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1.
Rev. bras. epidemiol ; 27: e240031, 2024. tab, graf
Article Dans Anglais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1559509

Résumé

ABSTRACT Objective: To analyze the spatiotemporal epidemiological dynamics of meningitis in Brazil, between 2010 and 2019. Methods: Descriptive ecological study with cases and deaths due to meningitis in Brazil (2010-2019) in the National Notifiable Diseases Information System (Sistema de Informações de Agravos de Notificação - SINAN). The following analyses were performed: (I) frequency analyses of cases and deaths, prevalence rates, mortality, lethality, Fisher's exact test, and chi-square test; (II) Prais-Winstein regression; and (III) Global, Local Moran's index, and Kernel density. Results: 182,126 cases of meningitis were reported in Brazil, of which 16,866 (9.26%) resulted in death, with prevalence rates of 9.03/100,000 inhabitants, mortality of 0.84/100,000 inhabitants, and lethality of 9.26%. There was a noted trend of decreasing prevalence rates (−9.5%, 95% confidence interval — 95%CI −13.92; −4.96, p<0.01) and mortality (−11.74%, 95%CI −13.92; −9.48, p<0.01), while lethality remained stable (−2.08%, 95%CI −4.9; 0.8; p<0.1941). The majority of cases were viral meningitis (45.7%), among 1-9 years old (32.2%), while the highest proportion of deaths was due to bacterial meningitis (68%), among 40-59 years old (26.3%). In the Moran and Kernel maps of prevalence and mortality rates, municipalities in the South, Southeast, and the capital of Pernambuco in the Northeast stood out with high rates; as for lethality, the North, Northeast, and Southeast coastal areas were highlighted. Conclusion: A decrease in meningitis cases and deaths was found in this study; however, the lethality rate was higher in areas with lower prevalence, emphasizing the need to enhance actions for identifying, monitoring, and providing health care for cases, as well as expanding vaccination coverage.


RESUMO Objetivo: Analisar a dinâmica epidemiológica espaçotemporal das meningites no Brasil, entre os anos de 2010 e 2019. Métodos: Estudo ecológico descritivo com os casos e óbitos por meningites no Brasil (2010-2019) no Sistema de Informações de Agravos de Notificação. Realizaram-se (I) análises de frequências dos casos e óbitos, taxas de prevalência, mortalidade, letalidade, testes de exato de Fisher e qui-quadrado; (II) regressão de Prais-Winsten; e (III) índice de Moran global, local e densidade de Kernel. Resultados: Notificaram-se 182.126 casos de meningites no Brasil, dos quais 16.866 (9,26%) evoluíram para óbito, com taxas de prevalência de 9,03/100.000/habitantes, mortalidade de 0,84/100.000/habitantes e letalidade de 9,26%. Destaca-se a tendência de decrescimento das taxas de prevalência (−9,5%, intervalo de confiança de 95% — IC95% −13,92; −4,96, p<0,01) e mortalidade (−11,74%, IC95% −13,92; −9,48, p<01,01), enquanto a letalidade se manteve estacionária (−2,08%, IC95% −4,9; 0,8; p<0,1941). A maioria dos casos foi de meningites virais (45,7%), entre 1 e 9 anos (32,2%), enquanto a maior parcela dos óbitos foi por meningites bacterianas (68%), entre 40 e 59 anos (26,3%). Nos mapas de Moran e Kernel das taxas de prevalência e mortalidade, destacaram-se com altas taxas os municípios do sul, sudeste e a capital de Pernambuco, no nordeste; já na letalidade, evidenciaram-se o norte, o nordeste e o litoral do sudeste. Conclusão: Encontrou-se decréscimo dos casos e óbitos por meningites neste estudo, entretanto a taxa de letalidade foi maior em áreas com menor prevalência, reforçando a necessidade do aprimoramento das ações de identificação, vigilância e assistência em saúde dos casos, bem como da ampliação da cobertura vacinal.

2.
Mundo saúde (Impr.) ; 47: e13912022, 2023.
Article Dans Anglais, Portugais | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1435161

Résumé

Objetivou-se analisar, por meio do padrão espacial e temporal, o efeito da pandemia de COVID-19 na detecção de casos novos de tuberculose no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico, que adotou a taxa média de detecção de casos novos de tuberculose no período pré-pandemia (2016 a 2019) e pandêmico (2020). Na análise espacial foi calculada a variação percentual da detecção para regiões brasileiras e estados e a razão de risco entre as taxas de detecção suavizadas, por meio do método empírico bayesiano local, para os municípios. A análise de tendência temporal foi realizada por meio da Regressão de Joinpoint, sendo o mês de detecção a unidade de análise. Observou-se a redução da taxa de detecção de tuberculose em todas as regiões brasileiras e em 81,5% dos estados. Aproximadamente 60,0% dos municípios apresentaram estabilização ou decréscimo das taxas de detecção. A análise temporal revelou que todas as regiões apresentavam, desde 2016, tendência de aumento de detecção de casos e que, sobretudo no primeiro semestre de 2020, foi identificada forte tendência a redução das taxas. A mudança da organização dos serviços de saúde impostos pela pandemia pode ter influenciado a subnotificação de casos e consequente redução das taxas de detecção da tuberculose.


This study aimed to analyze, through the spatial and temporal patterns, the effect of the COVID-19 pandemic in the detection of new cases of tuberculosis in Brazil. This is an ecological study, which adopted the average rate of detection of new cases of tuberculosis in the pre-pandemic (2016 to 2019) and pandemic (2020) periods. The spatial analysis was calculated using the percent variation of detection in Brazilian regions and states and the risk ratio between smoother detection rates through the local Bayesian empirical method for municipalities. The temporal trend analysis was performed through Joinpoint regression, with the month of detection as the unit of analysis. A reduction of the tuberculosis detection rate was observed in all Brazilian regions and in 81.5% of states. Approximately 60.0% of municipalities showed stabilization or a decrease in detection rates. Time analysis revealed that all regions had, since 2016, a trend of increased case detection and that, especially in the first half of 2020, a strong decreasing rate was identified. Changing the organization of healthcare services imposed by pandemic may have influenced the under-reporting of cases and consequent reduction of tuberculosis detection rates.

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