Résumé
Este trabalho procura mostrar que a teoria da significação de Jakob von Uexküll é implicitamente uma teoria pragmática. Como teoria pragmática, ela coincide com alguns aspectos da crítica da filosofia analítica à noção de representação mental ao longo do Século XX, por exemplo, entre autores como Austin, Ryle e Wittgenstein, desde o pragmatismo de Charles S. Peirce e William James. De modo similar, a teoria de Uexküll coincide com aspectos da crítica de Francisco Varela à noção de representação nas ciências cognitivas e sua ideia de trabalhar sem representação. E, finalmente, procuro indicar uma possível alternativa não-representacionista nas ciências cognitivas, assim como uma alternativa de tratar o problema da lacuna explicativa (explanatory gap).