RÉSUMÉ
. (AU)Acute hepatic porphyrias (AHPs) are inborn errors of hemebiosynthesis and its most common and severe type is the acute intermittent porphyria (AIP). AIP is an hereditary autosomal dominant disease caused by accumulated porphobilinogen deaminase (PBG) and delta aminolevulin acid (ALA) products. The main symptoms are severe abdominal pain, neuromuscular and psychiatric disturbances, nausea, vomiting, encephalopathy, tachycardia, seizures, tremors and hypertension, that usually are manifested by acute crises. The treatment is based on clinical management and in cases which the patient's quality of life is affected liver transplantation (LT) may be an alternative choice. We report the case of a patient with AHP presenting recurrent crisis leading to chronic symptoms occurrence and poor quality of life with progressive unresponsiveness to hemin treatment. Patient was submitted to LT as curative therapy proposal, but patient still presents some clinical manifestations that may indicate the possibility of a secondary cause to explain persistence of her symptoms despite of biochemical normalization of ALA and PBG. (AU)
As porfirias hepáticas agudas (PHA) compreendem um grupo de porfirias que apresentam erros inatos na biossíntese do grupo heme, sendo a mais severa e o tipo mais comum da PHA, a porfiria aguda intermitente (PAI). A PAI é uma doença autossômica dominante causada pelo acúmulo dos produtos porfobilinogênio deaminase (PBG) e ácido delta-aminolevulínico (ALA). Os principais sintomas são dor abdominal intensa, distúrbios neuromusculares e psiquiátricos, náuseas, vômitos, encefalopatia, taquicardia, febre, tremores e hipertensão, os quais normalmente são manifestados durante as crises agudas. O tratamento é baseado no manejo clínico de todos pacientes durante a crise. Para os casos em que a qualidade de vida do paciente é afetada negativamente, a terapêutica de transplante hepático poderá ser indicada. O objetivo do relato de caso é introduzir o tratamento de uma paciente com recorrentes crises agudas de porfiria e danos em sua qualidade de vida. Uma vez que a paciente não apresentou melhora após tratamento com hematina, foi submetida ao transplante hepático visando a cura da doença. Após o transplante, a paciente ainda apresentou alguns sintomas clínicos, necessitando reformular uma segunda hipótese para explicar a persistência de tais sintomas apesar da normalização dos níveis de ALA e PBG. (AU)