Hipertensão renovascular e hipertensão maligna: aspectos atuais / Renovascular hypertension and malignant hypertension: current concepts

A hipertensão renovascular, definida pela presença de hipertensão e estenose significativa da artéria renal, é a principal causa potencialmente curável de hipertensão arterial. As principais etiologias da hipertensão renovascular são aterosclerose, fibrodisplasia e arterite. A suspeita de hipertensão renovascular é baseada em achados clínicos sugestivos, como hipertensão refratária ao tratamento, de aparecimento antes dos 20 e após os 50 anos, ou associada a insuficiência renal. Os principais exames complementares para o rastreamento de hipertensão renovascular são cintilografia renal radioisotópica com captopril, o teste de captopril com coleta de renina periférica, o Doppler de artérias renais e, mais recentemente, a angiorressonância magnética. O diagnóstico é confirmado somente pela arteriografia. Recentes estudos têm demonstrado alterações da função endotelial, do estresse oxidativo e do sistema nervoso simpático em hipertensão renovascular, que podem estar envolvidas nas complicações cardiovasculares desses pacientes. Os objetivos principais do tratamento da hipertensão renovascular são o controle efetivo da hipertensão arterial e a preservação da função renal. As três modalidades terapêuticas disponíveis incluem tratamento clínico, angioplastia ou implante de stent e revascularização cirúrgica. A escolha do tratamento deve ser individualizada, com base na idade, na etiologia da estenose e na presença de doenças associadas. A hipertensão maligna é complicação grave da hipertensão arterial, caracterizada por elevação importante e aguda da pressão arterial, insuficiência renal rapidamente progressiva, retinopatia grave e insuficiência cardíaca, culminando com morte do paciente em poucos meses se não tratada adequadamente. Atualmente, o melhor controle da pressão arterial com tratamento eficaz e o conhecimento de novos mecanismos fisiopatológicos têm melhorado a sobrevida desses pacientes...

Hipertensão renovascular: epidemiologia e diagnóstico / Renovascular hypertension: epidemiology and diagnosis

A hipertensão renovascular, definida pela presença de hipertensão e estenose significativa da artéria renal, é a principal causa potencialmente curável de hipertensão arterial. As principais etiologias da hipertensão renovascular são, por ordem de freqüência, aterosclerose, fibrodisplasia muscular e arterite. A suspeita de hipertensão renovascular é baseada em achados clínicos sugestivos, tais como hipertensão grave refratária ao tratamento, hipertensão de aparecimento antes dos 20 e após os 50 anos, e hipertensão associada a insuficiência renal. Os principais exames complementares utilizados atualmente para o rastreamento de hipertensão renovascular são: cintilografia renal radioisotópica com captopril, o teste de captopril com coleta de renina periférica e o Doppler de artérias renais. Mais recentemente, novas técnicas de imagem não-invasivas têm sido utilizadas para identificar a estenose de artéria renal e, dentre elas, a ressonância nuclear magnética vascular tem apresentado boa sensibilidade e especificidade. No entanto, o diagnóstico é confirmado somente pela detecção da estenose da artéria renal pela arteriografia. A identificação precoce e correta de pacientes com hipertensão renovascular permite uma abordagem terapêutica mais adequada e uma melhor resposta ao tratamento.

Inquérito sobre o tratamento da hipertensão renovascular no Estado do Paraná / Survey on the Treatment of RenovascularHypertension in the State of Paraná

PURPOSE--To verify the incidence of treatment of renovascular hypertension (RVH) in the state of Paraná, in a two-year period (1991-92). METHODS--Questionnaires were mailed to the 72 vascular surgeons members of the Brazilian Society of Angiology and Vascular Surgery--Paraná Chapter, and to the vascular radiologists with experience in renal artery angioplasty. The questionnaire inquired about cases of RVH treated by surgery or renal artery angioplasty. RESULTS--All 8 vascular radiologists and 38 (52.7) vascular surgeons returned the questionnaires. Only 18 patients with HRV were treated in Paraná: 10 by surgical methods and 8 by renal angioplasty. The annual incidence of treatment of RVH in Paraná was estimated to be 0.16 cases per 100,000 adults. CONCLUSION--The incidence of treatment of RVH in Paraná is extremely low, due to several factors: unavailability of diagnostic methods, absence of screening programs, and little information in the medical community.

Hipertensión renovascular / Renovascular hypertension

La hipertensión renovascular constituye una demostración clínica aplicada del descubrimiento genial de Golblatt en 1934. La exhaustiva revisión de la literatura efectuada por Mann y Pickering llevan a concluir que su frecuencia es inferior a la que sostenía hasta hace 5 años atrás. La clínica ha permitido establecer claramente las situaciones de sospechas diagnóstica, y es precisamente en esos enfermos en quienes hay que buscar la enfermedad. Está claramente que no tiene buen rendimiento y significa un costo muy elevado y un dispendioel estudiar indiscriminadamente los hipertensos con la intención de encontrarles una arteriopatía renal. Resulta del más alto interés el concepto que la enfermedad renovascular es distinta de la hipertensión renovascular, y que ambas pueden ser causadas de insuficiencia renal terminal aguda. Por último, sigue teniendo prioridad la revascularización en el tratamiento tanto de la hipertensión renovascular como de la enfermedad renovascular que produce isquemia. El tratamiento médico, en base al empleo de inhibidores de la enzima convertidora, tiene su indicación cuando la cirugía y la angioplastia tienen un riesgo que la hace no aconsejable