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1.
Arq. bras. cardiol ; 121(4): e20230544, abr.2024. tab, graf
Article Dans Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557038

Résumé

Resumo Fundamento: O software ablation index (AI) permitiu melhorar os resultados da ablação de fibrilação atrial (FA), mas as taxas de recorrência permanecem significativas. Biomarcadores séricos específicos têm sido associados a essa recorrência. Objetivos: Avaliar se certos biomarcadores podem ser utilizados (individualmente ou combinados) para predizer a recorrência de FA pós ablação guiada pelo AI. Métodos: Estudo multicêntrico, observacional, prospectivo de pacientes consecutivos, encaminhados para ablação de FA de janeiro de 2018 a março de 2021. Hemoglobina, peptídeo natriurético cerebral (BNP), proteína C reativa, troponina I ultrassensível, clearance de creatinina, Hormônio Tireoestimulante (TSH), e Tiroxina livre (T4) foram avaliados quanto à capacidade de prever a recorrência de arritmias durante o acompanhamento. Valores de p <0,05 foram aceitos como estatisticamente significativos. Resultados: Um total de 593 pacientes foram incluídos - 412 com FA paroxística e 181 com FA persistente. Durante o seguimento médio de 24±6 meses, 76,4% não apresentaram recidiva após ablação. Individualmente, os biomarcadores demonstraram um valor preditivo baixo ou nulo para recorrência. No entanto, TSH >1,8 μUI/mL [HR=1,82 (IC95%, 1,89-2,80), p=0,006] foi um preditor independente de recorrência. Avaliando-se a combinação de TSH, FT4 e BNP, a adição de cada valor "anormal" foi associada a uma menor sobrevida livre de recorrência (87,1% se nenhum vs. 83,5% se um vs. 75,1% se dois vs. 43,3% se três biomarcadores, p<0,001). Doentes com três biomarcadores "anormais" apresentaram três vezes maior probabilidade de recorrência de FA, comparativamente aos que não apresentaram nenhum biomarcador "anormal" (HR=2,88 [IC95%, 1,39-5,17], p=0,003). Conclusões: Quando combinados, valores anormais de TSH, FT4 e BNP podem ser uma ferramenta útil para prever a recorrência de FA pós ablação guiada pelo AI.


Abstract Background: Ablation Index (AI) software has allowed better atrial fibrillation (AF) ablation results, but recurrence rates remain significant. Specific serum biomarkers have been associated with this recurrence. Objectives: To evaluate whether certain biomarkers could be used (either individually or combined) to predict arrhythmia recurrence after AI-guided AF ablation. Methods: Prospective multicenter observational study of consecutive patients referred for AF ablation from January 2018 to March 2021. Hemoglobin, brain natriuretic peptide (BNP), C-reactive protein, high sensitivity cardiac troponin I, creatinine clearance, thyroid-stimulating hormone (TSH) and free thyroxine (FT4) were assessed for their ability to predict arrhythmia recurrence during follow-up. Statistical significance was accepted for p values of<0.05. Results: A total of 593 patients were included - 412 patients with paroxysmal AF and 181 with persistent AF. After a mean follow-up of 24±6 months, overall single-procedure freedom from atrial arrhythmia was 76.4%. Individually, all biomarkers had no or only modest predictive power for recurrence. However, a TSH value >1.8 μUI/mL (HR=1.82 [95% CI, 1.89-2.80], p=0.006) was an independent predictor of arrhythmia recurrence. When assessing TSH, FT4 and BNP values in combination, each additional "abnormal" biomarker value was associated with a lower freedom from arrhythmia recurrence (87.1 % for no biomarker vs. 83.5% for one vs. 75.1% for two vs. 43.3% for three biomarkers, p<0.001). Patients with three "abnormal" biomarkers had a threefold higher risk of AF recurrence compared with no "abnormal" biomarker (HR=2.88 [95% CI, 1.39-5.17], p=0.003). Conclusions: When used in combination, abnormal TSH, FT4 and BNP values can be a useful tool for predicting arrhythmia recurrence after AI-guided AF ablation.

