RÉSUMÉ
O trabalho apresenta uma metodologia de avaliação de sistemas de produção através da mensuração da competitividade interna na bovinocultura de corte. Durante o primeiro trimestre de 2010, foram aplicados 65 questionários com pecuaristas, sendo 36 entrevistas na Região Sul (Estado do Rio Grande do Sul) e 29 na Região Norte (Estados do Pará e Rondônia). Foram definidos os principais direcionadores que afetam a competitividade interna - tecnologia, gestão, relações de mercado e ambiente institucional, sendo atribuído um peso específico para cada direcionador, a fim de obter o índice de competitividade. Os resultados foram analisados estatisticamente pela teoria de resposta ao item e pela análise de correspondência (ANACOR) com o software SPSS®. A Região Sul apresentou uma maior competitividade que a Região Norte. Independente da região, os fatores críticos de competitividade foram: integração lavoura-pecuária, planejamento estratégico, cálculo de indicadores financeiros, formação de preços, acesso a inovações tecnológicas e organização dos produtores.
This paper presents a methodology for evaluating production systems by measuring the intern competitiveness of in beef cattle. During the first quarter of 2010, questionnaires were administered to 65 farmers, 36 interviews in the Southern Region (State of Rio Grande do Sul) and 29 in the Northern Region (States of Pará and Rondônia). Defined the key drivers that affect the international competitiveness - technology, management, market relations and institutional environment, an specific weight was assigned to each in order to get the index of competitiveness. The results were statistically analyzed by the item response theory and the correspondence analysis (ANACOR) with the SPSS® software. The South was more competitive than the North. Regardless of region, the critical factors of competitiveness were: crop-livestock integration, strategic planning, calculation of financial indicators, beef pricing, access to technological innovations and organization of farmers.
RÉSUMÉ
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a resposta reprodutiva de novilhas, aos 26 meses de idade, submetidas à inseminação artificial em estro, observado ao início da estação de acasalamento, seguida de estro induzido por um análogo sintético da PGF2 α administrado por via intramuscular ou intravulvar. Foram utilizadas 271 novilhas de corte com base racial britânica, acasaladas aos 26 meses de idade e submetidas ao protocolo de inseminação artificial (IA) padrão da propriedade, que consiste de oito dias de IA com observação de estros sem tratamento hormonal, sendo que, no oitavo dia, as novilhas não inseminadas recebem 90µg de um análogo sintético de PGF2 α e são inseminadas por mais cinco dias conforme a observação de estros. O grupo I (n=86) foi formado pelas novilhas inseminadas nos primeiros oito dias, enquanto os grupos II-M (n=102) e II-V (n=83) foram formados pelas novilhas submetidas à indução de estro com PGF2 α, divididos conforme a via de aplicação do hormônio (intramuscular e intravulvar, respectivamente). Os parâmetros analisados foram: peso ao início do acasalamento (PIA), taxa de inseminação (TI), tempo de resposta à aplicação do hormônio (RH). O peso ao início do acasalamento (PIA) foi maior (p<0,01) para o grupo I (304,88 kg) em relação aos grupos II-M (292,83 kg) e II-V (295,59 kg), que não diferiram entre si (p>0,05). A TI foi de 49% e 53%, enquanto a RH foi de 68,9 e 76,7 horas respectivamente para II-M e II-V, não apresentando diferenças significativas (p>0,05). A TP foi maior (p<0,05) para o grupo I (96,5%) em relação ao aos grupos II-M (86,3%) e II-V (81,9%), que não diferiram entre si (p>0,05). Novilhas do grupo I foram mais pesadas ao início da estação de acasalamento do que as demais, sendo inseminadas mais cedo e obtendo maior taxa de prenhez em relação às novilhas dos grupos II-M e II-V. A via de aplicação do análogo de PGF2 α (intramuscular ou intravulvar) não exerceu influência sobre a resposta reprodutiva das novilhas submetidas ao tratamento hormonal.
The objective of this research was to evaluate the reproductive performance of 26-months-old beef heifers inseminated after estrus, it was observed at the beginning of the breed season and after that using an artificial insemination protocol with a PGF2α agonist injected in the muscle or volvo. Two hundred and seventy one beef heifers were inseminated for 8 days through estrus observation. In the 8th day the non-inseminated heifers received 90µg of a PGF2 α agonist. After that heifers were inseminated during five days through estrus observation. Group I (n=86) was composed by the heifers inseminated at the first eight days and Groups II-M (n=102) and II-V (n=83) were composed by the heifers that received the injections of PGF2 α agonist in the muscle or vulvo, respectively. Beginning weight (BW) insemination rate (IR), hours between PGF2α injection and estrus observation (HE), and pregnancy rate (PR) were the analyzed parameters. Group I reached higher BW (304.88 kg, p<0.01) than Group II-M (292.83 kg) and II-V (295.59 kg) (p>0.05). IR (49% and 53%) and HE (68.9 and 76.7 hours for Group II-M and II-V) (p<0.05), respectively, were similar. Group I reached higher (p<0.01) PR (96.5%) than II-M (86.3%) and II-V (81.9%). Heifers from Group I were heaviest in the beginning of the breed season, being inseminated earlier and reaching higher PR than the other ones. The injection way of PGF2α (muscle or vulvo) did not change the reproductive performance.
