Résumé
Abstract Relapsing polychondritis is a rare multisystem disease involving cartilaginous and proteoglycan-rich structures. The diagnosis of this disease is mainly suggested by the presence of flares of inflammation of the cartilage, particularly in the ears, nose or respiratory tract, and more rarely, in the presence of other manifestations. The spectrum of clinical presentations may vary from intermittent episodes of painful and often disfiguring auricular and nasal chondritis to an occasional organ or even life-threatening manifestations such as lower airway collapse. There is a lack of awareness about this disease is mainly due to its rarity. In 2020, VEXAS (vacuoles, E1 enzyme, X-linked, autoinflammatory, somatic) syndrome, a novel autoinflammatory syndrome, was described. VEXAS syndrome is attributed to somatic mutations in methionine-41 of UBA1, the major E1 enzyme that initiates ubiquitylation. This new disease entity connects seemingly unrelated conditions: systemic inflammatory syndromes (relapsing chondritis, Sweet's syndrome, and neutrophilic dermatosis) and hematologic disorders (myelodysplastic syndrome or multiple myeloma). Therefore, this article reviews the current literature on both disease entities.
Résumé
Objetivo: estudar as características clínicas e demográficas de crianças e adolescentes brasileiros com lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESj), seguidos em centros de referência em Reumatologia Pediátrica. Métodos: o estudo foi multicêntrico retrospectivo (análise de prontuários) e envolveu 12 centros de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Foram analisados 280 prontuários de crianças e adolescentes com LESj dos quais 234 eram do sexo feminino (83,6%). A idade de início variou de 1 a 16 anos, com média de 11,4 anos. Foram analisados os dados clínicos e laboratoriais iniciais e de seguimento. Para o cálculo da taxa de mortalidade foram excluídos os pacientes que abandonaram o seguimento. Resultados: a presença de anticorpos antinucleares (AAN) foi descrita em 259 pacientes (93%). As manifestações iniciais mais freqüentes foram: artrite (73%), citopenia (67%), presença de anti-DNA (59%), fotossensibilidade (50%) e nefrite (45%). O comprometimento do sistema nervoso central foi observado em 15% dos pacientes, sendo que destes 50% apresentaram convulsões e 38% psicose lúpica. Vinte e sete pacientes (9,7%) abandonaram o acompanhamento médico. Quinze dos 253 pacientes restantes (5,9% evoluíram para óbito durante o seguimento, sendo as principais causas a infecção (73%) e a falência renal (33%), isoladas ou associadas. A mortalidade foi relativamente maior no sexo masculino (11:210 meninas [5,2%] e 4:43 meninos [9,3%]). Não se observou correlação entre a mortalidade e a idade de início da doença, o tempo de seguimento ou o número de critérios presentes na primeira consulta. Conclusão: as crianças e adolescentes brasileiros com LESj apresentam características clínicas semelhantes às observadas em outras populações. As infecções e a insuficiência renal são as principais causas de óbito.
Sujets)
Humains , Mâle , Femelle , Nourrisson , Enfant d'âge préscolaire , Enfant , Adolescent , Infections , Lupus érythémateux disséminé , Mortalité , Études multicentriques comme sujet , RhumatismesRésumé
Objetivo: O acometimento patológico das enteses, que representam o sítio de uniäo de tendöes, ligamentos, fáscias e cápsulas articulares ao osso, pode ser avaliado clinicamente pelo surgimento de dor espotânea ou à digitopressäo em certas localizaçöes. Este artigo de revisäo tem por objetivo chamar a atençäo dos pediatras para a existência de entesopatias ou entesites (acometimento inflamatório dessas estruturas) na faixa etária infanto-juvenil. MétodosO estudo faz uma revisäo de conceitos em relaçäo à estrutura das enteses e dos quadros clínico, radiológico e laboratorial das entosepatias, assim como dos diagnósticos diferenciais e da terapêutica. A partir da revisäo sistemática baseada em pesquisa nos bancos de referências bibliográficas Medline (dados disponíveis a partir de 1966) e Lilacs (dados disponíveis a partir de 1981), bem como em livros-texto de Reumatologia Pediátrica publicados a partir de 1990, foram selecionados artigos e textos pertinentes ao assunto. Resultados: as entesopatias na faixa etária infanto-juvenil localizam-se principalmente em membros inferiores. Parecem estar associadas ao desenvolvimento de espondiliartropatias, ocorrendo, com menor freqüência, em outras doenças inflamatórias ou, mesmo, em algumas condiçöes näo inflamatórias. Conclusäo: a identificaçäo das entesopatias é importante para o diagnóstico precoce de crianças em risco para o desenvolvimento de espondiloartropatias. Assim, elas poderäo ser incluídas, precocemente, em um programa adequado de terapias física e medicamentosa