RÉSUMÉ
Background There are limited studies on the prevalence and risk factors associated with hepatitis C virus (HCV) infection. Objective Identify the prevalence and risk factors for HCV infection in university employees of the state of São Paulo, Brazil. Methods Digital serological tests for anti-HCV have been performed in 3153 volunteers. For the application of digital testing was necessary to withdraw a drop of blood through a needlestick. The positive cases were performed for genotyping and RNA. Chi-square and Fisher’s exact test were used, with P-value <0.05 indicating statistical significance. Univariate and multivariate logistic regression were also used. Results Prevalence of anti-HCV was 0.7%. The risk factors associated with HCV infection were: age >40 years, blood transfusion, injectable drugs, inhalable drugs (InDU), injectable Gluconergam®, glass syringes, tattoos, hemodialysis and sexual promiscuity. Age (P=0.01, OR 5.6, CI 1.4 to 22.8), InDU (P<0.0001, OR=96.8, CI 24.1 to 388.2), Gluconergam® (P=0.0009, OR=44.4, CI 4.7 to 412.7) and hemodialysis (P=0.0004, OR=90.1, CI 7.5 – 407.1) were independent predictors. Spatial analysis of the prevalence with socioeconomic indices, Gross Domestic Product and Human Development Index by the geoprocessing technique showed no positive correlation. Conclusions The prevalence of HCV infection was 0.7%. The independent risk factors for HCV infection were age, InDU, Gluconergan® and hemodialysis. There was no spatial correlation of HCV prevalence with local economic factors. .
Contexto Existem escassos estudos sobre a prevalência e fatores de risco associados à infecção pelo vírus da hepatite C. Objetivos Identificar a prevalência e os fatores de risco para a infecção pelo vírus da hepatite C em funcionários de uma Universidade do Estado de São Paulo, Brasil. Métodos Testes sorológicos digitais para anti vírus da hepatite C foram realizados em 3.153 voluntários. Para a aplicação do teste digital foi necessário retirar uma gota de sangue através de uma picada de agulha. Nos casos positivos foram realizados genotipagem e RNA. Os testes Qui-quadrado e exato de Fisher foram utilizados, com valor de P<0,05 sendo considerado como estatisticamente significante. Regressão logística univariada e multivariada também foram aplicadas. Resultados A prevalência de anti vírus da hepatite C foi de 0,7%. Os fatores de risco associados com a infecção pelo vírus da hepatite C foram idade >40 anos, transfusão de sangue, uso de drogas injetáveis, uso de drogas inalatórias, Gluconergam® injetável, uso de seringas de vidro, tatuagens, hemodiálise e promiscuidade sexual. Idade (P=0,01, OR 5,6, IC 1,4-22,8), uso de drogas inalatórias (P<0,0001, OR=96,8, IC 24,1-388,2), Gluconergam® injetável (P=0,0009, OR=44,4, IC 4,7-412,7) e hemodiálise (P=0,0004, OR=90,1, IC 7,5-407,1) foram preditores independentes. A análise espacial da prevalência com índices socioeconômicos, produto interno bruto e índice de desenvolvimento humano, por meio da técnica de geoprocessamento, não mostrou correlação positiva. Conclusões A prevalência da infecção pelo vírus da hepatite C foi de 0,7%. Os fatores de risco independentes para a infecção pelo vírus da hepatite C foram idade, uso de drogas inalatórias, Gluconergan® injetável e hemodiálise. Não houve correlação espacial da prevalência de vírus da hepatite C com fatores econômicos locais. .
