RÉSUMÉ
Abstract Introduction: Cardiorespiratory and musculoskeletal dysfunctions are common in the postoperative period of kidney transplant patients and are often accompanied by low exercise tolerance. Objective: The purpose of this study was to evaluate the impact of an early physiotherapy program during hospital stay on functional capacity and peripheral and respiratory muscle strength after kidney transplant. Methods: An open, randomized clinical trial was conducted in patients undergoing living donor kidney transplant. Sixty-three patients were included (intervention group-IG: n = 30; control group-CG: n = 33). IG received an early physiotherapy program from first postoperative day until hospital discharge and CG received standard care. The variables of interest were measured preoperatively and at discharge except for respiratory muscle strength and vital capacity (VC), which were also measured on the first postoperative day. Functional capacity was evaluated through six-minute walk test (6MWT); peripheral and respiratory muscle strength using a dynamometer and manovacuometer, respectively; and VC through spirometer. Results: After surgery, there was a reduction in functional walking capacity and peripheral muscle strength without different between groups (p > 0.05); however, respiratory muscle strength was significantly higher in IG (p < 0.001) at hospital discharge, when comparing with CG. Conclusions: An early physiotherapy program during hospitalization for patients undergoing living donor kidney transplant caused a lower reduction in respiratory muscle strength and without additional benefits in the functional capacity, when compared to a control group, although the clinical relevance of this finding is uncertain.
Resumo Introdução: Distúrbios cardiorrespiratórios e musculoesqueléticos são comuns no período pós-operatório de pacientes de transplante renal, e são frequentemente acompanhados por baixa tolerância a exercícios. Objetivo: O presente estudo pretendeu avaliar o impacto de um programa precoce de fisioterapia durante a internação sobre a capacidade funcional e força muscular periférica e respiratória após transplante renal. Métodos: Foi realizado um estudo clínico randomizado aberto com pacientes submetidos a transplantes renais com doadores vivos. Sessenta e três pacientes foram incluídos (grupo de intervenção GI: n = 30; grupo de controle - GC: n = 33). O GI recebeu o programa precoce de fisioterapia a partir do primeiro dia de pós-operatório até a alta hospitalar e o GC recebeu tratamento padrão. As variáveis de interesse foram medidas no pré-operatório e na alta, exceto por força muscular respiratória e capacidade vital (CV), que foram medidas no primeiro dia de pós-operatório. A capacidade funcional foi avaliada através do teste da caminhada dos seis minutos (TC6); força muscular periférica e respiratória com o uso de um dinamômetro e um manovacuômetro, respectivamente; e a CV por meio de um espirômetro. Resultados: Após a cirurgia houve reduções na capacidade funcional de caminhar e na força muscular respiratória sem diferenças entre os grupos (p > 0,05); contudo, a força muscular respiratória foi significativamente mais elevada no GI (p < 0,001) no momento da alta hospitalar em comparação ao GC. Conclusões: O programa precoce de fisioterapia oferecido durante a internação dos pacientes submetidos a transplantes renais com doadores vivos produziu uma menor redução da força muscular respiratória e não resultou em benefícios adicionais na capacidade funcional, apesar da relevância clínica desse achado ser incerta.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Complications postopératoires/prévention et contrôle , Muscles respiratoires , Transplantation rénale , Techniques de physiothérapie , Force musculaire , Soins postopératoires , Facteurs temps , Muscles squelettiquesRÉSUMÉ
OBJETIVO: Avaliar a influência do dreno pleural sobre a distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos, da intensidade da dor e da capacidade vital de pacientes submetidos à ressecção pulmonar. MÉTODOS: Foram avaliados treze pacientes consecutivos, internados na Enfermaria da Cirurgia de Tórax do Hospital São Paulo, submetidos à drenagem pleural fechada (dreno tubular multiperfurado de 0,5 polegada), no período pós-operatório de ressecção pulmonar (lobectomia, segmentectomia e nodulectomia). A opção pela retirada do dreno seguiu critérios clínicos definidos por médicos da equipe cirúrgica alheios ao estudo. A determinação da capacidade vital, da intensidade da dor através da escala visual analógica de dor e da distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos foram realizadas 30 min antes da retirada do dreno e 30 min após. A análise estatística dos dados foi realizada através do teste t pareado, com nível de significância estabelecido em 0,05. RESULTADOS: Após a retirada do dreno, os valores obtidos na avaliação da escala visual analógica de dor foram significativamente menores (3,46 cm vs. 1,77 cm; p = 0,001), e a distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos foi significativamente maior (374,34 m vs. 444,62 m; p = 0,03). A capacidade vital antes e após a retirada do dreno não foi alterada de forma significativa (2,15 L vs. 2,25 L, respectivamente; p = 0,540). CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo sugerem que a presença do dreno pleural é um importante fator associado à dor pós-operatória e à limitação funcional em pacientes submetidos à ressecção pulmonar.
