Lacan, psychoanalysis uses the object that remains from an analysis to make use of it. The objects (a)gain consistency in the analysis as modalities of the relationship with the Other from the confrontation of the subject with his or her "fundamental phantasm" that "crossed through, becomes a drive. The analyst will know how to incarnate this object for the analyzing subjects in order to take them to the point that he himself has reached in his own analysis. Knowing how to do something with that remainder as an analyst and proposing himself as an object for others does not presuppose a previous know-how. It is an invention in the sense that, with each analyzing person, it is a question of accommodating oneself to the object of more-than-enjoyment of that person. This imposes on the analyst a certain dose of creativity, of invention, of something absolutely new
Asunto(s)
Psicoanálisis , Placer , ImaginaciónRESUMEN
A cultura supõe um tratamento do resto por parte dos seres falantes. Atualmente, longe de desfazer-se dos dejetos, ela os incorpora sob a forma reciclada do lixo, reintroduzindo-os no mercado como matérias primas que dão lugar a novos produtos. Qual é o lugar do resto na psicanálise e que tratamento ela lhe reserva? A contingência no uso do resto e a invenção têm aqui seu lugar. Com Lacan, a psicanálise se serve do objeto resto de uma análise para fazer uso dele. Os objetos (a) ganham consistência na análise como modalidades da relação com o Outro a partir da confrontação do sujeito com seu "fantasma fundamental" que "atravessado se torna pulsão". O analista saberá encarnar este objeto para os analisantes para leva-los até o ponto que ele mesmo alcançou na sua própria análise. Saber fazer algo com esse resto enquanto analista e propor-se como objeto (a) para os outros não supõe um saber fazer prévio. É uma invenção no sentido de que, com cada analisante, se trata de acomodar-se ao objeto mais-de-gozar dele. Isso impõe ao analista uma certa dose de criatividade, de invenção,de algo absolutamente novo.
La culture suppose un traitement du reste par des êtres parlants. Aujourd'hui, loin de se débarrasser des déchets, elle les incorpore sous forme de déchets recyclés, les réintroduisant sur le marché comme des matières premières donnant naissance à de nouveaux produits. Quelle est la place du reste dans la psychanalyse et quel traitement lui réserve-t-elle ? LA contingence dans l'utilisation du déchet et l'invention ont leur place ici. Avec Lacan, la psychanalyse utilise l'objet restant d'une analyse pour s'en servir. Les objets (a) prennent consistance dans l'analyse comme modalités de la relation à l'Autre à partir de la confrontation du sujet avec son " fantasme fondamental " qui " traversé devient la pulsion ". L'analyste saura incarner cet objet pour les analysants afin de les amener au point qu'il a lui-même atteint dans sa propre analyse. Savoir faire quelque chose de ce repos en tant qu'analyste et se proposer comme objet pour les autres ne présuppose pas un savoir-faire préalable. C'est une invention dans le sens où, avec chaque analysant, il s'agit de s'accommoder de son objet de plus-de-jouir. Cela impose à l'analyste une certaine dose de créativité, d'invention, de quelque chose d'absolument nouveau.
The existence of culture entails an ability in talking beings to treat the rest. Nowadays, far from discarding waste, it is incorporating it under the form of recycled garbage, reintroducing it to the market as raw materials that give rise to new products. Where must we situate the rest in psychoanalysis and what treatment does it reserve for it? Contingency in the use of the leftover and invention have their place here. With Lacan, psychoanalysis uses the object that remains from an analysis to make use of it. The objects (a) gain consistency in the analysis as modalities of the relationship with the Other from the confrontation of the subject with his or her "fundamental phantasm" that "crossed through, becomes a drive. The analyst will know how to incarnate this object for the analyzing subjects in order to take them to the point that he himself has reached in his own analysis. Knowing how to do something with that remainder as an analyst and proposing himself as an object for others does not presuppose a previous know-how. It is an invention in the sense that,with each analyzing person, it is a question of accommodating oneself to the object of more-than-enjoyment of that person. This imposes on the analyst a certain dose of creativity, of invention, of something absolutely new
Asunto(s)
Psicoanálisis , Fantasía , Placer , ImaginaciónRESUMEN
De forma a preservar o ímpeto evolutivo e o alcance da psicanálise, a tarefa da análise de controle é prevenir o estabelecimento da inércia que busca o menor denominador comum e a degeneração de ideias e práticas em evolução na direção de banalizações e preconceitos. A uma instituição psicanalítica é necessário manter padrões mínimos e simultaneamente preservar-se como ambiente vibrante e dinâmico para o contínuo desenvolvimento e regeneração da psicanálise enquanto estrutura viva e simbólica. Através de uma análise de controle, cada analista adquire um estilo analítico único, que não se refere a preferências e idiossincrasias egoicas, mas a uma singular e nova articulação subjetiva dos elementos preexistentes na estrutura tradicional. Sem a realização de uma análise pessoal, a análise da contratransferência e da identificação projetiva em supervisão pode operar como resistência à análise pessoal, essa última o mais importante fator para a autoautorização do analista dentro da organização psicanalítica. O analista não é autorizado pela supervisão ou pelo supervisor, mas pela experiência analítica pessoal com o inconsciente, o sintoma e seus efeitos pós-analíticos sob a forma do que Lacan nomeia de sinthoma. Lacan diz que, ao término da análise, o analisando ou futuro analista não se identifica com o analista, mas sim com seu sinthoma.
