Résumé
Genericamente, os indivíduos que apresentam incongruência na percepção do próprio gênero, em relação ao gênero que lhes foi atribuído ao nascimento, são denominados transgêneros. Aqueles que se identificam como transgêneros apresentam maiores índices de depressão, ansiedade, angústia, ideação suicida e tentativas de suicídio, em relação à população em geral. Apesar dessas diferenças, muitos transgêneros relatam preocupações e dificuldades em buscar serviços de saúde, por estes não contarem com preparo para atender essas demandas. Diversos estudos procuraram identificar como é realizada a abordagem das particularidades desse grupo de pessoas pelos profissionais da saúde. Essas pesquisas relatam atitudes que poderiam parecer ou serem consideradas discriminatórias e fóbicas por parte dos especialistas, e salientam que essas atitudes podem dever-se a falta de conhecimento, treinamento e educação durante os cursos de formação profissional. Vários desses estudos apontam a importância de disciplinas específicas constarem na graduação, assim como nos programas de educação continuada. Fornecer cuidados de saúde sensíveis a suas singularidades e otimizar as transições físicas que permitam a essas pessoas sentirem maior conforto com o gênero com o qual se identificam são aspectos que merecem atenção por parte dos profissionais da saúde.