RÉSUMÉ
Abstract Introduction: Previous studies suggested that body weight is a strong predictor for postural balance. High body mass index (BMI) presented an association with increased postural sway. However, it seems controversial since studies reported no difference between obese and control group regarding the position of the center of pressure in static postural balance (PB). Also, there is a lack of investigations about the impact of obesity on PB, free of the confound effect of cardiometabolic risk. Objective: The aim of this study was to evaluate the effects of obesity in static PB and occurrence of falls in asymptomatic adults and older adults over 40 years old. Method: The PB of 624 subjects divided into quartiles for BMI, waist-to-hip ratio, waist-to-height and fat body mass as percentage (%FBM) was assessed with and without vision using a force platform. An MANOVA was used to determine if there were differences between quartiles and a logistic regression analysis adjusted for confounders variables were applied to determine the obesity role in the occurrence of falls. Results: We found weak to moderate bivariate correlations between obesity and static PB, which became non-significant after adjustment. We found significant differences between first and fourth quartiles, especially using %FBM. Obesity was not related to the occurrence of falls since the odds ratio values became non-significant for all the indices of obesity after adjustment. Conclusion: Obesity presents little influence on maintaining static PB and seems not to determine the occurrence of falls among subjects over 40 years old.
Resumo Introdução: Estudos prévios sugerem que o peso corporal é forte preditor do equilíbrio postural. Índice de Massa Corporal (IMC) apresenta associação com oscilação corporal aumentada. Contudo, isto é controverso já que estudos reportaram que não há diferença entre obesos e grupo controle em relação ao deslocamento do centro de pressão no equilíbrio postural (EP) estático. Além disso, a literatura é escassa sobre o impacto da obesidade sem o efeito confundidor do risco cardiometabólico. Objetivo: Avaliar os efeitos da obesidade no EP estático e na ocorrência de quedas em adultos assintomáticos acima de 40 anos. Método: O EP estático dos 624 indivíduos divididos segundo os quartis de IMC, relação cintura-quadril e cintura-altura e gordura corporal em porcentagem (% GC) foi avaliado com olhos abertos e fechados usando uma plataforma de força. As diferenças entre os quartis foram determinadas por meio de uma MANOVA e o papel da obesidade na ocorrência de quedas foi analisado por meio de regressão logística ajustada pelos principais confundidores. Resultados: Obtivemos correlações bivariadas fracas a moderadas entre a obesidade e o EP estático, que, após ajuste, não foram estatisticamente significativas. Observamos diferenças significativas entre primeiro e quarto quartis, sobretudo para quartis de %GC. A obesidade não se associou à ocorrência de quedas já que os valores de odds ratio perderam significância para todos os índices d e obesidade após o ajuste pelos confundidores. Conclusão: Obesidade apresenta pouca ou nenhuma influência na manutenção do EP estático e parece não determinar a ocorrência de quedas em indivíduos acima de 40 anos.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte d'âge moyen , Chutes accidentelles , Équilibre postural , Obésité , Indice de masse corporelleRÉSUMÉ
Abstract Adolescent idiopathic scoliosis (AIS) is a three-dimensional deformity of the spine that generates changes in the biomechanics of the rib cage. Digital photogrammetry enables the recording of subtle changes and the interrelationship between parts of the human body that are difficult to measure by other means. The aim of this study was to create angles and thoracic distances and to evaluate the interobserver and intraobserver reliability of these measurements using the Software de Avaliação Postural (SAPO) in patients with AIS. This cross-sectional study evaluated 30 individuals aged between 11 and 18 years with AIS. We used SAPO with the thoracic markers in the form of angles (A) and distances (D) with involves structures like acromion, manubrium, xiphoid process, lower angle of the scapula, last false rib, anterior iliac spine process. Two experienced observers (A and B) analyzed the photos and all followed the same routine of analysis. Intraobserver and interobserver reproducibility was assessed by the Bland-Altman plot and intraclass correlation coefficient (ICC), while intraobserver and interobserver reliability was assessed by the T-Test and Wilcoxon's Test. A high repeatability index was obtained among the evaluations, with twelve of the sixteen variables considered as reliable in all statistical tests. The interobserver analyzes presented excellent correlation coefficients (ICC), showing good reliability for six of the sixteen variables proposed. The SAPO method presented good reproducibility and reliability for most of the thoracic markers created, showing that photogrammetry may be a complementary tool in the evaluation of thoracic alterations in patients with AIS.
Resumo A escoliose idiopática do adolescente (EIA) é uma deformidade tridimensional da coluna que gera alterações na biomecânica da caixa torácica. A fotogrametria digital permite o registro de mudanças sutis e a inter-relação entre partes do corpo humano que são difíceis de medir por outros meios. Objetivou-se criar ângulos e distâncias torácicas e avaliar a confiabilidade interobservador e intraobservador dessas medidas utilizando o Software de Avaliação Postural (SAPO) em pacientes com EIA. Este estudo transversal avaliou 30 indivíduos com idades entre 11 e 18 anos com EIA. Utilizamos o SAPO com os marcadores torácicos na forma de ângulos (A) e distâncias (D), envolvendo estruturas como: acrômio, manúbrio, processo xifóide, ângulo inferior da escápula, última costela falsa, processo da espinha ilíaca anterior. Dois observadores experientes (A e B) analisaram as fotos e todos seguiram a mesma rotina de análise. A reprodutibilidade intraobservador e interobservador foi avaliada pelo gráfico de Bland-Altman e coeficiente de correlação intraclasse (CCI), enquanto a confiabilidade intraobservador e interobservador foi avaliada pelo Teste T e Teste de Wilcoxon. Um alto índice de repetibilidade foi obtido entre as avaliações, com doze das dezesseis variáveis consideradas confiáveis em todos os testes estatísticos. As análises interobservadores apresentaram excelentes coeficientes de correlação (ICC), mostrando boa confiabilidade para seis das dezesseis variáveis propostas. O método SAPO apresentou boa reprodutibilidade e confiabilidade para a maioria dos marcadores torácicos criados, mostrando que a fotogrametria pode ser uma ferramenta complementar na avaliação de alterações torácicas em pacientes com EIA.
RÉSUMÉ
Abstract Although the determinant impact of exercise-induced muscle fatigue prior to postural balance assessment has been widely described, recent evidence suggests that hyperventilation and sensorimotor losses, rather than muscle fatigue, are responsible for the changes observed in postural balance. However, the association between localized muscle fatigue (LMF), induced by isokinetic dynamometer protocol test and assessed through surface electromyography, and postural balance in adults is poorly understood. We aimed to evaluate the association between the LMF of the rectus femoris and static postural balance in 51 adult men (43±14.8 years; 26.9±5 kg/m2). We obtained physical activity level and postural balance, respectively, through a triaxial accelerometry and a force platform. The quadriceps femoris strength and endurance were obtained using an isokinetic dynamometer and surface electromyography simultaneously. The association between the isokinetic and electromyographic LMF and static postural balance was investigated using linear regression models adjusted for age, body mass index, and isokinetic quadriceps strength and LMF. The correlations between postural balance variables and isokinetic muscle strength and LMF were weak-to-moderate. After multivariate analyses, we observed that electromyographic LMF were a predictor of postural balance, mainly of the mean amplitude and COP area and velocity in the mediolateral direction, regardless of isokinetic variables. Therefore, LMF plays a determinant role in the postural balance of physically active adult men. Fatigue indices are significant predictors of postural balance, regardless of previous fatigue induction.
