Endarteriectomia eletiva e revascularização do miocárdio / Elective endarterectomy and myocardial revascularization

Entre abril de 1981 e setembro de 1982, foram submetidos a revascularização do miocárdio 1.289 pacientes. Em 84 deles, a endarteriectomia foi proposta na fase de avaliação para a operação e realizada como processo eletivo. A idade variou de 34 a 72 anos. Cinquenta e sete deles pertenciam a faixa de 51 a 70 anos. Foram realizadas 273 pontes (3,2 pontes por paciente). Destas, 100 foram implantadas em artérias submetidas a endarteriectomia. Em 66 vezes, a coronária direita foi a arteria tratada e, em 34 vezes, ramos da coronária esquerda. Houve 2 obitos (2,4%), 1 por baixo debito, no 2o. dia de pós-operatório e outro, por arritmia, no 6o. dia. Em 13 pacientes, foi realizado reestudo cineangiográfico, antes da alta hospitalar. Todas as pontes estavam pérvias. Os detalhes da técnica são discutidos, bem como a indicação. Apesar do curto período de seguimento, nossa experiência parece confirmar os resultados de outros autores e justificar a aplicação deste procedimento para casos selecionados

Reoperação em cirurgia de revascularização do miocárdio / Reoperation in myocardial revascularization surgery

Em 7536 revascularizacao do miocardio realizadas no Instituto "Dante Pazzanese" de Cardiologia, consta que 182 (2,4%) foram praticadas em pacientes que sofreram intervencao anterior e 4 (0,05%) duas operacoes anteriores. A oclusao de ponte (88 pacientes) foi a causa mais comum das reoperacoes (48,3%). A oclusao de ponte associada a progressao de lesao foi o motivo em 54 pacientes (29,6%). Progressao de lesao, isoladamente, ocorreu em 25 casos (13,7%). Os demais sofreram a nova operacao em decorrencia de implante de arteria mamaria insuficiente (10 casos) ou obstrucao de retalho de veia ou pericardio (5 casos). A mortalidade operatoria foi de 4,9%: 4 pacientes faleceram em consequencia de insuficiencia miocardica; 3 de insuficiencia respiratoria; 1 de arritmia incontrolavel e 1, de coma neurologico. A evolucao tardia revelou que 15 pacientes faleceram: 7 por causas nao relacionadas com cardiopatia (5 carcinomas, 1 acidente vascular cerebral hemorragico e 1 hepatite, varios anos apos a operacao). Dos 142 pacientes com seguimento completo (10% nao estao sob controle) 126 (88,7%) estavam assintomaticos, com tempo medio de observacao de 56,5 meses. Os autores concluem que a revascularizacao do miocardio pela segunda ou terceira vez pode ser acompanhada de baixa morbidade e baixa mortalidade, quando se adotam criterios precisos para a indicacao