El objetivo de la presente investigación fue evaluar la respuesta reproductiva de novillas, a los 26 meses de edad, sometidas a la inseminación artificial en estro, observado al inicio de la estación de cópula, seguida de estro inducido por un análogo sintético de PGF2 α administrado por vía intramuscular o intravulvar. Se utilizó 271 vaquillas con base racial británica, copuladas a los 26 meses de edad y sometidas al protocolo de inseminación artificial (IA) estándar de la propiedad, que consiste en ocho días de IA con observación de estros sin tratamiento hormonal, siendo que, en el octavo día, las novillas no inseminadas reciben 90µg de un análogo sintético de PGF2 α y son inseminadas por más cinco días conforme la observación de estros. El grupo I (n=86) se han formado por las novillas inseminadas en los primeros ocho días, mientras los grupos II-M (n=102) y II-V (n=83) se han formado por las novillas sometidas a la inducción de estro con PGF2α, divididos conforme la vía de aplicación de hormona (intramuscular e intravulvar, respectivamente). Los parámetros analizados fueron: peso al inicio de la cópula, índice de inseminación, tiempo de respuesta a la aplicación de hormona. El peso al inicio de la cópula fue mayor (p<0,01) para el grupo I (304,88 kg) en relación a los grupos II-M (292,83 kg) y II-V (295,59 kg), que no difirieron entre sí (p>0,05). El índice de inseminación fue de 49% y 53%, mientras el tiempo de respuesta a la aplicación de hormona fue de 69,9 y 76,7 horas respectivamente para II-M y II-V, no presentando diferencias significativas (p>0,05). La TP fue mayor (p<0,05) para El grupo I (96,5%) en relación a los grupos II-M (86,3%) y II-V (81,9%), que no difirieron entre sí (p>0,05). Novillas del grupo I fueron más pesadas al inicio de la estación de cópula del que las demás, siendo inseminadas más temprano y obteniendo mayor índice de preñez en relación a las novillas de los grupos II-M y II-V. La vía de aplicación del análogo de PGF2 α (intramuscular o intravulvar) no ejerció influencia sobre la respuesta reproductiva de las novillas sometidas al tratamiento hormonal.
Sujet(s)
Animaux , Femelle , Bovins , Dinoprost/administration et posologie , Dinoprost/analyse , Synchronisation de l'oestrus , Injections musculaires/médecine vétérinaire , Vulve , Insémination artificielle/médecine vétérinaireRÉSUMÉ
Foram analisados dados de 129 novilhos das raças Angus (AN, n=45), Devon (DV, n=35) e cruzas Angus x Devon x Nelore (CR, n=49), com peso médio inicial (PMI) de 277,60, 278,00 e 295,53 kg, respectivamente, confinados aos 11 meses de idade para abate aos 14 meses. As variáveis-resposta mensuradas foram: tempo médio de permanência (TMP); ganho de peso médio diário (GMD); ganho de peso total (GP); peso médio ao abate (PMA); peso médio de carcaça (PC); rendimento médio de carcaça (RC) e classificação de carcaça (CC). As análises foram realizadas utilizando o PMI como co-variável, visto que este foi maior (p<0,01) para os CR em relação aos AN e DV. As variáveis GMD, TMP e CC não apresentaram diferenças significativas entre os grupos analisados (p>0,05). Animais CR apresentaram maior (p<0,05) PMA (375,04 kg) do que animais DV (359,40 kg), enquanto AN (365,31 kg) não diferiram (p>0,05) de DV e CR. O PC (p<0,05) e o RC (p<0,01) foram maiores para CR (191,12 kg e 50,99%) em relação à AN (179,81 kg e 49,73%) e DV (177,23 kg e 49,41%), respectivamente, que não apresentaram variações significativas entre si. Novilhos Angus e Devon obtiveram resultados semelhantes em todas as variáveis analisadas. Animais cruza Angus x Devon x Nelore apresentaram maior peso e rendimento de carcaça do que animais puros.
The study was based on data from 129 beef steers from three genetic groups: Angus (AN, n=45), Devon(DV, n=35) and Crossbred Angus x Devon x Nelore (CB, n=49), with an average beginning weight (ABW)of 277.60, 278.00 and 295.53 kg, respectively. Those animals were in a feedlot with 11 months of age, to beslaughtered at 14 months. The parameters analyzed were: days on feed (DF), average weight gain (AWG),total weight gain (TWG), average slaughter weight (SW), average carcass weight (CW), average carcass yield(CY) and carcass classification (CC). The analysis were done using the ABW as a covariate because of the sevariable in the group CB were higher (p<0,01) than AN and DV groups. The variables AWG, DF and CC didnot show difference among the groups (p>0.05). CB animals got a higher SW (375.04 kg) than DV (359.40)(p<0.05), while AN (356.31 kg) did not differ from DV and CB (p>0.05). The CW (p<0.05) and CY (p<0.01) werehigher to CB (191.12 kg and 50.99%) than AN (179.81 kg and 49.73%) and DV (177.23 kg and 49.41%),respectively. Angus and Devon beef steers had similar results in all variables analyzed. Crossbred animals presented greater carcass weight and carcass yield than the others groups.