Resumo Embora o impacto da fadiga muscular induzida antes da avaliação do equilíbrio postural tenha sido amplamente descrito, evidências recentes sugerem que hiperventilação e perdas sensório-motoras, ao invés de fadiga, são responsáveis por alterações no equilíbrio postural. Contudo, a associação entre fadiga muscular localizada (FML), induzida por protocolo de teste em dinamômetro isocinético e avaliada por meio de eletromiografia de superfície, e equilíbrio postural em adultos é pouco compreendida. Investigamos a associação entre FML do músculo reto femoral e equilíbrio postural estático em 51 homens adultos fisicamente ativos (43±14.8 anos; 26.9±5 kg/m2). Obtivemos atividade física habitual e equilíbrio postural, respectivamente, por meio de acelerometria triaxial e plataforma de força. A força e endurance musculares do músculo quadríceps femoral foram obtidas através de dinamometria isocinética e eletromiografia de superfície simultaneamente avaliadas. A associação entre a FML eletromiográfica e isocinética e o equilíbrio postural foi investigada por meio de modelos de regressão linear ajustados por idade, índice de massa corporal, força isocinética e FML eletromiográfica do quadríceps. As correlações entre equilíbrio postural, força isocinética e FML foram fracas a moderadas. Após análise multivariada, FML eletromiográfica foi determinante para equilíbrio postural, sobretudo para amplitude média e área e velocidade do COP na direção mediolateral, independente das variáveis isocinéticas. Portanto, FML apresenta papel determinante no equilíbrio postural de homens adultos fisicamente ativos. Os índices de fadiga são preditores significativos do equilíbrio postural, independente de indução da fadiga.
RÉSUMÉ
O objetivo deste estudo foi avaliar e correlacionar a percepção da qualidade de vida e fatores de risco à saúde de cuidadores formais de idosos. A coleta de dados ocorreu por meio de formulário para caracterização sociodemográfica, avaliação antropométrica, da composição corporal e da percepção da qualidade de vida (SF-36). A amostra constitui-se de 34 cuidadoras concluintes do curso livre de capacitação em saúde, com idade média de 43,68 ± 10,86 anos, sendo que 82% das cuidadoras possuíam 9 ou mais anos de escolaridade. Os dados obtidos indicaram que 80% da amostra encontrava-se com sobrepeso ou obesidade, 33% com hipertensão arterial, 85% com a circunferência da cintura (CC) elevada ou muito elevada, 62% com circunferência do pescoço (CP) aumentada e 74% com a razão cintura/quadril (RCQ) aumentada. Além disso, observou-se valores baixos nos domínios: Dor, Estado do Geral de Saúde e Vitalidade relativos à percepção da qualidade de vida. Ao correlacionar a variável CC com as demais variáveis, verificou-se: forte correlação com o índice de massa corporal (IMC), a CP e a porcentagem de gordura corporal; correlação moderada com as variáveis Massa Magra, Pressão Arterial e RCQ; e fraca correlação com a variável Média Geral do SF 36. Assim, verificamos que existe alta prevalência dos fatores de risco relacionados a doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), doenças cardiovasculares (DCV) e síndrome metabólica, além de correlações entre as variáveis estudadas, evidenciando a necessidade de intervenções interdisciplinares e políticas de saúde voltadas para esse grupo específico de trabalho. (AU)
The aim of this study was to evaluate and correlate the perception of quality of life and risk factors to the health of elderly caregivers. Data were collected through a form for sociodemographic characterization, anthropometric, body composition and quality of life perception (SF-36) evaluation. The sample consisted of 34 caregivers who had completed the free training course on health, with a mean age of 43.68 ± 10.86 years old and 82% of caregivers have 9 or more years of schooling. The data indicated that 80% of the sample was overweight or obese, 33% had hypertension, 85% had the waist circumference (WC) high or very high, 62% had an increased neck circumference (NC) and 74% had the waist/hip (R W/H) increased. In addition, low values in Pain, General Health Status and vitality related to the perception of quality of life. When correlating the WC variable with the other variables, there was: a strong correlation with body mass index (BMI), NC and percentage of body fat; moderate correlation with the variables lean body mass, blood pressure and R W/H, and; a weak correlation with the variable mean of QoL. Thus, this study indicates that there is high prevalence of risk factors related to chronic non-communicable diseases (CNCD), cardiovascular diseases (CVD) and metabolic syndrome, as well as correlations between the studied variables, evidencing the need for interdisciplinary interventions and health policies directed to this specific group of work. (AU)
Sujet(s)
Humains , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Sujet âgé , Qualité de vie/psychologie , Perception sociale , Santé , Facteurs de risque , Aidants/psychologie , Anthropométrie , Études transversalesRÉSUMÉ
Abstract Introduction: Physiological responses to the 6-min walk test (6MWT) have been increasingly evaluated in patients with cardiopulmonary diseases. However, previous studies did not include healthy persons. Objective: To evaluate the intensity of 6MWT, to develop a series of predictive equations for the physiological variables and to test their reliability in healthy middle-aged and older adults. Method: We evaluated 102 non-trained healthy adults (54 women, aged 61 ± 10 years) and a cross-validation sample of 30 participants. We measured physiological responses to the 6MWT and a cardiopulmonary exercise testing (CPET) on a treadmill. Results: The R2 values for regression analysis adjusted by age, body mass, stature, and sex ranged from 0.25 for heart rate and 0.46 for peak V ˙ O 2 The 6MWT distance and 6MWT peak V ˙ O 2 represented 110 ± 10% and 102 ± 15% of the predicted values, respectively, using our equations. The intensity of 6MWT corresponded to 72 ± 13% of the peak O2 and 78 ± 23% of the peak HR in the CPET. Peak V ˙ O 2 in the CPET was adequately predicted by 6MWT peak V ˙ O 2 (R2 = 0.76) and 6MWD (R2 = 0.54). Conclusion: The 6MWT represents a moderate to high-intensity test in middle-aged and older healthy adults and is valid for assessing maximal aerobic exercise capacity. Physiological responses to the 6MWT may be adequately predicted with a combination of anthropometrics and demographics.
Resumo Introdução: As respostas fisiológicas ao teste de caminhada de 6 minutos (TC6) têm sido cada vez mais avaliadas em pacientes com doenças cardiopulmonares. No entanto, estudos anteriores não incluíram pessoas saudáveis. Objetivo: Avaliar a intensidade do TC6, desenvolver uma série de equações preditivas para as variáveis fisiológicas e testar sua confiabilidade em indivíduos saudáveis de meia-idade e idosos. Método: Avaliamos 102 adultos saudáveis não treinados (54 mulheres, com idade de 61 ± 10 anos) e uma amostra de validação cruzada de 30 participantes. Nós medimos as respostas fisiológicas ao TC6 e ao teste de exercício cardiopulmonar (TECP) em esteira rolante. Resultados: Os valores de R2 para análise de regressão ajustados por idade, massa corporal, estatura e sexo variaram de 0,25 para frequência cardíaca e 0,46 para pico V ˙ O 2 A distância e o V ˙ O 2 no TC6 representou 110 ± 10% e 102 ± 15% dos valores previstos, respectivamente, usando nossas equações. A intensidade do TC6 correspondeu a 72 ± 13% do pico de V ˙ O 2 e 78 ± 23% do pico de frequência cardíaca no TECP. O pico de no TECP foi adequadamente previsto pelo pico de V ˙ O 2 (R2 = 0,76) e pela distância no TC6 (R2 = 0,54). Conclusão: O TC6 representa um teste de intensidade moderada a alta em adultos saudáveis de meia-idade e idosos e é válido para avaliar a capacidade máxima de exercício aeróbico. Respostas fisiológicas ao TC6 podem ser adequadamente previstas com uma combinação de dados antropométricos e demográficos.