The task of control analysis is to preserve the evolutionary impetus and edge of psychoanalysis and prevent the inertia towards the lowest common denominator, and the degeneration of evolved ideas and practices into common assumptions and prejudices. A psychoanalytic organization needs to maintain standards while also preserving the organization as a vibrant and dynamic site for the continuing development and re-invention of psychoanalysis as a living symbolic structure. Through a control analysis every analyst acquires a unique analytical style that does not refer to ego preferences and idiosyncrasies, but to a singular and new subjective articulation of the pre-existing elements of a traditional structure. Without a personal analysis, the analysis of the countertransference and of projective identification in supervision can function as a resistance to the personal analysis which is the most important factor for the self-authorization of the analyst within a psychoanalytic organization. The analyst is not authorized by supervision or the supervisor, but by the personal analytical experience with the unconscious, the symptom, and its post-analytical effects in the form of what Lacan calls the sinthome. Lacan said that at the end of analysis, the analysand or the future analyst does not identify with the analyst, but rather with his/her sinthome.
Con el fin de preservar el ímpetu evolutivo y el alcance del psicoanálisis, la tarea del análisis de control es evitar el establecimiento de inercias que buscan el mínimo común denominador y la degeneración de ideas y prácticas en la evolución en la dirección de trivializaciones y prejuicios. Para una institución psicoanalítica es necesario mantener estándares mínimos y simultáneamente preservarse como un entorno vibrante y dinámico para el desarrollo continuo y la regeneración del psicoanálisis como una estructura viva y simbólica. A través de un análisis de control, cada analista adquiere un estilo analítico único que no se refiere a preferencias del ego e idiosincrasias, sino a una singular y nueva articulación subjetiva de los elementos preexistentes en la estructura tradicional. Sin realizar un análisis personal, el análisis de la contratransferencia y la identificación proyectiva en la supervisión puede operar como resistencia al análisis personal, este último el factor más importante para la auto autorización del analista dentro de la organización psicoanalítica. El analista no está autorizado por la supervisión o el supervisor, sino por la experiencia analítica personal con el inconsciente, el síntoma y sus efectos posanalíticos en forma de lo que Lacan llama sinthoma. Lacan dijo que al final del análisis, el analista o analista futuro no se identifica con el analista, sino con su sinthoma.
De façon à préserver l'élan évolutif et l'étendue de la psychanalyse, la tâche de l'analyse de contrôle est celle de prévenir l'établissement de l'inertie qui cherche le plus petit dénominateur commun et la dégénération d'idées et de pratiques en évolution dans la direction des banalisations et des préjugés. Il faut qu'une institution psychanalytique maintienne des étalons minimaux et simultanément se préserver en tant qu'une ambiance vibrante et dynamique pour le développement continu et régénération de la psychanalyse considérée comme une structure vive et symbolique. Par l'intermédiaire d'une analyse de contrôle, chaque analyste acquiert un style analytique unique qui ne se réfère pas à des préférences et des idiosyncrasies égoïques, mais à une nouvelle articulation singulière et subjective des éléments préexistant dans la structure traditionnelle. Sans mener une analyse personnelle, l'analyse du contre-transfert et de l'identification projective en supervision peuvent opérer en tant que résistance à l'analyse personnelle, cette dernière le plus important élément pour l'auto autorisation de l'analyste chez l'organisation psychanalytique. L'analyste n'est pas autorisé par la supervision ou par le superviseur, mais par l'expérience analytique personnelle du surmoi, du symptôme et de ses effets postanalytiques, sous la forme de ce qui Lacan nomme sinthome. Lacan dit que, à la fin de l'analyse, l'analysant ou le futur analyste ne s'identifie pas à l'analyste, mais à son sinthome.
RESUMEN
O objetivo deste ensaio é desenvolver a hipótese segundo a qual é possível ouvir uma estética na proposta ética da psicanálise lacaniana. Para tanto, será discutida a clínica do simbólico tal como delineada, sobretudo, no seminário A ética da psicanálise, para em seguida apresentar a clínica do real desde o seminário O sinthoma, na qual a problemática da escrita do gozo se radicaliza. No desenrolar do debate, pretende-se destacar como, progressivamente, Lacan aprofunda a experiência analítica enquanto poiesis, ato de criação, um gesto de abandono de uma "vontade de poder", no sentido foucaultiano, para a afirmação de uma "vontade de criação", para dizê-lo nietzschianamente, própria às artes, e portanto como o avesso da biopolítica, de uma ordem de controle dos corpos e da subjetividade.
