RÉSUMÉ
Abstract Introduction: Arterial hypertension is a disease that has a high impact on cardiovascular mortality and morbidity; however, it is still insufficiently controlled. Objectives: To assess hypertension control in patients seen at a specialized clinic and to identify associated variables. Method: Cross-sectional study involving the analysis of medical records from 782 patients treated in a highly complex outpatient clinic. Inclusion criteria: age ≥18 years, diagnosed with hypertension, in treatment ≥6 months. Patients with secondary hypertension (104) and incomplete data (64) were excluded. The main outcome was blood pressure control (systolic <140 and diastolic <90 mmHg). The independent variables studied were: sociodemographic and clinical characteristics (use of drugs, comorbidities and laboratory tests). Pearson's χ2 tests, Fisher's test, Student's t and Wilcoxon-Mann-Whitney tests were performed in the bivariate analysis and logistic regression in the multiple analyses, adopting p≤0.05. Results: The prevalence of hypertensive control was 51.1%. It was associated with a lack of control: body mass index (OR = 1.038; 95% CI = 1.008 - 1.071), history of stroke (OR = 0.453; 95% CI = 0.245 - 0.821), left ventricular hypertrophy (OR = 1.765; 95% CI = 1.052 - 3.011), and number of medications (OR = 1.082; 95% CI = 1.033 - 1.136). Conclusion: About half of the hypertensive patients had their blood pressure controlled; clinical variables and target organ damage were associated with the control.
Resumo Introdução: A hipertensão arterial é uma doença com alto impacto na mortalidade e morbidade cardiovascular, contudo ainda demonstra insuficientes taxas de controle. Objetivos: Avaliar o controle da hipertensão em pacientes atendidos em um ambulatório especializado e identificar variáveis associadas. Método: Estudo transversal com análise do prontuário de 782 pacientes atendidos em um ambulatório de alta complexidade. Critérios de inclusão: idade ≥ 18 anos e diagnóstico de hipertensão em tratamento ≥ 6 meses. Foram excluídos hipertensão secundária (104) e dados incompletos (64). O desfecho principal foi o controle da pressão arterial (Sistólica < 140 e diastólica < 90 mmHg). As variáveis independentes estudadas foram: características sociodemográficas e clínicas (uso de medicamentos, comorbidades e exames laboratoriais). Realizou-se testes χ2 de Pearson, teste Fisher, t de Student e Wilcoxon-Mann-Whitney na análise bivariada e Regressão Logística na análise múltipla, adotando p ≤ 0,05. Resultados: A prevalência de controle dos hipertensos foi 51,1%. Associou-se à falta de controle: índice de massa corporal (OR = 1,038; IC95% = 1,008 - 1,071), histórico de acidente vascular encefálico (OR = 0,453; IC95% = 0,245 - 0,821) e hipertrofia ventricular esquerda (OR = 1,765; IC95% = 1,052 - 3,011), e número de medicamentos (OR = 1,082; IC95% = 1,033 - 1,136). Conclusão: Cerca da metade dos hipertensos estava com pressão arterial controlada e variáveis clínicas e lesão em órgão alvo associaram-se ao controle.
