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1.
Rev. saúde pública ; 41(supl.2): 6-13, dez. 2007. tab
Article Dans Anglais, Portugais | LILACS | ID: lil-470607

Résumé

OBJETIVO: Descrever a influência das concepções dos profissionais de saúde sobre o cuidado prestado a pacientes usuários de drogas vivendo com HIV/Aids. MÉTODOS: Estudo qualitativo baseado em entrevistas semi-estruturadas com 22 profissionais de diferentes categorias, pertencentes a dois serviços especializados em DST/Aids da rede municipal de São Paulo, em 2002. As entrevistas foram gravadas e submetidas à análise temática. RESULTADOS: Os profissionais relataram dificuldades em identificar usuários de drogas entre seus pacientes, indicando a invisibilidade da questão. Acham os usuários de drogas pacientes mais difíceis de tratar, por tumultuarem o serviço e/ou não aderirem ao tratamento. Embora reconheçam necessidades especiais dos pacientes usuários e que lidar com o uso de drogas seja importante, os profissionais de saúde acreditam que essas questões fogem de suas atribuições. Os profissionais mostraram limites pessoais e técnicos para o manejo desses casos, indicando sua falta de capacitação específica como importante. Assim, recomendam a criação de serviços especializados para esse atendimento, reconhecendo os serviços em que atuam como inadequados e, embora conhecessem o projeto de redução de danos, pouco participavam dele. CONCLUSÕES: Elementos técnicos, ideológicos e pessoais, tais como crenças, valores e dimensões afetivo-emocionais, mostraram-se relevantes para ampliar ou recusar vínculos mais específicos com o paciente usuário de drogas. As concepções sobre o uso de drogas podem interferir no desenvolvimento de uma assistência melhor e da eqüidade no cuidado em saúde.


OBJECTIVE: To describe the influence of conceptions of health professionals on the care given to HIV/AIDS patients using drugs. METHODS: Qualitative study based on semi-structured interviews with 22 professionals of different levels from two specialized STD/AIDS public services of the city of São Paulo was conducted in 2002. The interviews were recorded and submitted to a thematic analysis. RESULTS: Professionals reported difficulties in identifying drug users among their patients, indicating the invisibility of the issue. They find drug users more difficult to treat, because they disturb the service and do not comply with treatment. Although they acknowledge the special needs of users, and that it is important to deal with drug use, health professionals believe that these issues are not their responsibility. Professionals showed personal and technical limits in handling these cases, showing the importance of their lack of specific capacity building. Thus, they recommend the creation of specialized services for this care, recognizing their own services as inappropriate. Although they were aware of the harm reduction project, there was a little participation in it. CONCLUSIONS: Technical, ideological and personal elements such as beliefs, values and affective/emotional dimensions were relevant to enhance or refuse to develop more specific bonds with drug user patients. The conceptions on drug use may interfere in the development of a better care and equity in health care.


Sujets)
Soins aux patients , Connaissances, attitudes et pratiques en santé , Coûts indirects de la maladie , Équipe soignante , Prejugé , Services de santé , Syndrome d'immunodéficience acquise , Recherche qualitative
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