Résumé
A escleroterapia endoscópica é uma modalidade de tratamento efetiva no controle do sangramento agudo e na prevenção do ressangramento de varizes esofagianas. No entanto, é associada a complicações significativas, tais como hemorragia, estenose e perfuração de esôfago. Relata se caso de paciente que apresentava varizes esofagianas de fino calibre e foi submetido à escleroterapia endoscópica com pequeno volume de oleato de etanolamina. O paciente evoluiu com disfagia total em 12 horas devido a volumoso hematoma submucoso do esôfago. Foi adotado tratamento conservador (jejum, hidratação venosa e antibioticoterapia) com êxito. Endoscopia digestiva alta (EDA) realizada após seis semanas e seis meses mostrou resolução completa do hematoma, retrações cicatriciais e ausência de varizes. O hematoma submucoso esofagiano é complicação grave da escleroterapia endoscópica e pode ocorrer mesmo após aplicação de pequeno volume de esclerosante em varizes de fino calibre. O tratamento indicado é conservador e consiste em suporte clínico, jejum, hidratação venosa e antibióticos...