RESUMEN
Uma das maiores preocupações da prática homeopática foi com o grau de fiabilidade dos elementos colhidos durante uma entrevista e sua objetivação. Desde o início, procurávamos seguir as orientações de Hahnemann quanto à feitura do registro do caso (o record). Porém, mesmo após esse detalhamento caíamos nas rubricas repertoriais mais usuais. Esse vício de informação nos conduzia, salvo raríssimas exceções, assim chamados policrestos. A partir de 1986, comecei a sistematizar uma técnica, selecionando as palavras mais chamativas, qualificando -as, anotando sua frequência, correlacionando-as em conjuntos por analogias, sinonímia, antonímia, etc. Fazendo, enfim, combinações progressivas até chegar às intersecções dos conjuntos que permitem análise e tabulação. A partir desse instrumento, pude obter uma visão da totalidade que em geral, é desprezada no nosso trabalho cotidiano como homeopatas. Uma vez que essa técnica está em processo de desenvolvimento, não dispensamos o uso clássico da coleta de sintomas, hierarquização e repertorização, com suas variantes.