Emergências hipertensivas como manifestação clínica inicial de síndrome coronariana aguda / Hypertensive emergencies as the initial clinical manifestation of acute coronary syndrome

Relata-se uma série de três pacientes idosos, apresentando hipertensão arterial e coronariopatia crônica,assintomáticos e clinicamente controlados até o início das alterações tensionais súbitas que marcaram o início da evolução do evento coronariano. Foram realizados ECG, enzimas cardíacas seriadas, raios-X de tórax eecocardiograma, optando-se por cineangiocoronariografia. Em todos os pacientes observou-se ausência de estresse emocional/físico exorbitante ou perda da adesão ao tratamento, ausência de precordialgia, presença de lesões obstrutivas críticas, com presença de trombos em vasos de grande relevância anatômica e funcional (artéria culpada), com retorno à estabilização pressórica anterior após correção da isquemia por angioplastia coronariana.

A epidemiologia clínica das doenças cardiovasculares incapacitantes do ponto de vista laborativo / epidemiology of labor incapacitating cardiovascular diseases

Objetivo: Definir o perfil sociodemográfico e prevalência das doenças cardiovasculares (DCV) nas aposentadorias concedidas na Superintendência de Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho da Secretaria Estadual da Administração e Reestruturação do Estado do Rio de Janeiro(SUPSAQ/SARE-RJ). Métodos: foram selecionados 1200 prontuários de aposentados por DCV incapacitante, do ponto de vista laborativo, que foram cadastrados segundo: sexo, idade da aposentadoria, tempo de serviço público, queixas subjetivas, índices tensionais, pressão de pulso, exame físico, eletrocardiograma e ecocardiograma, glicemia de jejum, readaptação funcional e classificação nosológica das enfermidades cardiovasculares relacionadas à aposentadoria. Resultados: Houve predomínio do sexo feminino (53,3 por cento), maior densidade de aposentadorias nas faixas etárias entre 40 e 70 anos (96,5 por cento), idade média de aposentadoria de 55 anos e tempo de serviço público de 20 anos. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) foi a DCV encontrada com maior freqüência (86,0 por cento), observando-se índices de associação elevados com aneurismas de aorta (100 por cento), insuficiência renal crônica (96,3 por cento), acidentes vasculares encefálicos com seqüelas (96,0 por cento), doença vascular periférica (85,7 por cento), cardiopatia isquêmica (78,4 por cento), angina de peito (74,9 por cento), infarto do miocárdio (72,0 por cento), fibrilação atrial crônica (64,0 por cento), miocardiopatia (62,2 por cento) e estenose aórtica (62,5 por cento). conclusão: As DCV constituem a causa mais freqüente de incapacitação laborativa definitiva no serviço público estadual, com ênfase especial para a doença arterial hipertensiva.