Sujet(s)
Humains , Hypertension artérielle/traitement médicamenteux , Hypertension artérielle/épidémiologie , Pression sanguine , Études transversales , Hypertrophie ventriculaire gauche , Surveillance ambulatoire de la pression artérielle , Établissements de soins ambulatoiresRÉSUMÉ
ABSTRACT Objective: To assess patients with hypertensive crisis, classified as urgency, emergency or pseudocrisis, and identify the associated variables. Methods: We evaluated a total of 508 patients (57% women; 56.3±13.8 years old) with hypertensive crisis (diastolic blood pressure of 120mmHg), aged 18 years or over, seen at the emergency department of a public general hospital. Results: The prevalence of hypertensive crises was 6/1,000; in that, 71.7% presented hypertensive urgency, 19.1% hypertensive emergency, and 9.2% hypertensive pseudocrisis. In the multinominal logistic regression, pseudocrisis and urgency conditions were compared to hypertensive emergency. Therefore, the presence of pain (OR: 55.58; 95%CI: 10.55-292.74) except chest pain and headache, and emotional problems (OR: 17.13; 95%CI: 2.80-104.87) increased the likelihood of hypertensive pseudocrisis. Age >60 years (OR: 0,32; 95%CI: 0.10-0.96) and neurologic problems (OR: 1.5.10-8; 95%CI: 1.5.10-8-1.5.10-8) protected against hypertensive pseudocrisis. The comparison of hypertensive urgency with hypertensive emergency showed that age >60 years (OR: 0.50; 95%CI: 0.27-0.92), neurologic (OR: 0.09; 95%CI: 0.04-0.18) and emotional problems (OR: 0.06; 95%CI: 4.7.10-3-0.79) protected against hypertensive urgency. Moreover, only headache (OR: 14.28; 95%CI: 3.32-61.47) increased the likelihood of hypertensive urgency. Conclusion: Advanced age and neurological problems were associated to hypertensive emergency. Headache was associated with hypertensive urgency. Pain and emotional problems were associated with hypertensive pseudocrisis. Our results can contribute to identifying patients with hypertensive crisis who seek emergency services.
RESUMO Objetivo: Avaliar pacientes com crise hipertensiva, classificada em urgência, emergência ou pseudocrise, e identificar variáveis associadas. Métodos: Foram avaliados 508 pacientes (57% mulheres; 56,3±13,8 anos) com crise hipertensiva (pressão diastólica de 120mmHg), idade maior ou igual a 18 anos, atendidos em um serviço de emergência de um hospital geral público. A crise hipertensiva foi classificada em urgência, emergência ou pseudocrise. Resultados: A prevalência da crise hipertensiva foi 6/1.000, com 71,7% com urgência hipertensiva, 19,1% com emergência hipertensiva e 9,2% com pseudocrise hipertensiva. Na análise de regressão logística multinomial, as condições de pseudocrise e urgência foram comparadas com a emergência hipertensiva. Assim, presença de dor (OR: 55,58; IC95%: 10,55-292,74), exceto precordialgia e cefaleia, e problemas emocionais (OR: 17,13; IC95%: 2,80-104,87) elevaram a chance para pseudocrise hipertensiva. Idade acima de 60 anos (OR: 0,32; IC95%: 0,10-0,96) e problemas neurológicos (OR: 1,5.10-8; IC95%: 1,5.10-8-1,5.10-8) foram protetores para pseudocrise hipertensiva. A urgência hipertensiva comparada com emergência hipertensiva mostrou que idade acima de 60 anos (OR: 0,50; IC95%: 0,27-0,92), problemas neurológicos (OR: 0,09; IC95%: 0,04-0,18) e emocionais (OR: 0,06; IC95%: 4,7.10-3-0,79) foram protetores para urgência hipertensiva, e apenas cefaleia (OR: 14,28; IC95%: 3,32-61,47) elevou a chance para urgência hipertensiva. Conclusão: Idade mais elevada e problemas neurológicos se associaram à emergência hipertensiva. Cefaleia associou-se à urgência hipertensiva. Dor e problemas emocionais se associaram à pseudocrise hipertensiva. Nossos resultados podem contribuir para aprimorar a identificação de pacientes com crise hipertensiva que procuram serviços de emergência.