The aim of this essay is to develop the hypothesis according to which it is possible to hear an aesthetic in the ethical proposal of Lacanian psychoanalysis. In order to do so, the symbolic clinic will be discussed as outlined in the seminar The ethics of psychoanalysis to then present the clinic of the real since the seminar The sinthome in which the problem of writing of jouissance is radicalized. In the course of the debate, it is intended to highlight how, progressively, Lacan deepens the analytical experience as an act of poiesis, creation, a gesture of abandonment of a "will of power", in the Foucauldian sense, for an affirmation of a "willingness to create", to put it in a Nietzschean way, as the reverse of biopolitics, of an order of control over bodies and subjectivity.
El objetivo de este ensayo es desarrollar la hipótesis de que es posible escuchar una estética en la propuesta ética del psicoanálisis lacaniano. Con este fin, se discutirá la clínica de lo simbólico, sobre todo, como se describe en el seminario La ética del psicoanálisis, y luego presentaremos la clínica de lo real desde el seminario Le sinthome en el que se radicaliza el problema de la escritura del goce. En el transcurso del debate, se pretende destacar cómo, progresivamente, Lacan profundiza en la experiencia analítica como poiesis, acto de creación, un gesto de abandono de una "voluntad de poder", en el sentido de Foucault, para una afirmación de una "voluntad de crear", en el sentido de Nietzsche, propio de las artes y, por lo tanto, como el reverso de la biopolítica, de un orden para controlar los cuerpos y la subjetividad.
L'objectif de cet essai est de développer l'hypothèse selon laquelle il est possible de s'entendre une proposition éthique de la psychanalyse lacanienne. Pour cela, on discutera de la clinique du symbolique telle qu'elle a été délinéée surtout pendant le séminaire L'éthique de la psychanalyse pour ensuite présenter la clinique du réel depuis le séminaire Le sinthome, dans laquelle la problématique de l'écriture de la jouissance se radicalise. Pendant le déroulement du débat, on a l'intention de souligner comment Lacan approfondit progressivement l'expérience analytique en tant que poïétique, ou poiesis, un acte de création, un geste d'abandon d'une « volonté de pouvoir ¼ dans le sens foucaldien, vers une affirmation d'une « volonté de création ¼ pour le dire à la façon nietzschéenne, propre aux arts et, donc telle que l'inverse de la biopolitique, d'un ordre de contrôle des corps et de la subjectivité.
RESUMEN
RESUMO: Este trabalho propõe paralelos entre a interpretação freudiana do humor e o conceito de sinthoma em Lacan. A experimentação joyceana com a escrita interessou à Psicanálise, chegando a produzir efeitos, como é o caso da diferenciação lacaniana entre symptôme e sinthoma. A cultura judaica do leste europeu e a perplexidade com o desmoronamento de um império forneciam material para o humor kafkiano e para a teoria freudiana do humor. Com Kafka e Joyce, a literatura inventa formas literárias de leveza que interessam à investigação psicanalítica.
Abstract: This work proposes parallels between Freud's interpretation of humor and the concept of sinthoma in Lacan. Joycean experimentation with writing was of interest to Psychoanalysis, even producing effects, as is the case with the Lacanian differentiation between symptom and sinthome. Eastern European Jewish culture and perplexity at the collapse of an empire provided material for Kafka's humor and Freudian humor theory. With Kafka and Joyce, literature invents literary forms of lightness that concern psychoanalytic research.
Asunto(s)
Psicoanálisis , Superego , Ingenio y Humor , Signos y SíntomasRESUMEN
Este trabalho aborda a noção de desencadeamento nas neuroses, considerando a clínica atual e, para isto, perpassa pela noção de encadeamento e desencadeamento considerando ensinamentos freudiano e lacaniano. Formalizações sobre sinthoma, como elemento que repara os erros do enlaçamento e índice de encadeamento, e sintoma, são convocadas para a conversa em que a neurose, mesmo no contexto da clínica, apresenta-se frequentemente em sua forma não desencadeada. A função do analista como perturbador da defesa e do sinthoma é, assim, questão que se coloca em cena.
This article addresses the concept of triggering in neurosis by taking into account current clinical psychology and based on the concepts of chaining and triggering, according to Freudian and Lacanian teachings. Formalizations about the sinthome as an element that repairs bonding mistakes and the chaining index, and the sinthome itself, are convened for a conversation in which neurosis, even in the context of clinical psychology, often presents itself in its non-triggered form. The role of the psychoanalyst as a disrupter of both defense and the sinthome is therefore a question that arises in this scenario.
Cette étude examine la notion de déclenchement dans la névrose en prenant pour base la psychologie clinique actuelle ainsi que les concepts de chaînage et de déclenchement selon les enseignements freudiens et lacaniens. Les formalisations sur le sinthome, en tant qu'élément qui répare les erreurs de liaison et de l'index de chaînage, ainsi que le sinthome, sont convoqués à la conversation dans laquelle la névrose, même dans le contexte de la psychologie clinique, se présente souvent sous sa forme non-déclenchée. Le rôle du psychanalyste en tant que perturbateur de la défense et du sinthome représente donc une question qui se met en évidence.
