RESUMEN
A infiltração de fluidos orgânicos e de microorganismo pode ocorrer entre o pilar protético e o implante osseointegrado, causando mau odor e possível inflamação de tecidos perimplantares. Este estudo teve como objetivo identificar oito espécies periodontopatôgenicas no espaço interno de implantes de hexágono externo e a avaliação do uso de solução de clorexidina a 2% no controle bacteriano nesse espaço. Foram selecionados quatro indivíduos portadores de duas próteses sobreimplante cada. As próteses foram removidas, limpas e desinfetadas com álcool-iodado a 0,02% anteriormente às coletas de material da interface parafuso- implante. Após a primeira coleta, foram reposicionados os pilares de prótese sendo que, num dos implantes, foi adicionada solução de digluconato de clorexidina a 2% e no outro implante (controle), nada foi adicionado. Os indivíduos foram divididos em dois grupos para novas coletas 30 e 90 dias após a primeira. As amostras foram submetidas a exames microbiológicos para identificação de periodontopatógenos, por cultivo e detecção do DNA pela reação em cadeia da polimerase (PCR). Os resultados demonstraram a presença de F nucleatum e T denticola nas amostras coletadas 30 dias após a aplicação de clorexidina e de T denticola e P intermedia nas que não receberam essa aplicação. Aos 90 dias foi detectada a presença de C.rectus nas amostras dos espaços não tratados com clorexidina e de P gingivalis e P. intermedia, indiferentemente da aplicação ou não desse antimicrobiano.