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adolescent , Adulte , Sujet âgé , Triage/statistiques et données numériques , Service hospitalier d'urgences/statistiques et données numériques , Hypertension artérielle/épidémiologie , Brésil/épidémiologie , Méthodes épidémiologiques , Urgences , Céphalée/étiologie , Hôpitaux publics , Hypertension artérielle/complications , Hypertension artérielle/diagnostic , Adulte d'âge moyenRÉSUMÉ
Introdução: A hipertensão arterial é uma doença crônica que requer tratamento para toda vida, porém elevações expressivas da pressão arterial, a crise hipertensiva, podem levar os indivíduos aos serviços de emergência. A crise hipertensiva é uma complicação grave da hipertensão arterial e classificada em urgência hipertensiva quando não há lesão de órgãos-alvo e emergência hipertensiva quando há lesão de órgão-alvo. Além da pseudocrise hipertensiva caraterizada por elevação transitória da pressão arterial. Objetivo: Avaliar a prevalência e as características clínicas associadas a crise hipertensiva, em pessoas atendidas em um serviço de emergência. Casuística e Método: Foi realizado um estudo transversal retrospectivo, com abordagem quantitativa, no pronto-socorro Municipal da cidade de São Vicente, SP, no período de Janeiro a Junho de 2015. Foram selecionados indivíduos atendidos na Clínica Médica do pronto-socorro com crise hipertensiva (pressão diastólica 120 mmHg) e idade 18 anos. As variáveis independentes foram: idade, sexo, valores da pressão arterial, motivos da procura ao serviço, tratamento e destino. A coleta de dados ocorreu por meio da análise das fichas de atendimento do serviço de emergência. Estatística descritiva foi usada para avaliar as variáveis nominais e ordinais, por meio das frequências absolutas e relativas e, as variáveis contínuas foram descritas através da média e desvio-padrão. Teste ANOVA e qui-quadrado foram utilizados para comparar as médias e para avaliação de proporções. Foi realizado análise multivariada por meio de regressão logística multinomial e árvore de decisão utilizando o algoritmo CHAID (Chi-square Automatic Interaction Detection). O nível de significância adotado foi de 5%. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 53896016.9.0000.5392). Resultados: A prevalência de crise hipertensiva foi 0,61%, sendo categorizadas em urgência hipertensiva (71,7%), emergência hipertensiva (19,1%) e pseudocrise hipertensiva (9,2%). A média de idade foi 56,3 (DP=13,8) anos, a maioria era do sexo feminino (63,8%). Os níveis pressóricos na admissão no pronto-socorro para pseudocrise, urgência e emergência hipertensiva para a pressão sistólica e diastólica foram, respectivamente: [197,7 (DP=22,9) / 124,5 (DP=8,1), 197,2 (DP=23,6) / 124,9 (DP=9,2), 214,8 (DP=29,2) / 130,8 (DP=14,9), mmHg]. Os principais motivos da procura ao serviço de emergência que se associaram (p<0,05) à pseudocrise, urgência e emergência hipertensiva foram, respectivamente: cefaleia (15,0% vs 35,9% vs 2,5%), dor (65,0% vs 16,4% vs 2,5%), mal estar (7,5% vs 19,1% vs 4,9%), precordialgia (0% vs 17,8% vs 8,6%), problemas neurológicos (0% vs 5,0% vs 48,1%), náuseas (17,5% vs 14,1% vs 3,7%), dispneia (5,0% vs 8,7% vs 27,2%), problemas emocionais (25,0 vs 0,3% vs 2,5%), queda (2,5% vs 0,3% vs 9,8%), fratura (2,5% vs 0% vs 0%). Os tratamentos realizados que se associaram (p<0,05) à pseudocrise, urgência e emergência hipertensiva foram, respectivamente: inibidor da Enzima Conversora da Angiotensina (67,5% vs 81,4% vs 72,3%), bloqueador dos canais de cálcio (5,0% vs 15,1% vs, 7,2%), nitroprussiato