RESUMEN
A fibrilaçäo atrial (FA) é a arritmia cardíaca sustentada mais frequente na prática clínica e está associada a morbidade e mortalidade significativas. Nos últimos anos, houve grandes progressos no entendimento dos vários mecanismos eletrofisiológicos envolvidos nas gênese e perpetuaçäo dessa arritmia. Observou-se que a FA pode ser desencadeada por mecanismos focais, localizados principalmente nas veias pulmonares. Evidências experimentais e clínicas sugerem que a FA promove alteraçöes anatômicas e elétricas nos átrios que favorecem a sua perpetuaçäo. Esses novos conceitos têm redirecionado a abordagem terapêutica dos pacientes com FA. Vários métodos näo farmacológicos para o tratamento da FA estäo em desenvolvimento, incluindo ablaçäo por cateter com radiofrequência, marcapassos com dupla estimulaçäo atrial e desfibriladores atriais implantáveis. Apesar de promissores, o valor e a aplicabilidade clínica desses métodos ainda näo foram definidos. A associaçäo de modalidades terapêuticas com o objetivo de obter um efeito cinérgico pode contribuir favoravelmente para o tratamento da FA. Este artigo revisa os novos conceitos fisiopatológicos da FA e analisa o impacto desses avanços na abordagem terapêutica de pacientes com essa arritmia
Asunto(s)
Humanos , Animales , Perros , Fibrilación Atrial , Electrofisiología/tendencias , Alternativas a las Pruebas en Animales , Arritmias Cardíacas/mortalidad , Arritmias Cardíacas/terapia , PrescripcionesAsunto(s)
Humanos , Ablación por Catéter/clasificación , Ablación por Catéter/métodos , Ablación por Catéter/tendencias , Ablación por Catéter , Arritmias Cardíacas/diagnóstico , Arritmias Cardíacas/terapia , Ablación por Catéter/efectos adversos , Electrofisiología/métodos , Electrofisiología/tendenciasRESUMEN
Ao modificar as correntes de entrada dos íons nas células, os medicamentos antiarrímicos eliminam os distúrbios gerados por automatismo normal ou anormal; ao transformar o bloqueio unidirecional em bidirecional ou simplesmente extinguí-lo, os agentes farmacológicos fazem desaparecer as arritmias reentrantes. A terapêutica antiarrítmica terá resultados satisfatórios se determinadas regras forem seguidas, como a obtençäo de níveis plasmáticos adequados da medicaçäo, observando-se os fundamentos da absorçäo, distribuiçäo, metabolismo e excreçäo. Um efeito indesejável dos antiarrímicos é a proarritmia: modificando as correntes iônicas através da membrana, provocam profundas alteraçôes na velocidade de despolarizaçäo e no período de recuperaçäo celular, podendo originar novos distúrbios do ritmo ou exacerbar aqueles já existentes.