Este trabajo aborda el concepto de desencadenamiento en las neurosis, considerando la práctica clínica actual y, para ello, transita por los conceptos de encadenamiento y desencadenamiento, basándose en las enseñanzas freudianas y lacanianas. Las formalizaciones sobre el sinthome, como un elemento que repara los errores de cruce y el índice de encadenamiento, y el síntoma en sí, son convocados a la charla en la que la neurosis, incluso en el contexto de la práctica clínica, se presenta a menudo en su forma no desencadenada. El papel del psicoanalista como perturbador, tanto de la defensa como del sinthome es, por lo tanto, una cuestión que surge en la escena.
RESUMEN
Este texto tenta discutir o lugar da voz na noção de chiffonnage ─ que Lacan esboça no seminário 24 ─ como uma direção da cura, ou, mais precisamente, uma in(ter)venção em direção ao sinthome. Trata-se de pensar a chiffonnage como uma in(ter)venção clínica com a voz, quer dizer, uma in(ter)venção que opera sobre a fonação, sobre a voz que é, no corpo, um real pulsional do fato que há um dizer. A voz aqui está para além do muro da palavra, em que é necessário quebrar o muro, chiffonner a palavra para fazer um outro uso que aquele para o qual ela é feita. Nessa operatória, é necessário fazer uma torção da voz para inventar um significante novo, um significante que não teria, como o real, nenhuma espécie de sentido.
This article discusses the place of the voice in the notion of chiffonnage -which Lacan sketches in Seminar 24 - as a direction of healing or, more precisely, an intervention towards the sinthome. Chiffonnage is understood as a clinical intervention using the voice, i.e., an intervention that operates on phonation, on the voice that is, in the body, an actual instinct of the fact that there is a saying. The voice here lies beyond the wall of the word, it requires breaking the wall, chiffonner the word to make a different use of it than the original one. This operation requires twisting the voice to invent a new signifier free of any meaning, as opposed to the actual one.
Cet article cherche à discuter la place de la voix dans la notion de « chiffonnage ¼ - que Lacan va esquisser dans le Séminaire 24 - comme un élément de la direction de la cure ou, plus précisément, une intervention vers le sinthome. Il s´agit de penser le chiffonnage comme une intervention clinique avec la voix, c´est-à-dire, une intervention qu´on opère sur la phonation, sur cette voix qui est, dans le corps, un réel pulsionnel du fait qu´il y a un dire. La voix est au-delà du mur de la parole et il est nécessaire de casser le mur, de chiffonner la parole pour faire d'elle un autre usage que celui pour lequel elle a été faite. Pour y parvenir, il faut effectuer une torsion de la voix afin d'inventer un signifiant nouveau, un signifiant qui n´aurait, comme le réel, aucune espèce de sens.
Este texto intenta discutir el lugar de la voz en la noción de chiffonnage - noción esbozada por Lacan en su Seminario 24 - como elemento de la gestión de la cura o, más precisamente, como una intervención hacia el sinthome. Se trata de pensar en la noción de chiffonnage como una intervención clínica con la voz, es decir, una intervención que actúa sobre la fonación, sobre esta voz que es, en el cuerpo, una pulsión real del hecho de que hay un decir. Aquí, la voz supera el muro de la palabra, en que es necesario romper el muro, chiffonner la palabra para que cumpla otro uso diferente al uso para la cual fue hecha. En esta operación, es necesario hacer una torsión de la voz para inventar un nuevo significante, un significante que no tendría, como el real, ninguna especie de sentido.
