Utilização das normas de biossegurança pelos cirurgiões dentistas do serviço público de uma cidade do centro oeste de Minas Gerais

O controle de infecções nos consultórios tem sido um dos grandes desafios para os profissionais que atuam na Odontologia. Durante os atendimentos os profissionais devem utilizar meios que previnam e evitem o risco de infecção e transmissão cruzada. Foi realizada uma pesquisa com 41 cirurgiões dentistas que atuam no serviço público do município de Sete Lagoas/MG...

Compliance with the use of personal protective equipment among dentists working at the royal medical services

The assessment of compliance with using personal protective equipment among a group of military dentists. A self-administered questionnaire was distributed to a total of 100 military dentists. The questionnaire comprised of two parts. The first included five general questions related to the duration of dental experience, gender, professional rank, frequency of recording medical history of patients, in addition to the availability of infection control policy in their departments. The second part was further subdivided into four sections concerned with the use of different personal protective equipment including masks, white coat, gloves and protective glasses. Of the total 100 questionnaires, the response rate was 87%. The majority of the dentists were male general practitioners. Only 57 [65.5%] of them recorded the medical history routinely and only 12 [13.7%] had an infection control policy in their department. The majority of the above mentioned dentists [94.2%] always wore gloves but only 81.6% of them changed their gloves after each patient. About 67.8% of the dentists always wore masks while treating their patients but only 10.3% of them changed the mask after each patient. Most of the dentists [97.7%] wore white coats and approximately half of them [50.57%] never used eyeglasses or protective face shields. Military dentists show good compliance with the use of personal protective equipment; however, some dentists do not utilize the full range of infection control procedures. The development of an infection control manual, in addition to continuous education with adequate supplies of personal protective equipment are necessary to reduce the risk of cross infection in dental clinics

Attitudes and behavior of dental students concerning infection control rules: a study with a10-year interval

The study compared the attitudes and behavior of 4th-year dental students regarding infection control rules in 1995 and 2005. Self-administrated questionnaires were applied to 592 students at 5 different dental schools in 1995 (n=350) and in 2005 (n=242). The chi-square and Fisher's exact tests were used for statistical analysis of data. Significance level was set at p<0.05. The response rate was 90.3 percent in 1995 and 81.0 percent in 2005. There was no improvement in the use of rubber gloves (p=0.316), face masks (p=0.572) or gowns (p=0.862) between 1995 and 2005. There was a lesser frequency of the use of protective eyewear in 2005 (p<0.001). No student used the individual protection equipment correctly. There was a decrease in the sterilization of burs in 2005 when compared to 1995 (p<0.001). No student could describe the correct use of the autoclave. Disinfection and use of a dental chair barrier were done correctly by a minority of students in 1995 (2.8 percent) and 2005 (6.1 percent) (p=0.069). Most students correctly discarded perforating/cutting instruments in both years (p=0.749). The attitudes and behavior of dental students concerning infection control are worrisome. There was no improvement and, for some parameters, there was a worsening in the procedures over the time period evaluated.

Este estudo comparou as atitudes e comportamento de estudantes de odontologia do quarto ano em relação às medidas de controle de infecção em 1995 e 2005. Questionários foram aplicados a 592 estudantes em cinco diferentes faculdades de odontologia em 1995 (n=350) e 2005 (n=242). Testes de qui-quadrado e testes exatos de Fisher foram utilizados. O nível de significância estatística utilizado foi p<0,05. As taxas de respostas foram iguais a 90,3 por cento em 1995 e 81,0 por cento em 2005. Não houve melhora no uso de luvas (p=0,316), máscaras (p=0,572) ou gorros (p=0,862) entre 1995 e 2005. Houve uma diminuição na frequência do uso de óculos de proteção em 2005 (p<0,001). Nenhum estudante utilizou o equipamento de proteção individual corretamente. Houve uma diminuição no relato de esterilização de brocas em 2005 comparado com 1995 (p<0,001). Nenhum estudante foi capaz de descrever o uso correto da autoclave. Desinfecção e uso de barreira na cadeira odontológica foi corretamente realizado por uma minoria de estudantes em 1995 (2,8 por cento) e 2005 (6,1 por cento) (p=0,069). A maioria dos estudantes descartava corretamente os instrumentais pérfuro-cortantes em ambos os anos (p=0,749). As atitudes e comportamentos desses estudantes de odontologia em relação ao controle de infecção são preocupantes. Não houve melhora, e para alguns parâmetros, houve uma piora na realização desses procedimentos no período avaliado.

Presença de bactérias em instrumentais e superfícies do ambiente clínico odontológico / Presence of bacteria in instruments and surfaces of the clinic odontologic ambient

Este estudo teve como objetivo avaliar os riscos de contaminaçäo a partir da presença de bactérias em instrumentais e superfícies do ambiente clínico odontológico, supostamente apropriados para o uso do atendimento ao paciente. Foram coletadas, pela Vigilância Sanitária, 250 amostras de 49 consultórios odontológicos particulares, em diferentes bairros do município do Rio de Janeiro, e avaliados bioquimicamente e morfologicamente pelo Laboratório Central Noel Nutels. Os resultados constataram a presença de bactérias nos instrumentais e superfícies. Foi concluído que há fragilidade nas medidas de proteçäo e falhas na cadeia asséptica, o que representa risco à saúde dos pacientes e profissionais