2.
Arq. bras. cardiol ; 119(4): 522-530, Oct. 2022. tab, graf
Article Dans Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1403353

Résumé

Resumo Fundamento Os distúrbios de condução (DC) são a complicação mais frequente após a substituição da válvula aórtica transcateter (TAVR) e ainda não há consenso sobre seu tratamento. Objetivo Avaliar novos DC e implante de marca-passo definitivo (MPD) após a TAVR e avaliar a porcentagem de estimulação ventricular (EV) até 1 ano de acompanhamento. Métodos Pacientes submetidos a TAVR de outubro de 2014 a novembro de 2019 foram cadastrados; pacientes com MPD anterior foram excluídos. Dados clínicos, do procedimento, do ECG e do MPD foram coletados até 1 ano após o implante. O nível de significância adotado para a análise estatística foi 0,05%. Resultados Um total de 340 indivíduos foram submetidos a TAVR. O DC mais comum foi bloqueio de ramo esquerdo novo (BRE; 32,2%), sendo que 56% destes foram resolvidos após 6 meses. O bloqueio do ramo direito (BRD) foi o maior fator de risco para bloqueio atrioventricular avançado (BAV) [RC=8,46; p<0,001] e implante de MPD [RC=5,18; p<0,001], seguido de BAV de baixo grau prévio [RC=2,25; p=0,016 para implante de MPD]. Em relação às características do procedimento, válvulas de gerações mais recentes e procedimentos de válvula-em-válvula foram associados a menos DC. No total, 18,5% dos pacientes tiveram MPD implantado após a TAVR. Na primeira avaliação do MPD, pacientes com BAV avançado tinham uma porcentagem mediana de EV de 80%, e, após um ano, de 83%. Em relação aos pacientes com BRE e BAV de baixo grau, a EV mediana foi mais baixa (6% na primeira avaliação, p=0,036; 2% após um ano, p = 0,065). Conclusão O BRE foi o DC mais frequente após a TAVR, com mais da metade dos casos se resolvendo nos primeiros 6 meses. O BRD foi o principal fator de risco para BAV avançado e implante de MPD. O BAV avançado foi associado a uma porcentagem mais alta de EV no acompanhamento de 1 ano.


Abstract Background Conduction disturbances (CD) are the most frequent complication after transcatheter aortic valve replacement (TAVR), and there continues to be a lack of consensus on their management. Objective To assess new CD and permanent pacemaker (PPM) implantation after TAVR and to evaluate the ventricular pacing percentage (VP) up to 1 year of follow-up. Methods Patients who underwent TAVR from October 2014 to November 2019 were enrolled; patients with previous PPM were excluded. Clinical, procedure, ECG, and PPM data were collected up to 1 year after implantation. The significance level adopted in the statistical analysis was 0.05. Results A total of 340 patients underwent TAVR. The most frequent CD was the new left bundle branch block (LBBB; 32.2%), which 56% resolved after 6 months. Right bundle branch block (RBBB) was the biggest risk factor for advanced atrioventricular block (AVB) [OR=8.46; p<0.001] and PPM implantation [OR=5.18, p<0.001], followed by previous low-grade AVB [OR=2.25; p=0.016 for PPM implantation]. Regarding procedure characteristics, newer generation valves and valve-in-valve procedures were associated with fewer CDs. Overall, 18.5% of patients had a PPM implanted post-TAVR. At first PPM evaluation, patients with advanced AVB had a median percentage of VP of 80% and 83% at one year. Regarding patients with LBBB plus low-grade AVB, median VP was lower (6% at first assessment, p=0.036; 2% at one year, p = 0.065). Conclusion LBBB was the most frequent CD after TAVR, with more than half being resolved in the first six months. RBBB was the major risk factor for advanced AVB and PPM implantation. Advanced AVB was associated with a higher percentage of VP at 1 year of follow-up.

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