RESUMEN
En la actualidad, las toxicomanías y otras adicciones constituyen un campo clínico que ha proliferado notablemente, siendo una temática insoslayable para los profesionales de la salud. En el campo del Psicoanálisis suele decirse que el adicto es alguien que rompe absolutamente con el Otro y que posee una certeza de goce respecto de la sustancia/objeto. Dado que prescinde del Otro, ya que busca una operación que no pase por lo simbólico, se trataría de una respuesta a lo real por la vía de lo real. Este posicionamiento subjetivo reviste un desafío muy particular en la clínica, en tanto se intenta ofertar un espacio para la palabra allí donde el paciente ha encontrado otra solución para su angustia. Se pretenderá indagar las particularidades que reviste el tratamiento de las adicciones, proponiendo un recorrido en torno a las nociones de síntoma y sinthome, en articulación con las características propias del pseudo-discurso capitalista, a los fines de dilucidar qué aportes puede realizar el psicoanálisis en este campo y considerar qué movimientos podrían darse a lo largo de un análisis. Para ello se recurrirá al cine como material clínico que permita interrogar la teoría a la luz de la singularidad que allí se presenta
Drug addictions and addictions in general are a clinical field that has proliferated remarkably in recent years, being a fundamental issue for health professionals. In the field of Psychoanalysis, it is often said that the addict is someone who absolutely breaks with the Other and possesses certainty of joy with regard to the substance/object. Since he dispenses of the Other, because he seeks an operation that does not go through the symbolic, it would be a response to the real by the way of the real. This subjective positioning is a very particular challenge in the clinic, when we try to offer a space for the word where the patient has found another solution for his distress. We intend to investigate the particularities of the treatment of addictions, proposing a route around the notions of symptom and sinthome, in articulation with the characteristics of the pseudo-discourse of capitalism, in order to clarify what contributions psychoanalysis can make in this field and to consider what movements could occur during an analysis. For this purpose, cinema will be used as a clinical material that allows the theory to be questioned given the singularity the case presents
Asunto(s)
Humanos , Pacientes , Psicoanálisis , Signos y Síntomas , Sueño , Trastornos Relacionados con Sustancias , Películas CinematográficasRESUMEN
O artigo aborda a nomeação na clínica psicanalítica partindo da recomendação lacaniana de que o analista deve atentar a como o paciente se chama, pois o nome próprio nunca é indiferente. Mediante a elaboração de um Tesauro, analisamos as principais influências teóricas de Lacan sobre a nomeação passando por autores como Allan Gardiner, Bertrand Russell, Gottlob Frege e Claude Lévi-Strauss; abordamos, também, as proposições de Saul Kripke. A partir das aproximações e contraposições às obras de diferentes teóricos, Lacan constrói sua própria concepção sobre o nome próprio que culminará na teorização sobre o sinthoma.
The paper addresses the proper name in the psychoanalytic clinic based on the Lacanian recommendation that the analyst should pay attention to what the patient is called, since the name is never indifferent. Through the elaboration of a Thesaurus, we analyze the main theoretical influences of Lacan on the nomination passing through authors like Allan Gardiner, Bertrand Russell, Gottlob Frege and Claude Lévi-Strauss; we also approach the propositions of Saul Kripke. From the approaches and contrapositions to the works of different theorists, Lacan constructs his own conception on proper name that will culminate in the theorization on the sinthome.
El artículo aborda el nombramiento en la clínica psicoanalítica partiendo de la recomendación lacaniana de que el analista debe atentar a cómo el paciente se llama, pues el nombre propio nunca es indiferente. A través de la elaboración de un Tesauro, analizamos las principales influencias teóricas de Lacan sobre el nombramiento pasando por autores como Allan Gardiner, Bertrand Russell, Gottlob Frege y Claude Lévi-Strauss; también abordamos las proposiciones de Saul Kripke. A partir de las aproximaciones y contraposiciones a las obras de diferentes teóricos, Lacan construye su propia concepción sobre el nombre propio que culminará en la teorización sobre el sinthoma.
RESUMEN
RESUMO: O artigo objetiva estabelecer uma discussão acerca do conceito de foraclusão extraído por Lacan da obra freudiana. O percurso teórico acompanha o ensino de Lacan desde a formulação do conceito de foraclusão, definido a partir da lógica da exclusão do significante do Nome-do-Pai. O desenvolvimento da topologia borromeana faz do Nome-do-Pai um sinthome que amarra os três registros - simbólico, imaginário e real. No final de seu ensino, Lacan concede novo relevo teórico ao conceito de foraclusão, compreendido como sinal da desamarração do nó borromeano.
Abstract: The present article aims to establish a discussion regarding the foreclosure concept, extracted by Lacan from the Freudian work. The theoretical path accompanies Lacan's teaching since the formulation of the foreclosure's concept, defined from the exclusion of the significant of the Name of the Father's logic. The development of the borromean topology makes the Name of the Father a sinthome that ties the three orders symbolic, imaginary and real. At the end of his teachings, Lacan grants a new theoretical relief to the concept of foreclosure, understood as sign of the untying of the borromean knot.
Asunto(s)
Humanos , Trastornos Psicóticos , Rechazo en Psicología , Signos y SíntomasRESUMEN
Neste trabalho, abordamos os relatos autobiográficos escritos em redes sociais por Daniela Andrade, mulher transexual e militante, a fim de extrair o que ela pode nos ensinar acerca da transexualidade como possibilidade de amarração nodal do sujeito. Partindo da forma como ela organiza discursivamente sua experiência, recorrendo à distinção entre identidade de gênero, papel de gênero, anatomia e orientação sexual, levantaremos a hipótese de que esse saber sobre o gênero lhe permite fazer-se um nome próprio ("Daniela Andrade") ao eleger, no Simbólico, o significante "mulher trans" para representá-la frente ao Outro. Assim, pela via de uma nominação simbólica, Daniela alcança uma forma de operar a reescrita de seu gozo pela invenção singular de um nome próprio, ao construir uma solução transexual sinthomática no campo do Simbólico, manobra que corrige o duplo lapso nodal entre seu corpo (I) e o desejo do Outro (S).