de sódio (0% vs 1,6% vs 8,4%), antiagregante plaquetários (0% vs 13,5% vs 13,3%), analgésico (52,5% vs 31,1% vs 13,3%), anti-inflamatório (32,5% vs 15,1% vs 30,1%), oxigenoterapia (0% vs 3,2% vs 21,7%), broncodilatador (0% vs 8,3% vs 25,3%), anticonvulsivante (0% vs 0,6% vs 9,6%) e insulina (2,5% vs 6,4% vs 13,3%). A maioria dos pacientes (55,6%) realizou exames sendo que 91,6% pertenciam às emergências hipertensivas. Os diagnósticos médicos identificados nos pacientes com pseudocrise, urgência e emergência hipertensiva foram, respectivamente: hipertensão arterial sistêmica (25,0% vs 33,7% vs 54,2%), diabetes mellitus descompensada (16,7% vs 47,6% vs 12,3%). Acidente vascular encefálico (40,7%), edema agudo de pulmão (24,7%), e infarto agudo do miocárdio (12,3%), ocorreram apenas nos pacientes com emergências hipertensivas. Os pacientes com pseudocrise hipertensiva receberam alta em maior proporção (59,1%), porém os pacientes com emergência hipertensiva foram internados em maior proporção (85,5%). A regressão logística multinomial mostrou (p<0,05) que as variáveis associadas à pseudocrise hipertensiva em relação à emergência hipertensiva foram (OR: odds ratio; IC95%: intervalo de confiança): dor exceto cefaleia e precordialgia (55,58; 10,55-292,74), problemas emocionais (17,13; 2,80-104,87) ,idade acima de 60 anos (0,32; 0,10-0,96) e problemas neurológicos (1,5 10-8; 1,5 10-8- 1,5 10- 8). As variáveis que se associaram à urgência hipertensiva em relação à emergência hipertensiva foram (OR: odds ratio; IC95%: intervalo de confiança): idade acima de 60 anos (0,50; 0,27-0,92), problemas neurológicos (0,09; 0,04-0,18), problemas emocionais (0,06; 4.7 10-3-0,79) e cefaleia (14,28; 3,32-61,47). No modelo árvore de decisão, problemas neurológicos se associou às emergências hipertensivas (p<0,001), dor à pseudocrise hipertensiva (p<0,001) e cefaleia às urgências hipertensivas (p=0,017). Conclusões: A prevalência da crise hipertensiva foi similar à de estudos com métodos semelhantes. Idade avançada e problemas neurológicos se associaram à emergência hipertensiva, cefaleia se associou à urgência hipertensiva, dor e problemas emocionais se associaram à pseudocrise hipertensiva.
Introduction: Arterial hypertension is a chronic disease that requires treatment for life, but expressive increases in arterial blood pressure- the hypertensive crisis- may lead individuals to emergency care services. Hypertensive crisis is a grave complication of the arterial hypertension and is classified in: hypertensive urgency, when injuries on target-organs are absent; and hypertensive emergency, when there are injuries on target-organs. There is also the hypertensive pseudocrisis that is a transitory increase in blood pressure. Aim: to assess the prevalence and the clinical features associated with hypertensive crisis in persons admitted in an emergency care service. Casuistic and Method: we conducted a retrospective crosssectional study in the Municipal Emergency Healthcare Center of Sao Vicente, SP, from January to June 2015. Individuals admitted in the medical clinic of the emergency service presenting hypertensive crisis (arterial blood pressure 120 mmHg) and aging over 18 years were included. The independent variables were: age sex, measures of arterial blood pressure, reason for seeking the healthcare center, treatment and destination. Data were gathered trough the healthcare records at the emergency center. We filled a form designed to approach the studied variables. Nominal and ordinal variables were showed trough absolute and relative frequencies; as well as continuous variables were described in means and standard deviation. The chi-square test and ANOVA were applied