Resumen Introducción: Las respuestas fisiológicas a la prueba de caminata de 6 minutos (PC6M) se han evaluado cada vez más en pacientes con enfermedades cardiopulmonares. Sin embargo, estudios anteriores no incluyeron a personas sanas. Objetivo: Evaluar la intensidad de la PC6M, desarrollar una serie de ecuaciones predictivas para las variables fisiológicas y probar su confiabilidad en individuos sanos de mediana edad y en ancianos. Método: Evaluamos 102 adultos sanos no entrenados (54 mujeres, con edad de 61 ± 10 años) y una muestra de validación cruzada de 30 participantes. Medimos las respuestas fisiológicas a la PC6M y a una prueba de ejercicio cardiopulmonar (PECP) en la cinta de correr. Resultados: Los valores de R2 para análisis de regresión ajustados por edad, masa corporal, estatura y sexo variaron de 0,25 para frecuencia cardíaca y 0,46 para pico O2. La distancia y el V ˙ O 2 en la PC6M representaron 110 ± 10% y 102 ± 15% de los valores previstos, respectivamente, usando nuestras ecuaciones. La intensidad de la PC6M correspondió a 72 ± 13% del pico de V ˙ O 2 y a 78 ± 23% del pico de frecuencia cardiaca en la PECP. El pico de V ˙ O 2 en la PECP fue adecuadamente previsto por el pico de V ˙ O 2 (R2 = 0,76) y por la distancia en la PC6M (R2 = 0,54). Conclusión: La PC6M representa una prueba de intensidad moderada a alta en adultos sanos de mediana edad y en ancianos y es válida para evaluar la capacidad máxima de ejercicio aeróbico. Las respuestas fisiológicas a la PC6M pueden ser previstas con una combinación de datos antropométricos y demográficos.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Sujet âgé , Sujet âgé de 80 ans ou plus , Valeurs de référence , Test de marche , Exercice physiqueRÉSUMÉ
Abstract Introduction: Sedentary behavior (SB) has been described as an independent risk factor for health, regardless of the recommended amount of moderate-to-vigorous physical activity (MVPA). However, SB and MVPA as predictors of falls have been poorly investigated. Objective: To compare the associations between SB and MVPA and the occurrence of falls in middle-aged and older adults. Method: The participants wore a triaxial accelerometer over the dominant hip for seven days to measure SB and MVPA. The occurrence of falls and cardiovascular risk factors were assessed by self-report. Isokinetic peak torque (PT) of knee extension, peak oxygen uptake (V'O2) in a ramp treadmill protocol, and lean (LBM) body mass and body fat (BFM) (bioelectrical impedance) were also assessed. The critical roles of SB and MVPA on the occurrence of falls were compared by multiple logistic regression adjusted for age, sex, cardiovascular risk factors, LBM, peak V'O2, and PT of knee extension. Results: 379 participants were evaluated, aged 40-80 years. Forty-eight participants reported at least one fall in the previous 12 months (14.5%). Fallers presented lower SB and higher MVPA. They were predominantly women and older adults with lower physical fitness. After multivariate analysis, MVPA, but not SB, was selected as an independent predictor of falls, increasing the odds ratio of having a fall (1.184, 95% confidence interval, 1.016 - 1.378). Conclusion: Episodes of falls in predominantly middle-aged and women subjects were associated with a higher amount of MVPA, not the opposite, indicating an adverse effect of MVPA in these subjects.
Resumo Introdução: O Comportamento sedentário (CS) tem sido descrito como fator de risco independente para saúde, a despeito da recomendação de atividade física moderada a intensa (AFMI). Contudo, pouco foi investigado se CS e AFMI são preditores da ocorrência de quedas. Objetivo: Comparar as associações entre CS e AFMI e a ocorrência de quedas em adultos de meia-idade e idosos. Método: Os participantes usaram acelerômetro triaxial no quadril dominante por sete dias para obtenção de CS e AFMI. A ocorrência de quedas e o risco cardiovascular foram avaliados através de autorrelato. Avaliamos o pico de torque (PT) isocinético da extensão de joelho, o pico de consumo de oxigênio (V'O2) em protocolo de rampa na esteira, e massa magra (MMC) e gordura (GC) corporais (bioimpedância elétrica). Comparamos o papel de CS e AFMI na ocorrência de quedas através de regressões lineares múltiplas ajustadas por idade, sexo, fatores de risco para doença cardiovascular, MMC, V'O2 pico, e PT da extensão de joelho. Resultados: Avaliamos 379 participantes de 40 - 80 anos. Quarenta e oito participantes reportaram, pelo menos, uma queda nos 12 meses anteriores ao estudo (14.5%). Os caidores apresentaram menor CS e maior AFMI. Eles eram predominantemente mulheres e idosos com menor aptidão física. Após as análises multivariadas, AFMI foi selecionada como preditor independente da ocorrência de quedas, aumentando o odds ratio de cair (1.184, 95% intervalo de confiança, 1.016 - 1.378). Conclusão: Os episódios de quedas, sobretudo em mulheres de meia-idade, foram associados com maior AFMI, indicando efeito adverso da AFMI nestes sujeitos.
Resumen Introducción: El comportamiento sedentario (CS) se ha descrito como un factor de riesgo independiente para la salud, independientemente de la cantidad recomendada de actividad física moderada a vigorosa (AFMV). El CS y el AFMV como predictores de caídas fueron poco investigados. Objetivo: Comparar las asociaciones entre CS y AFMV, y la ocurrencia de caídas en adultos de mediana edad y mayores. Método: Los participantes usaron un acelerómetro triaxial durante siete días para medir CS y AFMV. La ocurrencia de caídas y factores de riesgo cardiovascular se evaluaron mediante autoinforme. Se evaluó el torque máximo isocinético (TM) de la extensión de la rodilla, el consumo máximo de oxígeno (V'O2) en un protocolo de rampa en la estera, y masas corporales magra (MMC) y grasa (GC) (impedancia bioeléctrica). Comparamos los papeles de CS y AFMV en la ocurrencia de caídas mediante la regresión logística múltiple ajustada por edad, sexo, factores de riesgo cardiovascular, MMC, pico de V'O2 y TM de la extensión de la rodilla. Resultados: Se evaluaron 379 participantes de 40 - 80 años. Cuarenta y ocho participantes informaron al menos una caída en los 12 meses previos (14,5%). Caedores presentaron menor CS y mayor AFMV. Eran predominantemente mujeres y mayores con menor aptitud física. Después de los análisis multivariados, AFMV, pero no CS, fue seleccionada como predictor independiente de caídas, lo que aumentó la odds ratio de tener una caída (1.184, intervalo de confianza del 95%, 1,016 - 1,378). Conclusión: los episodios de caídas en mujeres de mediana edad se asociaron con mayor AFMV, lo que indica un efecto adverso de AFMV en estos sujetos.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Sujet âgé , Sujet âgé de 80 ans ou plus , Chutes accidentelles , Moniteurs de condition physique , Aptitude physique , Mode de vie sédentaireRÉSUMÉ
Abstract We hypothesized that the prevalence of exercise intolerance (EI, peak O2 uptake < 83%pred.) is not significantly affected by body mass index (BMI) in adults undergoing cardiopulmonary exercise testing (CPET). We aimed to evaluate the prevalence of EI and the influence of BMI in asymptomatic adults. The results of 780 adults (age 41 ± 13 years) who underwent CPET were evaluated. Participants were stratified according to BMI: normal weight (n = 227), overweight (n = 198), and obese class 1 (n = 155), 2 (n = 131), and 3 (n = 69). After cardiovascular risk assessment, the participants underwent CPET on a treadmill ramp protocol. The prevalence of EI was 20, 16, 21, 25, and 21% in the stratified groups respectively, and no significant differences were found. Predictors of EI were physical inactivity, age, and smoking. The prevalence of EI in asymptomatic adults is considerable, regardless of BMI. The obesity-related reduction in cardiorespiratory fitness seems to be as clinically relevant as in non-obese counterparts.