In this work, we consider the autobiographical narratives written by Daniela Andrade, a militant and transsexual woman, in order to extract what she can teach us about transsexuality as a possibility of making a subjective tie. Drawing upon the way she organizes her experience discursively, recurring to the distinction between gender identity, gender role, anatomy, and sexual orientation, we will raise the hypothesis that such differentiation permits her making herself a proper name ("Daniela Andrade") by electing, in the Symbolic, the signifier "trans woman" to represent her in front of the Other. Thus, by means of a symbolic nomination, Daniela finds a way to operate the rewriting of her jouissance through the invention of a proper name, making up a transsexual sinthomatic solution in the Symbolic, which corrects the double nodal lapse between her body (I) and the desire of the Other (S).
En este trabajo, abordamos los relatos autobiográficos escritos en redes sociales por Daniela Andrade, una mujer transexual y militante, a fin de extraer lo que ella puede nos enseñar acerca de la transexualidad como posibilidad de enlazamiento subjetivo. Partiendo de la forma como ella organiza discursivamente su experiencia, recurriendo a la distinción entre identidad de género, papel de género, anatomía y orientación sexual, levantaremos la hipótesis de que ese saber sobre el género le permite hacerse un nombre propio ("Daniela Andrade"), cuando elige en el Simbólico el significante "mujer trans" para representarla frente al Otro. Así, por la vía de una nominación simbólica, Daniela alcanza una forma de operar la reescrita de su goce por la invención de un nombre propio, construyendo una solución transexual sinthomática en el campo del Simbólico, que corrige el doble lapsus nodal entre su cuerpo (I) y el deseo del Otro (S).
RESUMEN
O jogo de palavras père-version é utilizado por Lacan para aproximar os conceitos de sinthoma e perversão. Em seus desdobramentos teóricos, ele indica a dimensão real subjacente ao pai simbólico e serve para relativizar quatro diferentes aspectos do Nome-do-Pai: abstração, universalidade, normatividade e efetividade. Essa relativização, que se inicia por ocasião da primeira proposta de pluralização dos Nomes-do-Pai, torna-se passível de ser completada quando, no âmbito da topologia dos nós, o simbólico claramente perde a preeminência em relação aos outros registros.
The wordplay père-version is used by Lacan to bring together the concepts of sinthome and perversion. In its theoretical developments, it indicates the real dimension which underlies the symbolic father and serves to relativize four different aspects of the Name-of-the-Father: abstraction, universality, normativity, and effectiveness. This relativization, which begins with the pluralization of the Names-of-the-Father, can be completed when, in the scope of the topology of nodes, the symbolic clearly loses prevalence in relation to the other registers.
Asunto(s)
Relativismo Ético , Familia , PsicoanálisisRESUMEN
Este texto procura investigar como a ambiguidade de Foucault com relação à psicanálise não se restringe a suas formulações de como a descoberta freudiana subverte as malhas do poder e também é envolvida pelas tramas do poder. Este texto, então, enfocará essa ambiguidade no modo como Foucault (sem qualquer recurso à experiência psicanalítica) se serve do que escreve para avançar em questões que, voltadas para a filosofia, a política, o saber, não deixam de se articular também ao que toca seu corpo e sua vida. Nesse contexto, as formulações de Lacan sobre o parlêtre ("falasser") e o sinthoma serão importantes para elucidar como Foucault aplicou à sua vida e à sua obra o que ele próprio chamou de "estética da existência".
This text investigates how Foucault's ambiguity with regard to psychoanalysis is not restricted to his formulations of how the Freudian discovery both subverts the nets of power and is involved by its plots. There is an ambiguity in the way Foucault uses his writing to advance in questions regarding not only philosophy, politics and knowledge, but also his body and his life, and this without any analytical experience. Lacan's formulation concerning the parlêtreand the sinthomewill be important to elucidate how Foucault applied to his life and his writings what he called "the aesthetics of existence".
Este texto busca investigar cómo la ambigüedad de Foucault con relación al psicoanálisis no debe ser restricta a sus formulaciones sobre los modos como la descubierta freudiana ha subvertido las redes de poder y se encuentra también involucrada en sus tramas. Entonces, el este texto busca focalizar esta ambigüedad en el modo como (sin ninguno recurso a la experiencia analítica) Foucault utiliza sus escritos para hacer avanzar cuestiones que, orientadas hacia la filosofía, la política y los saberes, son también articuladas a su cuerpo y a su vida. En este contexto, las formulaciones de Lacan a propósito del parlêtre y del sinthoma serón muy importantes para elucidar cómo Foucault aplicó, a su vida y a su obra, el que él mismo llamó de "estética de la existencia".
