RÉSUMÉ
Os autores descrevem a rotina do Banco de Osso do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicna de Ribeiräo Preto da Universidade de Säo Paulo e seus primeiros resultados utilizando enxerto ósseo homólogo congelado. Os enxertos procederam de cabeças femorais obtidas durante artroplastias de quadril, das quais foram cuidadosamente retirados os remanescentes de partes moles e cartilagem e, ap[os serem divididas em quatro pedaços, foram imersas em 200ml de soro fisiológico com um grama de Jeflin e guardados em frasco estéril,s endo estocadas no congelador a - 70 graus Celsus. No dia de sua utilizaçäo, o frasco era deixado na temperatura ambiente por algumas horas. O enxerto era reduzido a pequenos fragmentos e deixado em soro fisiológico até o momento de sua aplicaçäo. No período de 1984 a julho de 1989 foram submetidos a enxertia 41 pacientes, recebendo um deles aplicaçäo bilateral (paciente 22). Os diagnósticos iniciais foram: perdas de substância = 25(57%); pseudoartrose asséptica = 7(17%); patologias congênitas = (12%); escoliose idiopática = 1(2%). Foram submetidos aos seguintes tratamentos cirúrgicos: osteossíntese = 25(60%); alongamento = 5(12%); artrose = 4(10%); curetagem de lesäo com enxertia = 8(19%). Como critériod e avaliaçäo, usamos a itegraçäo radiológica. Preenchimento da funçäo destinada era considerado bom resultado e, como mau, a näo integraçäo radiológica com reabsorçäo e falha no tratamento. Obtivemos 36(86%) bons resultados e seis (14%) maus resultados. Destes seis maus resultados, cinco foram reoperados com uso de enxerto autólogo, resolvendo o problema. Um paciente evoluiu con infecçäo o pós-operatória, sendo submetido à cirurgia de Girdlestone, obtendo cura da infecçäo. Concluímos que o Banco de Osso, nos moldes propostos, preenche os objetivos desejados, sendo de baixo custo e de fácil montagem