RÉSUMÉ
Introdução: a terapia trombolítica é a principal medida salvadora adotada em vítimas de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI), adequada para a maioria delas. Entretanto, alguns pacientes não apresentam evolução clínica, piorando o prognóstico, o que constitui uma lacuna científica essencial. Objetivo: analisar os determinantes da não melhora clínica em pacientes com AVC em uso de trombolíticos rt-PA.Método: estudo observacional retrospectivo caso-controle, realizado de 2014 a 2017 por meio de busca ativa de prontuários de pacientes com AVC submetidos à terapia trombolítica em um hospital de referência no Ceará. A falência clínica foi caracterizada como ausência de redução no National Institutes of Health Stroke Scale-Score (NIHSS).Resultados: um total de 139 pacientes incluídos no estudo em uma única unidade de AVC. A média de idade foi de 66,14 anos (variando de 34 a 95). O seguimento de 24 horas foi completado em 100% dos pacientes. Resultado favorável 24 horas pós-trombólise foi observado em 113 pacientes (81,29%), e não houve melhora clínica em 26 (18,7%). A transformação hemorrágica pós-trombólise foi um forte preditor de não melhora (p=0,004), e diabetes foi o principal fator de risco modificável encontrado (p=0,040).Conclusão: diabetes e transformação hemorrágica após trombólise foram identificados como fatores de risco para não melhora clínica em pacientes com AVC agudo submetidos à terapia trombolítica.
Introduction: thrombolytic therapy is the primary saving measure adopted in ischemic cerebrovascular accident (ICVA) victims, adequate for most of them. However, some patients do not show clinical progress, worsening the prognosis, which constitutes an essential scientific gap.Objective: to analyze the determinants of clinical non-improvement in stroke patients who used rt-PA thrombolytic agentes.Methods: retrospective observational case-control study, carried out from 2014 to 2017 through an active search of medical records of CVA patients undergoing thrombolytic therapy in a reference hospital in Ceará. Clinical failure was characterized as no reduction in the National Institutes of Health Stroke Scale-Score (NIHSS).Results: a total of 139 patients enrolled in the study in a single CVA unit. The mean age was 66.14 years (range 34 to 95). The 24-hour follow-up was completed in 100% of patients. A favorable result 24 hours post-thrombolysis was observed in 113 patients (81.29%), and there was no clinical improvement in 26 (18.7%). Post-thrombolysis hemorrhagic transformation was a strong predictor of no improvement (p=0.004), and diabetes was the main modifiable risk factor found (p=0.040).Conclusion: diabetes and hemorrhagic transformation after thrombolysis were identified as risk factors for clinical non-improvement in patients with acute stroke undergoing thrombolytic therapy.