Asunto(s)
Psicoanálisis , ExistencialismoRESUMEN
As questões que pautam o presente texto surgem da experiência de trabalho como psicóloga em diferentes serviços da rede pública de saúde mental e são desdobradas em uma pesquisa acadêmica vinculada ao Programa de Pós-graduação em Psicanálise: Clínica e Pesquisa, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O texto objetiva desenvolver pontos da teoria psicanalítica para pensar a operação de sexuação como modo singular de tratamento de gozo para cada ser falante. Para tanto, a distância entre o real da coisa e suas representações é abordada. Explora-se o erro comum que acopla distintos modos de gozo à existência de dois sexos. Em seguida são investigados os limites implicados nas tentativas de compartilhar questões indizíveis acerca do que se passa no corpo a partir do gozo sexual. Depois de passar pelos efeitos de uma sexuação sintomática ligada ao erro comum, a discussão toca outras possibilidades de tratamento do gozo, principalmente com base nas elaborações lacanianas acerca de James Joyce. Como conclusão, são apresentadas questões que destacam a lógica do não todo fálico como via que aponta para uma singularidade radical na escrita do sinthoma.
The issues that guide this text arise from work experience as a psychologist in different public mental health services and are further developed in the academic production of research linked to the Postgraduate Program Psicanálise: Clínica ePesquisa, at Universidade do Estado do Rio do Janeiro (UERJ - Rio de Janeiro State University). The text aims to expand points in psychoanalysis theory in order to consider the sexuation operation as a unique mode of the treatment of jouissance for every speaking being. The distance between the real in itself, and it's symbolic representations is broached. The common misconception that pairs up distinct modalities of jouissance with cultural established sex difference is also explored.Then, the limits in sharing unspeakable issues about what happens in the body, concerning to sexual jouissance, are investigated. Next, considering the effects of a symptomatic sexuation connected to that common mistake, the discussion reaches other possibilities of treatment of jouissance, based mainly on the Lacanian elaborations regarding James Joyce. In conclusion, issues are presented that emphasize the not all phallic logic as a pathway that goes beyond the barriers of what is possible to shareand points to a radical uniqueness in the writing of the sinthome.
Las preguntas que guían este texto surgen de la experiencia de trabajo como psicóloga en diferentes servicios de la red públicos de salud mental y se despliegan en una investigación académica vinculada al posgrado en Psicoanálisis: Clínica e Investigación, de la Universidad del Estado de Rio de Janeiro (UERJ). El texto tiene como objetivo desarrollar puntos de la teoría psicoanalítica para pensar la operación de sexuación como forma singular de tratar el goce para cada ser hablante. Para eso, fue abordada la distancia entre lo real de la cosa y sus representaciones. Se explora el error común que hace un emparejamiento entre distintos modos de goce y la existencia de dos sexos. Seguidamente son investigados los límites implicados en los intentos de compartir cuestiones indecibles acerca de lo que pasa en el cuerpo a partir del goce sexual. Después de pasar por los efectos de una sexuación sintomática relacionada con el error común, la discusión toca otras posibilidades de tratamiento del goce, basados principalmente en las elaboraciones de Lacan sobre James Joyce. En conclusión, se presentan cuestiones que resaltanla lógica del no todo fálico como vía a la escritura del sínthoma.
Asunto(s)
Humanos , Placer , SexualidadRESUMEN
Apresentamos um estudo sobre as definições de personalidade e caráter na psiquiatria clássica, na metapsicologia freudiana e na literatura psicanalítica, para pensar os desafios impostos ao psicanalista pelas neuroses contemporâneas. Seguindo Miller, parti mos do caráter como a noção advinda do campo da psiquiatria que prefigura o resto não interpretável que habita o sinthoma enquanto conjunção do sintoma com o caráter. Após abordarmos a semiologia psiquiátrica clássica, delimitamos em Freud a distinção entr e sintoma e caráter. Em seguida, trazemos as contribuições de Reich e Fenichel. Um situa as couraças do caráter como efeitos patogênicos da coerção civilizatória. Já o outro associa as deformações de caráter ao empobrecimento da elaboração inconsciente e d a rigidez da defesa do eu contra a angústia devido, levando a personalidades enrijecidas no gozo autista do sinthoma.
Nous présentons une étude sur les définitions de personnalité et caractère dans la psychiatrie classique, dans la métapsychologie freudienne et dans la littérature psychanalytique, pour réfléchir aux défis posés au psychanalyste par les név roses contemporaines. En suivant Miller, nous partons du caractère comme la notion venue du champ de la psychiatrie qui préfigure le reste non interpretable qui habite le sinthome en tant que conjonction du symptôme avec le caractère. Après avoir approché la sémiologie psychiatrique classique, nous délimitons chez Freud la distinction entre symptôme et caractère. Ensuite, nous apportons les contributions de Reich et de Fenichel. On place les cuirasses du caractere comme les effets pathogènes de la contraint e civilisatrice. L'autre, cependant, associe des déformations de caractère à l'appauvrissement de l'élaboration inconsciente et à la rigidité de l'autodéfense du moi contre les angoisses, ce qui conduit à des personnalités durcies dans la jouissance autist ique du sinthome.