Sujet(s)
Adulte , Femelle , Humains , Mâle , Hépatite C/épidémiologie , Brésil/épidémiologie , Anticorps de l'hépatite C , Hépatite C/transmission , Hépatite C/virologie , Prévalence , Facteurs de risque , ARN viral/sang , Analyse spatiale , Universités/statistiques et données numériquesRÉSUMÉ
A paracoccidioidomicose é uma moléstia gra»nulomatosa crônica, causada pelo fungo Paracoc»cidioides brasiliensis. Predomina no sexo masculi»no, adultos jovens oriundos, principalmente, da zona rural. Entre as formas clínicas, pode-se enc! contrar comprometimento digestivo, com incit dência variável, de acordo com o órgão conside»rado. O presente estudo relata um caso de para»coccidioidomicose com envolvimento do intestino delgado diagnosticado pela colonoscopia e his»topatológico, que evoluiu para um quadro de suboclusão intestinal pela fibrose do processo inflamatório decorrente da patologia. Através de revisão da literatura, são feitos comentários so»bre a doença de base, forma intestinal e suas complicaçoes clínico-cirúrgicas, enfatizando a raridade dessa apresentação clínica.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Adulte , Sténose pathologique , Intestin grêle , Blastomycose sud-américaine/traitement médicamenteux , Anastomose chirurgicale , Amphotéricine B/usage thérapeutique , Biopsie , Coloscopie , Endoscopie digestive , Maladies inflammatoires intestinales , Fluconazole/usage thérapeutique , Sulfaméthoxazole/usage thérapeutique , Triméthoprime/usage thérapeutiqueRÉSUMÉ
RACIONAL: Existe associação entre doença óssea metabólica e doença hepática colestática. Contudo, a associação com cirrose não-colestática ainda é pouco conhecida. OBJETIVOS: Determinar a prevalência e a gravidade da perda de densidade mineral óssea na cirrose não-colestática e investigar fatores preditivos do seu diagnóstico. MÉTODOS: Oitenta e nove pacientes e 20 controles foram estudados de março a setembro de 1998. Todos foram submetidos a exames laboratoriais e densitometria óssea da coluna lombar e do colo do fêmur. RESULTADOS: A massa óssea estava significativamente reduzida em ambos os sítios nos pacientes quando comparado aos controles. A prevalência da perda de massa óssea na cirrose não-colestática, de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde, foi de 78 por cento na coluna lombar e 71 por cento no colo do fêmur. A massa óssea diminuiu significativamente com a idade em ambos os sítios, especialmente em pacientes acima de 50 anos. Pacientes mulheres pós-menopausa tinham massa óssea significativamente menor do que pacientes mulheres pré-menopausa e homens em ambos os sítios. Não houve diferença significativa na massa óssea entre as etiologias não-colestáticas. A massa óssea da coluna lombar diminuiu significativamente com a progressão da disfunção hepática. Nenhuma variável bioquímica foi associada com a perda da massa óssea. CONCLUSÕES: A perda de massa óssea foi freqüente em pacientes com cirrose não-colestática. Pacientes idosos, do sexo feminino na pós-menopausa e com disfunção hepática grave apresentaram doença óssea mais avançada. Os exames laboratoriais rotineiramente dosados nos pacientes com doença hepática não puderam predizer com segurança a presença de redução na massa óssea.
Sujet(s)
Adulte d'âge moyen , Adulte , Femelle , Humains , Mâle , Maladies osseuses métaboliques , Cirrhose du foie , Facteurs âges , Densité osseuse , Maladies osseuses métaboliques , Études cas-témoins , Études transversales , Densitométrie , Cirrhose du foie , Valeur prédictive des tests , Prévalence , Indice de gravité de la maladie , Facteurs sexuelsRÉSUMÉ
A síndrome hepatopulmonar (SHP) é definida como uma tríade de doença hepática, evidência de dilatações vasculares intrapulmonares e aumento do gradiente alvéolo-arterial de oxigênio em ar ambiente. Por ser considerada atualmente uma indicação para o transplante hepático é importante conhecermos sua prevalência, além de tentarmos fazer seu diagnóstico mais precocemente, obtendo-se melhores resultados com esse método terapêutico. Através da utilização do ecocardiograma transesofágico com contraste (ETE), mais sensível do que o ecocardiograma transtorácico com contraste (ETT), talvez consigamos alcançar melhor esse objetivo. Os objetivos desse estudo foram avaliar a prevalência da síndrome hepatopulmonar e avaliar o papel do ecocardiograma transesofágico com contraste (ETE) no seu diagnóstico. Foram estudados 59 pacientes e 20 controles, encontrando-se 18 (30,5 por cento) pacientes com DVI através do ETT e 42 (71,1 por cento) pacientes através do ETE (p = 0,001). Com o ETE ainda foi possível subclassificar a dilatação vascular intrapulmonar, encontrando-se 31 (52,5 por cento) pacientes com DVI discreta e 11 (18,6 por cento) pacientes com DVI significativa, que se correlacionaram com a gravidade da doença hepática. Preencheram os critérios para o diagnóstico de SHP 6 (10 por cento) pacientes através do ETT e 8 (13,5 por cento) pacientes através do ETE (p < 0,001), sem haver relação com a gravidade da cirrose. Portanto o ETE mostrou ser mais sensível, fazendo mais freqüentemente o diagnóstico de DVI e de SHP, quando comparado ao ETT. A prevalência da SHP na população de cirróticos foi de 10 por cento. O ETE estaria indicado naqueles pacientes com doença hepática crônica, alteração do gradiente alvéolo-arterial de oxigênio ou hipoxemia, cujo ETT tivesse sido normal ou inconclusivo...
Sujet(s)
Hypoxie , Cirrhose du foieRÉSUMÉ
Os autores estudaram sete casos de síndrome de Budd-Chiari (SBC) diagnosticados por métodos de imagem, exame histolôgico do fígado e estudo hemodinâmico. Relatam os aspectos clínicos, laboratoriais, radiológicos e evolutivos dos pacientes. Discutem as principais etiologias da SBC, com particular realce nas deficiências de anticoagulantes circulantes. Valorizam a importância do diagnóstico pela ultrasonografia com Doppler em substituiçäo a métodos radiológicos invasivos. Discutem, por fim, as diversas modalidades de tratamento clínico e cirúrgico.