RÉSUMÉ
ABSTRACT Multiple sclerosis (MS) is the most common demyelinating disease of the central nervous system. Cognition is not routinely assessed in patients with MS though they frequently have cognitive complaints or dysfunction. Objective: The aim of this study was to compare the cognitive status of patients with MS with age, sex, and schooling matched controls and to evaluate the potential influence of clinical parameters on cognition. Methods: A total of 35 patients with MS (mean±SD age 37.9 years±11.44, M/F: 12/23) and 33 healthy controls (mean±SD age 38.8 years±12.6, M/F: 12/21) were enrolled in this study. All subjects underwent a structured clinical assessment and the cognitive tools are as follows: Paced Auditory Serial Addition Test (PASAT), Symbol Digit Modalities Test (SDMT), Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT), Digit Span, and Verbal Fluency Tests (letters F, A, and S and animal category). Psychopathology was assessed with the Mini International Neuropsychiatric Interview and the Beck Depression Inventory (BDI). The Expanded Disability Status Scale (EDSS) was used for patients. Results: Patients performed worse than controls in almost all tests, with approximately 70% of patients presenting cognitive impairment. The most affected cognitive domain was episodic memory (45.7%), followed by verbal fluency (42.8%) and information processing speed (22.8%). SDMT was inversely correlated with disease severity, as assessed by the EDSS. Depression did not influence cognitive performance in this cohort. Conclusions: Cognitive dysfunction is common among patients with MS. While motor impairment was associated with information processing speed, depression did not influence cognitive performance.
RESUMO A esclerose múltipla (EM) é a doença desmielinizante mais comum do sistema nervoso central. A cognição não é rotineiramente avaliada nos pacientes apesar da ocorrência frequente de queixas ou disfunção cognitivas. Objetivo: Comparar o perfil de pacientes com EM com controles pareados por idade, sexo e escolaridade e investigar a potencial influência de parâmetros clínicos na cognição. Métodos: Trinta e cinco pacientes com EM (idade média±desvio padrão [DP] 37,9 anos±11,44, H/M: 12/23) e 33 controles saudáveis (idade média±DP 38,8 anos±12,6, H/M: 12/21) foram incluídos neste estudo. Todos os participantes passaram por avaliação clínica estruturada e por testagem cognitiva com os seguintes instrumentos: Paced Auditory Serial Addition Test (PASAT), Symbol Digit Modalities Test (SDMT), Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT), Digit Span e testes de fluências verbais (letras F, A e S e categoria-animais). A psicopatologia foi investigada com a Mini International Neuropsychiatric Interview e com o Beck Depression Inventory (BDI). A Expanded Disability Status Scale (EDSS) foi aplicada nos pacientes. Resultados: Pacientes tiveram desempenho pior que os controles na maioria dos testes — 70% deles tiveram déficit cognitivo. A função cognitiva mais frequentemente afetada foi memória episódica (45,7%), seguida por fluência verbal (42,8%) e velocidade de processamento (22,8%). A pontuação no SDMT correlacionou-se inversamente com a gravidade da doença, medida pela EDSS. A depressão não influenciou o desempenho cognitivo nesta série de pacientes. Conclusões: Declínio cognitivo é comum em pacientes com EM. Enquanto o déficit motor se associou com a velocidade de processamento, a depressão não influenciou o desempenho cognitivo.
Sujet(s)
Humains , Adulte , Sclérose en plaques , Maladies du système nerveux centralSujet(s)
Adulte , Femelle , Humains , Perception de la forme , Fructose/analogues et dérivés , Illusions/effets des médicaments et des substances chimiques , Migraines/prévention et contrôle , Neuroprotecteurs/effets indésirables , Troubles de la vision/induit chimiquement , Fructose/effets indésirablesRÉSUMÉ
O risco de depressão em pacientes com esclerose múltipla (EM) é de aproximadamente 50% ao longo da vida. A depressão acarreta sofrimento psíquico, diminui a aderência ao tratamento, piora a qualidade de vida, e aumenta o risco de suicídio em pacientes com EM. OBJETIVO: Conduzir uma revisão de estudos apresentando uma visão geral abordando aspectos relevantes relacionado à depressão e esclerose múltipla tais como prevalência, aspectos neurobiológicos, implicações clínicas e estratégias terapêuticas. MÉTODOS: A base de dados PubMed / Medline foi pesquisada sem limite de data para todos os artigos publicados escritos em inglês, utilizando os descritores "depression", "mood disorders" e "múltipla sclerosis". Somente artigos originais e com rigor metodológico na seleção dos pacientes foram relacionados aos objetivos desta revisão foram incluídos. RESULTADOS: Foram apresentados de forma descritiva e concisa achados relevantes referentes às associações entre prevalência da depressão/ risco de suicídio e EM, aspectos neurobiológicos relacionados à depressão, manifestações neuropsiquiátricas induzidas por medicamentos, relação entre depressão e funções cognitivas, assim como depressão e fadiga, além de aspectos relacionados ao tratamento da depressão na EM. CONCLUSÃO: A prevalência de transtornos depressivos é alta em pacientes com EM, portanto, deve ser investigado de forma sistemática, tendo em vista o elevado risco de suicídio nesta população, o impacto negativo no tratamento e na evolução da doença. Estratégias terapêuticas utilizadas no tratamento da depressão em pacientes com EM incluem o uso de antidepressivos e terapia cognitivo comportamental.
The risk of depression in patients with multiple sclerosis (MS) is approximately 50% lifetime. Depression leads to psychological distress, decreased adherence to treatment, worsening the quality of life, and increases the risk of suicide in patients with MS. OBJECTIVE: To conduct a systematic of studies showing an overview addressing relevant issues related to depression and multiple sclerosis such as prevalence, neurobiological aspects, clinical implications and therapeutic strategies. METHODS: A PubMed / Medline was searched without limit date for all published articles written in English using the Keywords "depression", "mood disorders" and "multiple sclerosis". Only original articles and methodological rigor in the selection of patients were related to the objectives of this review were included. RESULTS: We presented a descriptive and concise relevant findings regarding the associations between prevalence of depression / suicide and risk of MS, neurobiological aspects related to depression, drug-induced neuropsychiatric symptoms, the relationship between depression and cognitive functions as well as depression and fatigue, as related to treatment of depression in MS. CONCLUSION: The prevalence of depressive disorders is high for patients with MS, therefore, should be investigated in a systematic way in view of the high risk of suicide in this population, the negative impact in the treatment and disease progression. Therapeutic strategies used in the treatment of depression in MS patients include the use of antidepressants and cognitive behavioral therapy.