Résumé
A embolia gordurosa (EG) é a oclusão de pequenos vasos por gotículas de gordura, geralmente originadas nas fraturas do fêmur, tíbia e bacia, e nas artroplastias do joelho e quadril. Normalmente não causa danos aos órgãos atingidos, a menos que seja maciça. Em poucos casos a EG evolui para a "síndrome da embolia gordurosa" (SEG) a qual afeta principalmente os pulmões e o cérebro, embora qualquer órgão ou estrutura do organismo possa ser afetada. A gordura embolizada é hidrolizada pela lipase, originando os ácidos graxos livres (AGL) que agem toxicamente sobre o endotélio capilar e que intensificam a ação das integrinas as quais acentuam a adesividade dos neutrófilos às células endoteliais, facilitando a ação das enzimas proteolíticas dos lisossomas desses neutrófilos sobre o endótelio. O resultado dessas reações é a ruptura da rede capilar seguida de hemorragia e edema nos órgãos afetados. A SEG apresenta desde insuficiência respiratória e alterações neurológicas variadas até convulsões e coma profundo. O diagnóstico da SEG é puramente clínico, não existindo nenhum exame laboratorial que o confirme. Dentre os exames de imagens, apenas a ressonância magnética cerebral demonstra claramente as áreas do edema perivascular e dos infartos. O tratamento da EG com inúmeras drogas não apresentou resultados positivos; no entanto, a medida mais requisitada para a SEG é a assistência ventilatória. A mortalidade é quase de 100 por cento nas formas fulminantes; aproximadamente de 20 por cento nas formas sub-agudas e não há mortalidade na forma sub-clínica. Para prevenir a SEG é fundamental evitar o choque e a hipóxia desde a cena do acidente, e proceder à fixação precoce das fraturas, o que diminui a incidência de SARA e a mortalidade pós-trauma.
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Embolie graisseuse , Embolie graisseuse/diagnostic , Embolie graisseuse/physiopathologie , Arthroplastie , Embolie graisseuse/étiologie , Fractures osseuses/complicationsRésumé
Sessenta pacientes foram submetidos a toracoscopia diagnóstica e terapêutica para abordagem de massas mediastinais, nos dois hospitais escola da Universidade de São Paulo (Hospital das Clinicas e Hospital Universitário), entre outubro de 1983 e outubro de 1997, analisados retrospectivamente com o obejetivo de se estabelecer a eficácia do procedimento e suas complicações. MÉTODOS: foram realizadas, entre 1983 e 1992, vinte e uma toracoscopias convencionais - Grupo I - (14 diagnósticas e 7 terapêuticas); e entre 1992 e 1997, trinta e nove videotoracoscopias; Grupo II - (16 diagnósticas e 23 terapêuticas). RESULTADOS: conversão para toracotomia foi necessária em 4 pacientes do Grupo I (pelas dimensões do tumor) e em 5 pacientes do Grupo II (3 pelas dimensões do tumor, 1 para suturar lesão iatrogênica do diafragma e 1 por lesão do gânglio estrelado). Houve 4 mortes (4/21) no Grupo I, nos primeiros 30 dias do pós-operatório, conseqüentes à síndorme da veia cava superior . No Grupo II não houve óbito. Os tipos histológiocs mais freqüentes foram: Timona e Schwanoma. CONCLUSÃO: a toracoscopia mostrou-se uma alternativa diagnóstica e terapêutica para os tumores mediastinais (au)
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Humains , Mâle , Femelle , Enfant d'âge préscolaire , Enfant , Adolescent , Adulte , Adulte d'âge moyen , Tumeurs du médiastin/chirurgie , Tumeurs du médiastin/diagnostic , Sujet âgé de 80 ans ou plus , Études rétrospectives , Enregistrement sur magnétoscopeRésumé
O objetivo deste trabalho foi a análise da experiência com videotoracoscopia e cirurgia torácica videoassistida na Disciplina de Cirurgia Torácica da FMUSP no período de junho de 1992 a fevereiro de 1995. Foram operados 288 pacientes. As implicaçöes do procedimento foram diagnósticas em 136 doentes e terapêuticas em 102. Entre as indicaçöes diagnósticas, foram feitos 188 procedimentos; os mais freqüentes foram 76 biópsias pulmonares, 51 nódulo pulmonar e 44 de pleura. Entre as terapêuticas as mais freqüentes foram as afecçöes pleurais, principalmente a pleurodese de derrames pleurais recidivantes (33 doentes); 23 pacientes foram tratados de pneumotórax. Os procedimentos diagnósticos atingiram o objetivo em 100 por cento dos casos e os terapêuticos, em 97 por cento (em 3 por cento foi realizada a reversäo). Ocorreram três óbitos (1,3 por cento) devido à evoluçäo da doença de base. Em conclusäo, a toracoscopia e a cirurgia torácica videoassistida mostraram a sua utilidade nos casos em que foram realizadas e o método está incorporado à rotina de nosso serviço.
