RÉSUMÉ
A dengue no Brasil incide tipicamente nos meses mais quentes do ano, sem diferenças qualitativas para as regiões brasileiras, porém, com diferenças quantitativas importantes, dividindo o país em dois grupos distintos quanto ao número de notificações de casos. O primeiro grupo compreende as regiões Nordeste e Sudeste, que deteve cerca de 86 por cento das notificações, enquanto o segundo (regiões Sul, Centro-Oeste e Norte) é responsável por um número significativamente menor. Os índices vetoriais estavam associados primariamente ao tamanho das populações, sendo mais freqüentes os índices abaixo do valor de risco e ainda assim, nesta condição, ocorreram epidemias. Não foi observada correlação positiva entre epidemias e densidades vetoriais.
Dengue epidemics occur typically in the warmest months without qualitative differences for the Brazilian geographic regions. However, this disease has an important quantitative difference. We observe two clusters in the country regarding the number of case notifications: The first cluster is formed by the North-East and South-East regions, that sum about 86 percent of the all notifications; and the second is formed by the South, North and Center-West regions. Vector index were associated to the population sizes, and most of them were below of the recognized threshold index for epidemics risk although epidemic situation were observable in some of these places. Apparently, there was no positive evidence between dengues epidemics and vector index.