RÉSUMÉ
Este artigo analisa crimes de homicídio/suicídio cometidos por jovens na circunscrição de instituições de ensino. Nosso foco são os perpetradores que buscam o desenvolvimento de produtos comunicacionais, a partir de linguagens diversas, com o intuito de subsidiar o trabalho de apuração da mídia e, assim, disputar com esta, após a sua morte, o direito de significar midiaticamente. Os jovens homicidas/suicidas se convertem em autores dos delitos e dos discursos na medida em que pretendem fazer resistir suas memórias já na condição de indivíduos mortos. Tal estratégia evidencia um paradoxo: em tempos de grandes investimentos em intervenções que visam à prorrogação da vida, os indivíduos infames utilizam a potência indomesticável da morte para forjar um tipo de existência que passa, necessariamente, pela imagem midiatizada do crime e pelo auto aniquilamento biológico. Este fenômeno é analisado a partir dos crimes de Cho Seung-Hui, Pekka-Eric Auvinen e Wellington Menezes de Oliveira.
This paper discusses the crimes of murder/suicide committed by young people within the space ofeducational institutions. Our corpus analysis is restricted to a specific type of perpetrator that seeks the development of communication products, using different styles, in order to support the journalistic work of inquiry about their crimes and, thus be able to intervenes and competes with the media for the right to represent and signify themselves, even after their deaths. This young people become authors of the crimes and discourses insofar as they intend to keep their memories alive. Such strategy evidences a paradox: in times of major investment in interventions that target the extension of life, they use the untamable power of death to forge a kind of existence that necessarily involves the media image and biological self-annihilation.This phenomenon will be analyzed from the crimes of Cho Seung-Hui, Pekka-Eric Auvinen and Wellington Menezes de Oliveira.
Este artículo analiza los delitos de homicidio/suicidio cometido por jóvenes en instituciones educativas. Nos centramos en los perpetradores que desarrollan productos de comunicación con el fin de subsidiar el trabajo de investigación que hacen los periódicos. Los jóvenes homicidas/suicidas se convierten en autores de crímenes y de discursos en la medida en que tienen la intención de preservar sus memorias.Esta estrategia presenta una paradoja: en tiempos de grandes inversiones en intervenciones dirigidasa la extensión de la vida, los individuos infames utilizan el poder indomable de la muerte para forjar un tipo de existencia que implica necesariamente la imagen mediática del crimen y la auto aniquilación biológica. Este fenómeno será analizado desde los crímenes de Cho Seung-Hui, Pekka-Eric Auvinen y Wellington Menezes de Oliveira.