RÉSUMÉ
Este artigo é resultado de uma pesquisa de mestrado que teve como objetivo compreender como as mulheres experienciam os atuais papéis que assumem nas relações conjugais contemporâneas e no exercício da maternidade, e quais os sentidos que atribuem a essas vivências. A partir da fenomenologia-existencial de Jean-Paul Sartre e das inestimáveis contribuições de Simone de Beauvoir sobre a situação da mulher, foi possível compreender como se desenvolve o projeto de ser das colaboradoras deste estudo, mulheres de classe média, trabalhadoras, vivendo em situação de relação conjugal, e com filhos, residentes em Fortaleza, Ceará. Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista fenomenológica com a pergunta disparadora "como é ser mulher?". Para a análise dos resultados foi utilizado o método Progressivo-Regressivo. Os resultados mostram que, mesmo com a instrução formal e a independência financeira das mulheres, os papéis femininos na conjugalidade têm sofrido poucas modificações com relação ao acúmulo de responsabilidades que recaem sobre elas. A crença em uma essência feminina perpassa a experiência vivida por essas mulheres na maternidade, na relação conjugal e no mercado de trabalho, indicando que ainda há diversos obstáculos à resolução dos problemas sociais que atravessam a história de vida dessas mulheres.
This article is the result of a master's research that aimed to understand how women experience the roles in contemporary conjugality and in the exercise of motherhood, and what the senses they attribute to these experiences. From the existential-phenomenology of Jean-Paul Sartre and the invaluable contributions of Simone de Beauvoir about the situation of women, it was possible to understand how is developed the being project of the collaborators of this study, middle-class women, workers, living a relationship, and with children, residents in Fortaleza, Ceará. For data collect, the phenomenological interview was used with a triggering question "how is being a woman?". For the analysis of the results, the Progressive-Regressive method was used. The results show that, even with a formal instruction and a financial independence of women, their roles in conjugal relationships have undergone few modifications in relation to the increase of responsibilities that fall on them. The idea that there is a feminine essence permeates the experience lived by these women in motherhood, in the contemporary conjugality and in the job market, pointing out that there are still many obstacles to solve social problems through the life history of these women.
Este artículo es el resultado de una investigación de maestría que tuvo como objetivo comprender cómo las mujeres experimentan los actuales papeles que asumen en las relaciones conyugales contemporáneas y en el ejercicio de la maternidad, y cuáles los sentidos que atribuyen a esas vivencias. A partir de la fenomenología-existencial de Jean-Paul Sartre y de las inestimables aportaciones de Simone de Beauvoir sobre la situación de la mujer, fue posible comprender cómo se desarrolla el proyecto de ser de las colaboradoras de este estudio, mujeres de clase media, trabajadoras, viviendo en situación de relación conyugal, y con hijos, residentes en Fortaleza, Ceará. Para la recolección de datos se utilizó la entrevista fenomenológica con la pregunta disparadora "cómo es ser mujer?". Para el análisis de los resultados se utilizó el método Progresivo-Regresivo. Los resultados muestran que, incluso con la instrucción formal y la independencia financiera de las mujeres, los papeles femeninos en la conyugalidad han sufrido pocas modificaciones con respecto a la acumulación de responsabilidades que recaen sobre ellas. La creencia en una esencia femenina atraviesa la experiencia vivida por esas mujeres en la maternidad, en la relación conyugal y en el mercado de trabajo, indicando que todavía hay diversos obstáculos a la resolución de los problemas sociales que atraviesan la historia de vida de esas mujeres.