RÉSUMÉ
SUMMARY BACKGROUND: This study aimed to investigate the deletion polymorphisms of the genes of the glutathione S-transferase family GSTT1 and GSTM1 in patients with Polycystic Ovarian Syndrome (PCOS), comparing them with a control population. METHODS: Blood was collected from 219 women (110 with PCOS and 109 controls) and genomic DNA was extracted. For the analysis of polymorphisms, the technique used was multiplex PCR. In the statistical analysis, the chi-square test and multiple logistic regression were used. RESULTS: There is no association between the GSTM1 null and GSTT1 null genotypes with PCOS when analyzed separately (P = 0.616 and P = 0.188). The analysis of the combined genotypes showed differences between the groups (P < 0.05), evidencing that the genotypic combination GSTT1 positive and GSTM1 negative is more frequent among patients. In the multivariate analysis, smoking was more frequent in the control group (OR = 0.22; 95% CI - 0.87-0.57; P = 0.002) while the presence of a family history of PCOS (OR = 2, 96; 95% CI - 1.54-5.68; P = 0.001) was more frequent in women with PCOS. CONCLUSIONS: In the studied sample, the deletion polymorphisms of the GSTT1 and GSTM1 genes isolated are not associated with PCOS, but in combination, they may be implicated in the etiology of the condition.
RESUMO OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo investigar os polimorfismos de deleção dos genes da família glutationa S-transferase GSTT1 e GSTM1 em pacientes com síndrome dos ovários policísticos (SOP), comparando-as com uma população controle. MÉTODOS: Foi colhido sangue de 219 mulheres (110 com SOP e 109 controles) e extraído o DNA genômico. Para análise dos polimorfismos, a técnica empregada foi PCR multiplex. Na análise estatística foi utilizado o teste do qui-quadrado e regressão logística múltipla. RESULTADOS: Não há associação dos genótipos GSTM1 nulo e GSTT1 nulo com SOP quando analisados isoladamente (p=0,616 e p=0,188). A análise dos genótipos combinados mostrou diferenças entre os grupos (p<0,05), evidenciando que a combinação genotípica GSTT1 positivo e GSTM1 negativo é mais frequente entre as pacientes. Na análise multivariada, o hábito tabagista foi mais frequente no grupo controle (OR=0,22; IC 95% - 0,87-0,57; p=0,002), enquanto que a presença do histórico de SOP familiar (OR=2,96; IC 95% - 1,54-5,68; p=0,001) foi mais frequente nas mulheres com SOP. CONCLUSÕES: Na casuística estudada, os polimorfismos de deleção dos genes GSTT1 e GSTM1 isolados não estão associados a SOP, mas em combinação podem estar implicados na etiologia da condição.
Sujet(s)
Humains , Femelle , Syndrome des ovaires polykystiques/génétique , Glutathione transferase/génétique , Études cas-témoins , Facteurs de risque , Prédisposition génétique à une maladie , GénotypeRÉSUMÉ
OBJETIVO: avaliar o efeito da obesidade sobre a função das célulasbeta pancreáticas de pacientes portadoras de síndrome dos ovários policísticos (SOP). MÉTODOS: estudo transversal no qual foram avaliadas 82 pacientes portadoras de SOP, selecionadas de forma consecutiva, no momento do diagnóstico de SOP. Pacientes com índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 30 kg/m² foram consideradas SOP obesas (n=31). Valores de índice de massa corporal menores que este limite foram consideradas SOP não-obesas, o que correspondeu a 51 mulheres. Foram utilizadas a glicemia e a insulina de jejum para cálculo da função das células beta pancreáticas (HOMA- por centobeta-Cell) e da resistência à insulina (HOMA-IR e QUICKI) entre os grupos. Analisaram-se, também, variáveis secundárias como idade, idade da menarca, níveis séricos hormonais (testosterona, prolactina, LH e FSH) e de colesterol total, triglicerídeos, HDL colesterol e LDL-colesterol. RESULTADOS: a idade da menarca das pacientes obesas com SOP (11,7±1,8 anos) foi menor que as não-obesas (12,7±1,9) (p<0,05). As SOP obesas tiveram LH inferior (7,9±5,0 mUI/mL) ao valor encontrado nas não-obesas (10,6±6,0 mUI/mL) (p<0,05). Ambos os grupos apresentaram a média de HDL colesterol inferior a 50 mg/dL. As pacientes obesas apresentaram insulina basal (32,5±25,2 mUI/mL) e glicemia de jejum (115,9±40,7 mg/dL) mais elevadas que as não-obesas (8,8±6,6 mUI/mL e 90,2±8,9 mg/dL, respectivamente) (p<0,01). No grupo SOP obesas, a freqüência de resistência à insulina foi de 93 versus 25 por cento no grupo SOP não-obesas (p<0,01). Foi verificada hiperfunção das células beta do pâncreas em 86 por cento das obesas com SOP contra 41 por cento das não-obesas portadoras de SOP (p<0,0001). CONCLUSÕES: as pacientes com SOP obesas apresentaram freqüência mais alta de resistência à insulina e hiperfunção de células beta do pâncreas quando comparadas com pacientes...
PURPOSE: to evaluate the effect of obesity on beta-cell function in patients with polycystic ovary syndrome (PCOS). METHODS: this cross-section study evaluated 82 patients with PCOS selected consecutively, at the moment of the diagnosis. We compared 31 PCOS obese women (BMI >30 kg/m²) to 51 age-matched PCOS nonobese patients (BMI <30 kg/m²). Using fasting glucose and insulin levels, homeostatic model assessment values for insulin resistance (HOMA-IR and QUICKI) and percent beta-cell function (HOMA- percentbeta-cell) were calculated. As secondary variables, the age at PCOS diagnosis, age of menarche, hormonal levels (testosterone, prolactin, FSH and LH), total cholesterol, triglycerides, HDL cholesterol and LDL cholesterol were also analyzed. RESULTS: menarche was significantly earlier in obese PCOS patients (11.7±1.8 years) than in nonobese patients (12.67±1.86 years) (p<0.05). Obese patients presented lower LH levels (7.9±5 mIU/mL) than did nonobese patients (10.6±6 mIU/mL) (p<0.05). Both groups presented mean HDL cholesterol levels below 50 mg/dL. Obese patients presented significantly higher baseline insulin levels (32.5±25.2 mIU/mL) and fasting blood glucose levels (115.9±40.7 mg/dL) than did nonobese patients (8.8±6.6 mIU/mL and 90.2±8.9 mg/dL, respectively) (p<0.01). Of the obese PCOS patients, 93 percent presented insulin resistance versus 25 percent of nonobese PCOS patients (p<0.01). Eighty-six perecent of the obese women had hyperfunction of beta-cell versus 41 percent of nonobese with PCOS (p<0.0001). CONCLUSIONS: obese PCOS patients presented higher prevalence of insulin resistance and hyperfunction of beta-cell than did nonobese PCOS patients.