Résumé
Para avaliar a prevalência da hepatite viral aguda A (HAV),assim como sua relaçao com nível socioeconômico, idade, sexo, cor, história clínica prévia e aplicabilidade da vacina anti-HAV. foram estudados 387 crianças e adolescentes de Porto Alegre. Cento e noventa e nove pacientes de baixo nível socioeconômico eram provenientes do ambulatório da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e 188 de alto nível socioeconômico, do Laboratório Weinmann, um laboratório particular. Dos 199 pacientes da Santa Casa, 101 (51 por cento) apresentaram exames positivos para o anticorpo anti-HAV total; a prevalência encontrada foi aumentando de acordo com a faixa etária: de 20 por cento aos quatro anos a 71 por cento aos 19 anos de idade. No Laboratório Weinmann, 20 pacientes apresentaram anticorpo anti-HAV total positivo, o que corresponde a 11 por cento da populaçao total. Nesse grupo, a prevalência também aumentou de 3 por cento aos quatro anos para 17 por cento aos 19 anos. Nao houve diferença significativa entre os sexos nos dois grupos estudados. Quanto à cor no grupo da Santa Casa, os pacientes negros apresentaram maior positividade para o anticorpo anti-HAV, que foi atribuída a possível nível socioeconômico ainda mais baixo. Apenas um de cada dez pacientes anti-HAV positivo tinha história de hepatite no passado. Com base nesse estudo, sugere-se que uma vacina contra HAV de baixo custo, eficaz e de resultados duradouros deveria ser introduzida no esquema habitual de vacinaçao das crianças.