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Humains , Mâle , Femelle , Enfant d'âge préscolaire , Enfant , Adolescent , Adulte , Adulte d'âge moyen , Chirurgie thoracique/méthodes , Thoracoscopie/instrumentation , Sujet âgé de 80 ans ou plusRésumé
Quatro pacientes portadores de fístula arteriovenosa pulmonar (FAV) foram submetidos sa tratamento cirúrgico para resoluçäo da sua patologia no período de outubro de 1981 a junho de 1987. Dois pacientes eram do sexo masculino e a idade variou de 11 a 27 anos (média = 19,7). A cianose estava presente em todos os pacientes. A PaO2 em ar ambiente era, em média, 39,3 mmHg. O shunt foi medido em dois pacientes e era, em média, 63%. A arteriografia foi o exame diagnóstico definitivo e foi realizada em todos. Em três pacientes a FAV estava localizada no lobo inferior direito e em um na língula. O tratamento foi a ressecçäo lobar em dois (lobectomia inferior direita), sendo que em um paciente também foi realizada a ressecçäo "em cunha" de porçäo do lobo médio. Ressecçäo segmentar foi realizada em dois pacientes (lingulectomia em um e segmentectomia superior do lobo inferior direito em outro). Três pacientes evoluíram bem e um faleceu, durante a evoluçäo pós-operatória. Os autores concluem que a ressecçäo cirúrgica é um método perfeitamente viável para o tratamento da FAV. A mortalidade alta observada foi relacionada a problemas infecciosos ocorridos na evoluçäo pós-operatória e näo devida a própria doença ou ao tratamento cirúrgico. A cirurgia levou a remissäo completa dos sintomas, por um período de acompanhamento de dois meses a cinco anos
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Enfant , Adulte , Humains , Mâle , Femelle , Fistule artérioveineuse/chirurgie , Artère pulmonaire/chirurgie , Veines pulmonaires/chirurgie , Études de suiviRésumé
O tratamento ideal das estenoses traqueais fibróticas e extensas é a ressecçäo seguida de anastomose término-terminal, operaçäo essa já de há muito consagrada em adultos pelos seus bons reprodutíveis resultados. Em se tratando de crianças, contudo, a maioria dos serviços ainda tende a tratá-las "conservadoramente", isto é, mediante traqueostomia e dilataçöes repetidas, o que costuma demorar meses e oferecer resultados imprevisíveis, além de expor a criançça aos riscos de uma raqueostomia por tempo prolongado. Seguindo o exemplo de outros autores, passamos a praticar a "ressecçäo-anastomose" também em crianças portadoras de estenose traqueal, e apresentamos aqui nossa experiência com quatro casos, um dos quais apresentando ainda extensa fístula esôfago-traqueal, cujas idades eram de 13, 9, 15, 2 anos. Considerando-se os bons, imediatos e permanentes resultados obtidos também em crianças, acreditamos que a "ressecçäo-anastomose" seja atualmente o método ideal de tratamento das estenoses traqueais para pacientes de qualquer idade