Resumo Levantamos a hipótese de que a prevalência de intolerância ao exercício (IE, pico de consumo de O2 < 83%pred.) não é significativamente afetada pelo índice de massa corporal (IMC) em adultos submetidos ao teste de exercício cardiopulmonar (TECP). Nosso objetivo foi avaliar a prevalência de IE e a influência do IMC em adultos assintomáticos. Foram avaliados os resultados do TECP de 780 adultos (idade 41 ± 13 anos). Os participantes foram estratificados de acordo com o IMC: eutrófico (n = 227), sobrepeso (n = 198), e obesidade grau 1 (n = 155), 2 (n = 131), e 3 (n = 69). Após a avaliação do risco cardiovascular, os participantes foram submetidos ao TECP em uma esteira, sob o protocolo de rampa. A prevalência de IE foi 20, 16, 21, 25, e 21% respectivamente nos grupos estratificados, e nenhuma diferença significativa foi encontrada. Os preditores da IE foi inatividade física, idade e tabagismo. A prevalência de IE em adultos assintomáticos é considerável, independentemente do IMC. A redução da aptidão cardiorrespiratória relacionada a obesidade parece ser clinicamente relevante como em não obesos.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Tolérance à l'effort , Capacité cardiorespiratoire , Obésité , Indice de masse corporelleRÉSUMÉ
Introdução: O incremental shuttle walk test (ISWT) pode estar mais bem correlacionado com o nível de atividade física diária (NAFVD) comparado ao teste de caminhada de 6 minutos (TC6). Objetivo: Avaliar as correlações entre o NAFVD e as distâncias percorridas no TC6 e ISWT. Métodos: Selecionamos 29 adultos e idosos assintomáticos por conveniência. Estatura e peso foram coletados para cálculo do IMC. Todos foram submetidos aos testes de caminhada duas vezes em dias alternados. Mensuramos a pressão arterial, frequência cardíaca, dispneia e fadiga de membros inferiores antes e após os testes. O NAFVD foi avaliado por meio de um acelerômetro uniaxial e pelo questionário de atividade física (IPAQ). Resultados: Após análise de regressão múltipla, apenas a distância do ISWT foi determinante para número de passos diários obtidos pela acelerometria, explicando 26% da variabilidade total dessa variável. Conclusão: O ISWT se mostrou válido para estimar o NAFVD de maneira mais adequada quando comparado ao TC6.
Introduction: The incremental shuttle walk test (ISWT) may be better correlated with the level of physical activity in daily life (NAFVD) compared to the 6-minute walk test (6MWT). Objective: To evaluate the correlations between the NAFVD and the distances covered in the 6MWT and ISWT. Methods: We selected 29 asymptomatic middle-aged and older adults for convenience. Height and weight were collected to calculate BMI. All were submitted to walking tests twice in alternate days. We measured blood pressure, heart rate, dyspnea, and leg fatigue before and at the end of the tests. NAFVD was evaluated using an accelerometer with a pedometer and the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Results: After multiple regression analysis, only the ISWT distance was determinant for the number of daily steps obtained by the accelerometry, explaining 26% of the total variability of this variable. Conclusion: The ISWT proved valid to estimate NAFVD more adequately when compared to the 6MWT.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte d'âge moyen , Sujet âgé , Test de marche/méthodes , Études transversalesRÉSUMÉ
Abstract Introduction: Understanding the normal dynamic physiological responses to the incremental shuttle walk test might enhance the interpretation of walking performance in clinical settings. Objective: To assess dynamic physiological responses to the incremental shuttle walk test and its predictors in healthy adults. Methods: We assessed the simultaneous rates of changes of Δoxygen uptake/Δwalking velocity (ΔVO 2 /ΔWV), Δheart rate/Δoxygen uptake (ΔHR/ΔVO 2 ), Δventilation/Δcarbon dioxide production (ΔVE/ΔVCO 2 ), and Δtidal volume/Δlinearized ventilation (ΔVT/ΔlnVE) during the incremental shuttle walk test in 100 men and women older than 40 years. Fat and lean body masses (bioimpedance) were also evaluated. Results: We found that the dynamic relationships were not sex-dependent. Participants aged ≥ 70 presented declines in ΔVO 2 /ΔWV slope compared to those aged 40-49 (215 ± 69 vs. 288 ± 84 mL.min-1.km.h-1). Obese participants presented shallower slopes for ΔVO 2 /ΔWV (2.94 ± 0.90 vs. 3.84 ± 1.21 mL.min-1.kg-1.km.h-1) and ΔVT/ΔlnVE (0.57 ± 0.20 vs. 0.67 ± 0.26). We found negative influence of fat body mass on ΔVT/ΔlnVE (R2 = 0.20) and positive influence of lean body mass on ΔVO 2 /ΔWV (R2 = 0.31), ΔHR/ΔVO2 (R2 = 0.25), and ΔVT/ΔlnVE (R2 = 0.44). Conclusion: Dynamic relationships during walking were slightly influenced by age, but not sex-dependent. Body composition played an important role in these indices. Our results may provide better interpretation of walking performance in patients with chronic diseases.
Resumo Introdução: Compreender as respostas fisiológicas dinâmicas normais ao incremental shuttle walk test pode melhorar a interpretação do desempenho da caminhada em ambientes clínicos. Objetivo: Avaliar as respostas fisiológicas dinâmicas em detrimento do incremental shuttle walk test e seus preditores em adultos saudáveis. Métodos: Foram avaliadas as taxas simultâneas de alterações de Δcaptação de oxigênio/Δvelocidade da caminhada (ΔVO2 /ΔVC), taxa de Δfrequência cardíaca/Δcaptação de oxigênio (ΔFC/ΔVO2), Δventilação/Δliberação de gás carbônico (ΔVE/ΔVCO2 ), e o Δvolume corrente/Δventilação linearizada (ΔVC/ΔlnVE) durante o incremental shuttle walk test em 100 homens e mulheres com mais de 40 anos. Massa gorda e a massa magra corporal (bioimpedância) também foram avaliadas. Resultados: Descobrimos que as relações dinâmicas não eram dependentes de sexo. Os participantes com idade ≥ 70 apresentaram declínios na inclinação da relação ΔVO2 /ΔVC em comparação com aqueles com idade entre 40-49 (215 ± 69 vs 288 ± 84 mL/min/km/h). Os participantes obesos apresentaram achatamento da inclinação ΔVO2 /ΔVC (2,94 ± 0,90 vs 3,84 ± 1,21 mL/min/kg/km/h) e ΔVC/ΔlnVE (0,57 ± 0,20 vs 0,67 ± 0,26). Encontramos influência negativa da massa gorda corporal em ΔVC/ΔlnVE (R 2 = 0,20) e a influência positiva da massa magra corporal sobre ΔVO2 /ΔVC (R 2 = 0,31), ΔFC/ΔVO2 (R 2 = 0,25), e ΔVC/ΔlnVE (R 2 = 0,44). Conclusão: Relações dinâmicas durante a caminhada foram ligeiramente influenciada pela idade, mas não pelo sexo. Já a composição corporal desempenhou um papel importante nesses índices. Nossos resultados podem proporcionar uma melhor interpretação do desempenho da caminhada em pacientes com doenças crônicas.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Exercices respiratoires , Aptitude physique , Test de marche , Composition corporelle , Maladie chroniqueRÉSUMÉ
ABSTRACT BACKGROUND: Insulin resistance (IR) and progressive pancreatic β-cell dysfunction have been identified as the two fundamental features in the pathogenesis of obesity and non-insulin-dependent diabetes mellitus. We aimed to investigate correlations between anthropometric indices of obesity and IR in non-diabetic obese individuals, and the cutoff value from receiver operating characteristic (ROC) curve analysis. DESIGN AND SETTING: Cross-sectional study conducted in a private clinic. METHODS: We included obese individuals (body mass index, BMI ≥ 30 kg/m2) with no diabetes mellitus (fasting glucose levels ≤ 126 mg/dl). The participants were evaluated for the presence of cardiovascular risk factors and through anthropometric measurements and biochemical tests. Furthermore, IR was assessed indirectly using the homeostatic model assessment (HOMA)-IR and HOMA-β indexes. The area underthe curve (AUC) of the variables was compared.The sensitivity, specificity and cutoff of each variable for diagnosing IR were calculated. RESULTS: The most promising anthropometric parameters for indicating IR in non-diabetic obese individuals were waist-to-height ratio (WHtR), waist circumference (WC) and BMI. WHtR proved to be an independent predictor of IR, with risk increased by 0.53% in HOMA-IR, 5.3% in HOMA-β and 1.14% in insulin. For HOMA-IR, WHtR had the highest AUC value (0.98), followed by WC (0.93) and BMI (0.81). For HOMA-β, WHtR also had the highest AUC value (0.83), followed by WC (0.75) and BMI (0.73).The optimal WHtR cutoff was 0.65 for HOMA-IR and 0.67 for HOMA-β. CONCLUSION: Among anthropometric obesity indicators, WHtR was most closely associated with occurrences of IR and predicted the onset of diabetes in obese individuals.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Insulinorésistance/physiologie , Maladies cardiovasculaires/étiologie , Obésité/complications , Taille , Maladies cardiovasculaires/physiopathologie , Indice de masse corporelle , Études transversales , Valeur prédictive des tests , Facteurs de risque , Courbe ROC , Rapport taille-hanches , Tour de taille , Obésité/physiopathologieRÉSUMÉ
Abstract Introduction: The Timed Up and Go test (TUG) is widely used and valid in chronic patients, but rarely addressed in asymptomatic individuals. Objective: To assess the reliability, the age-related changes and the correlation between TUG and the Functional Exercise Capacity (FEC) adjusted for non-institutionalized middle-aged and elderly women. Methods: Ninety-eight women (57 ± 10 years) were selected and stratified into age groups. We have performed the tests TUG, Berg Balance Scale (BBS) and evaluation of usual gait speed (UGS). Fifty-eight participants (57 ± 10 years) also performed incremental shuttle walk test (ISWT). Results: Worse performance in TUG (p < 0,05) for participants aged ≥ 70 years for age groups 40-49 and 50-59 years. The reliability of TUG was excellent between the first and second TUG (intraclass correlation coefficient, 0.933; confidence interval of 95%, from 0.901 to 0.955) and between the second and third TUG (0.958, 0.938 to 0.972). The group of 58 participants who underwent further the ISWT, TUG correlated significantly (p <0.05) with ISWT (r = -0.72), VUM (r = -0.54) and BBS (r= 0.58). A multiple linear regression analysis selected TUG (R2 = 0.517) and VUM (R2 = 0.083) as determinants of FEC. Conclusion: TUG adapted for asymptomatic women is reliable and able to assess the decline of physical mobility with advancing age and it also crucial to the FEC.
