Résumé
Atualmente, entende-se o processo aterosclerótico não apenas como decorrência do acúmulo de lípides nas paredes dos vasos, mas também como consequência da disfunção endotelial e da ativação do sistema inflamatório. A descoberta de que o endotélio sintetiza importantes vasodilatadores, tais como o fator relaxante derivado do endotélio e a prostaciclina, despertou enorme interesse na função endotelial e em seu papel sobre o controle vascular, tanto em situações fisiológicas como em processos patológicos, como as síndromes coronarianas agudas. Atualmente, sabe-se que o endotélio influencia não somente o tônus vascular, mas também o remodelamento vascular, por meio da produção de substâncias promotoras e inibidoras de seu crescimento, e os processos de hemostasia e trombose, por meio de efeitos antiplaquetários, anticoagulantes e fibrinolíticos. Além de sofrer influência e de estar suscetível à ação de substâncias inflamatórias, sabe-se que a perda de continuídade da placa e a resultante trombose coronariana são a base fisiopatológica da maioria dos casos de síndromes coronarianas agudas.