We present a study on the definitions of personality and character in classical psychiatry, in freudian metapsychology and in psychoanalytic literature in general, to think about the challenges imposed on the psychoanalyst by contemporary neuroses. Followi ng Miller, we start from the character as the notion coming from the field of psychiatry that prefigures the undecipherable rest that inhabits the sinthome as a conjunction of the symptom with the character. Then we bring the contributions of Reich and Fen ichel. One places the armors of character as the pathogenic effects of civilizational coercion. The other, however, associates deformities of character with the impoverishment of unconscious elaboration and the rigidity of the self's defense against anguis h, leading to personalities stuck in the autistic jouissance of the sinthome.
Asunto(s)
Humanos , Carácter , Narcisismo , PersonalidadRESUMEN
Com base na teoria psicanalítica de Jacques Lacan, este artigo aborda os impasses subjetivos instaurados no percurso de constituição subjetiva de uma criança em tratamento psicanalítico em vias de uma resolução autista e de suas tentativas de saber-fazer com a língua nesse percurso. Parto da seguinte pergunta: qual a função da língua insistente da criança em uma fala que não servia para ela se comunicar? Como hipótese, considero a tomada da língua, pela criança, como tentativa de saber-fazer com seu sintoma conferindo-lhe um estatuto de sinthoma, de uma amarração sinthomática como o modo de resposta do sujeito em constituição perante o imperativo do real. Discuto a questão do psicodiagnóstico e sua relação com a constituição do sujeito e a estrutura psíquica não definida na infância. Enfatizo a dupla causação do sujeito e exploro a lógica borromeana no autismo, a partir da fala e da língua dessa criança.
Based on Jacques Lacan's psychoanalytic theory, this article addresses the subjective impasses established in the process of subjective constitution of a child in psychoanalytical treatment in process of an autistic resolution and their attempts to know-how to do with language in that process. I start from the following question: what is the function of the child's insistent language in a speech not suitable for their communication? My hypothesis is that the child takes language as an attempt to know-how with their symptom giving it a status of sinthome; a sinthomatic thread as a way in which the subject in constitution answers the imperative of the real. I discuss the issue of psychological diagnosis and its relation to the constitution of the subject and the psychic structure not set in childhood. I emphasize the double causation of the subject and explore the Borromean logic in autism from this child's speech and language.
Basado en la teoría psicoanalítica de Jacques Lacan, en este texto se discuten los impasses subjetivos de la constitución subjetiva de un niño en tratamiento psicoanalítico en el proceso de una resolución de autista y sus intentos de saber hacer con la lengua. ¿Qué función tiene la lengua insistente del niño en un discurso que no sirve para que él se comunique? Considero que el niño utiliza la lengua en un intento de saber hacer con su síntoma dándole un estatuto de sinthome, un amarre sinthomático como el modo de respuesta del sujeto en constitución frente al real imperativo. Discuto la cuestión de diagnóstico psicológico y su relación con la constitución del sujeto y la estructura psíquica que no se establece en la infancia. Enfatizo la doble causación del sujeto y exploro la lógica de borromeo en el autismo, del habla y la lengua de este niño.
RESUMEN
Este texto forma parte del estado de trabajo de la tesis de maestría en Psicoanálisis que actualmente estamos desarrollando en la Facultad de Psicología de la Universidad de Buenos Aires.Uno de los aportes más interesantes será interrogarnos sobre el uso de los nudos en la clínica del autismo. Tomaremos como eje de la enseñanza de Lacan los años 1974-1976, donde aborda el nudo borromeo en el del pasaje del nudo triádico al tetrádico con la función de nominación, punto de partida para llegar con la lógica de los nudos al autismo caracterizado por la forclusión del agujero. Será central desarrollar el concepto de nominación como efectos para comprender el planteo del escrito...
This paper is part of an ongoing thesis of the Master's Degree at the Faculty of Psychology of the University of Buenos Aires.The reflection on the use of the knots in the autism clinic is one of the most interesting contributions of this work. Lacan's teaching between 1974-1976 is the base of this study, in which he addresses the Borromean knot in the passage from the triadic to the tetradic knot with the naming function as starting point, to arrive with the logic of knots to autism, characterized by the foreclosure of the gap. The development of the concept of naming as effects is essential to understand the approach of this paper...
Ce texte fait partie de l'avancement dun travail de recherche pour l'obtention du Master en psychanalyse de la faculté de psychologie de l'Université de Buenos Aires.La réflexion sur l'usage des nuds dans la pratique clinique de l'autisme est l'une des contributions les plus intéressantes de ce travail. Les enseignements de Lacan des années 1974-1976 sont la base de cette étude, enseignements où il aborde le Nud borroméen dans le passage du nud triadique au tétradique avec la fonction de nomination en tant que point de départ, pour arriver avec la logique des nuds à l'autisme, caractérisé par la forclusion du trou. Le développement du concept de nomination en tant qu'effets est primordial pour comprendre l'exposé de l'article...