Resumo Introdução: Amplamente utilizado, o teste Timed up and Go (TUG) é válido para doentes crônicos, porém pouco abordado em indivíduos assintomáticos. Objetivo: Avaliar a confiabilidade do TUG modificado na detecção do declínio da mobilidade física com o avanço da idade em mulheres de meia idade e idosas não institucionalizadas e sua correlação com a capacidade funcional de exercício (CFE). Metodologia: Noventa e oito mulheres (57 ± 10 anos) foram selecionadas e estratificadas em grupos etários. Realizamos os testes TUG, escala de equilíbrio de Berg (EEB) e avaliação da velocidade usual da marcha (VUM). Cinquenta e oito participantes (57 ± 10 anos) realizaram também o Teste de Caminhada com Carga Progressiva (TCCP). Resultados: Pior desempenho no TUG (p < 0,05) para as participantes com idade ≥ 70 anos em relação aos grupos etários 40-49 e 50-59 anos. A confiabilidade foi excelente entre o 1° e o 2° TUG (coeficiente de correlação intraclasse, 0,933; intervalo de confiança de 95%, 0,901 - 0,955) e entre o 2° e o 3° (0,958; 0,938 - 0,972). No subgrupo que realizou ISWT, o TUG correlacionou-se significativamente (p < 0,05) com o TCCP (r = -0,72), a VUM (r = -0,54) e a EEB (r = - 0,58). A análise de regressão selecionou o TUG (R2 = 0,517) e a VUM (R2 = 0,083) como determinantes para a CFE. Conclusão: o TUG adaptado para mulheres assintomáticas é confiável e capaz de avaliar o declínio da mobilidade física com o avanço da idade, sendo também determinante para a CFE.
Sujet(s)
Humains , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Sujet âgé , Équilibre postural , Démarche , Activités de la vie quotidienne , Exercice physique , Vitesse de marcheRÉSUMÉ
Abstract Sedentary behavior may play an important role for health outcomes, regardless of the amount of physical activity in daily life (PADL).We aimed to evaluate and compare sedentary behavior as well as physical capabilities in physically active smokers and non-smokers. Twenty-eight adult smokers and 38 non-smokers free of lung disease were matched for age, sex, body mass index, body composition, cardiovascular risk and moderate-to-vigorous PADL. Participants underwent spirometry, cardiopulmonary exercise test (CPET), six-minute walk test (6MWT), isokinetic dynamometry, and body composition (bioelectrical impedance).Despite the similar amount of moderate-to-vigorous PADL(median, 4.5h/week for smokers and 4.0h/week for non-smokers), smokers spent more time lying (median, 8.2h/week: 95% confidence interval, 5.4 to 19.1 vs. 6.1h/week: 3.7 to 11.2) and in sedentary activities (median, 100h/week: 66 to 129 vs. 78h/week: 55 to 122) compared to non-smokers. Smokers also presented worse spirometry, peak V’O2 and maximum heart rate in the CPET, 6MWT, and isokinetic indices (p<0.05). We observed a strong correlation between the time spent lying and spirometry (r = - 0.730) in smokers. Smoking is related to higher sedentary behavior, despite the suitable PADL. An appropriate PADL did not reduce the deleterious effects of smoking on physical capabilities. Interrupting sedentary behavior may be an appropriate intervention target in smokers for reducing the risk of diseases.
Resumo O comportamento sedentário pode desempenhar papel importante nos resultados relacionados à saúde, independentemente da quantidade de atividade física na vida diária (AFVD). Nosso objetivo foi avaliar e comparar o comportamento sedentário, bem como a capacidade funcional em tabagistas e não tabagistas fisicamente ativos. Vinte e oito tabagistas adultos e 38 não tabagistas sem doenças respiratórias foram pareados por idade, sexo, índice de massa corporal, composição corporal, risco cardiovascular e AFVD moderada a intensa. Os participantes realizaram espirometria, teste de exercício cardiopulmonar (TECP), teste de caminhada de seis minutos (TC6), dinamometria isocinética e composição corporal (bioimpedância). Apesar da quantidade semelhante de AFVD moderada a intensa (mediana, 4,5h/semana para tabagistas e 4,0h/semana para os não tabagistas), os tabagistas passaram mais tempo deitados (mediana, 8,2h/semana: intervalo de confiança de 95%, 5,4 a 19,1 vs. 6,1h/semana: 3,7 a 11,2) e em atividades sedentárias (mediana, 100h/semana: 66 a 129 vs. 78h/semana: 55 a 122) em comparação com não tabagistas. Os tabagistas também apresentaram pior espirometria, pico de V’O2 e freqüência cardíaca máxima no TECP, TC6 e índices isocinéticos (p<0,05). Observamos uma forte correlação entre o tempo gasto deitado e a espirometria (r = - 0,730) nos tabagistas. O tabagismo está relacionado ao maior comportamento sedentário, apesar do nível AFVD adequado. Um nível AFVD adequado não reduziu os efeitos deletérios do tabagismo na capacidade funcional. Interromper o comportamento sedentário pode ser uma intervenção apropriada em tabagistas para a prevenção de doenças.
Sujet(s)
Humains , Trouble lié au tabagisme , Mode de vie sédentaire , Activité motriceRÉSUMÉ
ABSTRACT CONTEXT AND OBJECTIVE: The impact of the port of Santos, Brazil, on the population’s health is unknown. We aimed to evaluate the association between living near the port area and physical inactivity and sedentary behavior. DESIGN AND SETTING: Cross-sectional study developed at a university laboratory and a diagnostic clinic. METHODS: 553 healthy adults were selected and their level of physical activity in daily life was assessed using accelerometers. Multiple linear and logistic regressions were performed using physical inactivity and sedentary behavior as the outcomes and living near the port area as the main risk factor, with adjustments for the main confounders. RESULTS: Among all the participants, 15% were resident near the port area. They took 699 steps/day and presented, weekly, 2.4% more sedentary physical activity, 2.0% less time in standing position and 0.9% more time lying down than residents of other regions. Additionally, living near the port area increased the risk of physical inactivity by 2.50 times and the risk of higher amounts of sedentary behavior (≥ 10 hours/day) by 1.32 times. CONCLUSION: Living near the port of Santos is associated with physical inactivity and higher sedentary behavior among adults, regardless of confounders. The reasons for this association should be investigated in longitudinal studies.
