Artroplastia total do quadril com prótese näo cimentada / Total cementless hip arthroplasty

Os autores fizeram uma avaliaçÒo retrospectiva em 53 próteses näo cimentadas, com seguimento de 10 a 10,5 amos, realizadas no período de abril a setembro de 1986. A idade esteve compreendida entre 18 e 64 anos, com média de 39 anos. A avaliaçäo objetiva foi feita pelo mÚtodo de Merle D'Aubigné e Postel e a subjetiva, pelo grau de satisfaçÒo de cada paciente, de acordo com um questionário modificado e adaptado a nossas condiçöes socieconômicas. Os bons resultados nas próteses de Galante após esse período representaram apenas 39,62 por cento; os regulares, 26,41 por cento; e os maus, 33,96 por cento. Nas de Roy-Camille encontramos 71,3 por cento de bons, 15,2 por cento de regulares e 13,5 por cento de maus. Em nenhuma delas encontramos resultados excelentes ou muito bons. Foram realizadas três revisöes com substituiçäo dos dois componentes (Galante) duas com substituiçäo apenas do componente femoral (Galante) e cinco do acetabular (Roy-Camille, duas e Galante, três). Em um paciente, com prótese de Roy-Camille, foram retirados os dois componentes, por infecçäo profunda. Das substituiçöes, cinco foram por desprendimento asséptico, três por infecçäo e duas por fratura do fêmur ou do componente. Em nossas observaçöes, durante dez anos, comprovamos que as próteses sÒo cimentadas, utilizadas em nosso serviço, apresentaram resultados bisonhos, que nÒo justificaram seu emprego. Mesmo nos casos considerados bons e regulares, encontramos 59,7 por cento de sinais radiológicos de comprometimento dos componentes, conseqüência da açäo dos débris. Com os materiais atualmente disponíveis, comprovadamente nocivos à organizaçäo estrutural do organismo humano, caminhamos sem direçäo e sem futuro. Ao indicarmos uma prótese total do quadril atualmente, estamos assumindo näo somente uma responsabilidade, mas, acima de tudo, uma responsabilidade jurídica, pelos danos que poderäo ocorrer no futuro ao paciente.

Tratamento cirúrgico das fraturas trocantéricas do fêmur pela técnica de Richards: os erros de técnica mais freqüentes, complicaçöes tardias / Surgical treatment of trochanteric hip fractures with Richards' technique: most frequent errors and late complications

O objetivo deste trabalho é avaliar os erros cometidos na execuçäo das osteossínteses das fraturas trocantéricas do fêmur com o parafuso deslizante de compressäo de Richards, no período de dezembro de 1981 a agosto de 1985, no Centro de Fraturas do Hospital Geral de Camaragibe. Foram revisadas 245 fraturas trocantéricas, tratadas com o parafuso deslizante de compressäo de Richards e, dessas, conseguimos fazer o acompanhamento em 103 pacientes, com avaliaçäo dos resultados tardios. Os erros mais freqüentes de técnica estavam relacionados com o tamanho do prego deslizante, com sua localizaçäo em relaçäo ao calcar e com a reduçäo imperfeita da fratura. Em todas as osteossínteses utilizamos a placa de 135-