RESUMEN
Introdução: O ecocardiograma transesofágico é um exame amplamente utilizado na prática clínica para investigação e diagnóstico de doenças cardíacas e não cardíacas. Apesar de seguro, trata-se de exame semi-invasivo e não isento de ris-cos. Casos de infecção associados ao ecocardiograma tran-sesofágico foram descritos e, devido ao potencial risco de transmissão de infecção durante sua realização, o objetivo deste trabalho foi revisar dados da literatura referentes à transmissão de infecção durante a realização do exame, bem como os métodos de prevenção. Métodos: Revisão de literatura sobre o tema realizada entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018, por meio de pesquisa em portais científicos de domínio público, nas diferentes bases de dados de ciências da saúde, que incluíram artigos originais, diretrizes, revisões simples e sistemática, e relatos de casos, publicados em periódicos indexados nos últimos 20 anos. Resultados: Preencheram os critérios estabelecidos 13 artigos: uma re-visão sistemática sobre complicações associadas ao ecocar-diograma transesofágico, seis artigos que descreveram surtos bacterianos relacionados ao ecocardiograma transesofágico, a diretriz britânica sobre limpeza e desinfecção para sondas de ecocardiografia transesofágica, quatro artigos sobre reações adversas a resíduos de ortoftaldeído em sondas de ecocardiograma transesofágico e um artigo referente ao uso de capas protetoras para as sondas. Conclusão: O risco de infecção associado ao ecocardiograma transesofágico existe, apesar de pouco descrito na literatura. É recomendado o es-tabelecimento de protocolos específicos de desinfecção das sondas de ecocardiograma transesofágico e inspeção rotinei-ra das sondas. O fortalecimento das equipes de controle de infecção também é essencial para a detecção e a resolução de surtos relacionados ao ecocardiograma transesofágico