RESUMO CONTEXTO E OBJETIVOS: O impacto do porto de Santos, no Brasil, sobre a saúde da população é desconhecido. Nosso objetivo foi avaliar a associação entre viver nas proximidades da área portuária e a inatividade física e comportamento sedentário. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal desenvolvido em laboratório universitário e em uma clínica de diagnósticos. MÉTODOS: Foram selecionados 553 adultos saudáveis e seu nível de atividade física na vida diária foi avaliado usando acelerômetros. Foi realizada regressão linear múltipla e logística usando a inatividade física e o comportamento sedentário como desfechos e morar perto da área portuária como o fator de risco principal, ajustando para os principais confundidores. RESULTADOS: Entre todos os participantes, 15% residiam na área portuária. Estes deram 699 passos/dia a menos e apresentaram, por semana, 2,4% da atividade física mais sedentária, 2,0% menos tempo em pé e passaram 0,9% mais tempo deitados do que os residentes das demais regiões. Além disso, morar nas proximidades da área portuária aumentou o risco de inatividade física em 2,5 vezes, assim como o risco de maior comportamento sedentário (≥ 10 horas/dia) em 1,32 vezes. CONCLUSÃO: Morar perto do porto de Santos tem associação com a inatividade física, assim como o aumento do comportamento sedentário em adultos, independentemente de fatores de confusão. As razões para tal associação devem ser investigadas em estudos longitudinais.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Exercice physique , Mode de vie sédentaire , Facteurs socioéconomiques , Brésil , Études transversales , Facteurs de risqueRÉSUMÉ
Abstract Aim Evaluate and compare the proportion of PI and associated factors by IPAQ questionnaire, triaxial accelerometry and the combination of both. Adults aged ( 18 years were enrolled (n = 250). Methods We considered PI as < 600 MET-min/wk in the IPAQ total score, < 150 min/wk of moderate-to-vigorous physical activity in 7 days accelerometry, and the combination of both criteria. Clinical assessment, spirometry, cardiopulmonary exercise test, bioelectrical impedance, isokinetic dynamometry, postural balance, and six-minute walk test were also performed. For participants practicing aquatic, martial arts or cycling, only the IPAQ criterion was considered. Results Proportions of PI were significantly different among methods (IPAQ, 10%; accelerometry, 20%; combination, 25%). After multivariate logistic regressions, PI was determined by age, sex, educational level, risk factors for cardiovascular disease, lean body mass, cardiorespiratory fitness, and postural balance. Conclusion Thus, the combined method for determining PI and associated factors in adults showed great validity, indicating that questionnaires and accelerometers are complementary and should be utilized in combination in epidemiological studies.(AU)
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Métabolisme énergétique/physiologie , Aptitude physique/physiologie , Mode de vie sédentaire/ethnologie , Enquêtes et questionnairesRÉSUMÉ
Abstract Introduction: The spine deformity due to adolescent idiopathic scoliosis (AIS) generates respiratory mechanical limitations that may reduce the physical activity performance. Objective: To evaluate the thoracic deformity, exercise capacity and lung function in AIS patients comparing to healthy adolescentes. Besides investigating associations between thoracic deformity and exercise capacity in AIS patients. Methods: Thirty-two AIS patients and 22 healthy adolescents underwent chest wall evaluation by photogrammetry. We created thoracic markers shaped as angles (A): A3 (xiphoid process and the last false rib on the right and left sides) and A5E (inframamilar / inferior angle of the scapula / left acromion). Individuals were submitted to incremental shuttle walk test (ISWT) and physiological responses were quantified: oxygen consumption (VO2), tidal volume (VT), minute ventilation (VE), the rate of gas exchange (R) and the walked distance (ISWD). Pulmonary function test was performed and the forced vital capacity (FVC) and expiratory volume in first second (FEV1) were obtained. Results: Patients with AIS presented FVC (p = 0.015), FEV1 (p = 0.044), VO2 (p = 0.015), VO2/kg (p = 0.008), VT (p < 0.001), VE (p = 0,010) and ISWD significantly reduced compared to healthy adolescents. We found moderate correlations between the thoracic markers A5E and VO2 (r = -0.480, p = 0.001), A3 and VE/VO2 (r = -0.480; p = 0.001) and R (r = -0.480, p = 0.001) in AIS patients. Conclusion: Patients with AIS presented reduced exercise capacity and reduced pulmonary function. The thoracic deformity is related to worse exercise capacity in individuals with AIS.
Resumo Introdução: A deformidade da coluna vertebral causada pela escoliose idiopática do adolescente (EIA) gera limitações respiratórias que podem reduzir o desempenho da atividade física. Objetivo: Avaliar a deformidade torácica, capacidade de exercício e função pulmonar em pacientes com EIA comparando com adolescentes saudáveis. Além de investigar associações entre a deformidade torácica e capacidade de exercício em pacientes com EIA. Métodos: Trinta e dois pacientes com EIA e 22 adolescentes saudáveis foram submetidos à avaliação da caixa torácica por fotogrametria. Criamos marcadores torácicos em forma de ângulos (A): A3 (processo de xifóide e as últimas costelas falsas bilateral) e A5E (inframamilar/ângulo inferior da escápula/acrômio esquerdo). Os indivíduos foram submetidos ao Incremental Shuttle Walk Test (ISWT) e respostas fisiológicas foram quantificadas: consumo de oxigênio (VO2), volume corrente (VT), ventilação minuto (VE), taxa de troca gasosa (R) e a distância percorrida (ISWD). A função pulmonar foi realizada e a capacidade vital forçada (CVF) e o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) foram obtidos. Resultados: Os pacientes com EIA apresentaram CVF (p = 0,015), VEF1 (p = 0,044), VO2 (p = 0,015), VT (p < 0,001), VE (p = 0,010) e ISWD significantemente reduzidos em relação ao controle. Encontramos correlações moderadas entre A5E e VO2 (r = -0,480, p = 0,001), A3 e VE/VO2 (r = -0,480; p = 0,001) e R (r = -0,480, p = 0,001) em pacientes com EIA. Conclusão: Pacientes com EIA apresentaram redução da capacidade de exercício e da função pulmonar e a deformidade torácica está relacionada à pior capacidade de exercício nestes indivíduos.
Sujet(s)
Humains , Adolescent , Tests de la fonction respiratoire , Scoliose , Photogrammétrie , Aptitude physiqueRÉSUMÉ
Objective: To determine whether the level of physical activity in daily life (PADL) is associated with pulmonary function in adult smokers. Methods: We selected 62 adult smokers from among the participants of an epidemiological study conducted in the city of Santos, Brazil. The subjects underwent forced spirometry for pulmonary function assessment. The level of PADL was assessed by the International Physical Activity Questionnaire and triaxial accelerometry, the device being used for seven days. The minimum level of PADL, in terms of quantity and intensity, was defined as 150 min/week of moderate to vigorous physical activity. Correlations between the studied variables were tested with Pearson's or Spearman's correlation coefficient, depending on the distribution of the variables. We used linear multiple regression in order to analyze the influence of PADL on the spirometric variables. The level of significance was set at 5%. Results: Evaluating all predictors, corrected for confounding factors, and using pulmonary function data as outcome variables, we found no significant associations between physical inactivity, as determined by accelerometry, and spirometric indices. The values for FVC were lower among the participants with arterial hypertension, and FEV1/FVC ratios were lower among those with diabetes mellitus. Obese participants and those with dyslipidemia presented with lower values for FVC and FEV1. Conclusions: Our results suggest that there is no consistent association between physical inactivity and pulmonary function in adult smokers. Smoking history should be given special attention in COPD prevention strategies, as should cardiovascular and metabolic comorbidities.