OBJECTIVE: To evaluate the influence of pleural drainage on the distance covered on the six-minute walk test, pain intensity and vital capacity in patients submitted to pulmonary resection. METHODS: Thirteen consecutive patients from the Thoracic Surgery Infirmary of Hospital São Paulo, Brazil, submitted to closed pleural drainage (0.5-in multiperforated chest tube) in the postoperative period following pulmonary resection (lobectomy, segmentectomy and pulmonary nodule resection) were evaluated. The decision for chest tube removal followed clinical criteria defined by the surgical team, who did not participate in the study. Vital capacity, pain intensity (using a visual analog pain scale) and the distance covered on the six-minute walk test were determined 30 min prior to and 30 min after the removal of the chest tube. The statistical analysis was performed using paired t-tests, and the level of significance was set at 0.05. RESULTS: After the removal of the chest tube, the visual analog scale pain scores were significantly lower (3.46 cm vs. 1.77 cm; p = 0.001) and the distance covered on the six-minute walk test was significantly higher (374.34 m vs. 444.62 m; p = 0.03). Vital capacity prior to and after chest tube removal was not significantly affected (2.15 L and 2.25 L, respectively; p = 0.540). CONCLUSIONS: The results of the present study suggest that the presence of a chest tube is a factor significantly associated with postoperative pain and functional limitation in patients submitted to pulmonary resection.
Sujet(s)
Adolescent , Adulte , Femelle , Humains , Mâle , Jeune adulte , Drains thoraciques , Drainage , Douleur postopératoire/étiologie , Pneumonectomie/effets indésirables , Capacité vitale/physiologie , Marche à pied/physiologie , Drainage/instrumentation , Drainage/méthodes , Épreuve d'effort , Mesure de la douleur , Période postopératoire , Études prospectives , Douleur postopératoire/physiopathologie , Facteurs temps , Jeune adulteRÉSUMÉ
INTRODUÇAO: A medida das pressões respiratórias máximas e a capacidade vital são importantes na avaliação da função pulmonar, no entanto, variações metodológicas podem interferir na interpretação dos resultados obtidos. OBJETIVO: Comparar os valores das pressões respiratórias máximas e da capacidade vital, obtidos através de bocal e de máscara facial. MÉTODO: Foram estudados 30 pacientes (16 homens), com idade de 55,9 ± 15,7 anos, em período pré-operatório de cirurgia abdominal. As variáveis pressão inspiratória máxima, pressão expiratória máxima e capacidade vital foram avaliadas através de um bocal rígido achatado e de uma máscara facial, em ordem randomizada. RESULTADOS: A avaliação com máscara facial não alterou de forma significativa os valores de capacidade vital e pressão inspiratória máxima, porém a pressão expiratória máxima foi significantemente menor do que quando avaliado com bocal rigido. A presença de escape aéreo ao redor da máscara durante a medida da pressão expiratória máxima foi observada em 60 por cento das avaliações. Quando consideradas apenas as medidas de pressão expiratória máxima avaliadas sem a presença de escape de ar, os valores com o uso da máscara foram maiores do que os com o bocal. CONCLUSAO: A avaliação da pressão inspiratória máxima e capacidade vital pode ser realizada com uso de máscara facial, sem interferência nos resultados obtidos. A avaliação da pressão expiratória máxima através de máscara facial mostrou-se adequado quando foi possível evitar o escape de ar ao redor da máscara, porém a grande prevalência de vazamentos e a conseqüente redução dos valores obtidos na avaliação tornam seu uso limitado.