to compare means and to evaluate proportions. We conducted a multivariate analysis trough multinomial logistic regression and decision tree using the CHAID (Chi-square Automatic Interaction Detection) Algorithm. The significance level adopted was 5%. This this investigation was approved by the ethical council (CAAE: 53896016.9.0000.5392). Results: The prevalence of hypertensive crisis was 0.61%, categorized as hypertensive urgency (71,7%), hypertensive emergency (19.1%) and hypertensive pseudocrisis (9.2%). The mean age was 56,3 (SD = 13,8) years, the majority were female (63,8%). The pressure levels at admission to the emergency room for pseudocrisis, urgency and hypertensive emergency for systolic and diastolic pressure were, respectively: [197,7 (SD = 22,9) / 124,5 (SD = 8,1), 197, 2 (SD = 23,6) / 124,9 (SD = 9,2), 214,8 (SD = 29,2) / 130,8 (SD = 14,9), mmHg]. The main reasons for the demand for emergency services associated with pseudocrisis, urgency and hypertensive emergency were: headache (15,0% vs 35,9% vs 2,5%), pain (p <0,05) 65,0% vs. 16,4% vs 2,5%), malaise (7,5% vs 19,1% vs 4,9%), chest pain (0% vs 17,8% vs 8,6%) , Neurological problems (0% vs 5,0% vs 48,1%), nausea (17,5% vs. 14,1% vs 3,7%), dyspnea (5,0% vs 8,7% vs 27,2%), emotional problems (25,0 vs 0,3% vs 2,5%), decrease (2,5% vs. 0,3% vs 9,8%), fracture (2,5% vs. 0% vs. 0%). The treatments that were associated (p <0,05) with pseudocrisis, urgency and hypertensive emergency were, respectively: Angiotensin Converting Enzyme Inhibitor (67,5% vs 81,4% vs 72,3%), channel blocker (0% vs. 1,6% vs 8,4%), antiplatelet drugs (0% vs. 13,5% vs. 13%), sodium nitroprusside , Anti-inflammatory (32,5% vs. 15.1% vs 30.1%), oxygen therapy (0% vs. 3%), analgesic (52.5% vs 31.1% vs 13.3% 2% vs. 21,7%), bronchodilator (0% vs 8,3% vs 25,3%), anticonvulsant (0% vs. 0,6% vs 9,6%) and insulin (2,5% vs. 6,4% vs. 13,3%). The majority of the patients (55,6%) underwent exams and 91,6% belonged to hypertensive emergencies. The diagnoses identified in patients with pseudocrisis, urgency and hypertensive emergence were, respectively, systemic arterial hypertension (25,0% vs 33,7% vs 54,2%), decompensated diabetes mellitus (16,7% vs 47,6% Vs. 12,3%). Acute encephalic stroke (40,7%), acute pulmonary edema (24,7%), and acute myocardial infarction (12,3%) occurred only in patients with hypertensive emergencies. Patients with hypertensive pseudocrisis were discharged in greater proportion (59,1%), but patients with hypertensive emergency were hospitalized in a greater proportion (85,5%). The multinomial logistic regression showed (p <0.05) that the variables associated with hypertensive pseudocrisis in relation to hypertensive emergency were: pain - except for headache and chest pain - (55,58; 10,55-292,74), age over 60 years (0,32, 0,10-0,96), and neurological problems (1,5 10-8; 1,5 10-8- 1,5 10-8). The variables that were associated with hypertensive urgency in relation to hypertensive emergency were: (OR: odds ratio, 95% CI: confidence interval): age over 60 years (0,50, 0,27-0,92), neurological problems 0,09, 0,04-0,18), emotional problems (0,06, 4,7 10-3-0,79), and headache (14,28, 3,32-61,47). In the decision tree model, neurological problems were associated with hypertensive emergencies (p <0,001), pain on hypertensive pseudocrisis (p <0,001) and headache on hypertensive urgencies (p = 0,017). Conclusions: The prevalence of the hypertensive crisis was similar to that of studies with similar methods. Advanced age and neurological problems were associated with hypertensive emergency, headache was associated with hypertensive urgency, pain and emotional problems were associated with hypertensive pseudocrisis.