Objetivo: Determinar se há associações entre o nível de atividade física na vida diária (AFVD) e a função pulmonar em tabagistas adultos. Métodos: Foram selecionados 62 tabagistas adultos de um estudo epidemiológico, realizado na cidade de Santos (SP). Os participantes realizaram o teste de espirometria forçada para a avaliação da função pulmonar. O nível de AFVD foi avaliado pelo Questionário Internacional de Atividade Física e por acelerometria triaxial (aparelho utilizado por sete dias). O nível mínimo de AFVD, em termos de quantidade e intensidade, foi definido como 150 min/semana de atividade física moderada a vigorosa durante o monitoramento. As correlações entre as variáveis estudadas foram avaliadas pelo coeficiente de correlação de Pearson ou de Spearman conforme a distribuição das variáveis. A influência de AFVD nas variáveis espirométricas foi avaliada por meio de análise de regressão múltipla linear. O nível de significância foi estipulado em 5%. Resultados: Quando avaliados todos os preditores corrigidos para fatores de confusão e utilizando dados da função pulmonar como variáveis de desfecho, não foram observadas associações significativas entre a inatividade física avaliada por acelerometria e os índices espirométricos. As análises mostraram valores inferiores da CVF em participantes com hipertensão arterial e da relação VEF1/CVF nos participantes com diabetes mellitus. Os participantes obesos e os dislipidêmicos apresentaram valores inferiores de CVF e VEF1. Conclusões: Nossos resultados sugerem que a inatividade física apresenta associação pouco consistente com a função pulmonar de tabagistas adultos. A carga tabágica, assim como comorbidades cardiovasculares e metabólicas, deveriam ser priorizadas em estratégias preventivas da DPOC.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Activités de la vie quotidienne , Exercice physique/physiologie , Poumon/physiologie , Fumer/physiopathologie , Accélérométrie , Facteurs âges , Études transversales , Valeur prédictive des tests , Broncho-pneumopathie chronique obstructive/étiologie , Broncho-pneumopathie chronique obstructive/physiopathologie , Valeurs de référence , Tests de la fonction respiratoire , Facteurs de risque , Facteurs sexuels , Fumer/effets indésirables , Statistique non paramétrique , Facteurs tempsRÉSUMÉ
Objective : To determine whether a restrictive pattern on spirometry is associated with the level of physical activity in daily life (PADL), as well as with cardiovascular disease (CVD) risk factors, in asymptomatic adults. Methods : A total of 374 participants (mean age, 41 ± 14 years) underwent spirometry, which included the determination of FVC and FEV1. A restrictive pattern on spirometry was defined as an FEV1/FVC ratio > 0.7 and an FVC < 80% of the predicted value. After conducting demographic, anthropometric, and CVD risk assessments, we evaluated body composition, muscle function, and postural balance, as well as performing cardiopulmonary exercise testing and administering the six-minute walk test. The PADL was quantified with a triaxial accelerometer. Results : A restrictive pattern on spirometry was found in 10% of the subjects. After multivariate logistic regression, adjusted for confounders (PADL and cardiorespiratory fitness), the following variables retained significance (OR; 95% CI) as predictors of a restrictive pattern: systemic arterial hypertension (17.5; 1.65-184.8), smoking (11.6; 1.56-87.5), physical inactivity (8.1; 1.43-46.4), larger center-of-pressure area while standing on a force platform (1.34; 1.05-1.71); and dyslipidemia (1.89; 1.12-1.98). Conclusions : A restrictive pattern on spirometry appears to be common in asymptomatic adults. We found that CVD risk factors, especially systemic arterial hypertension, smoking, and physical inactivity, were directly associated with a restrictive pattern, even when the analysis was adjusted for PADL and cardiorespiratory fitness. Longitudinal studies are needed in order to improve understanding of the etiology of a restrictive pattern as well as to aid in the design of preventive strategies.
Objetivo : Determinar se o distúrbio ventilatório restritivo (DVR) sugerido por espirometria está associado ao nível de atividade física na vida diária (AFVD), assim como a fatores de risco para doença cardiovascular (DCV), em adultos assintomáticos. Métodos : Um total de 374 participantes (média de idade, 41 ± 14 anos) realizou espirometria, que incluiu a determinação de CVF e VEF1. O DVR foi definido como a relação VEF1/CVF > 0,7 e CVF < 80% do valor previsto. Após a coleta de dados demográficos, dados antropométricos e dados relacionados aos fatores de risco para DCV, foram avaliados composição corporal, função muscular e equilíbrio postural, assim como realizados teste cardiopulmonar e teste de caminhada de seis minutos. O nível de AFVD foi medido por um acelerômetro triaxial. Resultados : O DVR sugerido por espirometria foi encontrado em 10% dos indivíduos. Após a regressão logística multivariada, ajustada para os fatores de confusão (AFVD e aptidão cardiorrespiratória), as seguintes variáveis permaneceram significativas (OR; IC95%) como preditoras de DVR: hipertensão arterial sistêmica (17,5; 1,65-184,8), tabagismo (11,6; 1,56-87,5), inatividade física (8,1; 1,43-46,4), maior área do centro de pressão durante apoio bipodal em plataforma de força (1,34; 1,05-1,71) e dislipidemia (1,89; 1,12-1,98). Conclusões : O DVR sugerido por espirometria parece ser um achado comum em adultos assintomáticos. Fatores de risco para DCV, principalmente hipertensão arterial sistêmica, tabagismo e sedentarismo, foram diretamente associados ao DVR, mesmo quando a análise foi ajustada para AFVD e aptidão cardiorrespiratória. Estudos longitudinais são necessários para melhorar a compreensão da etiologia do DVR, bem como para auxiliar na concepção de estratégias preventivas.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Maladies asymptomatiques , Maladies cardiovasculaires/physiopathologie , Exercice physique/physiologie , Bronchopneumopathies obstructives/physiopathologie , Capacité vitale/physiologie , Activités de la vie quotidienne , Maladies cardiovasculaires/étiologie , Études transversales , Épreuve d'effort , Volume expiratoire maximal par seconde/physiologie , Hypertension artérielle/complications , Hypertension artérielle/physiopathologie , Modèles logistiques , Bronchopneumopathies obstructives/complications , Activité motrice/physiologie , Valeurs de référence , Facteurs de risque , Fumer/effets indésirables , SpirométrieRÉSUMÉ
ABSTRACT: CONTEXT AND OBJECTIVES: Accelerometry provides objective measurement of physical activity levels, but is unfeasible in clinical practice. Thus, we aimed to identify physical fitness tests capable of predicting physical inactivity among adults. DESIGN AND SETTING: Diagnostic test study developed at a university laboratory and a diagnostic clinic. METHODS: 188 asymptomatic subjects underwent assessment of physical activity levels through accelerometry, ergospirometry on treadmill, body composition from bioelectrical impedance, isokinetic muscle function, postural balance on a force platform and six-minute walk test. We conducted descriptive analysis and multiple logistic regression including age, sex, oxygen uptake, body fat, center of pressure, quadriceps peak torque, distance covered in six-minute walk test and steps/day in the model, as predictors of physical inactivity. We also determined sensitivity (S), specificity (Sp) and area under the curve of the main predictors by means of receiver operating characteristic curves. RESULTS: The prevalence of physical inactivity was 14%. The mean number of steps/day (≤ 5357) was the best predictor of physical inactivity (S = 99%; Sp = 82%). The best physical fitness test was a distance in the six-minute walk test and ≤ 96% of predicted values (S = 70%; Sp = 80%). Body fat > 25% was also significant (S = 83%; Sp = 51%). After logistic regression, steps/day and distance in the six-minute walk test remained predictors of physical inactivity. CONCLUSION: The six-minute walk test should be included in epidemiological studies as a simple and cheap tool for screening for physical inactivity.
