Résumé
O empiema pleural crônico é caracterizado pela presença de uma cavidade residual infectada após drenagem. As alternativas cirúrgicas para seu tratamento definitivo são a decorticação pulmonar, a toracostomia aberta, a toracoplastia e o emprego de retalhos musculares transpostos para o interior da cavidade torácica. Os objetivos do presente trabalho são estudar e discutir as indicações dessas técnicas, fazendo uma revisão da literatura e apresentando os resultados da análise retrospectiva de 210 pacientes operados dessa doença na Klinik Löwenstein (Alemanha) de 1990 a 1998. Destes pacientes, 142 tiveram empiema crônico e68, cavidade residual. Noventa tinham fístula broncopleural. Todos os pacientes com empiema crônico foram tratados com decorticação e os outros 68, com cavidade residual, necessitaram da associação de outras técnicas. Não houve óbitos no grupo com empiema crônico e a mortalidade no grupo com cavidade residual foi 3(per cent). Pudemos concluir que a toracoplastia tem limitação quando usada como medida única, mas pode ser eficaz em associação à mioplastia. As cavidade residuais pós-ressecação pulmonar deverão ser tratadas através de mioplastia ou toracomioplastia. Nos casos em que o pulmão manteve preservada a sua capacidade de expansão, a decorticação é a melhor alternativa. Nos pacientes com cavidades residuais pequenas ou em más condições clínicas, a toracostomia aberta está indicada