RÉSUMÉ
Abstract The anterior cruciate ligament (ACL) injury causes anteroposterior and rotational instability in the knee. Intra-articular reconstructions often fail to achieve satisfactory rotational control, leading to persistent complaints of instability and subjecting the neo-ligament to increased stress. Young patients with high athletic demands and grade 2 or 3 pivot-shift often have a higher risk of re-rupture after isolated ACL reconstruction. Over the years, various techniques have been developed to address such situations. Among the described techniques, one of the most commonly used is the modified or "mini-Lemaire" lateral extra-articular tenodesis. Biomechanical studies demonstrate the versatility of the technique due to its relatively isometric behavior in flexion angles of 0-60° when the graft is introduced deeply to the lateral collateral ligament. It offers the possibility of fixation at different anatomical positions on the lateral femoral condyle and at different degrees of flexion. The objective of this study is to describe an accessible, reproducible technique that relies on materials widely available in our environment.
Resumo A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) causa instabilidade anteroposterior e rotatória do joelho. Reconstruções isoladas intra-articulares muitas vezes não obtêm controle rotacional satisfatório, mantendo queixa de instabilidade e impondo ao neoligamento um maior estresse. Pacientes jovens, com alta demanda atlética e com pivot-shift grau 2 ou 3 apresentam um maior risco de rerrotura após reconstrução isolada do LCA. Ao longo dos anos diversas técnicas foram desenvolvidas na tentativa de mitigar tais situações. Dentre as técnicas descritas, uma das mais utilizadas é a Tenodese extra-articular Lateral tipo Lemaire modificada ou "mini-Lemaire". Estudos biomecânicos demonstram versatilidade da técnica devido a seu comportamento relativamente isométrico em graus de flexão de 0-60° quando a fita é introduzida profundamente ao ligamento colateral lateral, com possibilidade de fixação em diferentes posições anatômicas no côndilo femoral lateral e em diferentes graus de flexão. O objetivo do estudo é descrever uma técnica acessível, reprodutível e dependente de material amplamente disponível em nosso meio.
Sujet(s)
Humains , Ténodèse , Reconstruction du ligament croisé antérieur , Lésions du ligament croisé antérieurRÉSUMÉ
Para comparar o posicionamento dos enxertos de osso-tendäo patelar-osso, foram admitidos 56 pacientes desportistas com instabilidade anterior em joelho. Foram selecionados aleatoriamente e submetidos a uma de duas técnicas escolhidas. No grupo A, 29 pacientes foram submetidos à cirurgia, usando-se a técnica de perfuraçäo de túneis com guias e aparelhos, de fora da articulaçäo para dentro dela - outside-in. No grupo B, 27 pacientes tiveram os sítios para recepçäo do transplante estabelecidos e elaborados a partir do interior da articulaçäo - inside-out, com instrumentos manuais. No período pós-operatório, foram realizadas radiografias padronizadas de joelhos, em incidência de perfil e em ântero-posterior. Na incidência de perfil, foram mensuradas as posições centrais dos túneis femorais e tibiais e foi avaliada a situaçäo da pastilha óssea proximal, se inferior ou superior à linha radiológica do teto da fossa intercondiliana (linha de Blumensat), no plano sagital. No plano frontal, foram medidas as posições dos túneis tibiais sobre o planalto, assim como a angulaçäo de entrada na superfície circular da fossa intercondiliana. A partir do que se obtiveram os resultados: no plano sagital, os túneis femorais se situaram mais anteriormente no grupo A, com média de 72,34 por cento, do que no grupo B, cuja média foi de 77,90 por cento; a posiçäo das pastilhas ósseas femorais era abaixo da linha de Blumensat, na maior parte dos casos do grupo B. A posiçäo sagital dos túneis tibiais apresentou-se similar entre os grupos A e B. No plano frontal, o posicionamento tibial foi mais medial, em média de 46,52 por cento para o grupo A do que para o grupo B, com média de 51,85 por cento do planalto. Na fossa intercondiliana, a regiäo de entrada resultou em angulaçäo similar nos dois grupos. Concluiu-se que a elaboraçäo manual do sítio femoral, para o transplante do grupo B, é capaz de reproduzir posicionamentos mais posteriores, conforme a medida em nível da linha de Blumensat. Todavia, a técnica escolhida para teste de perfurações inside-out, por outros motivos, diferentes dos da mensuraçäo, demonstrou a possibilidade de ser excluída da linha técnica inside-out. Ainda, pertinente à conclusäo, grupo A, na mediçäo do túnel femoral, ao longo da linha de Blumensat, obteve-se medida mais anterior do que a real abertura dentro da articulaçäo, desde que a abertura se dê abaixo de tal linha, porque há inclinaçäo para trás, no ato de perfuraçäo
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Ligament croisé antérieur , Instabilité articulaire , Genou , Ligament patellaire , Genou , Transposition tendineuseRÉSUMÉ
Sessenta e oito esportistas de lazer ou competiçäo, com instabilidade anterior do joelho, tratada com reconstruçäo com tendäo patelar, sendo 35 por via aberta (grupo I) e 33 por via artroscópica (grupo II), foram revistos e analisadas as seguintes variáveis: sexo, idade, tempo decorrido entre a lesäo e a operaçäo, tempo de seguimento, prevalência no lado dominante, avaliaçäo funcional ARPEGE, teste de Lachman Trillat, teste do pivotshift, perda final de extensäo, medida do Lachman radiológico diferencial, inclinaçäo posterior do planalto tibial e área de anestesia cutânea. Em 18 pacientes do grupo via aberta e 16 do grupo via artroscópica, foram realizadas radiografias normalizadas em AP e P, sendo medidos os posicionamentos dos túneis tibial e femoral no plano sagital. O tempo de seguimento foi em média de 44,40 (2,1) meses no grupo I e 26,36 (2,1) meses no grupo II, ocorrendo diferença estatística entre os dois grupos. As demais variáveis näo demonstraram diferença estatística significativa entre os grupos. Na medida do posicionamento sagital dos túneis femorais, constatou-se maior regularidade no grupo via artroscópica, com diferença significativa no teste t de Student (p = 0,03), enquanto ao qui quadrado com pacientes categorizados em posicionamentos anteriores ou posteriores a 70 por cento de profundidade sagital, a diferença näo foi confirmada estatisticamente (p = 0,10). A área de anestesia cutânea correlacionada com o tempo de seguimento demonstrou relaçäo inversa, ou seja, maior seguimento reprersenta menor área de anestesia, com vantagem potencial para o grupo via artroscópica. Concluiu-se que é possível reproduzir os resultados da reconstruçao do ligamento cruzado anterior via aberta, utilizando a via artroscópica, evitando-se a artrotomia.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Ligament croisé antérieur/chirurgie , Arthroscopie , Tendons/transplantation , Transplantation osseuse/méthodes , Loi du khi-deux , Ligament patellaire/traumatismes , Résultat thérapeutiqueRÉSUMÉ
Apresentamos um estudo comparativo realizado sobre 54 casos de pacientes com lesäo do ligamento cruzado anterior. Neste estudo, descrevemos as três modalidades de técnica cirúrgica que utilizamos e definimos três grupos para análise: aqueles com reconstruçäo intra-articular associada à reconstruçäo extra-articular foi reforçada por tenodese intra-articular; e aqueles com reconstruçäo intra-articular isolada. Pretendemos observar a influência nos resultados da escolha entre aquelas três técnicas. Deste estudo podemos ressaltar os benefícioss obtidos com a utilizaçäo da terceira técnica, dados os resultados satisfatórios obtidos