RESUMO: CONTEXTO E OBJETIVOS: A acelerometria fornece medida objetiva do nível de atividade física, porém não é viável na prática clínica. Assim, foram investigados testes de aptidão física capazes de predizer inatividade física em adultos. DESENHO E LOCAL: Estudo de teste diagnóstico, desenvolvido em laboratório universitário e uma clínica de diagnósticos. MÉTODOS: 188 participantes assintomáticos tiveram o nível de atividade física avaliado por acelerometria, ergoespirometria em esteira, composição corporal por bioimpedância, função muscular isocinética, equilíbrio postural em plataforma de força e teste de caminhada de seis minutos. Foram realizadas análise descritiva e regressão logística múltipla, incluindo idade, sexo, consumo de oxigênio, gordura corporal, centro de pressão, pico de torque de quadríceps, distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos e passos/dia no modelo como preditores da inatividade física. Adicionalmente, foram determinadas a sensibilidade (S), especificidade (Sp) e área abaixo da curva dos principais preditores por meio de curvas de característica de operação do receptor. RESULTADOS: A prevalência da inatividade física foi 14%. O número médio de passos/dia (≤ 5357) foi o melhor preditor da inatividade física (S = 99%, Sp = 82%). O melhor teste de aptidão física foi a distância no teste de caminhada de seis minutos e ≤ 96% dos valores preditos (S = 70%; Sp = 80%). A gordura corporal > 25% também foi significativa (S = 83%, Sp = 51%). Após regressão logística, passos/dia e a distância no teste de caminhada de seis minutos permaneceram preditores da inatividade física. CONCLUSÃO: O teste de caminhada de seis minutos deve ser incluído em estudos epidemiológicos como ferramenta simples e barata para triagem da inatividade física.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte d'âge moyen , Épreuve d'effort/instrumentation , Mode de vie sédentaire , Test de marche/instrumentation , Activité motrice/physiologie , Activités de la vie quotidienne , Tissu adipeux/physiopathologie , Études transversales , Valeur prédictive des tests , Sensibilité et spécificité , Épreuve d'effort/normes , Accélérométrie , Exactitude des données , Test de marche/normesRÉSUMÉ
AbstractIntroduction The adolescent idiopathic scoliosis (AIS) causes changes on the compliance of the chest. These changes may be associated with impaired lung function and reduced functional exercise capacity of these adolescents. We aimed to evaluate the correlation between functional exercise capacity, lung function and geometry of the chest at different stages of AIS.Materials and methods The study was carried out in a cross-sectional design which were evaluated 27 AIS patients at different stages of the disease. For chest wall evaluation, were created geometry angles/distances (A/D), which were quantified by Software Postural Assessment. The functional exercise capacity was assessed by a portable gas analyzer during the incremental shuttle walk test (ISWT). Besides that, manovacuometry and spirometry were also performed.Results Linear regressions showed that oxygen uptake (peak VO2) was correlated with distance travelled in the ISWT (R2 = 0.52), maximal respiratory pressures, cough peak flow (R2 = 0.59) and some thoracic deformity markers (D1, D2 and A6).Discussion We observed that the chest wall alterations, lung function and respiratory muscle strength are related to the functional exercise capacity and may impair the physical activity performance in AIS patients.Final considerations There is correlation between functional exercise capacity, lung function and geometry of the chest in AIS patients. Our results point to the possible impact of the AIS in the physical activities of these adolescents. Therefore, efforts to prevent the disease progression are extremely important.
ResumoIntrodução A escoliose idiopática do adolescente (EIA) provoca alterações na conformidade da caixa torácica. Essas alterações podem estar associadas ao prejuízo da função pulmonar e à redução da capacidade funcional de exercício desses adolescentes.Materiais e métodos O estudo foi realizado em delineamento transversal no qual foram avaliadas a correlação entre a capacidade funcional de exercício, função pulmonar e a geometria da caixa torácica de 27 pacientes em diferentes estágios da EIA. Para avaliação da geometria torácica foram criados ângulos/distâncias (A/D) que foram quantificados pelo Software de Avaliação Postural. Foram realizadas manovacuometria, espirometria e a capacidade funcional de exercício foi avaliada por meio de um analisador de gases portátil durante o incremental shuttle walk test (ISWT).Resultados As regressões lineares mostraram que o consumo de oxigênio se correlacionou com a distância caminhada no ISWT (R2 = 0,52), as pressões respiratórias máximas, o pico de fluxo de tosse (R2 = 0,59) e alguns marcadores de deformidade torácica (D1, D2 e A6).Discussão Observamos que a alteração da geometria da caixa torácica, a função pulmonar e a força dos músculos respiratórios estão associadas à capacidade funcional de exercício e podem prejudicar o desempenho das atividades físicas dos pacientes com EIA.Considerações finais Existe correlação entre a capacidade funcional de exercício, função pulmonar e a geometria da caixa torácica em pacientes com EIA. Nossos resultados apontam o possível impacto da EIA nas atividades físicas desses adolescentes.
RÉSUMÉ
The aim of this crossover study was to evaluate the effect of a grape concentrate (test drink [TD]) on oxidative stress markers (thiobarbituric acid reactive substances [TBARS], catalase [CAT], superoxide dismutase [SOD], and glutathione [GSH]). Six triathletes had their physical fitness, body fat composition (%BF) and food intake evaluated. Afterwards, the athletes received two doses of 300 mL of the TD (45.8g of polyphenols/kg) or a placebo drink (PL), at breakfast and after a training session (100 km of cycling, 6 km of running and 1.5 km of swimming). Blood samples (5 ml) were collected after an overnight fasting, immediately after exercise, and one hour after exercise. The triathletes presented the following characteristics (mean and standard-deviation): 43.8±10.2 years old, VO2máx 45±5.15 mL/kg/min, %BF 13.6±4.2 %, training 270.8±87.1 km/week, 3.1±1.88 hours/training/day. There was a significant increase in SOD from the 1st to the 2nd (p=0.027) and 3rd (p=0.02) blood tests, in response to exercise, regardless of the drink consumed. One hour after exercise, the increase in glutathione values was greater when the PL was consumed (27.5%) in relation to the TD intake (1.8%). In both tests, exercise increased TBARS values; however, when PL was consumed, subjects' values were higher (PL=2.5±1.1 nmol/ml vs. BT=1.77±1.3 nmol/ml). When PL was consumed, mean CAT values (BT=34.2±6.9 U/mgHb vs. PL=24.6±12.5 U/mgHb) reduced from the 1st to the 2nd blood test (28.6%). TBARS, CAT and GSH values suggest that the TD presents potential to modulate exercise-induced oxidative stress.
O objetivo deste estudo crossover foi avaliar o efeito de um concentrado de uva (bebida teste - BT) sobre biomarcadores do estresse oxidativo (substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico - TBARS, catalase - CAT, superóxido dismutase - SOD e glutationa - GSH). Seis triatletas do sexo masculino foram avaliados quanto à aptidão física, percentual de gordura (%G) e ingestão alimentar. Posteriormente, em duas ocasiões, os atletas receberam duas doses de 300 ml de BT (45,8g de polifenóis/kg) ou bebida placebo (PL) no desjejum e após uma sessão de treinamento (100 km de ciclismo, 6 km de corrida e 1,5 km de natação). Amostras de sangue (5 ml) foram coletadas em jejum, imediatamente após o exercício e 1h após o mesmo. Caracterização da amostra: idade: 43,8±10,2 anos, VO2máx: 45±5,15 ml/kg/min, %G: 13,6±4,2%, volume de treino: 270,8±87,1 km/semana e 3,1±1,88 horas/treino/dia. Houve aumento significativo da atividade de SOD da 1ª para as 2ª (p=0,027) e 3ª coletas (p=0,02) em resposta ao exercício, independente da bebida consumida. Os valores de GSH foram superiores 1 hora após o exercício quando houve consumo do PL (27,5%) em relação ao consumo da BT (1,8%). Ainda, o exercício elevou as concentrações de TBARS, mas no grupo PL os valores médios foram superiores (PL=2,5±1,2 nmol/ml vs. BT=1,77±1,3 nmol/ml). Em relação à atividade da CAT, os valores médios (BT=34,2±6,9 U/mgHb vs. PL=24,6±12,5 U/mgHb) foram menores quando comparadas 1ª e 2ª coletas (28,6%) para os atletas que consumiram PL. Os resultados referentes à concentração de TBARS, atividade de CAT e níveis de GSH sugerem que a BT modulou o estresse oxidativo induzido pelo exercício.