RÉSUMÉ
A violência intrafamiliar é aquela praticada por familiares, constituindo-se em grave violação dos direitos da criança e do adolescente. O objetivo desse estudo foi investigar se Agentes Comunitários de Saúde (ACS) reconhecem sinais de violência intrafamiliar, se fazem notificação, se conhecem fatores de risco e proteção e se na sua formação receberam informações sobre essas temáticas. Participaram do estudo 119 ACS que responderam três questionários. Constatou-se que os conhecimentos sobre sinais de violência, em especial, de violência sexual e psicológica, sobre notificação, sobre fatores de risco e proteção e sobre práticas parentais e habilidades sociais infantis deveriam fazer parte de cursos de capacitação dos ACS, bem como de toda a Equipe de Saúde, pelo fato de atuarem cotidianamente com as famílias no território. Conclui-se que os ACS não tiveram acesso aos conhecimentos produzidos pela psicologia do desenvolvimento infantil que poderiam orientar sua ação protetiva e preventiva junto às famílias (AU).
Domestic violence is normally practiced by relatives, constituted in serious violation of the rights of the child and the adolescent. The objective of this study was to investigate whether Community Health Agents (CHA) recognize signs of intra-family violence, if they make the notification, if they know risk and protection factors and if in their training they received information about these issues. A total of 119 ACS respond to three questionnaires. We found that knowledge about signs of violence, especially sexual and psychological violence, about notification, about risk and protection factors, and about parental practices and children's social skills should be part of CHA training courses, as well as the Health Team, because they work with families on a daily basis. It is concluded that the ACS did not have access to the knowledge produced by the child development psychology that could guide their protective and preventive action with the families (AU).
La violencia intrafamiliar es aquella practicada por familiares, constituido en grave violación de los derechos del niño y del adolescente. El objetivo de este estudio fue investigar si los Agentes Comunitarios de Salud (ACS) reconocen señales de violencia intrafamiliar, se hacen notificación, si conocen factores de riesgo y protección y si en su formación recibieron informaciones sobre esas temáticas. En este estudio 119 ACS respondieran a tres cuestionarios. Se constató que los conocimientos sobre señales de violencia, en especial, de violencia sexual y psicológica, notificación, factores de riesgo y protección, prácticas parentales y habilidades sociales infantiles deberían formar parte de cursos de capacitación de los ACS, así como de todo el equipo de salud, por el hecho de actuaren cotidianamente con las familias. Se concluye que los ACS no tuvieron acceso a los conocimientos da psicología del desarrollo que podrían orientar su acción proyectiva y preventiva junto a las familias (AU).
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Violence domestique/psychologie , Agents de santé communautaire/psychologie , Savoir , Cours de Formation , Facteurs de risque , Prestations des soins de santé , Psychologie du développementRÉSUMÉ
Objetivos: Caracterizar o perfil sociodemográfico e possíveis necessidades de educação em saúde de cuidadores de idosos vinculados a uma Unidade de Saúde da Família (USF) em Ilhéus, Bahia. Métodos: Estudo transversal descritivo, realizado com 26 cuidadores de idosos. Os dados foram coletados entre os meses de agosto e setembro de 2011, a partir da aplicação de questionário semiestruturado. A análise dos dados foi feita a partir da distribuição de frequência, que permitiu conhecer o perfil dos cuidadores e suas necessidades de educação em saúde. Resultados: Verificou-se que, entre os cuidadores, a maioria era representada por mulheres entre 30 e 40 anos, donas de casa, com predominância do nível escolar fundamental incompleto. Mais da metade apresentava grau de parentesco consanguíneo com o idoso e não recebia pagamento por esse tipo de atividade. Quanto ao interesse em participar de intervenção educativa que enfatizasse temas do cuidado ao idoso, a maioria dos participantes respondeu afirmativamente à questão. Algumas das necessidades de educação em saúde identificadas foram: saber lidar com a instabilidade de humor do idoso, conhecer a alimentação mais adequada e superar os obstáculos para a mobilidade do ancião. Conclusão: O estudo oferece auxílio para a construção de uma linha de cuidados para o idoso e o cuidador, o planejamento de práticas educativas que preencham lacunas de conhecimento dos sujeitos investigados, contribuindo para a reflexão sobre processos educacionais que valorizem habilidades do cuidador.
Objectives: To characterize the sociodemographic profile and possible health education needs of caregivers of elderly patients linked to a Family Healthcare Unit (FHU) in the municipality of Ilhéus, Bahia state, Brazil. Methods: Descriptive transversal study conducted with 26 caregivers of elderly patients. Data were collected through application of semi-structured questionnaires from August to September 2011. Data analysis was performed by frequency distribution, which provided understanding about the caregivers' profile and their needs in health education. Results: It was possible to verify that most caregivers were housewives with incomplete primary education between 30 and 40 years old. More than half presented a degree of consanguinity with the elderly relative they cared for and were not paid for the activity. Concerning their interest in participating in educational interventions that emphasize topics about elderly care, most participants answered the question affirmatively. Some of the needs in health education identified were as follows: knowing how to deal with elderly mood instability; knowing the most appropriate diet requirements; and overcoming obstacles to mobility. Conclusion: This study gives support to the construction of a line of care for both the elderly and their caregivers and the planning of educational interventions that narrow the knowledge gap of those researched, offering reflections on educational processes that value caregivers' skills.
Objetivo: Caracterizar el perfil socio-demográfico y las necesidades de educación en salud de cuidadores de anciano vinculados a una Unidad de Salud Familiar (USF) de Ilhéus, Bahia. Métodos: Estudio transversal descriptivo, realizado con 26 cuidadores de ancianos. Los datos fueron recogidos entre agosto y septiembre de 2011, a través de la aplicación de un cuestionario semi-estructurado. El análisis se realizó a partir de la distribución de frecuencia, lo que permitió conocer el perfil de los cuidadores y sus necesidades de educación en salud. Resultados: Se encontró que, la mayoría de los cuidadores eran mujeres de entre 30 y 40 años, amas de casa, principalmente con nivel de escolaridad primario incompleto. Más de la mitad tenía un vínculo de parentesco de primer grado con los ancianos y no recibía remuneración por esa tarea. La mayoría de los participantes respondió afirmativamente a la pregunta sobre el interés por participar en una intervención educativa sobre temas relacionados al cuidado de los ancianos. Algunas de las necesidades de aprendizaje identificadas fueron: saber lidiar con la inestabilidad del humor de los ancianos, conocer la alimentación más adecuada y superar los obstáculos a la movilidad de los ancianos. Conclusión: Este estudio ofrece soporte para la construcción de una línea de cuidados tanto para los ancianos como para sus cuidadores, para la planificación de prácticas educativas que cubran brechas en el conocimiento de los sujetos investigados, contribuyendo con las reflexiones sobre los procesos educativos que valoricen las habilidades del cuidador.