RESUMEN
Limited and contradictory information exists regarding the prognosis of HIV/HTLV-I co-infection. Our goal was to estimate the effect of HTLV-I infection on mortality in HIV-infected patients at a HIV reference center in Peru. We studied a retrospective cohort of HIV-infected patients, who were exposed or unexposed to HTLV-I. Exposed patients were Western Blot (WB) positive for both retroviruses. Unexposed patients were WB positive for HIV, and had least one negative EIA for HTLV-I. These were selected among patients who entered our Program immediately before and after each exposed patient, between January 1990 and June 2004. Survival time was considered between the diagnosis of exposure to HTLV-I and death or censoring. Confounding variables were age, gender, baseline HIV clinical stage, baseline CD4+ T cell count, and antiretroviral therapy. We studied 50 exposed, and 100 unexposed patients. Exposed patients had a shorter survival compared to unexposed patients [median survival: 47 months (95 percent CI: 17-77) vs. 85 months (95 percent CI: 70-100), unadjusted p = 0.06]. Exposed patients had a higher rate of mortality compared to unexposed patients (HIV/HTLV-I (24/50 [48 percent]) vs. HIV only (37/100 [37 percent]), univariable p = 0.2]. HTLV-I exposure was not associated to a higher risk of death in the adjusted analysis: HR: 1.2 (0.4-3.5). AIDS clinical stage and lack of antiretroviral therapy were associated to a higher risk of dying. In conclusions, HTLV-I infection was not associated with a higher risk of death in Peruvian HIV-infected patients. Advanced HIV infection and lack of antiretroviral therapy may explain the excess of mortality in this population.
Existe informação limitada e contraditória sobre o prognóstico da co-infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana Tipo 1 (HIV-1) e Vírus Linfotrópico de Células T Humanas Tipo I (HTLV-I). Nosso objetivo foi estimar o efeito da infecção pelo HTLV-I na mortalidade de pacientes infectados pelo HIV-1 em Centro de Referência de HIV no Peru. Trata-se de uma coorte retrospectiva de pacientes infectados pelo HIV, expostos ou não expostos ao HTLV-I. Os pacientes expostos tiveram resultados positivos no Western Blot (WB) para ambos retrovírus. Os pacientes não expostos tiveram resultados positivos para o HIV-1 e pelo menos um teste de EIA negativo para o HTLV-I. Esses pacientes foram selecionados entre aqueles que entraram no nosso Programa imediatamente antes ou depois de cada paciente exposto, no período de janeiro de 1990 a junho de 2004. O tempo de sobrevida foi considerado entre o diagnóstico da exposição ao HTLV-I e a morte. As variáveis de confusão foram: idade, gênero, estágio clínico basal da infecção pelo HIV-1, contagem basal de células CD4, e terapia anti-retroviral. Estudamos 50 pacientes expostos e 100 não expostos. Os pacientes expostos tiveram menor sobrevida quando comparados aos não expostos [mediana de sobrevida: 47 meses (95 por cento IC: 17-77) versus 85 meses (70-100), p não ajustado < 0.06]. Os pacientes expostos tiveram maior risco de morte quando comparados aos não expostos (HIV-1/HTLV-I (24/50 [48 por cento]) versus HIV-1 só (37/100 [37 por cento]) p univariado = 0.2). A exposição ao HTLV-I não foi associada a maior risco de morte na análise ajustada: HR: 1.2 (0.4-3.5). O estágio clínico da infecção pelo HIV-1 e a ausência de terapia anti-retroviral foram associados a maior risco de morte. Em conclusão, a infecção pelo HTLV-I não foi associada a maior risco de morte em pacientes peruanos infectados pelo HIV-1. A infecção avançada pelo HIV-1 e a falta de terapia anti-retroviral podem explicar o excesso de mortalidade ...