Résumé
A biópsia renal é uma contribuição relativamente recente, mas, sem dúvida, de importância relevante na avaliação de nefropatias. Atualmente, na presença de contra-indicações às técnicas convencionais, uma nova modalidade de biópsia poderá ser empregada: a biópsia renal transjugular. M.R.V, 42 anos, sexo feminino. Há 45 dias, apresentava astenia, anorexia, náuseas e lombalgia. Posteriormente, o quadro agravou-se com vômitos, redução de volume urinário, prostração e dispnéia. Exames laboratoriais: VG: 20,5 por cento; hemoglobina: 7,0 gldl; plaquetas: 37.000/pl; uréia: 88 mgldi; creatinina: 5,46 mgldi; tempo de coagulação: 8 minutos; tempo de sangramento: 2 minutos; TAP: 16 segundos; KPTT. 3,6 segundos. A biópsia renal foi indicada, porém, devido a plaquetopenia e insuficiência renal, foi realizada pela via transiugular. A amostra obtida, contendo seis glomérulos após avaliação anatomopatológica, foi compatível com "rim de mieloma". Conclui-se que a biápsia renal transiugular pode ser realizada com sucesso em pacientes com desordens na coagulação e com aceitável risco de complicações.